domingo, outubro 31, 2010

Um Sorriso para o Brasil

Hoje é dia de fazer história. Hoje é Dilma...

Hoje pode circular com bandeiras, votar com adesivos na roupa e com camisetas da Dilma feita pelo eleitor

#voude13  #13neles

Hoje, dia das eleições, a expressão individual do voto é permitida. Só não pode panfletar, nem fazer concentração de pessoas, nem discursos, nem assediar pessoas estranhas para pedir votos.

Pode botar a bandeira no carro, andar com ela na rua.



Pode usar camisetas e bonés feitos pelo próprio eleitor.


Pode usar adesivos da Dilma-13 colados à roupa, à bonés e bolsas.



É permitida a manifestação individual e silenciosa da preferência do cidadão por partido político, coligação ou candidato, incluída a que se contenha no próprio vestuário ou que se expresse no porte de bandeira ou de flâmula ou pela utilização de adesivos em veículos ou objetos de que tenha posse (Art. 49 da Resolução TSE nº 23.191/2009).

- Assim, pode o eleitor entrar na seção para votar com bandeira, flâmula, banner, adesivos autocolantes (praguinhas, melequinhas, etc), broches, em suas vestes, desde que esteja sozinho e de forma silenciosa.

- Também pode ir vestido com camisa do PT ou outra camisa com inscritos contendo o nome e número da candidata Dilma, desde que produzida de forma artesanal e personalizada pelo próprio eleitor.

- Importante que o eleitor mantenha-se em silêncio quanto à sua preferência sem gritar ou falar palavras de ordem que demonstrem que está pedindo votos para a Dilma ou atacando o candidato adversário.

- Da mesma forma, vale destacar que essa manifestação silenciosa deve ser individual, pois se o eleitor entra em grupo em uma seção eleitoral, todos com camisas semelhantes, na cor vermelha ou até mesmo do partido, ai poderá ser enquadrado pela Justiça Eleitoral como crime de boca de urna.

Denuncie compra de votos, transporte irregular, coação à eleitores, etc.

Se ver ou tiver conhecimento de qualquer crime eleitoral, denuncie.

Aqui tem os telefones do Plantão da campanha da Dilma para as eleições.

O disque-eleitor do TSE, tem a lista de telefones por estados no endereço:
http://www.tse.gov.br/dia_eleicao/disqueEleitor.html

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/ 

sábado, outubro 30, 2010

Lula em Recife, o povo na rua...

Serra quer cheque em branco do povo brasileiro


Serra termina campanha sem registrar programa de governo junto à Justiça Eleitoral
Publicado em 30/10/2010, 11:20
Última atualização às 11:20
Serra criticou Dilma por apresentar versões provisórias do 
programa à Justiça Eleitoral 
São Paulo - A coligação "O Brasil pode mais", encabeçada pelo candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) termina a campanha eleitoral sem ter registrado o programa de governo. O procedimento, junto à Justiça Eleitoral, é obrigatório a partir do pleito deste ano. A governista Dilma Rousseff (PT) fez o registro no segundo turno.
Para ter seu registro de candidatura aceito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Serra protocolou uma compilação de discursos seus proferidos antes de julho, durante a pré-campanha eleitoral. Segundo informações da campanha, há um volume de 118 páginas pronto, após dois meses de revisão, mas que não será entregue à Justiça. No início da campanha, Serra criticou Dilma Rousseff reiteradas vezes por ter encamnhado duas vesões provisórias do programa de governo.
Leia também:

O material da candidatura tucana foi produzido a partir das propostas apresentadas no programa de TV, e não o inverso. Assim, constam promessas como elevação do salário mínimo para R$ 600, reajuste de 10% para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e criação de ministérios (como da segurança pública e do deficiente físico) têm destaque.
A alegação da campanha de Serra para a demora e para não registrar o material é de que haveria o risco da candidatura rival "copiar" as propostas. Mas há outras motivações. "Foi uma opção do marketing da campanha", admitiu à Folha online Xico Graziano, ex-secretário do governo Serra em São Paulo e responsável pela coordenação do programa. "Por mim, lançaria antes", disse.
O material trata do modelo energético com críticas à gestão da Petrobras. Na visão dos tucanos, a empresa de controle estatal está "aparelhada" e enfraquecida. A avaliação ocorre um mês depois da capitalização da companhia, prevista na revisão do marco regulatório do petróleo. O processo de venda de ações foi o de maior valor no mundo, elevando a empresa à condição de segunda maior do setor.
Sem definir se mudaria ou não a legislação ainda em discussão sobre o modelo de exploração das reservas do pré-sal, o caderno de propostas de Serra inclui críticas à criação da Pre-Sal Petroleo. A estatal será responsável por gerenciar a exploração.

DEBATE...

Como uma imagem vale mais do que mil palavras….

http://www2.tijolaco.com/


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E Serra termina sua campanha com mais um vexame no twitter: direito de resposta


outubro 29th, 2010 by mariafro

Nós demos aqui a notícia esdrúxula de que Serra havia pedido direito de resposta no Twitter. É algo que beira o ridículo.
Para todos que conhecem a rede social  ‘twitter’  sabe que  qualquer twitteiro pode mandar uma mensagem até para o Obama ou para o Hugo Chávez (ambos têm twitter). Nada nos impede. Assim, pedir direito de resposta para alguém no twitter é nonsense, coisa das pataquadas de José Serra que deve ter sido o rei das TT mais divertidas. Cada fala dele rendeu muitas piadas aos twitteiros.
E cá entre nós, os juízes eleitorais do TSE deveriam entender melhor o twitter, porque conceder direito de resposta só  serve para que o inusitado vire  notícia na mídia e  Serra dê mais idéias aos twitteiros para se divertirem.
FELIPE SELIGMAN, na Folha de São Paulo
29/10/2010
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concedeu pela primeira vez na história um direito de resposta no microblog Twitter. Ao discutir o tema, ministros se mostraram preocupados em como tornar efetiva esta decisão.
O tribunal aceitou pedido da coligação “O Brasil pode mais”, do tucano José Serra, contra o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), que terá de postar dois tweets –mensagens de no máximo 140 caracteres– escritos pela campanha de Serra, em resposta a outros dois comentários feitos por ele no dia 19 de outubro.
Na ocasião ele disse, em um primeiro tweet: “Cuidado com os telefonemas da turma do Serra. No meio das ligações, pode ter gente capturando seu nome para usar criminosamente…”. No segundo, o petista completou: “…podem clonar seu número, pode ser ligação de dentro dos presídios, trote, ameaça de seqüestro e assim por diante. Identifique quem liga!”.
O relator do caso, ministro Henrique Neves, entendeu que as mensagens foram ofensivas e que mereceriam resposta. Ele então fez duas sugestões.
A primeira seria responder em dois tweets o que foi escrito por Falcão. A segunda seria publicar essa resposta, por tempo determinado, no espaço destinado à biografia do petista.
Por unanimidade, os ministros determinaram a publicação imediata por Falcão, a partir da intimação da decisão, das respostas enviadas pela campanha de José Serra em dois tweets.
As mensagens a serem publicadas afirmam que Falcão foi penalizado pelo TSE com esse direito de resposta e que a coligação do tucano sempre “agiu com lisura, de forma íntegra e respeitando todos os eleitores”.
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Guerra digital derruba perfil de Dilma no Facebook

por Luiz Carlos Azenha
Recebo de Brasília, por telefone, a informação de que desde ontem está sendo movida uma guerra digital contra os perfis de Dilma Rousseff nas redes sociais.
É trabalho de profissional, feito através de robôs que disparam mensagens em grande quantidade.
Neste momento, está fora do ar o perfil da candidata no Facebook.
Abro o espaço abaixo para que vocês denunciem outros acontecimentos na rede nas próximas horas.
PS:
Explica a campanha:
O perfil oficial de Dilma Rousseff foi excluído sem explicação do Facebook nesta sexta-feira (29). A coordenação das Redes Sociais da candidata está apurando quais foram as causas dessa exclusão e aguarda uma resposta.
Lamentamos essa situação, pedimos desculpas aos amigos de Dilma no Facebook e esperamos que o perfil da candidata volte ao ar em breve. Enquanto isso não acontece, convidamos os amigos de nossa candidata na rede para acompanhar o perfil da Dilmanarede.

sexta-feira, outubro 29, 2010

Artistas e intelectuais dizem por que Dilma é a melhor opção no segundo turno

O porquê do desprezo de Serra pelas mulheres

 
Mauro Carrara
 
Nesta eleição, com em nenhuma outra, as mulheres foram desprezadas, ofendidas e humilhadas. Sem qualquer constrangimento, as forças conservadoras reativaram mitos e preconceitos que julgávamos sepultados há pelo menos 30 anos.
 
Nessa cruzada dos vanguardeiros do atraso, assistimos surpresos aos dramas encenados por um candidato à Presidência da República.
 
O teatro de agressões culminou com a exortação do comício em Uberlândia (MG), em que o candidato neoliberal misturou política com cafetinagem e tentou converter o processo eleitoral em um esquema de concessão negociada de favores femininos.
 
Sem ruborizar, determinou José Chirico Serra:
 
- Se você é uma menina bonita, tem que conseguir 15 votos. Pegue a lista de pretendentes e mande um e-mail. Fale que quem votar em mim tem mais chance com você.
 
Difícil imaginar uma mulher de bem, um pai, um irmão ou um avô que aprove o método de José Serra. Aliás, difícil conceber que o cidadão não se cubra de indignação diante desse episódio.
 
Sintomaticamente, Serra pronunciou essas palavras ao lado de Aécio Neves, conhecido por resolver na porrada suas diferenças com as namoradas. No entanto, essa foi apenas mais uma de tantas agressões à mulher, durante um transe em que o tucano não poupou a própria família.
 
Sabe-se que sua mulher, Mônica, praticou um aborto, tempos atrás. E desolada comunicou o fato a suas alunas na Unicamp. Obviamente, não convém apresentar julgamento sobre as razões da mulher do ex-governador paulista.
 
Estarrecedor foi o empenho de Serra em converter o tema no pilar de sua campanha. A hipocrisia é condenável. Mas ainda é a construção de um argumento que certamente feriu a esposa, compelida a recordar episódio doloroso de sua biografia.
 
Os esquemas de golpismo midiático do candidato envolveram a própria filha. Ao utilizar com propósitos eleitorais as quebras de sigilo encomendadas por seu "aliado" Aécio, o candidato expôs Verônica Serra de forma pública.
 
Nessa manobra, permitiu que a boa imprensa revelasse o escândalo da quebra de sigilo de quase 60 milhões de brasileiros, em 2001, malfeito da Decidir.com, empresa que tinha entre seus donos Verônica Serra e Verônica Dantas Rodenburg.
 
No contato com imprensa, Serra costuma desrespeitar as jornalistas. Um exemplo foi o barraco que armou antes da gravação do programa Jogo do Poder, da CNT. Inconformado com o fato de não poder definir, ele próprio, a pauta de perguntas, o candidato não poupou grosserias para intimidar a jornalista Marcia Peltier
 
Serra lida tão mal com as mulheres que chegou a protagonizar discussão acalorada até mesmo com uma aliada da imprensona, a jornalista Mirian Leitão, que sugeriu ser uma lobista do setor financeiro. Para completar, classificou a pergunta da profissional sobre a gestão do BC como "bobagem".
 
Não é preciso rememorar os inúmeros questionamentos enviesados de Serra sobre a competência de Dilma Rousseff. Em tom de sutil deboche, o tucano sugere que adversária seja incapaz, e que no comando do país será um fantoche do homem Lula.
 
Percebe-se claramente essa postura na construção obliqua de suas frases, na impostação de voz e nas demonstrações de desprezo que se revelam nas flexões de canto de boca.
 
Pode-se cogitar de que essa conduta seja resultado da influência dos fanáticos de extrema-direita que compuseram o agressivo e criminoso batalhão eleitoral de Serra: a TFP, a Opus Dei, a ala conservadora da CNBB, os monarquistas e os gestapo-boys da Tribuna Nacional.
 
Uma análise mais detalhada da trajetória política do candidato, no entanto, indica o contrário. Registram-se em sua biografia inúmeros eventos que revelam inequívoca tendência à ginofobia. Nesse caso, parece natural que Serra tenha se aproximado desses bandos. Pelo menos nisso, exibiu coerência.
 
Enviado pelo autor

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Os novos fundamentalismos
Giuseppe Cocco
Intervenção em “Encontros Moviola”, 21/10/2010, reunião e debate na Livraria Moviola, RJ. / Filme e outras intervenções, em www.moviolalivraria.blogspot.com
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O fascismo, o fundamentalismo de tipo novo, não está, na minha opinião, por exemplo, num vídeo que me mandaram – e fiquei indignado que pessoas que eu conheço tenham-se atrevido a me mandar aquilo –, e que, no “Assunto”, trazia a expressão “Dilma Ladra”. O vídeo mostrava um discurso do [deputado] Bolsonaro (que foi eleito aqui no Rio, na coalizão governativa, pra vermos como as coisas são enroladas). O vídeo acusa a candidata Dilma, hoje candidata, de crimes dos quais a ditadura a acusou, há muitos anos.
O que quero dizer é que o fascismo não está, na minha opinião, no fato de se usarem temas fascistas. Dizer que alguém estaria reintroduzindo no Brasil do século 21, por exemplo, o integralismo. Não. Acho que o fascismo está, isso sim, no uso instrumental de um debate, que acaba se transformando numa armadilha, que reduz completamente o espaço da democracia.
Nesse exemplo, não falo do fato de alguém usar instrumentalmente um vídeo pra fazer alguém perder votos. O fascismo está, sim, em dizer que o que vale na valoração moral da legalidade ou ilegalidade (“ladra” ou “não ladra”) é o que disse um tribunal de exceção, de uma ditadura militar.
É como se Togliatti, líder comunista italiano, voltando de Moscou, depois da 2ª Guerra, é como se a Democracia Cristã italiana usasse, para falar de Togliatti, no debate político, sentenças dos tribunais de Mussolini sobre Togliatti. Como se De Gaulle, voltando junto com os aliados para a França Vichyista libertada com os aliados, fosse apresentado nos termos do que os tribunais Vichyistas e  Petainistas diziam dele. É uma coisa muito preocupante.
Não se trata apenas de tentar usar o medo: de fato, se introduzem na discussão critérios inaceitáveis de valoração moral.
Mas não é fenômeno só brasileiro. Na Espanha, por exemplo, houve o juiz Garzón, juiz importante, que mandou prender Pinochet, que sempre teve desempenho muito correto na ordem liberal, e tornou ilegal um partido que reunia 20, 25% do eleitorado no país basco. Desmontou o Herri Batasuna, partido ligado ao ETA. Mas, quando começou a aplicar aos franquistas a mesma lei que aplicara aos ditadores chilenos e argentinos, o juiz Garzón passou a ser acusado de ter ligações com o ETA e foi destituído e está sendo acusado de abuso de poder. 
O que quero dizer é que há um retorno dos temas, mas o problema não está em que alguém tenha hoje, no Brasil, um projeto fascista, porque isso não há. Ninguém tem projeto fascista. O que há é diferente.
Não há projeto fascista no Brasil, mas há, sim, um fundamentalismo, sim, que funciona como um fascismo, ao meu ver. Qual é a marca desse fundamentalismo?
Começo com outro exemplo. Logo depois que publiquei um artigo de opinião na Folha de S.Paulo, a favor de Dilma[1] e discutindo aspectos do desenvolvimentismo (o que, aliás, discutimos aqui mesmo, na última reunião que tivemos aqui), telefonou-me um amigo, elogiou o artigo, e tal, e disse “[só não concordo com defender Dilma, porque] Dilma é hipócrita”. Perguntei: “Mas... por quê?” “Porque ela dizia que era a favor do aborto, e agora diz que é contra.”
E eu: "Ora essa! Você queria o quê? Que ela agora deveria dizer que defende, que deveria assumir tudo que lhe atribuem... sem discutir nada, sem avançar argumentos, se deixar pautar pelo que lhe atribuem? Ninguém discutiu nada! Não há espaço pra discutir nada!”
Como funciona esse debate? Exatamente como funciona no fascismo, no nazismo, que são formas de mobilização das massas que não se fazem como construção da democracia, mas como perda de democracia, pelo impedimento de todos os debates. Cria-se o obscurantismo. E perdem-se todos os espaços de debate.
Como se responde a alguém que diga o que eu ouvi do meu amigo? Que, para vencer a eleição, Dilma deveria assumir tudo o que lhe atribuem e atribuem para fazê-la perder a eleição... O debate ficou impossível.
Esse obscurantismo não é volta ao passado, os novos obscurantistas usam a internet, todas as ferramentas. Operam por dentro, para destruir toda e qualquer possibilidade de debate – e isso é que é importante [fim do primeiro filme]
Outro exemplo: o Daniel Cohn-Bendit andou pelo Brasil, circulou por aqui antes do no primeiro turno, e deu entrevistas[2]. Fez críticas violentas ao governo Lula, disse que o governo Lula tinha políticas de desenvolvimento do século passado (aliás, não faz nem dez anos! [risos]).
Eu tenho amigos franceses que trabalham com ele, no movimento ecologista, que se está unificando na Europa. Eu disse a eles: "[Cohn-Bendit] andou aqui, acho que não entendeu nada.” Ficou por isso mesmo. 
Agora, no segundo turno, voltei a fazer contato com eles e disse: “Bom, agora, há risco real de a direita vencer. A Marina e o PV, no mínimo não vão tomar partido; e muitos deles consideram assumir a direita. O que vocês vão fazer?”
E eles, lá, fizeram um documento, muito moderado, com críticas à Dilma, mas dizendo aos ‘verdes’ brasileiros que eles têm de assumir o rumo da esquerda. Me mandaram o documento.
Peguei o documento e liguei para a FSP, com quem tenho alguns contatos, às vezes publico lá, e ofereci o documento. “Estamos interessados”, me disse alguém. E nada. Voltei a ligar, e me disseram “Mas o pessoal que assina não é gente muito conhecida...”. Digo eu: “Desculpa, mas, quando passaram por aqui, antes, vocês acharam que sim, eram muito conhecidos. Agora, acham que não...”
Os signatários são dois ex-ministros do Meio Ambiente da França, três co-presidentes dos verdes europeus, que é a 3ª força na Europa, na França vai ser força decisiva nas próximas eleições, sempre aliados à esquerda, são todos senadores, há a senadora-prefeita de uma subprefeitura com 100 mil habitantes, da Grande Paris, que sempre foi governada pelo Partido Comunista, Montreuil, o José Bové, da Via Campesina, militante da agricultura familiar, ligado ao MST, super conhecido no Brasil... E nada.
Dias depois, me liga outro jornalista da FSP, de Brasília, e me diz: “Estou interessado no manifesto, mas queria saber se é normal que os verdes europeus tomem posição em eleições em outros países...” E eu: “Bom, quando eles andaram por aqui, no primeiro turno, vocês acharam que era perfeitamente normal...” [risos]
De qualquer modo, aproveitei pra dizer que “esse manifesto foi escrito porque, dado o peso político que estão ganhando, os verdes europeus são atravessados pelo debate sobre que lado estão, se devem ficar neutros no início, e depois se alinhar a um lado ou outro. Então, nesse caso, estão aproveitando em primeiro lugar, para apoiar a esquerda no Brasil. E aproveitam para dizer, também, que, caso a opção se apresente na Europa, a opção pelo candidato progressista, tem de ficar clara, desde o início da discussão.” E ele disse: “Então, a Dilma seria progressista...” Digo: “Eu acho que sim. Eles, também”. Só opiniões minhas, e a opinião do jornalista.
Dias depois publicaram matéria sobre Dilma e os projetos ambientais, em que o Greenpeace contestava os verdes brasileiros que apóiam Dilma[3]. O Greenpeace ganhou espaço, os verdes europeus, não. Ora, que eu saiba, o Greenpeace não é propriamente brasileiro, é global. Acho normal que opinem. O caso é que o Greenpeace tem espaço para opinar sobre o Brasil, e s verdes europeus, não. E o jornalista da Folha de S.Paulo me disse: “Eu escrevi e o editor cortou, porque achou que não era importante.”[4]
Para concluir, queria dizer, sobre os novos fundamentalismos, que acho que o fundamentalismo não é uma volta do fascismo como foi, mas é uma forma de falsificação sistemática, que usa todas as tecnologias, como faz o fundamentalismo islâmico do tipo Al-Qaeda, mas que usa as tecnologias de tal modo que reproduz hierarquias e falsifica o debate democrático.
Acho que temos hoje em ação dois fundamentalismos: um fundamentalismo que está completamente em crise, vertical, que é o fundamentalismo de mercado, que vive de dizer que tem de cortar, tem de cortar, coisa em que ninguém mais acredita. O Brasil somos nós. Cortar o “custo Brasil” significa nos cortar... e privatizar, idiotice pura, ninguém mais acredita nisso.
Vale o mesmo para a tal de sustentabilidade econômica, em que ninguém acredita mais. Sem esse fundamentalismo, todos se mudaram imediatamente para outro fundamentalismo.
Vê-se bem no caso dos EUA, Wall Street. Se se retirar da economia todo o dinheiro que o Federal Reserve pôs na Bolsa, nos bancos, nas seguradoras, a coisa desmorona. A discussão que se tem de fazer tem a ver com o valor político da moeda.
Então, por um lado temos o fundamentalismo de mercado, que usa sempre só o que esse pessoal tinha como conteúdo (“Serra é o melhor administrado”, o “mais competente” etc. etc.) em que ninguém acredita. Daí, então, foram para outro fundamentalismo. Isso é que é preocupante.
O fato de eles terem passado imediatamente, do que se podia ler na imprensa (Serra dizia que não era candidato, depois pôs Lula na propaganda dele). As primeiras declarações do Índio da Costa de fato, até por terem sido tão desencontradas, anunciavam que eles iam passar imediatamente para outro fundamentalismo.
Fato é que essas paixões tristes ficam.
Não podemos analisar com leveza, porque parecem que serão derrotados, e mesmo que sejam, tomara, porque essas paixões ficam.
Ficam no retrocesso do debate, do debate que se poderia, mas não se pode fazer, de defesa da candidatura progressista. E elas ficam, também,  em termos da mobilização social. Temos, sim, de estar muito, muito, muito preocupados.
Vê-se que já está acontecendo também nos EUA. É a mesma coisa, no movimento Tea Party, uma mobilização muito mais radical em termos de novo fundamentalismo do que os Republicanos de antes, e que está impedindo que se concretize, até, o pequeno avanço anunciado pela eleição de Obama. E o que está acontecendo na Europa também tem elementos muito importantes de radicalização, em termos de novo fundamentalismo, por exemplo, no crescimento da xenofobia.
O que estamos assistindo hoje, nessa involução da campanha pró-Serra, não é a defesa do neoliberalismo e das privatizações, mas é exatamente o que será o pós-neoliberalismo do ponto de vista da direita. Parece que haverá uma volta do discurso estatal, de direita, autoritário, pesado, que nós, em geral, subestimamos, subavaliamos.
Temos, portanto, que avaliar essa campanha, e temos de estar preocupados, num horizonte que vai além dessa campanha.
A nova direita que vem aí é direita da pesada, e que tem de preencher o vazio do fundamentalismo do mercado, em que ninguém acredita mais, o tucanês, em que ninguém acredita mais.
O risco que enfrentamos hoje é que o “choque de gestão” pode muito rapidamente virar "choque de ordem"  [fim do segundo filminho].
 

[1] COCCO, Giuseppe, 17/10/2010, “Dilma é garantia do processo democrático”, Folha de S.Paulo, Tendências & Debates, p.3, em  http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1710201008.htm .
[2] “Eu sou um mito", afirma Cohn-Bendit, Folha de S.Paulo, 25/8/2010, Ilustrada, p. 16, e em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2508201016.htm
[3] “Em evento tumultuado, Dilma mostra plano ambiental genérico”, 21/10/2010, Folha de S.Paulo, em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2110201009.htm.
[4] Notícia sobre o manifesto dos verdes europeus foi afinal publicada em jornal de Mato Grosso, Folha do Estado, só dia 30/10/2010, matéria da redação, em http://www.folhadoestado.com.br/0,,Folha7456), e inclui a íntegra do manifesto:
A íntegra do manifesto:
A candidatura de Marina Silva trouxe para o eleitorado de Dilma, a pupila de Lula, a grande surpresa do primeiro turno. É preciso saudar a novidade que representa a candidatura de Marina Silva que já lutava, desde o período de sete anos em que foi ministra do governo Lula, para fazer entrar verdadeiramente as questões ecológicas na pauta de preocupações do governo brasileiro de esquerda. Com sua presença no escrutínio, a diversidade de lutas sociais, de todas as minorias (sexuais, religiosas) encontrou uma voz.
O placar de 19% do total de votos para uma candidata independente, sem apoio de partidos poderosos, representa a segunda grande surpresa. Ele prova que o Brasil se transforma muito mais profundamente do que apenas no plano do crescimento econômico. Para a democracia e a cultura, este já é um passo considerável.
Na América Latina, da Colômbia ao Chile, e agora também no Brasil, para além dos diferentes contextos, as questões ecológicas entram definitivamente na pauta das eleições presidenciais, o que não é mais o caso na Europa. O Brasil é a sétima potência mundial. Nenhum europeu em sã consciência pode se desinteressar pelo que está em jogo para os destinos ecológicos e sociais do planeta.
Esta é a razão pela qual desejamos, através deste manifesto, expressar nossa inquietação. A batalha do segundo turno se anuncia bastante cerrada e, algo impensável até ontem, uma vitória da direita não está mais excluída. Na configuração de hoje, o partido verde está longe de ter a dimensão popular de Marina Silva. Algumas personalidades como Gilberto Gil, ele mesmo afiliado a este partido, conclamam a que se vote em Dilma sem ambiguidade. E nós compartilhamos desta posição. Prestemos bastante atenção ao seguinte: José Serra não é um social democrata de centro. Por trás dele, a direita brasileira vem mobilizando tudo o que há de pior em nossas sociedades: preconceitos sexistas, machistas e homofóbicos, junto com interesses econômicos os mais escusos e míopes. A direita sai do porão.
Contra as mulheres, as facções mais reacionárias das igrejas cristãs – incluindo aquela da mulher do candidato da direita que declarou publicamente que Dilma quer assassinar criancinhas – acusam a candidata de ser favorável ao aborto, mesmo que esta questão não faça parte de seu programa de governo, tampouco do programa do Partido dos Trabalhadores.
Contra os homossexuais: o vice de Serra sustenta um discurso abertamente sexista e homofóbico.
Contra os pobres: acusados de votar na esquerda por ignorância.
A esta panóplia, bem conhecida em toda parte, vem se juntar uma criminalização particularmente ignóbil por parte da direita das lutas de resistência contra a ditadura. Dilma tem sido alvo de campanhas anônimas na internet que acusam de terrorismo e de bandidagem por ter participado na luta contra o regime militar, ela que foi por este motivo presa e barbaramente torturada.
A mobilização da direita está completamente ligada aos interesses do agro-negócio, um vínculo sobre o qual o governo Lula tem sido ambíguo em alguns momentos. No entanto, uma vitória da direita representaria o triunfo do complexo agro-industrial e dos céticos em matéria de aquecimento global. Seria uma guinada à direita em direção à revisão do estatuto da floresta que começou a limitar a devastação na Amazônia e no Mato Grosso, e no asseguramento dos direitos indígenas sobre suas reservas, que no ano passado obtiveram uma importante vitória (Raposa Serra do Sol) referendada pela Corte Suprema do país, que reconheceu esses direitos. Vinte e duas reservas indígenas podem seguir este caminho de enfrentamento com o agro negócio da soja e do arroz transgênico.
Não permitamos que o voto libertário em Marina Silva paradoxalmente se transforme em uma catástrofe para as mulheres, para os direitos humanos e para os direitos da natureza!
No plano internacional, os aspectos mais inovadores da política Sul-Sul de Lula (certamente pelo fato de seu apoio a Ahmadinejad), seriam condenados ao ostracismo com um realinhamento com os Estados Unidos. Além de representar uma alternativa à fixação estéril em uma política de confronto entre Estados Unidos e China, esta política Sul-Sul se opõe às estratégias dos países do Norte de multiplicar as medidas de defesa dos direitos da propriedade intelectual em detrimento do acesso aos saberes, à internet (especialmente no âmbito da ACTA).
Marina Silva recusou-se a manifestar apoio ao voto em Dilma. Pode-se compreender que seja um pouco difícil para ela se alinhar imediatamente com Dilma, com quem ela entrou em conflito enquanto no governo, e neste momento ela luta para evitar o alinhamento do partido verde com a direita, apesar da campanha virulenta contra ela por parte do PT.
Com efeito, os ecologistas estão travando, não só na Europa, como em vários países do mundo, um sério debate com os socialistas sobre a questão nuclear, sobre a OMC e o produtivismo agrícola e industrial, bem como o problema do aquecimento climático. No Brasil, agrega-se a todas essas questões uma dimensão – amplificada por sua urgência crucial – da luta contra as desigualdades. Pode-se compreender, portanto, a reserva de alguns ambientalistas em se alinharem com a candidata da esquerda.
Mas nossa experiência como força política e de oposição e governo na Europa nos permite afirmar a nossos companheiros brasileiros que, nas atuais circunstâncias do Brasil, a ancoragem na esquerda é a única possibilidade real de fazer avançar a causa ecológica: já vimos no que se tornou a «Grenelle» – Ministério do Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Energia e Transportes – na França com a direita.
Quanto às mulheres, às minorias étnicas, religiosas, sexuais, elas sabem aonde têm que se bater. A xenofobia, o racismo, a mobilização reacionária da religião são os perigosos instrumentos que a direita populista utiliza alegremente na Europa.
É impossível acreditar que a esperança suscitada pelos dois mandatos presidenciais de Lula acabe terminando no segundo turno com a eleição do candidato da direita.
Assinam:
Dany Cohn Bendit (Alemanha) co-président du groupe parlementaire des députés Verts au Parlement Européen
Monica Frassoni  (Itália) co-présidente du Parti des Verts Européens
Philippe Lamberts (Bélgica) co-président du Parti des Verts Européens
Dominique Voynet (França)  Senadora, Prefeita da Cidade de Montreuil , ex-Ministra do Meio Ambiente (gov. Jospin)
Yves Cochet ( França) Deputado Nacional,  ex-MInistro do Meio Ambiente (Gov. Jospin)
Noël Mamère (França) – Deputado Nacional e Prefeito de Bègles (Bordeaux)
José Bové  (França) – Deputado europeu
Alain Lipietz  (França) – dirigente dos Verdes, ex-deputado europeu
Jérôme Gleizes (França) – Dirigente da comissão internacional dos Verdes
Yann Moulier Boutang (França) Co-diretor da Revista Multitudes (Paris)
Paris 18 de outubro de 2010
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Todos teremos MUUUUUUUUUUUUUUUITAS SAUDADES dessses felizes anos e tão potentes anos Lula

Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita ao navio plataforma “FPSO Cidade de Angra dos Reis” para início da produção de petróleo da camada pré-sal no Campo de Tupi, da Bacia de Santos
Rio de Janeiro-RJ, 28 de outubro de 2010(distribuído pela Presidência da República, no Twitter e em http://www.imprensa.planalto.gov.br/download/Informe_da_Hora/pr2123-2@.doc)
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         Eu, pelo contrário, pelo contrário, ô Estrella, eu fico muito feliz porque... eu já estava feliz porque a Petrobras aprendeu... todas as vezes que eu venho aqui na Petrobras, eles fazem uma luvinha para mim, aprenderam a cortar o dedinho. Antes o dedo ficava pendurado aqui e eu ficava mexendo nele. Então, teve alguém que, de forma muito gentil, resolveu cortar o dedinho da luva e costurar. Então, toda luva que eu tenho agora, tem o dedinho cortado.
         Obviamente que eu fico muito feliz de ser lembrado e ter meu nome ligado a uma coisa que, para mim, é sagrada. Vocês sabem que eu vejo a Petrobras mais do que uma empresa. Vocês, não sei como é que vocês veem a Petrobras, mas eu acho que a Petrobras, ela é a afirmação de uma nação, ou seja, a Petrobras é a prova mais contundente de que o brasileiro é capaz, de que o brasileiro é inteligente, de que o brasileiro não é de segunda classe. Quando a gente quiser ter orgulho de alguma coisa deste país, que a gente tiver dúvida, a gente lembra da Petrobras. A gente lembra da Petrobras, a gente lembra dos seus engenheiros, dos seus funcionários, dos seus geólogos, ou seja, a gente lembra do pessoal que é a razão maior do orgulho. Mais do que o carnaval, mais do que o futebol, a Petrobras é a certeza e a convicção de que este país será uma grande nação. Não tem como este país não ser... Um país que tem engenheiros, geólogos, geógrafos, pesquisadores de todas as... de todos os níveis, capazes de fazer uma empresa desta magnitude, capazes de ir lá no fundo e encontrar os meus nove dedos, aí, significa que nós podemos muito mais.
         O Brasil... eu digo sempre que o Brasil jogou fora o século XX. Não é que jogou fora, nós não soubemos aproveitar corretamente o século XX, ou seja, as oportunidades apareciam, a gente jogava fora, muitas vezes por descrença, muitas vezes por descrença, por complexo de inferioridade, afinal de contas, nós somos uma nação colonizada e sempre que uma nação é colonizada, ela demora mais para ter autoestima, ela demora mais para acreditar em si própria.
         E eu acho que nós... o século XXI será inexorável. Eu dizia na ONU uma vez que o século XIX foi dos europeus, o século XX foi dos Estados Unidos e, no final, uma parte para a China, e o século XXI é inexorável: é o século do Brasil e é o século da América Latina, podem ficar certos. Então, eu sou agradecido porque eu acho que a Petrobras, ela será sempre uma espécie de guia do crescimento do Brasil, ou seja, se a Petrobras não estiver bem, o Brasil não estará tão bem. Mas se a Petrobras estiver bem, eu acho que o Brasil estará sempre muito bem.
         Portanto, meus agradecimentos, isto aqui será guardado com um orgulho imenso, saber que alguém jogou minha mãozinha de nove dedos 118 milhões de anos atrás, e eu sou... eu fico feliz pela lembrança. Pelo contrário, em vez de ficar magoado, eu fiquei muito feliz de vocês terem lembrado desses nove dedos aqui, que ajudaram a construir um pouco a história que estamos vivendo agora.
         Então, parabéns à Petrobras. Eu fiz questão... põe naquele... eu fiz questão de vir aqui hoje... eu sei que ontem foi meu aniversário, e eu... para mim era uma questão de oportunidade de vir aqui. Eu acho que essa descoberta do pré-sal tem uma coisa tão importante para o Brasil, é uma oportunidade tão extraordinária, que eu não queria terminar o meu mandato sem... eu não vim aqui por medo, a primeira vez. É bom lembrar, porque muitas vezes... Não, muitas vezes se coloca a ideia de que o Presidente tem que ser corajoso. Eu, na verdade, saber que pegar um helicóptero, andar 300 quilômetros mar adentro, não é... minha coragem não chega a ser que nem a de vocês.
         Mas eu, agora, resolvi vir. Tentei vir no marinho... no navio, no porta-aviões, mas também ele está consertando já há muito tempo, não deu para vir. A ideia era sair de lá à noite e vir comendo um churrasquinho, chegar aqui e parar aqui perto. Não deu. Eu falei: eu vou de helicóptero mesmo, vou de helicóptero. Ontem eu fiz aniversário, bebi menos do que devia porque eu precisava estar inteiro para fazer esta viagem aqui hoje, e eu jamais deixaria o meu mandato sem colocar os pés aqui em Tupi para ver esta coisa que eu acho que é a consagração dos nossos filhos, dos nossos netos, dos nossos bisnetos e do Brasil como um todo.
         Parabéns à Petrobrás! Parabéns, Gabrielli! Parabéns ao nosso querido companheiro Estrella, porque a gente fala de geólogo, geólogo, mas a gente lembra... eu não esqueço nunca da cara do Estrella no dia em que ele entrou na minha sala para mostrar a descoberta do pré-sal. Eu não esqueço nunca, ele e o Gabrielli, o orgulho com que ele falava, mostrando cada coisa para mim, cada cor, o que significava ali, e a gente não tinha nem certeza se a gente ia ser tão rápido, se ia acontecer tão rápido o que está acontecendo hoje.
         Então, parabéns, Gabrielli, parabéns aos diretores da Petrobras, parabéns aos funcionários da Petrobras, e eu acho que hoje o Brasil inteiro está de parabéns porque é o começo de uma nova era no nosso país.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Globo matou o JN pra tentar salvar Serra

Armação do Jornal Nacional não tinha contra-regra

Mais uma desconstrução da edição do Jornal Nacional com o suposto objeto que bateu na cabeça de Serra.
Por Daniel Florêncio.



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PARABÉNS PRESIDENTE






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Enquanto a Crise Mundial ainda faz estragos lá fora, o Brasil de Lula e Dilma tem hoje o menor desemprego de sua história. E a renda média do trabalho continua crescendo. 
Confira no R7.com


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“Você, Larry King [e Mervais, Waacks, Bonners & Patroas, D. Danuza et alii] também deveria[m] envergonhar-se”
Excerto traduzido e enviado pelo pessoal da Vila Vudu

Times reporter defends Assange piece


Assange voltou ontem à noite à CNN, apenas três dias depois de ter-se levantado e saído da sala durante entrevista na mesma rede, ao ser perguntado sobre processos movidos contra ele e sobre a demissão de um funcionário da organização WikiLeaks.

O entrevistador Larry King — que chega a supor que seu entrevistado novamente saíra da sala, perguntou a Assange por que abandonara a entrevista da 2ª-feira. Assange sorriu, disse “Claro que estou aqui!" E continuou:

“Divulgamos 400 mil documentos secretos, a mais extraordinária história de uma guerra que jamais foi exposta ao público em todos os tempos. Esses documentos denunciam 109 mil mortes de que ninguém tinha notícia. É questão grave demais. E é gesto de extraordinário desrespeito, para começar, contra aqueles mortos, que os jornalistas se ponham a esconder outra vez aqueles crimes, com entrevistas de jornalismo de tablóide e futricas.”

“A CNN é que deveria estar aqui explicando por que sua jornalista perguntou o que perguntou e não perguntou o que deveria perguntar. Aceitei dar aquela entrevista, de fato, porque confiava que a CNN fosse capaz de fazer melhor jornalismo.”

Assange continuou, dizendo que temas de sua vida pessoal não se comparam, em importância, ao que WikiLeaks divulgou sobre a guerra do Iraque.


“Não é decente insistir em sensacionalismos e, de fato, repetir mentiras, sobre assunto absolutamente trivial, se comparado a 109 mil mortos, de cujas mortes ninguém jamais soubera e sobre as quais não há nenhuma dúvida”, disse.

“Acho” – continuou Assange – “que a CNN deveria envergonhar-se de ter feito o que fez. Acho que você também, Larry, deveria também envergonhar-se de continuar insistindo.”

A entrevista pode ser vista e ouvida (em inglês), em: NY Times reporter defends profile of WikiLeaks’ Assange  




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Confira a carta entregue por Amaury Ribeiro Jr. aos jornalistas


26 de outubro de 2010 • 19h20 • atualizado às 19h25
O jornalista Amaury Ribeiro Junior entregou nesta terça-feira (26) uma carta aos jornalistas contendo parte do material entregue por ele à Polícia Federal em relação a investigações que fez no período de 1998 e 2002 sobre as privatizações de empresas estatais no governo Fernando Henrique Cardoso. A nota contém informações sobre a CPMI do Banestado, conseguidas, segundo o jornalista, "de forma legal sem quebra de sigilo fiscal". Ele reitera também não ter sido movido por nenhuma militância partidária, mas sim pelo "jornalismo".
Amaury foi indiciado, nesta segunda-feira (25), por quatro crimes no caso que investiga a violação do sigilo fiscal de lideranças tucanas e familiares do candidato à presidência José Serra (PSDB). De acordo com o parecer da PF, o jornalista cometeu os crimes de violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documento falso e oferecimento de vantagem a testemunha.


Confira na íntegra a carta de Amaury Ribeiro Jr.:


Nota à imprensa


Aos colegas jornalistas:

Estou passando às mãos de todos cópia de uma pequena parte do material que entreguei hoje à Polícia Federal. Todos os papéis foram obtidos de forma legal sem quebra de sigilo fiscal. Vale lembrar que a documentação refere-se aos anos de 1998 até 2002.
O que foi entregue não é resultado de militância partidária, que nunca tive, e sim da única militância que reconheço e pratico, a do jornalismo. Prova disse é que, em junho de 2005, fui o autor de "Aparece o dinheiro", reportagem de IstoÉ (edição 1863), em que foi exposto o Mensalão do PT. Desejo que a liberdade de imprensa em vigor no país possa servir, agora, ao esclarecimento da população.
São informações oficiais a que tive acesso nos longos anos em que estou trabalhando no tema das privatizações. Pela primeira vez estão sendo trazidas ao conhecimento público. São, portanto, absolutamente inéditas. Foram obtidas judicialmente através de uma ação de exceção de verdade. São documentos da CPMI do Banestado, cujo acesso estava, até então, proibido aos brasileiros. Agora, vieram à luz. Espero que possam, enfim, ajudar a esclarecer um período sombrio do país. Vocês são parte importante e decisiva neste processo.
Chamo a atenção para dois pontos especialmente, ambos alicerçados em informações oficiais obtidas pela dita CPMI na base de dados da conta Beacon Hill do banco JP Morgan Chase e no MTB Bank, ambos de Nova York. A Beacon Hill Service Corporation (BHSC) onde eram administradas muitas subcontas com titulares ocultos. Nos EUA, a BHSC foi condenada em 2004 por operar contra a lei. No Brasil, inspirada pela designação Beacon Hill, a Polícia Federal deflagrou a Operação Farol da Colina, apurando, entre outras personalidades envolvidas, nomes como os do ex-governador paulista Paulo Maluf e do banqueiro Daniel Dantas. 


Os pontos em questão são os seguintes:

1 . Os depósitos comprovados (pag. 4/11) do empresário GREGÓRIO MARIN PRECIADO, casado com uma prima de JOSÉ SERRA e ex-sócio do ex-governador de São Paulo (o mesmo SERRA), na conta da empresa Franton Interprises (pag. 3/11), vinculada ao ex-caixa de campanha do próprio SERRA e de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, RICARDO SÉRGIO OLIVEIRA. A soma de tais valores ultrapassa os US$ 1,2 milhão e cresce sobretudo no ano eleitoral de 2002, quando SERRA foi candidato à Presidência. Mais de 80% dos recursos recebidos pela Franton na Beacon Hill tem origem em PRECIADO. RICARDO SÉRGIO, como se sabe, foi diretor do Banco do Brasil e o grande articulador de consórcios de privatização no período FHC.
2. Os depósitos realizados pela empresa Infinity Trading, pertence ao empresário CARLOS JEREISSATI, (pag 9/11) igualmente na Franton Interprises e RICARDO SÉRGIO. JEREISSATI liderou um dos consórcios que participou dos leilões de privatização e comprou parte da Telebrás. É de conhecimento geral que a formatação de consórcios e as privatizações da Telebrás também tiveram a intervenção de RICARDO SÉRGIO. Em muitas ocasiões se falou de propina na venda de estatais, mas esta é a primeira vez que aparece uma evidência disso lastreada por documentos bancários oficiais.

Tenho certeza da relevância do material e espero que façam bom uso dele. Um abraço a todos e bom trabalho.
Amaury Ribeiro Junior
Repórter


Leia aqui trechos de documentos entregues por Amaury Ribeiro Jr. à PF


http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4756940-EI15315,00-Confira+a+carta+entregue+por+Amaury+Ribeiro+Jr+aos+jornalistas.html


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Pesquisa CNT/Sensus dá vantagem para Dilma de 17,2%

A pesquisa CNT/Sensus, que foi a campo de 23 a 25 de outubro, portanto depois de todas as mais recentes baixarias, apurou 58,6 % de intenções de votos válidos para Dilma (PT) e 41,4% para Serra (PSDB/DEM).

Uma vantagem para Dilma de 17,2% sobre Serra.

Na modalidade espontânea – sem apresentação dos nomes - Dilma foi a 50,4% contra Serra 35,7%, o que dá 14,7% de vantagem para Dilma (PT).

A pesquisa CNT/Sensus perguntou: “independente de quem o sr. Vota, quem o Sr acha que vai ganhar as eleições para presidente?”.

69,7% responderam que Dilma vai ganhar. 22,3% responderam que Serra vai ganhar.

A pesquisa completa está no site do Instituto Sensus.