quinta-feira, junho 29, 2006

TEMOS DE ELEGER MAIORIAS DEMOCRÁTICAS na Câmara e no Senado. Movimento social, sim, desde que ELEJAM DEPUTADOS E SENADORES. SEM ESSA de ONGs!

ONG, quando não é arapuca, é coisa de menino do bundão. Aqueles moleques palha de arroz, que só querem jogar bola quando são os donos da bola. Precisamos de grandes maiorias democráticas e de grandes e quentes partidos políticos. Essa imprensa tucana cretina, está em campanha aberta contra os "políticos" e a "política". Aqui mesmo na blogosfera, vez ou outra aparece alguém querendo detonar os partidos. Aí eu pergunto: mas não foi pra isso que lutamos 20 anos contra a ditadura? Mil vezes melhor um ACM do PFL, mas que foi votado pelo povo brasileiro, do que uma ONG obscura dessas que ninguém sabe de onde vem e nem quem está por trás. Ou então, essa imprensa tucana metida a ser o gás da coca-cola, mas que nunca teve um voto de ninguém. Falam que dentro do PT, da CUT, do MST, ... tem muita porrada, várias correntes, várias tendências. Sim, e daí? Qual o problema? Foi justamente no meio de todo esse calor que se formou essa nova "elite" que hoje governa o Brasil, a chamada "República Sindicalista". Isso é democracia, e não chegamos até aqui de graça... am

----- Original Message -----
From:
Caia Fittipaldi

O que temos hoje, não é, de modo algum, nenhum "fim do mundo"... que só seria remediável pela ação de ONGS. Precisamos de governo democrático, democraticamente votado e eleito. Esse é o único remédio que há, sempre houve e sempre haverá, para acabar com a corrupção dos políticos corruptos.

TODOS OS POLÍTICOS CURRUPTOS SEMPRE foram 'a elite' econômica, no Brasil. Raymundo Faoro falou nos "donos do poder" e nos "funcionários públicos afidalgados" que aqui sempre houve, de fato, desde a colônia. Muitos desses, aposentados, fazem hoje, no século 21, o joguinho autista do P-SOL e dos 'professô-dotô' que reivindicam "direitos adquiridos", mas ainda não falam em seus DEVERES democráticos.

TEMOS DE VOTAR, para acabar com a corrupção. Tirar da Câmara Federal e do Senado os corruptos de SEMPRE, e trocá-los por políticos que representem o povo -- não só as elites da terra e da grana e das 'sociologias' tucano-pefelistas-uspeanas -- no Brasil.

TEMOS DE ELEGER MAIORIAS DEMOCRÁTICAS na Câmara e no Senado.

O movimento social, sim, desde que se organize e ELEJA DEPUTADOS E SENADORES.
SEM ESSA de ONGs. Eu odeio ONG! Precisamos de ORGANIZAÇÕES GOVERNAMENTAIS, de OGs, portanto.

ONG, comigo, é feito essa "Transparência Brasil": ONG é tudo opaca.
Xô ONGs [todas, por via das dúvidas].
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O texto abaixo está em FREI VICENTE DE SALVADOR. “História do Brasil (1500-1627)”, na íntegra em
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000038.pdf ). Foi escrito no século 16!

É uma beleza! Conta o dia em que o governador do Rio de Janeiro... vendeu a cidade e os habitantes... aos piratas! [É puuuuuuuuuuuuuuura história do Brasil! NÃO DEU NA FOLHA DE S.PAULO! [risos muitos]
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“Não notei eu [a corrupção, que estava em todos os cantos, no Brasil, do século XVI] tanto, como quando conheci os escritos de um bispo de Tucumã da Ordem de São Domingos, que por algumas destas terras passou para a corte.
Era grande canonista, homem de bom entendimento e prudência e assim muito rico. Notava as coisas e via que mandava comprar um frangão, 4 ovos e um peixe para comer e nada lhe traziam, porque não se achava na praça nem no açougue. Mas, se mandava pedir as ditas coisas e outras muitas às casas particulares, lhas mandavam. Então disse o bispo: "verdadeiramente que nesta terra andam as coisas trocadas, porque toda ela não é república, sendo-o cada casa".
O caso do governador Castro Morais, "o Vaca"
Ilustrativo dessa venalidade e falta de espírito público dos governantes de que fala o traficante francês, no século 16, é o caso do governador Francisco de Castro Morais, “o Vaca”, sob quem paira a suspeita de, em troca de certos benefícios pecuniários, ter sido conivente com o pirata Duguay-Trouin quando de sua célebre invasão do Rio de Janeiro em 1711.
Dito em linguagem corrente e direta, o governador é acusado de “vender” para os franceses a cidade e seus moradores. Inocente ou culpado, o fato é que “o Vaca” foi condenado ao degredo numa fortaleza da Índia depois da invasão, e seu sobrinho, que estava no Rio de Janeiro na ocasião do saque, manteve, posteriormente, afetuosa correspondência com um dos invasores, o capitão Chancel de Lagrange.
Para mais, os cariocas não tinham dúvidas das culpas do governador, ao menos é o que se depreende de uma carta do “interventor” Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, datada de novembro de 1711, na qual se lê:
“O povo estava inquieto e contra o governador Francisco de Castro Morais, cuja vida corria perigo, pois já tinham intentado tirá-la, não o obedeciam nem o respeitavam, tratando-o de traidor, e ao mesmo tempo me foram encontrar 2 oficiais da Câmara com um requerimento por escrito em nome de todos, em que me pediam lhes viesse acudir, e prendesse o governador, que os tinha vendido e entregue a terra”.
A incúria e desonestidade dos governantes atingia um ponto tal que, ainda de acordo com os visitantes estrangeiros, a sociedade toda tinha se contaminado e deteriorava-se a olhos vistos.
A inglesa Jemina Kindersley, que visitou Salvador em 1763, expressou de maneira exemplar tal sentimento. Diz a viajante:
“A corrupção no estado é, invariavelmente, seguida pela corrupção do povo. A maioria dos habitantes daqui é movida muito mais pelo medo do que pelo sentimento de honra; e quanto maior a dificuldade que encontram para obter justiça, maior a sua inclinação à astúcia e à desonestidade -- todos olham o seu vizinho com uma enorme desconfiança.” (Em FRANÇA, Jean Marcel Carvalho
[1]. “A desonestidade dos governantes e a corrupção marca a história brasileira desde os tempos coloniais”.

Revista Trópico, http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/2742,1.shl
[1] Jean Marcel Carvalho França é professor do Departamento de História da UNESP-Franca e autor, entre outros, de "Literatura e Sociedade no Rio de Janeiro Oitocentista" (Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1999) e "Outras Visões do Rio de Janeiro Colonial" (José Olympio, 2000).