quinta-feira, junho 22, 2006

Moral de mentira, em jornalismo de mentira, com transparência de mentira

Sobre: CAPOBIANCO, Eduardo Ribeiro; ABRAMO, Claudio Weber. 22/6/2006. “Um país de mentira”. Folha de S.Paulo, na edição impressa, p. 3; e na Internet, em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2206200609.htm)
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Moral de mentira, em jornalismo de mentira, com transparência de mentira
Alguém precisa começar a responder às mentiras e preconceitos e bobajol que os eleitores brasileiros e leitores e assinantes dessa Folha de S.Paulo têm sido obrigados a ler, todos os dias.
Bem poderia ser o Tribunal Superior Eleitoral, porque, afinal, já não há quem duvide de que essa FSP tem feito todos os dias, e só, o que nunca passa de propaganda eleitoral antecipada, ilegal, incontabilizável e infiscalizável e, como parece, já quase totalmente insuspendível, sabe-se lá por que imundos motivos. E sempre propaganda ilegal pró tucanos-pefelistas. E nunca em defesa do meu voto democrático.
Afinal de contas, eu votei no presidente Lula, não há um fiapo de prova de qualquer crime, contravenção ou delito atribuível ao presidente da República; e, sim, eu quero reeleger o presidente Lula, no pleno exercício de um direito democrático meu, muito meu.
Não sei por que, diabos, o TSE não se manifesta para suspender, de vez, essa propaganda eleitoral antecipada, ilegal, incontabilizável, infiscalizável e, que me conste, perfeitamente suspendível pq há a Lei Eleitoral que expressamente a proíbe. Essa propaganda eleitoral ilegal é, hoje, o que os leitores da FSP recebem, todos os dias, como se fosse jornalismo, mas não é, sequer, jornalismo.
É meu direito democrático ser bem informada – por isso eu assinava a Folha de S.Paulo. Dado que há meses já nada recebo, de jornalismo, já cancelei minha assinatura da FSP.
Mesmo assim, parece-me que haja agressão aos direitos de consumidor dos ainda assinantes: os assinantes assinam e pagam suas assinaturas na expectativa de receber, como serviço, algum jornalismo. Nunca recebem qualquer jornalismo: tudo, na FSP, há anos, é propaganda eleitoral antecipada, ilegal, incontabilizável favorável à oposição no Brasil-2006. Até quando?!
De qualquer modo, parece-me, cada vez que um leitor-eleitor recebe, como se fosse jornalismo, esse amontoado de bobagens metidas a ‘lógicas’ ou metidas a ‘morais’ ou autoproclamadas ‘transparentes’ – e que não são nem lógicas nem morais democráticas e nada têm de transparência democrática – o meu direito democrático à informação jornalística confiável é violentado.
Até pela quantidade, o TSE e o Ministério Público já deveriam ter percebido que não há jornalismo algum em jornal que só publique opiniões tucano-pefelistas, chutes, idéias fracas, frases de propaganda de des-democratização do leitor-eleitor, ‘acusações’ inventadas e jamais provadas, quando não são, completamente, caluniosas, intencionalmente caluniosas. Moral de mentira, portanto, em jornalismo de mentira.
Um dia, é senador tucano-pefelista, aos zurros, 'convocando' a intervenção dos militares e conclamando golpistas e golpes; outro dia, é senador tucano-pefelista, aos zurros de que “vou dar uma surra no presidente”; outro dia é ex-sociólogo uspeano inventando ‘sociologias’ de palestragem&michê; outro dia é ‘cientista político(a)’ tucano-pefelista ‘declarando’ que o presidente da República "é ladrão, beberrão, vagabundo e mentiroso". Não oferece prova alguma do que 'declara'... e nenhum jornal ou jornalista ou juiz ou tribunal lhas cobra e exige.
Outro dia, é senador tucano-pefelista zurrando que quer acabar com a minha raça. Outro dia é a senadora Histérica-Histérica (HH); outro dia, é a Cobra Zulaiê; outro dia, é o Álvaro-Bengalador-Maluco-Dias... Outro dia, é a “Consultoria Tendências” ‘declarando’ que eu-eleitor brasileiro sou burro. Outro dia...
Outro dia, é algum Sr. Capobianco e algum Sr. Abramo – que eu nem conheço nem sei quem são e nem me interessa saber –, a zurrarem que “Vivemos num país de mentira, em que criminosos negam o que as provas exibem, e no qual muitos agentes políticos esmeram-se no cinismo como meio de vida.”
Bom. EU, abaixo assinada, NÃO VIVO EM NENHUM PAÍS DE MENTIRA. Eu nunca votei em políticos cínicos. Eu sou um agente político que luta para aprimorar a democracia brasileira, não com ‘transparências’ autoproclamadas, mas, sim, COM O MEU VOTO ESCLARECIDO E DEMOCRÁTICO.
Eu, sobretudo, eu NUNCA VOTEI em nenhum Sr. Capobianco nem em nenhum Sr. Abramo, para autorizá-los a dizer o que quer que seja sobre o Brasil, sobre crimes, sobre provas.
Eu, muito sobretudo, NUNCA VOTEI em nenhum Sr. Capobianco e em nenhum Sr. Abramo para autorizá-los a falar por mim.
Opinem os Capobiancos e os Abramos quanto queiram, é claro. E publiquem-se essas asnices, se a FSP já não quiser, mesmo, publicar melhor opinião democrática e democratizatória.
Mas escrevam “eu”, sempre, pelo menos, no que se atrevam a publicar e assinar em jornal, ainda que seja de jornalismos de mentira.
Nenhum Sr. Capobianco e nenhum Sr. Abramo estão autorizados a falar em meu nome. Não estão, é claro, e jamais estarão. Em meu nome falo eu. Eu SOU O MEU VOTO DEMOCRÁTICO.
Aqui, onde eu vivo, não há criminosos onde não haja nem julgamento nem sentença. Aqui, onde eu vivo, nenhum Sr. Capobianco e nenhum Sr. Abramo são autoridade legal reconhecida para ‘declarar’ quem seja criminoso... antes de haver julgamento legal, por vias legais. Esse ‘bom-sensismo’ de ‘eu acho que sei, então degolo’ é sempre fascista.
Pretenderem que 'degolamos', como fazem, hoje, na FSP, os senhores Capobianco e Abramo é inaceitável: eu não degolo, não acuso sem provas e nunca concluo sobre premissas de propaganda: EU VOTO!
Aqui onde eu vivo, nenhum Sr. Capobianco e nenhum Sr. Abramo são autoridade pra ‘declarar’ que eu e o meu voto democrático somos... o quê, aliás?! Que eu e o meu voto democráticos somos... burros? Que eu e o meu voto democrático somos... cínicos? Que eu e o meu voto democráticos somos... uma mentira?! Quem, afinal de contas, esses Capobianco e Abramo pensam que sejam... eles?!
Se suas ‘transparências’ os levam a escrever o que escreveram – tentando arrastar o meu voto democrático nos autismos moralistas, fascistas e aristocráticos deles --, algo de muito errado há, por aí, também, pelo viso, nessas ‘transparências’.
Mentira devem ser, isso sim, essas ‘transparências’ de araque, ‘transparências’ fascistas, antidemocráticas, enviesadas, alugadas, vendidas, sabe-se lá o que são!
Se fossem transparências democráticas, saberiam respeitar, pelo menos, o MEU VOTO DEMOCRÁTICO que elegeu o presidente Lula e que, sim, quer reelegê-lo, em eleições legais, legítimas e perfeitas.
[assina] Caia Fittipaldi (dos Lingüistas Brasileiros para a Democracia / Universidade Nômade / Campanha “Nenhum Brasileiro sem Resposta-na-ponta-da-língua, pra Responder à Folha de S.Paulo" / Tricoteiras Unidas / Mães do Planalto / Gaviões da Fiel) [para vários destinatários, campanhistas e outros]
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PARA NÃO ESQUECER: "Nós vamos ter um enfrentamento grave. Vocês se preparem." (Presidente Lula da Silva, do Brasil, maio de 2006).