quinta-feira, junho 01, 2006

TUCANOS EM FUGA OUTRA VEZ


Os ilustres ausentes foram destaque na solenidade desta quarta-feira em Brasília na qual o PSDB e o PFL anunciaram que serão aliados na eleição presidencial. Sinal ruim para o candidato tucano ao Palácio do Planalto, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin.

A parte mais expressiva da cúpula tucana simplesmente não apareceu no evento, feito sob encomenda para tentar pôr fim aos desentendimentos públicos entre caciques do PSDB e do PFL.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não estava lá. José Serra, candidato do PSDB ao governo paulista, não apareceu. Aécio Neves, também não deu o ar de sua graça.

Na semana passada, FHC previu em encontro com ex-colaboradores que Alckmin dificilmente derrotaria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ausências tão ilustres só reforçam a idéia de que Alckmin seria candidato à "cristianização". Em política, "cristianização" é uma expressão que nasceu na eleição presidencial de 1950. Naquele ano, o PSD lançou o mineiro Cristiano Machado à Presidência. No entanto, a grande maioria do partido apoiou o candidato do PTB, Getúlio Vargas, que retornaria ao poder pela segunda vez.