quarta-feira, novembro 28, 2007

A IMPORTÂNCIA DO SEU VOTO




















CPMF: QUEM QUER TIRAR O LEITE DAS CRIANÇAS
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 777

. Guarde bem esses nomes:

--DEM-- ou PFL

Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA)

Ademir Santana (DEM-MA)

Demóstenes Torres (DEM-GO)

Efraim Moraes (DEM-PB)

Eliseu Rezende (DEM-MG)

Heráclito Fortes (DEM-PI)

Jonas Pinheiro (DEM-MT)

José Agripino (DEM-RN)

Kátia Abreu (DEM-TO)

Jaime Campos (DEM-MT)

Marco Maciel (DEM-PE)

Maria do Carmo Alves (DEM-PE)

Raimundo Colombo (DEM-SC)

Rosalba Ciarlini (DEM-RN)

- - PSDB - -
o partido do FHC
Arthur Virgílio (PSDB-AM)

Marisa Joaquina Monteiro Serrano (PSDB-MS)

Sérgio Guerra (PSDB-PE) - clique aqui para ler que o presidente do PSDB não sabe o que dizer de FHC

Mário Couto Filho (PSDB-PA)

Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

Alvaro Dias (PSDB-PR)

João Tenório (PSDB-AL)

Marconi Ferreira Perillo Júnior (PSDB-GO)

Papaléo Paes (PSDB-AP)

Eduardo Azeredo (PSDB-MG)

--PMDB--

Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)

. Preste atenção ao rosto deles e delas – vá à galeria do Conversa Afiada (clique aqui).

. Esses senadores participaram da reunião de ontem, terça-feira, dia 27, em que a oposição decidiu ir “para cima”: votar logo a CPMF porque já tem os votos necessários para evitar a prorrogação.

. Esse grupo aí em cima é o “núcleo duro” da não-prorrogação, sob a liderança de Arthur Virgilio (PSDB) e Agripino Maia (DEM).

. Como demonstra a entrevista do Ministro Patrus Ananias, a CPMF, além de ser aplicada na área de saúde, fornece 87% dos recursos do Bolsa Família.

. (Clique aqui para ler que a CPMF entra com 87% (!!!) dos recursos do Bolsa Família)

Leia mais em:



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segunda-feira, novembro 26, 2007

O monopólio oligárquico da mídia não consegue convencer o povo de que seus interesses representam o país




As oligarquias contra a democracia


É uma lei de ferro da história: as oligarquias dominantes lutam sempre desesperadamente para não perder o poder que controlam, a ferro e fogo, há séculos. Quando o povo e as forças populares ameaçam esse poder, elas apelam para a violência. Primeiro apelavam diretamente à intervenção militar dos EUA, depois, às FFAA, formadas e coordenadas com os EUA. Agora seguem suas estratégias de violência e obstáculo aos processos de democratização no continente, onde quer que ele se dê, sob a forma que seja.

Essas ações violentas são parte da história do nosso continente. As mais recentes foram os golpes militares, que derrubaram governos eleitos legitimamente pelo povo, para substituí-los por ditaduras militares, demonstrando a tese enunciada acima: no Brasil, na Argentina, no Chile, no Uruguai, na Bolívia, a violência introduziu regimes de terror em todo o cone sul.

São partidos políticos, personagens da política tradicional, grandes empresas privadas, corporações empresariais, que apoiaram e tiveram gigantescos benefícios durante as ditaduras militares, que hoje encarnam a direita latino-americana, disfarçados de democratas, opondo-se aos novos avanços populares. São os mesmos que apoiaram as ditaduras, as intervenções norte-americanas, a violência contra o povo, que agora resistem à vontade democrática da maioria.

Eles estão perdendo em praticamente todas as eleições, quando o monopólio oligárquico da mídia não consegue convencer o povo de que seus interesses representam o país. Perdem na Argentina, no Brasil, no Equador, na Bolívia, na Venezuela. E aí apelam de novo para a violência e as tentativas de ruptura da democracia, quando esta não lhes serve mais, porque o povo passa a reconstruir democracias com alma social.

Órgãos de imprensa que promoveram os golpes militares, apoiaram as ditaduras e se beneficiaram com elas – na Argentina, no Brasil, na Bolívia -, que apoiaram tentativas de golpe – na Venezuela -, que pregaram os processos de privatização que dilapidaram os Estados latino-americanos – agora vestem roupas “democráticas” e pretendem brecar os processos de transformação em curso. Querem contrapor a violência e as ameaças aos movimentos populares que colocam em prática processos de nacionalização, de integração regional, de políticas sociais favoraveis às grandes maiorias da nossa população, sempre desconhecidas pelas oligarquias tradicionais, os direitos dos povos indígenas e negros, das mulheres, dos jovens, crianças e idosos, do meio ambiente, de democratização dos meios de comunicação.

A Bolívia, situada no coração do continente, concentra hoje as principais ações da direita oligárquica contra os processos de democratização que se desenvolvem na América Latina. As oligarquias brancas, que privatizaram os patrimônios fundamentais do Estado e do povo boliviano, que apoiaram regimes ditatoriais e participaram deles, que tentaram impedir, por séculos, que as grandes maiorias indígenas acedessem ao poder, que desenvolvem campanhas racistas sistemáticas de discriminação, tentam agora impedir que a vontade majoritária do povo boliviano realize, pela primeira vez na história desse país, as políticas de um governo dirigido por um líder indígena.

Apesar da campanha eleitoral racista – em que 92% das notícias foram contrárias a Evo Morales e com caráter racista, conforme atestou a comissão internacional de acompanhamento da cobertura de imprensa -, o povo boliviano – de que 64% se reconhece como indígena – elegeu, em dezembro de 2005, a Evo Morales, no primeiro turno, com a maior votação que um presidente boliviano já obteve.

A reação das oligarquias locais não se fez esperar, assim que o governo passou a cumprir sua plataforma de campanha, nacionalizando os recursos naturais, convocando a Assembléia Constituinte, desenvolvendo políticas de distribuição de renda, começando o processo de reforma agrária, avançando na integração latino-americana, reconhecendo os direitos dos povos indígenas. Embora derrotada na grande maioria dos estados, a direita boliviana, apoiada na estrutura de seus partidos tradicionais, conseguiu eleger 6 governadores, mesmo onde Evo Morales havia triunfado e, baseado neles, tenta promover a divisão do país. Ou ameaça com ela, para tentar manter o poder regional sobre a terra, os recursos naturais, os impostos sobre as exportações e o poder para continuar submetendo aos povos indígenas.

Com minoria na Assembleia Constituinte, a direita tenta desestabilizar o pais, mediante mobilizações violentas, com metralhadoras, pistolas, bombas molotov, querendo bloquear o direito soberano e majoritário do povo boliviano de decidir o carater multi-étnico, multi-nacional, da nova Cosntituição. Usam os mesmos métodos violentos de sempre, se valem da atuação da embaixada dos EUA e de governos europeus, que alentam a oposição, preocupados em defender as empresas transnacionais que sempre exploraram a Bolivia, em conluio com essas forças que agora se rebelam contra a vontade popular.

Perder o poder sobre a terra, sobre os recursos naturais, que passam às mãos do povo boliviano, democrático representado pelo governo de Evo Morales, além do reconhecimento dos direitos de autonomia dos povos indígenas – torna-se insuportável para uma oligarquia que acostumou-se à apropriação privada do país para realizar seus interesses particulares.

O povo boliviano se pronunciará sobre o projeto de nova Constituição, aprovado pela maioria dos delegados e dotará ao país, pela primeira vez na sua história, de uma estrutura política e jurídica democrática e pluralista. Conta com o apoio popular na Bolívia e com a solidariedade dos povos e governos democráticos da América Latina.

Postado por Emir Sader




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sábado, novembro 24, 2007

FHC COMEU MOSCA DE NOVO...


SENHOR FEUDAL
Se Pedro Segundo
Vier aqui
Com história
Eu boto ele na cadeia.
(Oswald de Andrade, 1922)
Que se pintem pelas paredes do Brasil, por cima de uma foto do ex-FHC, o poema de Oswald de Andrade, que é, só o poema, um curso de pós-graduação TOTAL, de boa democracia, contra a empáfia senil e babenta da USP tucano-pefelista (nunca democrática), udenista e golpista...
leia mais em:
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quarta-feira, novembro 21, 2007

SURRA DEMOCRÁTICA



A deputada venezuelana Íris Varela do partido do actual Presidente, Hugo Chávez, esbofeteou um jornalista, em directo.
Iris Varela acusa o jornalista de calúnia.

"Exijo o direito de resposta contra este homem que me ofendeu o tempo todo neste programa".
"Ele me ofendeu e intrometeu-se no que tenho de mais sagrado, meu filho. Por isso estou aqui".

O filho da deputada morreu pouco tempo depois do nascimento.

A imprensa safada da América Latina está esticando a corda.
Nem todo mundo tem sangue de barata.
Como dizia minha vó:
quem não apanha em casa, apanha na rua...

Veja mais no blog do Mello:

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segunda-feira, novembro 19, 2007

Enquanto isso na Espanha... Por que não te calas, Cartunista???


Em Espanha, após a introdução da política de apoio à natalidade (2500 euros de incentivo por criança), uma revista publicou o seguinte cartoon retratando os príncipes lá do reino...
«Já imaginaste se ficasses grávida», «isso seria o mais próximo de trabalhar que fiz em toda a minha vida».
O juiz espanhol Juan de Olmo ordenou a confiscação de todas as cópias da edição da revista satírica El Jueves em cuja capa aparece uma caricatura «irreverente» dos Príncipes das Astúrias num acto sexual...
O documento requer ainda que o director da revista identifique os autores das caricaturas, que podem ter violado dois artigos do código penal que prevêem penas de até dois anos de prisão para quem calunie ou injurie o rei ou os seus descendentes.
Leia mais em:
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sábado, novembro 17, 2007

Tirando leite de pedra


LULA em Timon-MA
Para compreender a força de Lula
Está na PNAD a explicação para a popularidade do presidente, que intriga mídia, direita e parte da esquerda. País tornou-se menos desigual, em múltiplos sentidos. Chamar os avanços alcançados de "assistencialismo" não ajuda a entender a realidade, nem a reivindicar mudanças mais profundas
Ladislau Dowbor
É tempo de fazer as contas. Com a deformação geral dos dados pelo prisma ideológico da grande mídia, torna-se necessário buscar nas fontes primárias de informação, nos dados do IBGE, como andam as coisas. A reeleição mostrou forte aprovação por parte dos segmentos mais pobres do país a Lula, mas os números reais sobre a evolução das condições de vida do brasileiro surgem com o atraso natural dos processo de elaboração de pesquisas. O IBGE publicou a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio de 2006, e também o Indicadores Sociais dos últimos 10 Anos. Vale a pena olhar a imagem que emerge: ela explica não só os votos, como o caminho que temos pela frente.
O principal número é, evidentemente, o aumento de 8,7 milhões de postos de trabalho no país durante o último governo. Isto representa um imenso avanço, pois se trata aqui de uma das principais raízes da desigualdade: grande parte dos brasileiros se vê excluída do direito de contribuir para a própria sobrevivência e para o desenvolvimento em geral. Entre 2005 e 2006 o avanço foi particularmente forte, com um aumento de 2,4%, resultado da entrada no mercado de trabalho de 2,1 milhões de pessoas. A expansão do emprego feminino é particularmente forte (3,3,%), enquanto o dos homens atingiu 1,8%. A formalização do emprego é muito significativa: 3 em cada 5 empregos criados são com carteira assinada. Atingimos assim, em 2006, 30,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada, um aumento de 4,7% em um ano. O avanço é pois muito positivo, mas num quadro de herança dramático, que o próprio IBGE aponta: "mais da metade da população ocupada (49,1 milhões de pessoas) continuava formada por trabalhadores sem carteira assinada, por conta-própria ou sem remuneração [ 1]
O segundo número, que ocupou as manchetes de todos os jornais, é a elevação dos rendimentos dos trabalhadores em 7,2%, entre 2005 e 2006. É um número extremamente forte, e coerente com os anos anteriores: a remuneração dos trabalhadores vinha caindo desde o final dos anos 1990, e começou a se elevar em 2003, desenhando desde então uma curva ascendente. Este é um número de grande importância, pois a desigualdade é, de longe, o nosso problema número um. É um número que reflete os avanços na criação de postos de trabalho vistos acima, e também os avanços no salário mínimo.
O salário mínimo teve um ganho real de 13,3% em 2006 relativamente a 2005, o que representa um salto fortíssimo para os trabalhadores que estão no que se chama hoje de "base da pirâmide" econômica. Consultas com pessoas que trabalham com as estatísticas da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Dieese/Seade sugerem que 26 milhões de trabalhadores foram abrangidos por este aumento. Além disto, como o salário mínimo é referência para o reajuste das aposentadorias, outras 16 milhões de pessoas teriam sido beneficiadas.
Aumento consistente nos salários e avanços no combate à desigualdade – inclusive entre as regiões
Um comentário é necessário aqui: um aumento de cem reais para uma família que tem um rendimento de, por exemplo, 4 mil reais não é significativo. No entanto, cem reais representam, para pessoas que têm de sobreviver com algumas centenas de reais por mês, um imenso alívio, a diferença entre poder ou não poder comprar melhor alimento ou um medicamento para a criança. A utilidade marginal da renda, em termos de impacto para o conforto das famílias, vai diminuindo conforme a renda aumenta. Do ponto de vista econômico, maximizar a utilidade dos recursos do país envolve o aumento da renda dos mais pobres. Isto vale tanto no aspecto social, em termos de satisfação gerada, como em termos de geração de demanda e conseqüente dinamização das atividades econômicas. O pobre não faz especulação financeira, compra bens e serviços. Tirar as pessoas da pobreza não é caridade, é bom senso social, e bom senso econômico.
Outra forma de a PNAD avaliar a evolução dos rendimentos já não é por trabalhador, na fonte de remuneração, e sim por domícilio, no ponto de chegada. Isso permite agregar as várias formas de remuneração na família. O rendimento médio domiciliar aumentou em 5,0% em 2005, e em 7,6% em 2006, o que é coerente com os dados de rendimento de trabalho, e torna os dados muito confiáveis, porque convergem. É bom lembrar, para quem tem menos familiaridade com este tipo de números, que um aumento de 7% ao ano significa que o rendimento dobra a cada 10 anos.
Detalhando as cifras acima, vemos outras coisas interessantes. O rendimento no trabalho das pessoas ocupadas, que na média nacional cresceu 7,2%, subiu 6,6% no Sudeste, mas avançou 12,1% no Nordeste. No caso do rendimento dos domicílios, o aumento médio nacional, conforme vimos, foi de 7,6%. Mas no Sul e no Sudeste, foi de 7%, enquanto no Nordeste foi de 11,7%. Ou seja, não só tivemos um forte avanço do conjunto, como a região mais atrasada, cujo avanço é mais importante para o reequilibramento nacional, teve o avanço mais acelerado. Em outros termos, a desigualdade regional está, pela primeira vez, sendo corrigida, e com números muito significativos. Relevantes, sem dúvida, mas ainda muito insuficientes: O rendimento médio domiciliar nordestino representava, em 2005, 52,8% do rendimento do Sudeste, passando para 57,8% em 2006. Um grande avanço, mas um imenso caminho pela frente.
Outro eixo importante de desigualdade está ligado à diferença de nível de remuneração entre o homem e a mulher. Os dados mostram a evolução seguinte: a remuneração da mulher, que equivalia a 58,7% da do homem, em 1996, pulou para 63,5% em 2004; 64,4% em 2005 e 65,6% em 2006. Nota-se uma lenta progressão, partindo de um nível que já é em si extremamente desigual. Ou seja, aqui também a direção é positiva, mas precisamos de muito mais.

Mulher é quase 50% da força de trabalho e estuda mais – porém, arca com afazeres domésticos
A situação da mulher é particularmente afetada pela desagregação da família. Estas cifras extremamente duras aparecem no documento do IBGE sobre Indicadores Sociais 1996-2006. O número de famílias caracterizadas como "mulher sem cônjuge com filhos" passou de 15,8 milhões em 1996 para 18,1 milhões, em 2006. Como há um pouco menos de 60 milhões de famílias no país, isto significa que quase um terço das famílias são carregadas pelas mães — que se não trabalham, não têm renda, e se trabalham, não têm como cuidar os filhos. Trata-se aqui evidentemente de uma situação dramática quando associada à pobreza, e constitui um alvo central do programa Bolsa-Família, cujo sucesso se deve em grande parte também ao fato de as mulheres gerirem melhor os recursos obtidos. Aos que criticam os programas redistributivos, é bom lembrar um outro dado da PNAD, apontando que "cerca de 31% das famílias em que a mulher era a pessoa de referência viviam com rendimento mensal até meio salário mínimo per capita." [ 2] Do lado positivo, é importante o dado que a PNAD nos traz, de que as mulheres estão progredindo rapidamente em termos de nível de estudos: 43,5% delas concluíram o ensino médio (11 anos ou mais de estudos), enquanto apenas um terço dos homens possuía este grau de instrução. As mulheres investem mais também no estudo superior, onde 55,3% eram mulheres em 1996, e 57,5% em 2006. Numa sociedade onde o conteúdo de conhecimentos nos processos produtivos se eleva rapidamente, isto é fortemente promissor.
A presença feminina na força de trabalho continua crescendo: são 43 milhões, num total de cerca de 90 milhões de pessoas ocupadas. No entanto, entre trabalho, estudo e cuidados com a família, além de estar freqüentemente sozinhas na chefia da família, a sobrecarga está evidentemente no limite do suportável. A Síntese de Indicadores Sociais 1996-2006 comenta que "com relação à jornada média semanal despendida em fazeres domésticos, verifica-se que as mulheres trabalham mais que o dobro dos homens nessas atividades (24,8 horas)."
Ou seja, nesta outra dimensão tão importante da desigualdade, a que se materializa na desigualdade de gênero, constatamos avanços na remuneração relativa, avanços nos estudos, avanços na força de trabalho, mas tudo ainda enormemente injusto para uma visão de conjunto que temos caracterizado, em outros trabalhos, de "reprodução social" no sentido amplo. Os desequilíbrios estruturais herdados são simplesmente muito grandes.
Educação: um mundo à parte, marcado pelo avanço nos anos de estudo e por... analfabetismo alarmante

Outra dimensão que vale a pena comentar é que tanto a PNAD 2006 como a Síntese de Indicadores Sociais 1996-2006 documentam amplamente, são os avanços no nível da educação. Para já, é um mundo: no Brasil, são 55 milhões de estudantes, 43,7 milhões na rede pública, e 11,2 milhões na rede privada. Se incluirmos professores e sistema de apoio administrativo, temos aqui quase um terço da população do país. A expansão quantitativa maior deu-se na gestão anterior à do presidente Lula, mas os avanços continuam fortes.
Em particular, com a lei 11.274 de 6 de fevereiro de 2006, o ensino fundamental expande-se para 9 anos, com início aos 6 anos de idade. A taxa de escolarização no grupo de 5 e 6 anos aumentou em 3% em um ano. O número dos que não freqüentavam a escola nesta idade caiu de 35,8% em 1996, para 23,8% em 2001, e para 14,7% em 2006. Na classe de 7 a 14 anos, a queda dos que não freqüentavam a escola foi de 8,7% para 3,5% e 2,3% respectivamente. Para a classe de 15 e 17 anos, foi de 30,5%, 18,9% e 17,5% respectivamente. O número médio de anos de estudo completos das pessoas de 10 anos ou mais de idade foi de 6,8 anos em 2006, um aumento de 3% relativamente ao ano anterior.
No ensino superior, houve um aumento muito forte, de 13,2%, entre 2005 e 2006. Ele deve-se dominantemente à expansão do ensino superior privado, e o papel público de redução das desigualdades aparece claramente na distribuição entre os dois sistemas: "Enquanto nas Regiões Norte e Nordeste 41,9% e 36,6% dos estudantes de nível superior freqüentavam a rede pública, nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, estes percentuais eram de 18,2%, 22,1% e 26,5%, respectivamente" [ 3].
Aqui ainda, a direção é correta, mas o atraso a recuperar é imenso. Ao analisar a escolaridade da população ocupada, a PNAD constata que as pessoas com 11 anos ou mais de estudo, eram apenas 22,0% em 1996, 28,9% em 2001 e 38,1% em 2006. A progressão é forte, e se deve particularmente ao esforço educacional das mulheres ocupadas, entre as quais 44,2% tinham escolaridade de 11 anos ou mais, em 2006. Na outra ponta, temos 15 milhões de analfabetos de mais de 10 anos (redução de 10,2% para 9,6%). O analfabetismo funcional atingia 23,6% das pessoas com mais de 10 anos (redução de 1,3% ponto percentual), sendo que no Nordeste atingia 35,5%. Evidentemente, está entre as duas pontas a imensa massa dos sub-qualificados do país.
Um caminho: reivindicar a ampliação das políticas sociais — ao invés de tentar desmoralizá-las
Se resumirmos um pouco a evolução, constatamos uma forte expansão do emprego (particularmente do emprego formal), um aumento da renda do trabalho em geral (e em particular no Nordeste), uma progressão significativa da escolaridade e da remuneração feminina, um forte aumento da população ocupada com 11 ou mais anos de estudo, além da redução do trabalho infantil e outras tendências que não temos espaço para comentar aqui. Estes números são coerentes entre si e convergem para uma conclusão evidente: está se fazendo muito, os resultados estão aparecendo.
A apresentação destas políticas como "assistencialistas" não tem muito sentido: os 12,5 bilhões de reais para a agricultura familiar constituem um apoio à capacidade produtiva. Os R$ 8,5 bilhões do Bolsa-Família constituem um excelente investimento na próxima geração que será melhor alimentada – além do impacto essencial de inserção deste nosso quarto-mundo nas políticas públicas organizadas do país. O aumento do salário mínimo, junto com os outros programas mencionados, começa a dinamizar a demanda popular e a estimular pequenas atividades produtivas locais [ 4].
Ou seja, estaremos talvez atingindo um limiar a partir do qual a renda gerada na base da sociedade começa a se transformar num mecanismo auto-propulsor. Para isto, teremos de avançar muito mais. O que está em jogo aqui não é apenas ajudar a massa de excluídos deste país. É gerar uma dinâmica em que renda, educação, apoio tecnológico, crédito e outras iniciativas organizadas de apoio permitam realmente romper as estruturas que geraram e reproduzem a desigualdade. A pressão sobre este governo é positiva, quando se leva em consideração os avanços realizados, e se reivindica a ampliação das políticas, não a sua desmoralização [ 5].
O que se torna evidente, ao analisarmos estes dados, é que a população mais desfavorecida do país votou no segundo turno não por desinformação, mas por sentir que a sua situação está melhorando. Falar mal do governo, entre nós, é quase um reflexo, acompanha a cerveja como o amendoim. Falar bem dele parece até suspeito, como se fosse menos "objetivo". Mas falar mal pode ser igualmente suspeito. Muito mais importante é entender o que está acontecendo. Por trás do palco da política oficial que a imprensa nos apresenta a cada dia, e que é o lado mais visível dos grandes discursos, há o imenso trabalho organizado de milhares de pessoas que estão tocando progamas, literalmente tirando leite de pedra numa máquina de governo que, por herança histórica, foi estruturada para administrar privilégios, e não para prestar serviços.
MAIS
IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Síntese de Indicadores 2006: Comentários
IBGE — Síntese de Indicadores Sociais 2007 – Uma análise das condições de vida da população brasileira 2007 – está disponível aqui
[1] IBGE, PNAD 2006. A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, para quem não está familiarizado, constitui o principal instrumento de avaliação de como anda a situação das familias no país. A PNAD 2006 entrevistou 410.241 pessoas, em 145.547 domicílios, e representa a situação real de maneira confiável, ainda que desagregável apenas ao nível de Grandes Regiões ou de Estados, o que encobre desigualdades locais, perdidas nas médias. Os dados estão disponíveis online, nos "Comentários 2006"
[2] Ver os dados na Sintese de Indicadores Sociais 1996-2006 do IBGE, gráfico 4.1, e páginas seguintes, doc. s.p. – O documento completo, Síntese de Indicadores Sociais 2007 – Uma análise das condições de vida da população brasileira 2007 – está disponível aqui. Sobre as tendências de desagregação da família, ver o nosso artigo "Economia da Família", sob a rubrica Artigos Online no site http://www.dowbor.org/
[3] IBGE, PNAD 2006, Comentários, p. 7
[4] Vale a pena consultar o sistema de seguimento dos 149 programas sociais distribuídos entre vários ministérios, disponível sob "Geração de Emprego e Renda", em http://www.mds.gov.br/: cada programa é apresentado com os seus objetivos e custos, além de contato para quem precisar de mais informação
[5] Para o conjunto de propostas relativas á dinamização do "andar de baixo" da economia, ver Política Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Local, http://www.dowbor.org/ sob Artigos Online.




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quarta-feira, novembro 14, 2007

"À fogueira, as falas velhas!"








"Basta de edifícios de linguagem que já de nada nos servem para manifestar coisa alguma, que já nada abarcam, que já nada explicam, palavras vazias, de conferências e simpósios.
Precisamos de falas que explodem ex abrupto, que interrompem e despedaçam os silêncios cúmplices dos ricos, que manifestem os olhos rebentados de fome, de infinitas dores, os gemidos. Que interrompam e despedacem a impostura e os escombros da linguagem velha. Queremos a linguagem nova. A beleza dos restos, a poesia dos escombros.
À fogueira as falas velhas, o fedor de armadilha, de burla, de trampa, a falta de vergonha, o discurso da corrupção por todos os lados -- do Jabor, dos DES-jornalões, da DES-universidade. Precisamos da linguagem das patas do homens e mulheres do 17 de outubro. Dos índios de Morales que tanto escandalizam os brancos bolivianos. Construamos uma linguagem cheia de gritos, ex abrupto. Chávez é obsceno. Potência de novas palavras que detonam a linguagem que nada diz, de retórica bizarra e velha, que envelhece, avilta e dá vergonha em quem a ouça.
Uma nova linguagem alegre potente, para um novo homem. Precisamos de muitas falas ex abrupto, para que nenhuma vida seja desperdiçada, para que não haja vidas subhumanas em nosso continente. Alarido. Barulhão. Agito. Confusão. Pauleira. O pau quebrando. Para isto precisamos muito de ti, querido Hugo Chávez, peleando sempre com a força da tua fala. Puro ex abrupto sempre. Que os burgueses e os terratenientes se escandalizem. Tu nos fazes sentir-nos invencíveis por um momento. As revoluções sociais sempre foram grandes repentes, grandes exabruptos. Escandalosas. A fala do escândalo, da impostura desmascarada."
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El exabrupto
Por Eduardo Pavlovsky
El lenguaje de Chávez está lleno de exabruptos –se necesitan esos exabruptos–, muchos más serán para buscar un lenguaje que no sea el acostumbrado retórico y bizarro de las cumbres. La búsqueda de un lenguaje de exabruptos intempestivo, violento, sorpresivo, que rompa el lenguaje vacío y anodino de las reuniones de los presidentes. El 30 por ciento de los latinoamericanos vive debajo de la línea de pobreza, ese era el tema a discutir; el otro lenguaje, el de las formas, queda en el anecdotario de las reuniones sociales de los chismes. Pero ese lenguaje carece de la fuerza del exabrupto. El que expresa la miseria y el dolor del hambre, el que no abdica, el que grita la enfermedad y las enfermedades neurológicas de los niños latinoamericanos por desnutrición. Chávez es un impulsivo que denunció la complicidad del gobierno español en el golpe que lo quiso derrocar en el 2002. Chávez grita ensordecedoramente. Chávez guaranguea.
La figura del ex presidente Aznar junto a Bush y Blair en la foto del imperialismo criminal del ataque a Irak. Imborrable en su obsecuencia extrema. Grito ensordecedor de la traición de la ética, ¡no olvidemos la foto por favor! Necesitamos un lenguaje nuevo, lenguaje de páramo sin alimentos, sin agua, sin salud, sin esperanza. Lenguaje nuevo que exprese la miseria y nos duela el cuerpo al escucharlo –inventar un nuevo lenguaje que no produzca belleza, sino hambre infinita, mortalidad infantil, donde nuestros ojos se desorbiten como esos monstruos sin lactancias–, palabras sensaciones son las de Chávez que no dejan de callarse nunca, que produzcan convulsiones como respuestas, que seamos epilépticos por un rato, que nos cadavericen, exabruptos bien venidos. Exabruptos nuevos, obscenos por lo subversivo, la gran desgracia que ya se interiorizó como normal es la resignación, la tristeza, la adaptación. El exabrupto es la esperanza, aunque se ofendan los reyes por un rato, el nuevo lenguaje confrontativo del mestizo Hugo trae nuevas esperanzas, como cuando lo liberó bajando de los cerros la humildad humillada de los pobres y menesterosos que se convertían en humanos al liderarlos Chávez.
Basta de edificios de lenguaje que no nos sirven más para expresar nada, que ya no abarcan nada, que ya no explican nada, palabras vacías de conferencias y simposiums. Necesitamos exabruptos que expresen los ojos reventados de hambre, los dolores infinitos, los aullidos. Que exploten toda la impostura y de esos escombros el lenguaje nuevo. La belleza de los restos, poesía de los escombros. A la hoguera con los lenguajes viejos, olor a trampa, a impudicia, a corrupción por todos los rincones. Necesitamos el lenguaje de las patas en las fuentes de los cabecitas del 17 de octubre. De los indios de Morales que tanto escandalizan a los blancos bolivianos. Construyamos un lenguaje lleno de exabruptos. Chávez es obsceno. Potencia de nuevas palabras que cambien el lenguaje que ya no dice nada, de retórica bizarra y encallecida que envejece y escucharla ya da vergüenza.
Un nuevo lenguaje alegre potente para un nuevo hombre. Pero necesitamos de muchos exabruptos para que no haya más vidas desquiciadas, desperdigadas, subhumanas en nuestro continente. Un aullido muy grande. Para eso te necesitamos mucho, querido Hugo Chávez, peleando siempre con la fuerza de tu lenguaje. Exabrupto puro siempre. Que los burgueses y los terratenientes se escandalicen, pero vos nos haces sentir invencibles por un rato. Las revoluciones sociales siempre han sido grandes exabruptos. Escandalosas. Con tu maestro, el gran Fidel, el inmortal, siempre a tu lado.

("El exabrupto", Eduardo Pavlovsky, Buenos Aires: El mundo, "Pagina 12", 13/11/2007, em http://www.pagina12.com.ar/diario/suplementos/espectaculos/5-8291-2007-11-14.html)
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sexta-feira, novembro 09, 2007

ANONIMATO EDITORIAL


Liberdade de imprensa não é liberdade para enganar.

Quem pratica o anonimato sabe que é bandido.
As próprias empresas de comunicação estão envolvidas com vários outros ramos de negócios que não apenas o da comunicação...


Acima outdoor da Veja na campanha eleitoral de Alckmin ano passado.

Propaganda eleitoral ilegal. O que a Abril ganharia com Alckmim presidente???

sobre:

Na mídia, corrupção só interessa quando envolve o governo

Ricardo Kauffman comenta a tímida cobertura de escândalos como o da Cisco e dos bancos suíços. "Já pensou se aparecer um deputado implicado nesta história, o barulho que vai causar?", questiona.

Corrupção no mercado financeiro ganha maior notoriedade jornalística quando vinculada à política
Pesquisa realizada pelo professor Thomaz Wood Jr, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, revela que menos de 5% do conteúdo da mídia brasileira de negócios é crítico. "E ainda por cima exagera-se o lado positivo (das corporações)", afirma.

O levantamento dá base científica à percepção de qualquer transeunte que destine alguma atenção sobre o conjunto das revistas econômicas brasileiras, disposto nas bancas de jornais: via de regra, quando o assunto é empresas e executivos, o negócio é elogiá-los e promovê-los.

O jornalismo de negócios parece acompanhar cegamente uma lógica típica do mercado financeiro: o das profecias auto-realizáveis. De tanto se propagar determinadas informações (não necessariamente subordinadas à pura realidade dos fatos), elas se tornariam verdade.

[...] Diversas emissoras de TV, a Rede Globo entre elas, têm como prática recorrente lançar mão de algum "consultor" ou "economista" como voz que aponta a verdade em diferentes campos. Matérias sobre a queda do dólar, investimento em renda fixa, privatizações ou bolsa de valores seguem determinada linha a ser confirmada no final por alguém (geralmente um jovem de terno e óculos) identificado apenas por seu nome pouco conhecido e como "economista".

Não raro trata-se de consultores de bancos de investimentos que têm interesses próprios sobre o assunto-alvo. Mas a eles é dado o papel de dizer o que é positivo e negativo para o "mercado como um todo". Em outras palavras, para toda a sociedade. Sem que sejam identificados como parte específica do jogo.

Leia mais em:
http://www.aleporto.com.br/blog.php?tema=6&post=370 e

http://www.swissinfo.ch/por/capa/detail/Executivos_de_bancos_su_os_s_o_presos_no_Brasil.html?siteSect=105&sid=8394190&cKey=1194442250000&ty=st

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CASAL GROOVING ATACA DE NOVO...



A matéria do Jornal Nacional sobre a pesquisa da CNT 2007 (7/10/2007) tentou vender uma "verdade" que é falsa, visto que não representa os fatos, a realidade.

A matéria apresentou vários exemplos de rodovias, em situação precária, como amostra de um universo de rodovias em mau estado, concluindo que faltou investimento.
Verifiquem que enquanto a Fátima Bernardes fala da situação ruim das rodovias, no segundo plano aparecem as placas da rodovias BR-101, BR-040, BR-381 e RJ-071, essas com elevados volumes de tráfego.
As três primeiras estão bem avaliadas nos rígidos critérios da CNT e, portanto, estão em oposição ao que ela está falando.
A RJ-071 é a Linha Vermelha, atualmente sob gestão da Prefeitura do Rio, e todos os cem mil motoristas que por ela trafegam diariamente sabem que está em boas ou ótimas condições, também na contra-mão da fala da Fátima.
As BRs apresentadas como amostra representativa, são de baixíssimo volume de tráfego, de reduzida extensão e, duas delas, embora tenham o nome de BR, foram estadualizadas em 2002, pelo governo FHC, com repasse de recursos suficientes para recuperar essas rodovias. O que não foi feito pelos respectivos governo, obrigando o governo federal a realizar apenas manutenção, até que o TCU decida o que fazer com os 14,5 mil quilômetros de rodovias estadualizadas em 2002, com repasse aos estados no valor de R$ 2 bilhões.
Só Minas Gerais recebeu 6 mil quilômetros de rodovias - inclusive uma das mencionadas na matéria - e mais R$ 800 milhões e não utilizou esses recursos nas rodovias repassadas e abandonou todas elas, obrigando o TCU a determinar uma ação imediata do DNIT, no final de 2005, que ficou conhecida - equivocadamente - como Operação Tapa-Buraco.
Nós vamos dissecar essa pesquisa, como fizemos com a de 2006, e mostraremos que o quadro é completamente diferente da idéia que se tenta vender.
Demonstraremos, com os números da própria pesquisa, que mais de 80% do tráfego de cargas rodoviárias o fazem em rodovias em boas e ótimas condições dentro dos rígidos critérios da CNT. Mas essas rodovias não foram citadas, naturalmente. Aliás nada se falou sobre a situação das rodovias com médio e alto volume de tráfego.
A matéria somente se preocupou em enaltecer as rodovias pedagiadas em detrimento das que estão sob gestão governamental. Uma grande bobagem, na medida em que elas têm a obrigação de estarem em boas condições devido ao fluxo financeiro permanente, garantido pela cobrança de pedágio, o que não ocorre com as sob gestão pública.
Fazemos questão de defender o governo federal, que está fazendo corretamente o dever de casa, mas também todos os governos estaduais que estão investindo pesado na recuperação das suas malhas, tanto com recursos próprios como com recursos da CIDE e do OGU, repassados pelo governo federal. Embora reconheçamos que muitas melhorias precisam ser realizadas nos próximos anos (é só consultar o PNLT). Afinal foram muitos anos de descaso e abandono.
A seguir, damos informações sobre as BRs apresentadas como exemplo de mau estado, na matéria do Jornal Nacional, com o VMD (Volume Médio Diário, ou seja, quantidade média de veículos que trafegam diariamente na rodovia) e as condições atuais segundo o DNIT.
425 RO (136 km); VMD = 60; Condição: contrato de recuperação da rodovia, em andamento, condições razoáveis a boas de tráfego
419 MS (84 km); VMD = 34; Condição: em boas condições
460 MG (84 km); VMD = 200; Condição: requer cuidados mas tem contrato de manutenção em andamento, com R$ 3 milhões empenhados. Rodovia transferida para o Governo de Minas, em 2005, com recursos repassados em 2002/2003, mas quem cuida é o Gov. Federal.
469 PR (23 km); VMD = sem informação, mas tem baixo volume de tráfego; Condição: em obras de manutenção. Liga Foz do Iguaçu às Cataratas do Iguaçu
222 MA (500 km); VMD = 700; Condição: merece cuidados em vários segmentos. Rodovia transferida para o Governo do Maranhão, em 2006, com recursos repassados em 2002/2003, mas quem cuida é o Gov. Federal.
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A contradição final da matéria é o pedido de investimentos de R$ 24 bilhões, pela CNT, para superar o quadro "dramático" apresentado.
Qual é a contradição?
O governo federal vem investindo pesado na recuperação das rodovias abandonadas pelo governo FHC. Em 2005 e 2006, com uma média de R$ 5 milhões/ano. Em 2007, chegaremos a uns R$ 8 milhões só com rodovias.
Os governos estaduais estão recebendo de repasse de recursos da CIDE, desde 2004, de R$ 1,8 bilhão/ano. Utilizam-no somente para recuperação das rodovias.
Apesar desse volume de recursos aplicados, as pesquisas da CNT, desde 2004, dão o mesmíssimo resultado .
Das duas uma, ou a pesquisa tem critérios insensíveis aos investimentos ou o governo federal e os governos estaduais estão jogando dinheiro fora, na medida em que, por mais que gastem, os resultados não aparecem.
Qualquer que seja a resposta, se nos basearmos na pesquisa, não faz sentido pedir mais investimentos, já que eles não provocam alteração alguma nos níveis de serviço da malha rodoviária nacional (federal e estaduais).
O principal exemplo é a malha de Minas Gerais. Investimentos pesados do DNIT e do DER-MG vêm sendo realizados desde 2004. E no entanto essa malha continua como sendo uma das piores avaliadas. O que o governador Aécio Neves tem a dizer sobre isso? Ele concorda com a pesquisa da CNT?
Na verdade, os investimentos estão promovendo resultados satisfatórios.
Nós já mostramos ( clique aqui) e continuarmos mostrando que os critérios de avaliação da geometria são blocos de granito irremovíveis, que jogam a Nota Geral para baixo da nota 81 (limite inferior do Bom).
Daí que, mesmo investindo 10 a 15 bilhões de reais por ano, a pesquisa sempre dará entre 70 a 75% da malha com Nota Geral abaixo de 81 permitindo dizer que esse é o percentual de rodovias em situação regular, ruim ou péssimo.
O Jornal Nacional faz a sua parte, mostrando rodovias inexpressivas e de baixíssimo volume de tráfego, como amosta, e o discurso está pronto. Será utilizado, diariamente, até o resultado da próxima pesquisa, como a principal referência no assunto.
Aguardem os próximos capítulos dessa novela...



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quarta-feira, novembro 07, 2007

CAOS NO JORNAL NACIONAL


Por que o casal grooving continua falando em "caos aéreo" ???


O CASAL GROOVING NÃO LÊ O GLOBO???

( delegado Antonio Carlos Barbosa, titular do 27º Distrito Policial )
em: http://oglobo.globo.com/sp/mat/2007/11/06/327054258.asp

>> Só vou afirmar que não houve erro humano depois que sair o laudo. Mas todos os depoimentos ouvidos até agora, incluindo os de mecânicos e engenheiros da TAM, mostram que é improvável que os pilotos cometessem erro na operação de manetes. Os manetes são operados juntos e a configuração deles cria até dificuldade para que sejam operados separadamente. A aeronave estava enlouquecida - diz Barbosa.
De acordo com o delegado, a outra opção é a falha na aeronave. Barbosa explica que os dados colhidos até agora mostram que os pilotos tentaram desesperadamente parar o avião, mas que os computadores de bordo mandavam que o motor continuasse acelerando.

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Mais um Airbus A320 atravessa a pista sem parar. Dessa vez não era da TAM nem morreu ninguém

Aconteceu em Butuan, nas Filipinas, na sexta-feira passada, dia 26. Um Airbus A320 da Phillippine Airlines, vindo de Manila para Butuan, atravessou a pista do aeroporto e só foi parar adiante numa plantação de banana e cocos. Não morreu ninguém. Foram 19 feridos, inclusive piloto e co-piloto.
As causas do acidente estão sendo investigadas, mas fica claro para qualquer um que ainda mantenha ao menos um Tico e um Teco funcionando no cérebro que os A320 têm algum problema, provavelmente no sistema inteligente de pouso, que parece ser meio burro. Afinal, esse é o sexto acidente do tipo.
A culpa, como sempre - é esperar para ver - vai parar nas costas dos pilotos. Numa hora porque não puseram o manete para frente, em outra porque não o colocaram para trás, mais em outra porque um ficou de um jeito e outro de outro. Só não explicam por que os pilotos erram tanto durante os pousos apenas com os Airbus A320. Será implicância?
Resta torcer para que os novíssimos Airbus A380 – que podem transportar até 800 passageiros - não sofram da mesma teimosia.

Antônio Mello
http://blogdomello.blogspot.com/

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segunda-feira, novembro 05, 2007

O PIG ACHA QUE VOCÊ É BURRO










http://viomundo.globo.com/site.php?nome=Bizarro&edicao=1454

Época confessa: Manipulou imagem para tornar cara de Chávez "ameaçadora"

Época confessa: Manipulou imagem para tornar cara de Chávez "ameaçadora"
Esta capa esteve nas bancas. O texto escrito pelo diretor de arte da revista Época é auto-explicativo:"Capa da semanaPara fazer a capa desta semana foi feita uma pesquisa de imagem muito específica. O presidente da Venezuela Hugo Chávez teria que estar com cara ameaçadora. Foi muito difícil, ele tem uma cara gorda e simpática, não dá medo em ninguém. A imagem que mais chegou próximo do objetivo foi a que ele está de boina vermelha olhando para o lado esquerdo. Para deixar a imagem ainda mais forte, o nosso ilustrador Nilson Cardoso fez um trabalho de manipulação na imagem original, até chegar a este resultado final.O que acham? Façam seus comentáriosMarcos Marques - diretor de arte"


Piada levada a sério: Venezuela é ameaça militar ao Brasil

O Partido da Mídia Golpista (PIG) não pára de fazer avançar a sua agenda política: crise aérea, crise na saúde, hecatombe econômica, prejuízo aos investimentos por causa da corrupção - federal, já que não existe corrupção municipal em São Paulo, nem estadual em Minas Gerais -, caso Renan Calheiros, CPMF, inchaço do Estado e agora a Venezuela.

É um jogo de desgaste, que obedece à estratégia política do PSDB. A cientista social Lucia Hipolyto fala na Globonews e no UOL. O geógrafo Demétrio Magnoli escreve no Estadão e em O Globo. O sociólogo Arnaldo Jabor fala no Jornal da Globo e tem a coluna distribuída Brasil afora. As agências Estado, Folha e O Globo municiam os artilheiros estaduais e municipais.

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De um venezuelano aos editores da Veja sobre ''essa ditadura''
O venezuelano radicado no Brasil Yojin Ramones escreveu esta contestação à matéria de capa da revista Veja neste fim de semana – Chávez, a sombra do ditador. Talvez por prudência, remeteu também uma cópia ao Vermelho. Como duvidamos que a Veja a publique, reproduzimos na íntegra a mensagem, que tem a força das coisas ditas por uma pessoa que simplesmente tem apreço à verdade.

''Prezados editores da Veja, meu nome é Yojin Ramones, venezuelano vivendo no Brasil e fincando raízes neste país, já com uma filha brasileira. Escrevo estas linhas em espanhol, porque imagino que o conhecimento deste idioma é total da parte dos senhores, pela análise que fazem de meu país, a Venezuela.
A capa da última edição da revista, como outras anteriores, demonstra um desconhecimento real da situação na Venezuela. Porém o mais grave é que isso é feito de maneira intencional, manipulando totalmente a verdade para apresentar uma matriz de opinião de ditadura. Pois bem, vou dar as características da ditadura de que os senhores falam. Na Venezuela se recuperou a economia de uma forma acelerada, melhorando o poder aquisitivo de todos – escutem, de todos – os venezuelanos, ricos e pobres (antes eram apenas os ricos). O país tem anualmente o crescimento do PIB (Produto Interno bruto) mais elevado da América Latina.

Nessa ditadura se convoca referendos sobre os temas mais importantes do país, para que o povo opine e escolha o que quiser.

Nessa ditadura consertou-se os abusos dos bancos na exploração de seus clientes. Por exemplo, a taxa de juro anual de um cartão de crédito é de 28%. Aqui no Brasil é de 120%.

Nessa ditadura há escassez de veículos porque todos compram carros.

Essa ditadura se dá ao luxo de sofrer um golpe de Estado, e ver todos os meios de comunicação entrarem em cadeia para falar mal, humilhar e até falar xenofobicamente das pessoas, sem que exista uma só pessoa presa por isso.

Em matéria de obras, como metrôs, pontes, teleférico, aeroportos, etc., não há país da América latina que tenha tantas em apenas oito anos.

Nessa ditadura a gasolina custa 5 centavos de real o litro, o que os neoliberais chamam de populismo.

Nessa ditadura os serviços de saúde devolveram a vista a milhares de pessoas carentes de recursos, não só venezuelanos mas latino-americanos, e pela primeira vez muitos bairros pobres têm um médico para dar atenção às pessoas.

Nessa ditadura o poder é cada dia mais transferido para o povo, essas pessoas de poucos recursos, que antes só eram recordadas nas eleições, sendo tratadas como pseudo-escravos. Essa ditadura busca na integração do Sul a prioridade do crescimento de nossas raízes e forças latino-americanas.

Por estas e muitas outras razões, essa ditadura, como os senhores a chamam, para nós é cristianismo, igualdade, esperanças. Sei que no Brasil as pessoas são muito boas, têm os mesmos desejos de progresso. Mas com a publicação dos senhores, a televisão Globo, seus canais de TV a cabo ou por satélite as pessoas não vão poder formar uma opinião, porque estão cercadas midiaticamente, hipnotizadas por programas como o BBB Brasil, para que nunca descubram a realidade em volta delas. No entanto, hoje em dia as cercas vêm abaixo, as pessoas opinam, tomam atitude, quer dizer, evoluem para a busca da verdade. O tempo dará razão a quem a tiver. Sem mais para agregar e agradecendo o tempo dos senhores na leitura destas linhas,

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domingo, novembro 04, 2007



TV Brasil entra no ar daqui a um mês em São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e DF

A partir do dia 2 de dezembro, quem morar em São Paulo já poderá conferir a programação digital da nova televisão pública do país, a TV Brasil. O sinal será aberto, em canal que está sendo definido, transmitido em tecnologia digital e também analógica, possibilitando que todos tenham acesso à programação. O mesmo conteúdo será transmitido analogicamente para os estados do Rio de Janeiro e do Maranhão, além do Distrito Federal.
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que vai gerir a nova TV, foi oficialmente criada na quarta-feira (31), em ato que também deu posse à diretora-presidente, Tereza Cruvinel, ao diretor-geral, Orlando Senna, e a quatro diretores: Helena Chagas (Jornalismo), Delcimar Pires (Administrativo e Financeiro), Mário Borgneth (Relações e Rede) e Leopoldo Nunes (Conteúdo e Programação).
Também foram nomeados, por meio de decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União, quatro integrantes do Conselho Curador: Franklin Martins, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, que ocupará a presidência; José Artur Filardi Leite, representante do Ministério das Comunicações; Alessandra Cristina Azevedo Cardoso, representante do Ministério do Planejamento, e Ricardo de Almeida Collar, indicado pela Secretaria de Comunicação Social. Tereza Cruvinel disse ter confiança no cumprimento dos prazos estabelecidos, na inauguração da nova TV no mesmo dia em que o Brasil entrará na era digital de televisão, mas ressaltou que o formato de programação desejado só estará pronto dentro de alguns meses.
“O que nós pretendemos, se as questões tecnológicas correrem a contento, é colocar no ar o novo canal de São Paulo e dar início ao processo de uma programação conjunta entre as emissoras que vão compor a TV Brasil”, explicou Cruvinel. O diretor-geral, Orlando Senna, também ressaltou que a formatação vai ocorrer com o tempo. “A TV Brasil não vai chegar ao telespectador pronta, completa. Na verdade, a partir do dia 2 estaremos abrindo uma grande consulta pública, um diálogo com a sociedade, para construirmos juntos este conteúdo e esta programação”, disse Senna.
A nova televisão pública nasce com a união de quatro emissoras: TVE do Rio de Janeiro, TVE do Maranhão, TV Nacional de Brasília e TV de São Paulo. Mas o número de emissoras parceiras deverá ser bem maior, com integração com os demais canais públicos, comunitários e universitários. “Nos Estados Unidos, a PBS [televisão pública] é composta por 350 emissoras”, exemplificou Cruvinel. Ela disse acreditar que a Medida Provisória que cria a nova empresa será aprovada pelo Congresso Nacional, logo após a votação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. “Tenho conversado com os parlamentares e já senti muitas mudanças, pois muitas pessoas não compreendiam o projeto de televisão pública. A diferença é que ela não está sob o controle do governo em sua gestão de comunicação. Ela deve prestar contas ao governo dos recursos públicos que recebe, mas do ponto de vista de sua programação, linha editorial e política de conteúdo estará subordinada ao Conselho Curador, composto majoritariamente por representantes da sociedade civil”, afirmou Cruvinel.

Agência Brasil


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>>> No site do PT

Casa PrópriaFGTS investirá R$ 5,4 bi no financiamento de habitação popular em 2008
DesgovernoGestão PSDB/DEM em SP recua e vai manter contratos de lixo

01/ 11/ 2007
19:18 Lançamento de títulos por oferta pública batem novo recorde
19:16 Venda de computadores cresce 20% em nove meses
19:14 Recorde nas exportações faz governo elevar meta para este ano
18:57 CDH aprova moção de repúdio a sentença contrária à Lei Maria da Penha
18:20 Medicina em Cuba:Entidades vão discutir tramitação de ajuste na Câmara
17:51 UNE e governo federal abrem negociações para construção de sede
16:47 Enciclopédia contemporânea da América Latina e Caribe ganha Prêmio Jabuti
16:18 CPMF é fundamental para estabilidade fiscal do país, diz Mantega
16:10 Líder do PT destaca compromisso do governo Lula com setor de saúde
15:19 Parecer do TSE pede rejeição das contas de Alckmin
09:15 Mulheres se mobilizam na Bahia pela efetivação da Lei Maria da Penha
31/ 10/ 2007
20:02 Câmara aprova Emenda 29 e saúde ganha mais R$ 24 bilhões até 2011
18:52 Leia Declaração do V Encontro Continental de Solidariedade a Cuba
18:45 Lixo: PSDB e DEM causam prejuízo financeiro e ambiental a SP
17:45 Frente parlamentar quer ampliar orçamento de universidades públicas
17:39 Lula diz que governo já trabalha na melhoria da infra-estrutura para a Copa
15:52 MEC anuncia que 35 das 54 universidades federais aderiram ao Reuni
15:30 Parlamento espanhol condena regime fascista de Franco
14:02 TSE cassa direito de transmissão de propaganda partidária do PSDB em 2008
11:48 Petista critica decisão de juíza sobre responsáveis por assassinatos no PR
11:30 Confiança da Indústria cresce 0,7% e bate novo recorde, diz FGV
11:01 Petrobras construirá no Brasil plataforma de US$1 bi
10:34 TV pública vai mostrar a diversidade cultural do Brasil, afirma deputada
10:24 Anistia Internacional pede providências pela morte de dirigente do MST
10:14 Governo propõe aplicar mais R$ 23 bilhões na saúde nos próximos quatro anos
09:51 CUT e centrais voltam ao Senado na quinta defender projeto original
09:27 ONU pede pela 16ª vez o fim do bloqueio a Cuba
09:13 Biblioteca em borracharia recebe prêmio de incentivo à leitura do MEC
09:10 Sucesso do PAN habilitou Brasil para a Copa de 2014, avaliam petistas
09:02 Emenda 29:Líderes partidários e ministros debatem texto de consenso
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