Os líderes do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), e do Governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP) repudiaram veementemente a invasão do prédio da Câmara, nesta terça-feira.
“O PT declara aqui o seu mais absoluto repúdio aos atos de violência aqui cometidos”, disse Fontana. Ele defendeu uma “investigação com seriedade e profundidade para a punição e responsabilização dos culpados”. Fontana apoiou a decisão do presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de mandar prender os invasores.
Já o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), classificou a invasão do prédio da Câmara como “um ato inaceitável e muito grave”. Para Arlindo Chinaglia, atitudes como esta têm o repúdio de todos os parlamentares. “Os responsáveis por esta invasão precisam ser identificados, responsabilizados e punidos, independente da agremiação a qual pertençam”, disse.
Henrique Fontana salientou que os invasores não se manifestavam “ em nome de partido político nenhum”. Para ele, o povo pode ter posições de um lado e de outro no espectro político, mas a bancada do PT repudia, de um lado e de outro, o vandalismo.
Fontana disse ainda que os movimentos sociais não podem ser criminalizados por conta de ato extremado de pessoas que “vieram aqui para supostamente defender movimentos sociais.É preciso capacidade de dialogo, de entendimento, de forma democrática, envolvendo todos os partidos”, disse.
O líder petista lembrou que o Congresso é lugar de debates de opiniões e não pode ser desrespeitado com atos de vandalismo. “O Parlamento não pode sofrer uma agressão como essa. Reivindicar é legítimo e democrático, mas agressão e ato de vandalismo não correspondem a uma atitude civilizada da sociedade”, criticou Fontana.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) também criticou a destruição. "Esse tipo de ação não constrói nada no movimento social, não constrói a independência dos trabalhadores, não leva a nada", afirmou.
A invasão da Câmara foi provocada por centenas de integrantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), um grupo dissidente do MST. Eles quebraram, com pedaços de pau, as portas de vidro da entrada do Anexo 2, que fica próximo às comissões, até o Salão Verde, que fica ao lado do plenário da Casa. Eles ocuparam o Salão Verde com palavras de ordem.
Agência Informes (www.informes.org.br)