Obras de gasoduto que cortará floresta amazônica começa hoje
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará hoje a primeira solda que marcará o início das obras de construção do gasoduto Urucu-Manaus, que vai levar o gás natural da província petrolífera de Urucu, no município de Coari (AM), até a capital do Amazonas.Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, a obra deve gerar quase 3,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. Embora ainda não tenha o valor total do gasoduto, que deve ficar em torno de US$ 1 bilhão, a estatal informou que dois dos três trechos orçados até agora envolvem recursos de US$ 770 milhões.O gasoduto terá 670 quilômetros de extensão, cortando o "coração" da floresta amazônica, e deve estar concluído em março de 2008. Na primeira fase de operação, transportará 4,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, volume a ser utilizado principalmente em termelétricas na produção de energia elétrica destinada aos consumidores de Manaus e de outros municípios do estado, beneficiando 1,5 milhão de pessoas.A solenidade de início das obras está prevista para as 9 horas, em Coari. Além de Lula, estarão presentes o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e o governador do Amazonas, Eduardo Braga. (Fonte: Agência Brasil)
Conab estima novo recorde na produção de cana na safra 2006-2007
Brasília – O Brasil deve bater novo recorde na produção de cana-de-açúcar durante a safra 2006-2007. Um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a produção em 469,8 milhões de toneladas. Esse número superaria em 8,9% a safra anterior (2005-2006). Nos últimos 10 anos, houve crescimento de 54,7% na produção de cana-de-açúcar no Brasil.De acordo com a Conab, o crescimento na safra 2006-2007 ocorrerá devido à ampliação e à abertura de novas usinas e destilarias para atender a fabricação de açúcar e álcool. Das 469,8 milhões de toneladas, 423,4 milhões de cana serão destinadas à industria sucoalcoleira, sendo 237,1 milhões de toneladas (50,5%) para a produção de açúcar, o que corresponde a 584,9 milhões de sacas de 50 quilos do produto.Para a produção de álcool (hidratado, anidro e neutro), serão utilizados 186,3 milhões de cana-de-açúcar (39,6% do total), o que vai gerar 17,8 bilhões de litros. O restante da produção, 46,4 milhões de toneladas (9,9% do total), será destinado a outros fins, como a fabricação de cachaça, rapadura, ração animal e sementes para plantio.Na avaliação do diretor da Conab, Silvio Porto, a safra recorde supre a demanda nacional por álcool e deve garantir a estabilidade nos preços. "Acreditamos que esse crescimento da safra vai permitir que tenhamos uma regularidade no fornecimento. O que pode trazer um desequilíbrio porque não teremos assegurado a real estimativa das exportações", pondera Silvio Porto."Mas dentro do crescimento dos últimos anos, acreditamos que o Brasil conseguirá atender a demanda externa colocada para esse próximo ano e também garantir a estabilidade dos preços e fornecimento interno."Para o diretor da Conab, os preços do álcool devem ficar no patamar que se encontram hoje, de R$ 0,84 e R$ 0,96 centavos nas indústrias. O levantamento da companhia indicou ainda uma migração dos produtores de cana do Nordeste para as regiões Centro-oeste e Sudeste do país."No Nordeste, existe uma limitação da expansão da área", explicou Silvio Porto. Os agricultores que antes plantavam milho, soja e mandioca, além dos pecuaristas, estão agora plantando cana."A cana apresenta maior rentabilidade em relação a esses outros setores, principalmente em relação à pecuária devido ao problema com a febre aftosa que gerou queda real dos preços."O estudo de campo da Conab foi realizado na primeira quinzena de maio e contou com a participação de 79 técnicos da companhia. Foram aplicados 548 questionários entre representantes de 430 entidades como usinas, destilarias, sindicatos, associações, órgãos públicos e privados. (Fonte: Agência Brasil/Ivan Richard)
Reunião em Brasília discute relatório do Programa Brasileiro de Agricultura Energética
Brasília - O relatório final do Programa Brasileiro de Agricultura Energética é tema de uma reunião, às 9h30, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Participam representantes do Banco de Cooperação Internacional do Japão (JBIC, sigla em inglês) e dos ministérios da Ciência e Tecnologia; Planejamento, Orçamento e Gestão; Minas e Energia; Fazenda; Casa Civil; Relações Exteriores; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e Desenvolvimento Agrário.Os trabalhos serão coordenados pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Segundo informações do ministério, na última terça-feira (30) o banco japonês comunicou ao ministro a disposição de investir RS$ 1,286 bilhão no programa brasileiro de agroenergia. (Fonte: Agência Brasil)