quarta-feira, julho 12, 2006

Movimentos sociais entram na campanha; 1º ato pró-Lula será dia 21

Em torno de 60 lideranças de movimentos sociais e populares se engajaram nesta terça-feira (11) na campanha pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em reunião com o coordenador de mobilização da campanha, João Felício, na sede do PT Nacional em São Paulo, as lideranças decidiram inaugurar os atos pró-Lula na sexta-feira da semana que vem (dia 21 de julho), com panfletagem simultânea nas principais capitais brasileiras.

Todos os participantes do encontro de hoje passam a compor a Plenária Nacional dos Movimentos Populares de apoio à reeleição, que vai se reunir periodicamente. Ficou definida também a criação de comitês por áreas de atuação e de um Comitê Executivo Partidário.

O Comitê Executivo irá coordenar as ações e será composto por dirigentes do PT, do PCdoB, do PRB, do PSB e do PMDB – os dois últimos não estão na coligação nacional, mas apóiam Lula em vários Estados.

Já os comitês por área ficarão encarregados, entre outras funções, de agendar datas e locais para as grandes manifestações de rua em favor da reeleição.

“A idéia é ter, durante todo o mês de agosto, pelo menos um ato por semana – de mulheres, negros, jovens e assim por diante – em diferentes pontos do país”, explicou João Felício ao final da reunião.

Entre os integrantes da Plenária Nacional estão representantes da CUT, da UNE, da Ubes, das centrais de movimentos populares e sociais, da Fenatrad (Federação Nacional dos Trabalhadores Domésticos), da UNMP (União Nacional por Moradia Popular), da Facesp (Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo) e do MEP (Movimento Evangélico Progressista), além de dirigentes de entidades de aposentados, negros, pessoas com deficiência, terceiro setor, classe artística e diversos sindicatos.

“É uma representação expressiva. Isso porque os movimentos sabem e reconhecem que o governo Lula é um tremendo avanço. Não querem o retrocesso. Querem avançar mais ainda”, avaliou Felício.

O dirigente petista lembrou que a mobilização em torno da candidatura Lula não tira a independência das entidades em relação ao governo.

“O apoio no se confunde com a necessária autonomia do movimento social. Eles continuam autônomos, mas avaliam que o governo Lula, bem como a continuidade do projeto iniciado nestes quatro anos, é melhor para eles”, explicou.

O engajamento dos movimentos sociais e as manifestações de rua, segundo Felício, são indicativos de que a campanha deste ano será “um pouco diferente” da de 2002. “Vamos recuperar o corpo-a-corpo, a conversa, o debate, para que cada eleitor saiba em quem está votando e por que está votando”, concluiu.


Fonte: Site PT Nacional