quarta-feira, junho 28, 2006

Bolsa Família antecipa meta e chega a R$ 11,1 milhões de famílias neste mês

O programa Bolsa Família — o maior programa de transferência de renda já desenvolvido no país — cumpriu sua meta de atendimento antecipadamente. São 11,1 milhões de famílias beneficiadas em todo o país, com a distribuição prevista de R$ 8,3 bilhões neste ano.

A meta do programa foi fixada para o final de 2006, com base na estimativa de famílias identificadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2004. O valor médio do benefício é de R$ 62,00.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta manhã, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, de cerimônia em comemoração ao cumprimento da meta do Bolsa Família. Participaram ainda o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e a secretária nacional de Renda de Cidadania, Rosani Cunha.

Embora tenha atingido a meta antecipadamente, o presidente Lula pediu que as prefeituras e a sociedade ajudem o governo a cadastrar quem ainda está fora do programa.

"Pode ter uma pessoa que não tem direito e está recebendo. Pode ter uma pessoa que tem direito a receber e não foi cadastrada", disse o presidente. "O governo está precisando da ajuda da sociedade para que possa atender as pessoas pobres que ainda não foram cadastradas. Lá de Brasília é muito difícil o Patrus (ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) descobrir", ressaltou Lula, ao participar da cerimônia em comemoração ao cumprimento antecipado da meta do programa.

De acordo com o Palácio do Planalto, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome atualizou o cadastro do programa entre julho de 2005 e março deste ano, o que resultou no bloqueio de cerca de 51 mil benefícios e no cancelamento de 562 mil. Além do ministério, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União (CGU) e os ministérios públicos estaduais e federal fiscalizam a execução do programa.

Na cerimônia, Lula fez ainda um apelo para que as famílias que tenham ultrapassado a renda determinada pelo programa devolvam o cartão que permite o recebimento do benefício, que varia de R$ 15 a R$ 95.

"Se uma pessoa estava recebendo o benefício e o marido dela arrumou emprego, portanto, sua renda ultrapassa a renda que o programa estabelece como limite. Nós queremos pedir que as pessoas devolvam o cartão para que a gente possa dar para uma outra pessoa mais necessitada", afirmou.

As informações são da Agência Brasil.