quarta-feira, janeiro 28, 2015

A comunicação mudou e a formação da opinião pública, hoje, acontece principalmente nas redes sociais. Neste campo de luta, o Governo não tem nada.


Presidenta, a comunicação mudou. Mesmo que a grande imprensa seja a mesma…
27 de janeiro de 2015 | 22:20 Autor: Fernando Brito

Hoje, em seu discurso aos ministros, a Presidenta Dilma Roussef pediu a seus ministros que “travem a batalha da comunicação” e que  “levem a posição do Governo à opinião pública”.
Com toda a sinceridade, o pedido da Presidenta lembra uma cena de um dos melhores filmes de guerra produzidos nos últimos anos – na verdade, já há 14 anos – e bem pouco conhecido aqui.
Chama-se “Inimigo às Portas” – título aqui no Brasil acho que foi “Círculo de Fogo”, o mesmo de uma porcaria de ficção –  e se passa na Stalingrado sitiada pelas tropas hitleristas, há longos 73 anos.
Os soviéticos, cercados, acossados e bombardeados tinham homens, mas não tinham armas.
Na primeira sequência do filme, eles fazem um contra-ataque aos alemães.
Mas são poucos os fuzis.
Formam-se então, duas linhas. A frontal está armada. Atrás deles, os soldados têm as mãos nuas.
Devem pegar o fuzil do companheiro à sua frente, quando forem abatidos e continuarem a ofensiva.
Uma batalha monstruosa e, ao mesmo tempo, de tanta tenacidade humana que levou Carlos Drummond de Andrade a escrever, em seu poema “Carta a Stalingrado”:
Uma criatura que não quer morrer e combate,
contra o céu, a água, o metal, a criatura combate,
contra milhões de braços e engenhos mecânicos a criatura combate,
contra o frio, a fome, a noite, contra a morte a criatura combate,
e vence.
Como Stalingrado, o Governo Dilma está cercado por poderosos engenhos bélicos, prontos a destruí-lo na – a expressão é da própria Dilma – ” batalha da comunicação”.
E, francamente, tem contra seus inimigos –  bem à porta, quando não porta adentro –  menos e piores fuzis: os tais famosos “controles remotos”.
O personagem central do filme, Vassili Zaitzev  - personagem real, ou tão real quanto o cinema é capaz de fazer ser,  que escreveu memórias e morreu em 1991 – é apenas um “franco-atirador”, mas tem uma terrível precisão e, como é um só e a munição é escassa, não desperdiça balas: alveja os oficiais do nazismo e os torna medrosos, inseguros.
As armas da “batalha da comunicação” que o governo quer travar são, no mínimo, ingênuas.
Almoços com jornalistas, entrevistas e mesmo comerciais institucionais caprichados não fazem mais efeito sobre os tais “formadores de opinião” como fariam há sete ou dez anos atrás.
A comunicação mudou e a formação da opinião pública, hoje, acontece principalmente nas redes sociais.
Neste campo de luta, o Governo não tem nada.
Nem o rifle  Moisin Nagant de Zaitsev.
Muito menos aqueles soldados da segunda linha, dispostos a tomar da arma possível e seguir na carga.
Todos os processos de transformação e  muito mais as revoluções cuidaram de ter a sua imprensa, desde a Revolução Francesa e seus Marat, Robespierre, Desmoulins e Prudhomme.
Mas os governos do PT, mesmo depois de atingidos pela mais pesada e torpe artilharia, parece que continuam a crer no pacto de “não-agressão” que firmou com o empresariado midiático, a começar pela Globo, e espera que tudo possa ser resolvido na “boa conversa”.
Mesmo que, para isso, tenha de neutralizar e expor às balas seus poucos – e  certamente menos precisos – Zaitzevs.
O pedido da Presidente é uma impossibilidade.
Seus homens e mulheres de modos finos e que querem passar, na mídia, como “os bons” dentro de um mau governo produzirão miados, não rugidos.
E não é “culpa” deles, afinal.
Como pode haver uma batalha se não se declara guerra?


domingo, janeiro 25, 2015

"Grecia deja atrás la austeridad del desastre".



Alexis Tsipras: Grecia deja la austeridad tras cinco años de humillación

Alexis Tsipras, líder de la izquierda en Grecia. | Foto: Agencias
Publicado 25 enero 2015 (Hace 1 hora 46 minutos)

Desde la Universidad de Atenas, el líder de Syriza Alexis Tsipras, se pronunció ante miles de simpatizantes que celebraron la victoria de la izquierda.

El líder del Partido Syriza, Alexis Tsipras, y vencedor de las elecciones griegas de este domingo, afirmó que "el pueblo le ha dado un mandato claro", que supone que Grecia cambia de rumbo y "deja la austeridad tras cinco años de humillación".
"El pueblo debe recobrar su dignidad, el optimismo, la sonrisa...ese es el mensaje primordial", afirmó Tsipras ante miles de seguidores y simpatizantes de Syriza que se aglomeraron en la Universidad de Atenas.
“El veredicto de nuestro pueblo significa que se acabó la troika", en referencia a los principales acreedores del país, la Unión Europea (UE) y el Fondo Monetario Internacional (FMI), añadió Tsipras, de 40 años. “Hoy perdió la Grecia de los oligarcas y de los corruptos", dijo.
“Esta victoria es también la de todos los pueblos de Europa que luchan contra la austeridad que destroza nuestro futuro común", expresó el líder político.
Por su parte, el primer ministro saliente griego, Andonis Samará, expresó que “los griegos han hablado y respetamos su decisión”, tras conocerse los primero resultados de los comicios, que otorgan la victoria a Syriza con el 35,11 por ciento.
Tsipras sostuvo que es consciente de que el pueblo griego no le ha dado un cheque en blanco "sino un mandato para reorganizar el país".
En contexto
En 2010, la UE y el FMI concedieron a Grecia un paquete de “rescate” de más 240 millones de euros para solventar su economía. A cambio de estos “rescates”, el Gobierno aprobó una serie de medidas de austeridad que ahogaron a los griegos: reducción del salario, pensiones mínimas, reducción de la inversión en sanidad, la educación y otros servicios públicos, mientras que aumentaron los impuestos y se eliminaron puestos de trabajo.
Elecciones históricas
Los ciudadanos helenos decidieron este domingo el destino de su país y eligieron entre dos opciones: Continuar con una política tradicional que sigue el modelo neoliberal, representado por el partido conservador Nueva Democracia; o apostar por una política progresista que busca reestructurar la economía del país e iniciar una nueva etapa democrática, representado por el Partido Syriza, que siempre fue favorito en las encuestas.
Unos 9 millones 800 electores fueron convocados a votar en este proceso, catalogado como el más importante de los últimos años.
Las elecciones en Grecia transcurrieron con normalidad luego de que las autoridades electorales abrieran las urnas a las 07H00 locales (05H00 GMT). 


O PREÇO DA FANTÁSTICA FÁBRICA DE PROPAGANDA DA GLOBO

Stella de Mendonça @StellaMendonca 22 minHá 22 minutos
Gente, o Fantástico iniciou seu tema de terror, ligando falta d'água com energia, culpando Gov Fereral ! Que absurdo !
Mais
3 outras respostas
Luiz Müller @luizmuller 14 minHá 14 minutos
@_el_conde @stellamendonca Tem um monte de pessoas na minha TL falando da baixaria no Fantástico passando agora.
Mais
Jules Vallès @LeCommunard 5 minHá 5 minutos
@luizmuller @_el_conde @StellaMendonca Estavam preparando o terreno na sexta.Vejam as manchetes dos jornais da Globo. 



    Porque a Rede Globo tem tanta saudade do PSDB?


quinta-feira, janeiro 22, 2015

Dilma em La Paz, para a posse do presidente reeleito, Evo Morales.


HOMENAGEM
Dilma já está em La Paz, para a posse do presidente reeleito, Evo Morales.
Ao desembarcar, foi recebida por autoridades bolivianas e pelo prefeito de El Alto, Edgar Ticona, por quem foi homenageada como "hóspede ilustre" da cidade. Confira mais fotos em instagram.com/dilmarousseff




segunda-feira, janeiro 12, 2015

Que desfilem. Zumbis de cérebros esvaziados e hipócritas

                                Tim Anderson: alguém já viu tantos criminosos numa fila só?

11/1/2014, The Saker, (nova) rede The Vineyard of the Saker
http://www.vineyardsaker.net/brainwashed-zombies-and-hypocrites/

Quer dizer que mais de 3 milhões de pessoas tomaram as ruas de Paris, inclusive 40 chefes de estado, para denunciar o assassinato de 17 vítimas dos ataques de terroristas takfiris semana passada... Mas... ONDE ESTAVAM TODOS ELES, antes?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo do Afeganistão? Ninguém sabe, ninguém viu.  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra os xiitas da Arábia Saudita? Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra os xiitas do Bahrain?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo da Chechênia?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo sérvio?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo líbio?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo sírio? Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo do Iraque?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo do Curdistão?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo do Líbano? Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo da Nigéria?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo do Paquistão?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo da Índia? Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo da Rússia?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo da Somália?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo do Quênia? Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo do Iêmen? Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo da Argélia? Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo da Indonésia?  Ninguém sabe, ninguém viu?

ONDE ESTAVAM esses três milhões e 40 chefes de estado quando o abjeto terror takfiri foi lançado contra o povo do Irã?  Ninguém sabe, ninguém viu?

Por que sumiram?

Mais algumas perguntas

Não crucificaram, talvez, bebês na Argélia?  Não torturaram reféns em vídeos, na Chechênia? Não varreram a tiros casamentos na Bósnia? Não explodiram bombas na Indonésia? Afegãos não foram, talvez, esfolados vivos? Não mantiveram reféns com lobos, em tocas, na Chechênia? Não torturaram até a morte e crucificaram na Síria?

Ou será que há vítimas inocentes mais vítimas inocentes que outras?

Por que, quando a Europa apoia takfiris sírios e nazistas ucranianos, não se veem 3 milhões de pessoas em protesto, pelas ruas?

Quantos daqueles 3 milhões de pessoas e 40 chefes de estado realmente não sabem que o takfirismo tem sido atenta, apaixonada e cuidadosamente cultivado, alimentado, organizado, financiado, treinado, federado, apoiado, armado e protegido pelo Império Anglo-sionista?

Quantos daqueles 3 milhões de pessoas e 40 chefes de estado realmente não sabem que o takfirismo é uma monstruosidade, com duas funções – pode ser lançado contra os que se atrevem a desobedecer o Império; e aterroriza quem, no ocidente, resista contra o estado policial?

Será que algum dia aprenderão?

Nada daquilo foi novidade. Dia 11/9, o povo dos EUA foi literalmente adestrado para reagir com medo e histeria. Funcionou perfeitamente, e todos sabemos como acabou: com grandes guerras e milhões de (iraquianos) mortos.  Muitos norte-americanos simplesmente pararam de pensar, onde havia análise cuidadosa foi substituída por reação de pânico. Hoje, a Europa está fazendo exatamente o mesmo. Mesmas causas sempre levam aos mesmos resultados. Será que algum dia aprenderão?

E quem, afinal, é o inimigo?

Ah, sim, eles têm sido muito ‘vagos’ quanto a isso. “Não somos contra o Islã!!”, “o Islã é religião de paz!!”, “nada temos contra muçulmanos!!!”.

Ah, sim, sim, claro!

A verdade é que, enquanto “eles” nada têm contra “o Islã” e contra “bons muçulmanos”, “eles” TAMBÉM, como quem nada quer, pensam que “o multiculturalismo falhou” e que “o Islã é incompatível com as sociedades ocidentais.” Não só isso, mas também, dado que “maus muçulmanos” tendem a esconder-se entre “bons muçulmanos”, o melhor é ficarmos todos no “lado seguro” e manter “olho bem vivo” sobre todos “os muçulmanos”, para o caso de algum deles de repente, sem aviso, virar suicida-bomba jihadista doido. Correto?

ERRADO!

Já perceberam como TODOS aqueles doidos takfiris “por acaso” têm MUITOS contatos com todos os tipos de serviços ocidentais de segurança? É como congresso da Ku Klux Klan nos EUA: de cada dez participantes, dois são débeis mentais e oito são agentes federais trabalhando disfarçados. O mesmo acontece nos grupos takfiris. Então, os dois débeis mentais fazem alguma coisa realmente péssima, e os oito agentes federais evanescem “sem deixar rastros” (ou se suicidam). E isso teria algo a ver com o Islã? Claro que não.

Isso só tem a ver com o estado profundo e com a manipulação, por agentes infiltrados, de provavelmente todos os grupos terroristas em ação no planeta.

Eis a pergunta que realmente faz muito melhor sentido: deve-se temer mais os muçulmanos, ou deve-se temer mais os serviços ocidentais de segurança que cuidadosamente manipulam os doidos takfiri?

A verdade é que as mesmas agências ocidentais de segurança que controlam os doidos takfiri querem que nós todos odiemos os muçulmanos. Por quê? Simplesmente para criar uma atmosfera de caos social, confronto entre civis e, mesmo, guerra civil. Assim, enquanto todos nos ocupamos na caçada aos “muçulmanos do mal”, as mesmas agências ocidentais de segurança podem continuar o próprio trabalhinho.

Assim sendo, o que podemos fazer?

Simples! Nossos mestres & senhores imperiais querem que façamos exatamente três coisas:

– que nos aterrorizemos;
– que sejamos tomados pelo ódio;
– que paremos de pensar.

Assim sendo, tudo que temos de fazer é:

– não temer;
– amar; e
– pensar.


É realmente muito simples. Se nos deixarmos aterrorizar, se odiarmos e se pararmos de pensar – eles vencem. Se não nos deixarmos aterrorizar, se amarmos cada vez mais e se pensarmos sempre mais e melhor – nós vencemos. O Império deles foi construído de medo, de ódio e de estupidez. Podemos derrubá-lo com coragem, amor e inteligência.

O que se viu [ontem] em Paris foram 3 milhões e 40 chefes de estado em passeata, por duas razões básicas: alguns já estão descerebrados, sofreram lavagem cerebral pelo frenesi ‘midiático’; outros foram à rua por razões políticas. 3 milhões de zumbis de cérebros esvaziados e hipócritas. Que desfilem.

Quanto a nós, temos de declarar alto e em bom som que NÃO FOMOS apanhados naquela mesma armadilha, que eles NÃO ESTÃO poluindo com ódio a nossa alma, e com estupidezes, o nosso cérebro. Que, se há milhões de zumbis de cérebros esvaziados e hipócritas, há bilhões de pessoas capazes de ler através da tela de mentiras, e que rejeitam totalmente essa “paisagem mental” de ódio, medo e estupidez.

[assina]
The Saker

quarta-feira, janeiro 07, 2015

FELIZ ANO NOVO ! O BRASIL NÃO É FEITO SÓ DE LADRÕES.


(Jornal do Brasil) - Inaugura-se, nesta quinta-feira, novo ano do Calendário Gregoriano, o de número 2015 após o nascimento de Jesus Cristo, 515, depois do Descobrimento, 193, da Independência, e 125, da Proclamação da República.

Tais referências cronológicas ajudam a lembrar que nem o mundo, nem o Brasil, foram feitos em um dia, e que estamos aqui como parte de longo processo histórico que flui em velocidade e forma muitíssimo diferentes daquelas que podem ser apreendidas e entendidas, no plano individual, pela maioria dos cidadãos brasileiros.

Ao longo de todo esse tempo, e mesmo antes do nascimento de Cristo, já existíamos, lutávamos, travávamos batalhas, construíamos barcos e pirâmides, cidades e templos, nações e impérios, observávamos as estrelas, o cair da chuva, o movimento do Sol e da Lua sobre nossas cabeças, e o crescimento das plantas e dos animais.

Em que ponto estamos de nossa História ?

Nesta passagem de ano, somos 200 milhões de brasileiros, que, em sua imensa maioria, trabalham, estudam, plantam,  criam, empreendem, realizam, todos os dias.

Nos últimos anos, voltamos a construir navios, hidrelétricas, refinarias, aeroportos, ferrovias, portos, rodovias, hidrovias, e a fazer coisas que nunca fizemos antes, como submarinos - até mesmo atômicos - ou trens de levitação magnética.

Desde 2002, a safra agrícola duplicou - vai bater novo recorde  este ano -  e a produção de automóveis, triplicou.

Há 12 anos, com 500 bilhões de dólares de PIB, devíamos 40 bilhões de dólares ao FMI, tínhamos uma dívida líquida de mais de 50%, e éramos a décima-quarta economia do mundo.

Hoje, com 2 trilhões e 300 bilhões de dólares de PIB, e 370 bilhões de dólares em reservas monetárias,  somos a sétima maior economia do mundo. Com menos de 6% de desemprego, temos uma dívida líquida de 33%, e um salário mínimo, em dólares, mais de três vezes superior ao que tínhamos naquele momento.

De onde vieram essas conquistas?

Do suor, da persistência, do talento e da criatividade de milhões de brasileiros. E, sobretudo, da confiança que temos em nós mesmos, no nosso trabalho e determinação, e no nosso país.

Não podemos nos iludir.

Não estamos sozinhos neste mundo. Competimos com outras grandes nações, que conosco dividem as 10 primeiras posições da economia mundial, por recursos, mercados, influência política e econômica, em escala global.

Não são poucos os países e lideranças externas, que torcem para que nossa nação sucumba, esmoreça, perca o rumo e a confiança, e se entregue, totalmente, a países e regiões do mundo que sempre nos exploraram no passado - e ainda continuam a fazê-lo -  e que adorariam ver diminuída a projeção do Brasil sobre áreas em que temos forte influência geopolítica, como a África e a América Latina.  

Nosso espaço neste planeta, nosso lugar na História, foi conquistado com suor e sangue, por antepassados conhecidos e anônimos, entre outras muitas batalhas, nas lutas coloniais contra portugueses, holandeses, espanhóis e franceses; na Inconfidência Mineira, e nas revoltas que a precederam como a dos Beckman e a de Filipe dos Santos; nas Conjurações Baiana e Carioca, na Revolução Pernambucana; na Revolta dos Malês e no Quilombo de Palmares; na Guerra de Independência até a expulsão das tropas lusitanas; nas Entradas e Bandeiras, com a Conquista do Oeste, da qual tomaram parte também Rondon, Getúlio e Juscelino Kubitscheck; na luta pela Liberdade e a Democracia nos campos de batalha da Europa, na Segunda Guerra Mundial.

As passagens de um ano para outro, deveriam servir para isso: refletir sobre o que somos, e reverenciar patriotas do passado e do presente.

Brasileiros como os que estão trabalhando, neste momento, na selva amazônica, construindo algumas das maiores hidrelétricas do mundo, como Belo Monte, Jirau e Santo Antônio; como os que vão passar o réveillon em clareiras no meio da floresta, longe de suas famílias, instalando torres de linhas de alta tensão de transmissão de eletricidade de centenas de quilômetros de extensão; ou os que estão trabalhando, a dezenas de metros de altura, em nossas praias e montanhas, montando ou dando manutenção em geradores eólicos; ou os que estão construindo gigantescas plataformas de  petróleo com capacidade de exploração de 120.000 barris por dia, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, como as 9 que foram instaladas este ano; ou os que estão construindo novas refinarias e complexos petroquímicos, como a RENEST e o COMPERJ, em Pernambuco e no Rio de Janeiro; ou os que estão trabalhando na ampliação e reforma de portos, como os de Fortaleza, Natal, Salvador, Santos, Recife, ou no término da construção do Superporto do Açu, no Rio de Janeiro; ou os técnicos, oficiais e engenheiros da iniciativa privada e da Marinha que trabalham em estaleiros, siderúrgicas e fundições, para construir nossos novos submarinos convencionais e atômicos, em Itaguaí; os técnicos da AEB - Agência Espacial Brasileira, e do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que acabam de lançar, com colegas chineses, o satélite CBERS-4, com 50% de conteúdo totalmente nacional; os que trabalham nas bases de lançamento espacial de Alcântara e Barreira do Inferno; os oficiais e técnicos da Aeronáutica e da Embraer, que se empenham para que o primeiro teste de voo do cargueiro militar KC-390, o maior avião já construído no Brasil, se dê com sucesso e dentro dos prazos, até o início de 2015; os operários da linha de montagem dos novos blindados do Exército, da família  Guarani, em Sete Lagoas, Minas Gerais, e os engenheiros do exército que os desenvolveram; os que trabalham na linha de montagem dos novos helicópteros das Forças Armadas, na Helibras, e os oficiais, técnicos e operários da IMBEL, que estão montando nossos novos fuzis de assalto, da família IA-2, em Itajubá; os que produzem novos cultivares de cana, feijão, soja e outros alimentos, nos diferentes laboratórios da EMBRAPA; os que estão produzindo navios com o comprimento de mais de dois campos de futebol, e a altura da Torre de Pisa, como o João Candido, o Dragão do Mar, o Celso Furtado, o Henrique Dias, o Quilombo de Palmares, o José Alencar, em Pernambuco e no Rio de Janeiro; os que estão construindo navios-patrulha para a Marinha do Brasil e para marinhas estrangeiras como a da Namíbia, no Ceará; os engenheiros que desenvolvem mísseis de cruzeiro e o Sistema Astros 2020 na AVIBRAS; os que estão na Suécia, trabalhando, junto à Força Aérea daquele país e da SAAB, no desenvolvimento do futuro caça supersônico da FAB, o Gripen NG BR, e na África do Sul, nas instalações da DENEL, e também no Brasil, na Avibras, na Mectron, e na Opto Eletrônica, no projeto do míssil ar-ar A-Darter, que irá equipá-los; os nossos soldados, marinheiros e aviadores, que estão na selva, na caatinga, no mar territorial, ou voando sobre nossas fronteiras, cumprindo o seu papel de defender o país, que precisam dessas novas armas;  os pesquisadores brasileiros das nossas universidades, institutos tecnológicos e empresas privadas, como os que trabalham ITA e no IME, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, ou no projeto de construção e instalação do nosso novo Acelerador Nacional de Partículas, no Projeto Sirius, em São Paulo;   os técnicos e engenheiros da COPPE, que trabalham com a construção do ônibus brasileiro a hidrogênio, com tubinas projetadas para aproveitar as ondas do mar na geração de energia, com a construção da primeira linha nacional de trem a levitação magnética, com o MAGLEV COBRA; nossos estudantes e professores da área de robótica, do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, várias vezes campeões da Robogames, nos Estados Unidos.   

Neste momento, é preciso homenagear esses milhões de compatriotas, afirmando,  mostrando e lembrando - e eles sabem e sentem profundamente isso - que o Brasil é muito, mas muito, muitíssimo maior que a corrupção.

É esse sentimento, que eles têm e dividem entre si e suas famílias, que  faz com que saíam para trabalhar, com garra e determinação, todos os dias, cheios de  orgulho pelo que fazem, e pelo nosso país.

E é por causa dessa certeza, que esses brasileiros estão se unindo e vão se mobilizar, ainda mais, em 2015, para proteger e defender as obras, os projetos e programas em que estão trabalhando, lutando, no Congresso, na Justiça, e junto à opinião pública, para que eles não sejam descontinuados, destruídos, interrompidos, colocando em risco seus empregos, sua carreira, e a  sobrevivência de suas famílias.

Eles não têm tempo para ficar teclando na internet, mas sabem que não são bandidos, que não cometeram nenhum crime e que não merecem ser punidos, direta ou indiretamente, por atos  dos quais não participaram, assim como a Nação não pode ser punida pelos mesmos motivos.


Eles têm a mais absoluta certeza de que a verdadeira face do Brasil pode ser vista nesses projetos e empresas - e no trabalho de cada um deles - e não na corrupção, que se perpetua há anos, praticada por uma ínfima e sedenta minoria. E intuem que, às vezes, na História, a Pátria consegue estabelecer seus próprios objetivos, e estes conseguem se sobrepor aos interesses de grupos e segmentos daquele momento, estejam estes na oposição ou no governo.