sexta-feira, novembro 09, 2007
ANONIMATO EDITORIAL
Liberdade de imprensa não é liberdade para enganar.
Quem pratica o anonimato sabe que é bandido.
As próprias empresas de comunicação estão envolvidas com vários outros ramos de negócios que não apenas o da comunicação...
Acima outdoor da Veja na campanha eleitoral de Alckmin ano passado.
Propaganda eleitoral ilegal. O que a Abril ganharia com Alckmim presidente???
sobre:
Na mídia, corrupção só interessa quando envolve o governo
Ricardo Kauffman comenta a tímida cobertura de escândalos como o da Cisco e dos bancos suíços. "Já pensou se aparecer um deputado implicado nesta história, o barulho que vai causar?", questiona.
Corrupção no mercado financeiro ganha maior notoriedade jornalística quando vinculada à política
Pesquisa realizada pelo professor Thomaz Wood Jr, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, revela que menos de 5% do conteúdo da mídia brasileira de negócios é crítico. "E ainda por cima exagera-se o lado positivo (das corporações)", afirma.
O levantamento dá base científica à percepção de qualquer transeunte que destine alguma atenção sobre o conjunto das revistas econômicas brasileiras, disposto nas bancas de jornais: via de regra, quando o assunto é empresas e executivos, o negócio é elogiá-los e promovê-los.
O jornalismo de negócios parece acompanhar cegamente uma lógica típica do mercado financeiro: o das profecias auto-realizáveis. De tanto se propagar determinadas informações (não necessariamente subordinadas à pura realidade dos fatos), elas se tornariam verdade.
[...] Diversas emissoras de TV, a Rede Globo entre elas, têm como prática recorrente lançar mão de algum "consultor" ou "economista" como voz que aponta a verdade em diferentes campos. Matérias sobre a queda do dólar, investimento em renda fixa, privatizações ou bolsa de valores seguem determinada linha a ser confirmada no final por alguém (geralmente um jovem de terno e óculos) identificado apenas por seu nome pouco conhecido e como "economista".
Não raro trata-se de consultores de bancos de investimentos que têm interesses próprios sobre o assunto-alvo. Mas a eles é dado o papel de dizer o que é positivo e negativo para o "mercado como um todo". Em outras palavras, para toda a sociedade. Sem que sejam identificados como parte específica do jogo.
Leia mais em:
http://www.aleporto.com.br/blog.php?tema=6&post=370 e
http://www.swissinfo.ch/por/capa/detail/Executivos_de_bancos_su_os_s_o_presos_no_Brasil.html?siteSect=105&sid=8394190&cKey=1194442250000&ty=st
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