sexta-feira, maio 12, 2006

A mídia tucana pariu um rato

Para ler com muita atenção...

Estado emocional de Silvio Pereira confunde senadores

Para quem não conhece o ex-secretário geral do PT, a declarada confusão mental pode parecer mera estratégia de defesa. Quem o conhece, no entanto, acredita que foi sincero, pelo menos no relato que fez sobre as condições em que concedeu entrevista ao jornal O Globo.

Nelson Breve - Carta Maior

BRASÍLIA – “Sobre essa entrevista, não sei mais onde está a verdade. Não sei de onde tirei isso. Se foi da imprensa, se foi ouvindo ou se foi da minha cabeça”. Para quem não conhece o ex-dirigente do PT Silvio Pereira, pode parecer mera estratégia de defesa essa confusão mental declarada por ele logo no início do depoimento de seis horas prestado nesta quarta-feira (10) à CPI dos Bingos. Quem o conhece, no entanto, acredita que foi sincero, pelo menos no relato que fez sobre as condições em que concedeu entrevista ao jornal O Globo três dias depois do 13º Encontro Nacional do PT, o primeiro que deixou de participar desde que ascendeu à direção nacional do partido.

Silvinho, como era carinhosamente tratado no PT, estava se sentido desprezado pelos companheiros de partido, que não o perdoaram por receber um benefício pessoal em razão de suposto tráfico de influência junto à Petrobras (ganhou de presente um jipe Land Rover de um executivo de empresa que venceu licitação junto à estatal). Desde que se sentiu forçado a desfiliar-se do PT, no auge da crise política, entrou em crise depressiva. “Nesse ano [desde o início do escândalo], fiquei praticamente sozinho. Amigos ligavam, mas não queria ver ninguém. Também não me convidavam para nada”, contou Silvio, no depoimento, reconhecendo ter guardado uma grande mágoa por causa da crise que abalou as estruturas do PT.

O estado emocional dele se agravou nos últimos 30 dias, quando o procurador-geral da República o indiciou como integrante de uma “organização criminosa”. Na semana passada, disse no depoimento, ficou feliz quando alguns ex-companheiros de partido, com quem não falava há muito tempo, telefonaram para lhe falar do Encontro do PT realizado no fim de semana anterior. Se ainda estivesse na Secretaria de Organização do partido, teria sido responsável pelo evento. Silvio foi ficando deprimido quando lhe disseram que foi o melhor Encontro do PT nos 26 anos de existência do partido. Contaram a ele sobre as pessoas presentes, inclusive o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do partido José Genoino.

Apontados como integrantes do núcleo da “quadrilha”, tal como Silvinho e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, os dois foram saudados com muitos aplausos pela grande maioria dos delegados presentes, apesar da denúncia do Ministério Público Federal. Por causa da Land Rover, Silvinho não pôde estar lá para ser igualmente homenageado como vítima da guerra política contra a oposição ao governo Lula. “Teve o Encontro do PT. Me senti como uma pessoa morta”, disse com a voz embargada.

DEVOLUÇÃO DO CARRO
Foi nesse estado emocional que Silvio recebeu a repórter Soraya Aggege, de O Globo, em seu apartamento, em São Paulo. Disse ter permitido que ela subisse porque a confundiu com a massagista. Como ele conhecia a repórter, não se negou a falar rapidamente, em pé, enquanto lhe servia uma água e um café. De acordo com o ex-dirigente do PT, a jornalista lhe disse que pretendia escrever um perfil dele para uma reportagem especial que seu jornal publicaria por ocasião do aniversário de um ano da eclosão da crise política. Como ele tinha um compromisso, pegou o telefone dela e combinou ligar outra hora.

Antes de sair, a repórter teria dito algo que mexeu com a cabeça dele: apenas um petista o defendera no Encontro do PT e outros teriam dito, inclusive, que ele não devolvera o carro presenteado como suborno. Silvio ficou abalado. Ao saber que o compromisso de trabalho havia sido adiado para a manhã seguinte, ligou imediatamente para a repórter pedindo que voltasse. Combinou com ela a condição de ler o texto sobre seu perfil antes da publicação.

Acreditando que poderia convencer a repórter de que não era o vilão maior do escândalo, apresentou documentos com a intenção de comprovar que sua importância no episódio seria bem menor do que transparece na denúncia do Ministério Público. Mostrou a nota e o recibo de devolução do carro, a carta manuscrita com seu pedido de desfiliação do PT, a defesa apresentada por Delúbio Soares à Direção do Partido e a planilha com a relação dos cargos no governo federal negociados entre as correntes petistas e os partidos aliados, atribuição que teria recebido do presidente Lula no início do governo.

Silvio disse também que conversou livremente com a repórter por algumas horas na tentativa de convencê-la de que a versão predominante sobre o escândalo, especialmente entre os que acusam o PT e o governo, possui inconsistências. Teria apontado ainda algumas linhas de possível investigação. “Disse a ela que podia ser inverossímil, mas que o tesoureiro do PT era quem cuidava do dinheiro. Não existia mensalão. Não existia esse negócio”.

CONFUSÃO MENTAL
No dia seguinte à conversa, conforme o combinado, a repórter voltou para mostrar o que seria publicado. De acordo com Silvio, ao ver que o jornal publicaria como declarações suas a conversa da véspera, foi ficando transtornado. “Não consegui ler a matéria. Cada linha que eu lia, ia me deixando abalado”. Argumentou com a repórter que não havia dado uma entrevista. Ela ponderou que ele não havia negociado previamente a condição do anonimato da fonte de informação do jornal, prática conhecida no meio jornalístico como declarações “off the records” ou simplesmente “em off”.

Ele pediu para que o texto não fosse publicado. Ela tentou negociar com o chefe na redação do jornal, mas a resposta foi negativa. Depois, disse ter estranhado o fato de ele ter falado tão abertamente a uma jornalista com quem não tinha grande intimidade. “Eu disse a ela que achava que estava conversando com uma amiga”, contou. Silvio disse aos integrantes da CPI não se lembrar de ter usado a expressão “eles vão me matar”, conforme relatado na reportagem. Mas esclareceu que não teme por sua vida. Portanto, a expressão, se usada, teria sido em sentido figurado. “Não me sinto ameaçado por ninguém”, assegurou.

Silvio não convenceu os senadores de sua confusão mental. As constantes negativas para confirmar o inteiro teor das declarações publicadas deixaram os integrantes da CPI irritados e o clima tenso no início do depoimento.

- Não tenho condições de confirmar nada sobre a entrevista
– avisou o ex-dirigente do PT.- O senhor tem problema de amnésia?
– debochou o relator da CPI, Garibaldi Alves (PMDB-RN).
- A partir dessa pergunta me nego a responder perguntas desse tipo
– protestou Silvio.
- Esperava que o senhor pudesse esclarecer a entrevista
– lamentou o relator.

O depoente se acalmou e repetiu a justificativa usada ao longo de toda a entrevista para não confirmar nem desmentir o teor de suas declarações a O Globo. Essencialmente, o conteúdo da reportagem estaria fiel à conversa que teve com a repórter. No entanto, em razão de seu estado emocional, não teria condições de distinguir na entrevista publicada o que de fato testemunhou, do que lhe contaram, do que seriam suposições e análises pessoais e do que seriam fantasias criadas por ele. “Não é justo incriminar alguém inocente. Eu não quero prejudicar nem meus inimigos, quanto mais meus amigos”, justificou.

Quase no final do depoimento, as condições psicológicas de Silvinho ficaram mais claras na inquirição feita pelo presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE).

- O senhor já teve fantasias e delírios antes dessa entrevista?
– questionou o senador com jeito de quem esperava ouvir uma negativa.
- Infelizmente, não foi a primeira vez, senador. Infelizmente, sim – respondeu Silvio Pereira, entre angustiado e constrangido.

Antes, já havia dito que estava desconfortável na condição de depoente. “Estou aqui por determinação. Queria ficar longe de qualquer coisa que cheire política. Queria ficar fora do ambiente político. Com minha família. Meu desejo é ficar com minha família. Longe de tudo”. Por isso, considerava que o maior prejudicado com a entrevista que concedeu ao jornal tinha sido ele próprio.

ESCLARECIMENTO DAS DECLARAÇÕES
Silvio não criticou o trabalho da repórter. Disse ter certeza de que ela não inventou nada da entrevista. “Se ocorreu alguma distorção, ocorreu na minha cabeça”. Mas esclareceu várias declarações que haviam dado margem à interpretação equivocada da oposição de que ele tomara a iniciativa de fazer grandes revelações sobre o esquema conhecido como mensalão.

Sobre a intenção de o lobista Marcos Valério arrecadar R$ 1 bilhão em negócios com o governo federal em troca de ser o grande financiador dos partidos da base governistas no Congresso, Silvio disse que estava falando com a repórter sobre o Brasil. “Se é para fazer uma investigação séria, para valer, é preciso investigar todos os Marcos Valérios. Deve ter uns 100 por aí. Eu não estava discutindo o PT. Eu estava discutindo o Brasil”. O ex-dirigente do PT procurou seguir uma linha de depoimento que não provocasse o lobista. Disse que as referências a ele foram feitas de maneira genérica. “Marcos Valério se tornou sinônimo, como mensalão se tornou sinônimo de corrupção. Pessoalmente não tenho essa visão do Marcos Valério”.

De acordo com Silvio, as cifras mencionadas na entrevista não seriam baseadas em fontes primárias de informação e sim em reportagens que já teriam sido publicadas. O mesmo teria ocorrido com o que falou sobre os quatro grandes negócios cobiçados por Valério: interesses dos bancos Econômico e Rural no resgate de ativos mantidos pelo Banco Central como lastro para cobrir o rombo do falido Banco Mercantil de Pernambuco; interesse do Grupo Opportunity em manter o controle da Brasil Telecom, na disputa com os fundos de pensão liderados pela Previ; e algo na área de agropecuária, que não soube detalhar.

DANTAS DE VOLTA
Como o depoente confirmou a linha de raciocínio esboçada na entrevista, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgilio (AM), aproveitou o gancho para esquentar uma acusação, no mínimo esquisita, com roupagem de denúncia bombástica. O senador leu e distribuiu trechos de um documento enviado por um advogado do Grupo Opportunity a uma corte dos EUA, onde está sendo julgada uma desavença da empresa com o antigo parceiro de negócios, o Citigroup, por causa do controle acionário da Brasil Telecom.

Na carta, datada em 13 de abril deste ano, a irmã do dono do Opportunity, Daniel Dantas, acusa o presidente Lula e os ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu de odiarem o irmão e de estarem fazendo uma guerra contra ele para tirá-lo da direção da empresa. De acordo com ela, o ódio e a perseguição teriam começado depois que o Opportunity recusou pagar dezenas de milhões de dólares em propina ao PT.

A denúncia é esquisita, em primeiro lugar, porque a oposição trabalhou para abafar o aprofundamento das investigações sobre Daniel Dantas na CPI dos Correios, que tinha um conjunto de indícios que apontavam na direção contrária. Ou seja, não teria sido o governo que tentou achacar Dantas e sim o Opportunity que teria usado o lobista Marcos Valério para tentar reduzir o peso do governo em favor da Previ.

É estranho também, nesse caso, a realização de transferências de centenas de milhões de reais de empresas ligadas à Brasil Telecom para as agências de Valério. Fatos que levaram Silvinho, pela leitura de jornais e revistas ou por informações mais confiáveis, a levantar suspeitas sobre os negócios do Opportunity na conversa com a repórter. “Era fato que havia divergências no PT quanto à briga entre o Opportunity e a Previ”, afirmou o ex-dirigente do PT ao responder indagações de Virgilio.

QUEM MANDA NO PT
Em relação ao rombo nas finanças do partido, Silvio disse que nas reuniões da direção eles discutiam apenas as despesas, não discutiam a forma de arrecadar, que teria sido delegada exclusivamente ao tesoureiro Delúbio. “Nos últimos dois ou três anos, cresceu o poder do Delúbio sobre as finanças do PT. Nunca ouvi ninguém perguntar como buscar o dinheiro ou da onde vem o dinheiro”, relatou o ex-dirigente, que apontou toda a comissão executiva do partido como responsável pelos acontecimentos, mesmo os que não sabiam do esquema de Delúbio com Valério, entre os quais ele se inclui. “Minha responsabilidade não é maior nem menor que a dos 21 integrantes da executiva”.

Quanto ao suposto apontamento de Lula, Genoino, Dirceu e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), como grandes responsáveis pelo que ocorreu no partido, Silvio esclareceu que falava do ponto de vista político e histórico. De acordo com ele, a repórter comentava sobre a mudança na direção do PT, quando ele discordou dos argumentos dizendo que os dirigentes do partido podem não ser os mesmos, mas os grandes líderes sempre foram Lula, Dirceu, Mercadante e Genoíno. “Eu não sentava nessa mesa. Estava falando de líderes da história do PT, não de quadrilha”.

Esse foi o gancho para a senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) destilar a mágoa dela por ter sido expulsa do partido. Considerou que sempre existiu muita lenda sobre a democracia interna do PT, pois uma pequena parte manda e outra opera. Insinuou que o poder subiu à cabeça de Silvio e que ele teria comemorado a expulsão dela com garotas de programa junto com outros petistas conhecidos. Silvio entendeu a provocação da ex-companheira, que teria se tornado interlocutora de conhecida cafetina da capital. Ele garantiu não ter ficado contente pela expulsão dela e assegurou que existem testemunhas de que saiu da reunião do partido direto para o aeroporto.

A GRANDE MÁGOA
Silvio mostrou na entrevista e no depoimento a origem de sua mágoa: nunca ter sido valorizado pelo papel importante que acreditava desempenhar no partido. Lembrou que quando foi “promovido” de secretário de Organização para secretário-geral, acabou perdendo força. “Na Secretaria de Organização tinha boa estrutura. Na Secretaria-geral só tinha uma sala e uma secretária”.Sem assumir as funções que geralmente cabem a um secretário-geral em outros partidos, acabaram dando-lhe a tarefa de coordenar o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) com vistas às eleições municipais de 2004. Mesmo com essa atribuição, percebia-se preterido no núcleo decisório. Não teria sido sequer consultado sobre a aliança nacional com o PTB, fechada em uma reunião na sede do partido, em Brasília, quando ele estava em uma sala próxima. Teve de interferir depois para incluir o Rio de Janeiro no acordo, mas garante nunca ter tratado de dinheiro, apenas ter defendido os interesses de estados que não tinham muito prestigio na direção.

O senador Siba Machado (PT-AC) confirma esse papel exercido por Silvio. Lembrou que na campanha de 2002 ele era o dirigente mais presente na Região Norte, injetando ânimo nos organizadores locais da campanha. Tinha a meta de dobrar a bancada de deputados federais, ampliar bastante a de senadores e fazer dois governadores. “Só não conseguimos cumprir a última, mas foi por pouco”, disse o senador, comentando que Silvio mostrou no depoimento toda a mágoa e o rancor por seu trabalho no partido nunca ter sido reconhecido. “Nunca disse que fui um João Ninguém no PT. Eu tenho orgulho do que fiz. Tinha um papel importante no PT. Tenho orgulho desse papel. Nunca quis ter mandato. Minha grande luta no PT é ter meu trabalho reconhecido. Pessoas sem história no PT acabam tendo cargos só porque tiveram mandato”. Silvio disse que caiu em desgraça no partido quando deu entrevista ao jornal Valor dizendo que a então prefeita de São Paulo Marta Suplicy tinha errado ao não fazer aliança com o PMDB e iria perder a eleição. “A partir daquele momento, fiquei persona non grata em São Paulo”.

Durante o depoimento, Silvio respondeu com dignidade às gracinhas dos senadores, especialmente do presidente da CPI, Efraim Moraes (PFL-PB). O senador se irritou várias vezes com as respostas dele, alternando comentários grosseiros com reprimendas desnecessárias. Ao invés de ler a íntegra da entrevista no início do depoimento, face ao alegado desconhecimento, tomou a atitude só no fim.

Em certo momento, Efraim tentou insinuar que Silvio estava sobre efeito de remédios, dizendo que ele teria de se explicar com o psicanalista de plantão. Em atitude bisonha, não queria deixar que o depoente explicasse publicamente o que era as gotas que pingara algumas vezes no copo com água. Mesmo assim, Silvio fez questão de responder em voz alta e alterada pela irritação. “É suco de limão”. Para um problema na garganta.

CPI BICHO-PAPÃO
Encerrada a audiência, ficaram as frases feitas da disputa política. A oposição apregoando as contradições de uma mente perturbada. O governo aliviado com mais um depoimento amalucado. Tudo faz parte desse teatro grotesco de uma investigação sem rumo. A CPI dos Bingos se tornou um palco tão ridículo, que o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) aderiu à confusão mental de Silvinho. “Até hoje não se instalou a CPI do Waldomiro”, cobrou o protetor do banqueiro Daniel Dantas. O desvirtuamento é tão grande, que ele se esqueceu de que a CPI do Waldomiro deveria ser justamente aquela onde ele próprio estava se exibindo pra tentar confirmar declarações de uma entrevista que nada tinha a ver com bingos ou com o contrato de loterias da Caixa, que motivou o requerimento de sua instalação.

Criada para constranger o governo Lula, a CPI dos Bingos virou CPI do Fim do Mundo depois que o bicheiro Carlinhos Cachoeira inocentou o ex-ministro José Dirceu dizendo que o ex-subordinado dele na Casa Civil Waldomiro Diniz, apanhado pedindo uma propina na época em que era presidente da Loterj, nunca havia falado o nome do superior nas conversas que tiveram. Por ironia, a CPI dos Bingos deverá propor ao fim dos trabalhos a legalização das casas de jogos. Justamente o que estava em estudo no governo e foi considerado pela oposição indício de esquema de corrupção, por causa das relações entre Waldomiro e Cachoeira.

Dirceu acabou caindo por outros motivos, mas a CPI dos Bingos conseguiu comemorar seu troféu com a demissão do ministro da Fazenda Antonio Palocci. Ele caiu na armadilha que opositores de esquerda e de direita lhe prepararam para levá-lo a mentir na tentativa de preservar sua vida particular. Na ânsia de se defender, cometeu o crime de usar o aparelho do Estado para quebrar o sigilo bancário do indivíduo que o apontou como mentiroso.

Enquanto não for encerrada, a CPI dos Bingos ficará como um caixa 24 horas de chantagem sobre o governo, que tem maioria instável na comissão. Com o agravante de ter o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) chutando bolas contra as próprias redes. Para desespero do zagueiro Tião Viana (PT-AC), que também saiu chamuscado da história do caseiro.

Mas no depoimento de Silvio Pereira, quando o senador Leonel Pavan (PSDB-SC) indagou sobre “quem mandava no setor de corrupção do PT”, foi Suplicy quem saiu em defesa do partido. Tião Viana preferiu ir ao banheiro. Provocado sobre a troca de papéis o irmão do governador do Acre, Jorge Viana, respondeu: “Pergunta quantas vezes eu já pedi para ele [Suplicy] fazer isso”. Tião está contando os dias, as horas e os votos que o separam da proclamação do resultado da votação final do relatório que será enviado ao Ministério Público.

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