segunda-feira, julho 03, 2006

LER MARX !!!

LER MARX! É isso que falta aos jornalistas brasileiros, que são analfabetos. Melhor, em todos os casos, que seja por NEGRI (mas até por Kurtz, tb ajuda. Qualquer coisa ajuda! Leiam, caras, leiam! Estudem!)

Marx depois do marxismo

(mando aqui só um pedacinho, de isca. O texto inteiro está em http://obeco.planetaclix.pt/rkurz58.htm. Tive que fazer uma pausa, hoje, na minha tarefa de ler jornais brasileiros, pq, se continuasse, eu ia morrer de bocejante tédio, em questão de minutos.
Aí eu meti "bocejante tédio", no Google, e achei isso, que aqui distribuo: adeus, portanto, ao bocejante tédio. Acorda, Noblat! Acorda, Josias! Acorda, Fernando Rodrigues! Acorda, Josias! D. Eliane, se toca! Mêo! Eu fico preocupada, pq, do jeito que vão esses caras (e mais a Sandra Cavalcanti, e mais a Lucia Hippólito, e mais a Miriam Leitão, e a Dora Kramer, e o Gaudêncio Torquato e o Merval [risos muitos]... perigas de eles ficarem desempregados e morrerem de fome, em breve! E as crianças, sô?! Esses caras não pensam NEM no futuro dos filhos deles?!
Taí! Hoje eu acordei cívica-de-dar-xchilique. Pronto. É a minha vez, keketem? Não posso?!
Quem é que agüenta esse 'jornalismo' desses caras?! Me digam: quem é que agüenta esse jornalismozinho de futebolzinho de punheteiro, de fazer embaixadinha tomando guaraná e se fazendo de riquinho metido a besta... e lendo palestragem&safadeza de Prof. Romano e sua senhora, e sociologia&safadeza de FHC-Bonhausen-Serra-Alckmin-GW?! GW?! GW?! Kekieiiiiiiiiiiiiiiisso?!Mêo! Esse texto de Kurz é de 2000! Deu até no Estadão! [risos muitos, muitos]
Se os 'jornalistas' brasileiros tivessem 10 anos, em 2000, já seriam, pelo menos teen, hoje! E esses jornalismos já eram velhos em 2000! Noooooooooooooooooooooooooossa!
Xô! Tesconjuro! Leiam aí, então, pra ver o que é bom pra tosse. E vamo batê voto! Lula é muitos! É Lula de novo, com a força do povo!)
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Quanto mais irreflexivo e acrítico se torna o capitalismo, mais se consolida uma necessidade insatisfeita por teoria, uma necessidade que cedo ou tarde será imperiosa
Robert KurzNem só livros isolados têm o seu destino, mas também grandes teóricos. E sobretudo para os teóricos críticos vale o antigo adágio: "Quem é dado por morto, vive mais".
Karl Marx já foi dado por morto mais de uma vez e sempre escapou por um fio da morte histórica e teórica. A razão é simples: a teoria de Marx só poderá morrer em paz junto com o seu objeto, o modo de produção capitalista. Enquanto esse sistema de um cinismo mundialmente objetivado não desaparecer da história, o espectro do comunismo continuará a rondar; e a teoria de Marx, com sua análise até hoje insuperada da lógica capitalista e de suas leis funcionais, forneceu um dia os elementos básicos de uma crítica à qual essa forma de sociedade é um desafio renovado. Talvez no futuro próximo o mundo se surpreenda novamente com um indesejável renascimento do tantas vezes satanizado "profeta" barbudo da crítica radical do capitalismo.
A favor dessa suposição pesa o fato de que o capitalismo fracassou estrondosamente em dar às regiões economicamente arruinadas de sua periferia uma nova perspectiva civilizadora. E tampouco é só a expectativa de uma possível crise alarmante dos mercados financeiros que poderia recolocar Marx na ordem do dia da história.
Mesmo se o capitalismo do tipo "shareholder value" perdurar ainda por algum tempo, o sistema capengante, em sua singeleza econômica, já carrega involuntariamente dentro de si uma outra e perigosa substância inflamável, o bocejante tédio intelectual. Alentados livrosQuanto mais irreflexivo e acrítico se torna o capitalismo, mais se consolida uma necessidade insatisfeita por teoria, uma necessidade que cedo ou tarde será imperiosa. Não há sociedade que deixe atrofiar impunemente o seu potencial intelectual.
Depois que os charlatães da pós-modernidade escreveram alentados livros sobre por que já não é mais possível escrever alentados livros, o capitalismo expirou as suas últimas idéias.
Os conteúdos da chamada "era da informática e da comunicação" só fazem aborrecer até mesmo pessoas com modestas pretensões intelectuais.
Em sua penúria, não resta outra alternativa à "necessidade teórica", na busca por alimento espiritual, senão se aproximar daqueles campos da crítica radical da sociedade que, hoje em dia, saíram totalmente da moda intelectual.
Mas, a exemplo de todo pensamento teórico que ultrapassa a data de validade de um determinado espírito de época, também isso vale para a obra de Marx: ela sempre carece de uma nova abordagem que lhe descubra novas facetas e descarte velhas interpretações. E não só interpretações, mas também certos elementos datados dessa própria teoria.
Cada teoria, como dizia Adorno, tem um "núcleo temporal" e, portanto, uma limitação que a obriga a se desenvolver e a ir além de si mesma. De outro lado, cada teórico pensou mais do que ele próprio sabia; e uma teoria sem contradições não seria seriamente digna desse nome.
Existe sempre uma relação tensa entre uma teoria e seus destinatários e também seus opositores, na qual a contradição interna da teoria se desdobra e só assim fomenta o conhecimento crítico capaz de agir socialmente. Quando Marx, precipitadamente dado como morto, ressuscitar outra vez, com certeza não será mais no horizonte hermenêutico daquela época que findou em 1989 e que por isso só agora pode ser abarcada com a vista. [continua, em
http://obeco.planetaclix.pt/rkurz58.htm, página de Portugal]
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PARA NÃO ESQUECER: "Nosso programa para o segundo mandato é (1) mercado interno de massa, apoiado em um amplo programa de distribuição de renda; (2) revolução educacional; (3) política de exportações agressiva; e (4) integração sul-americana que adicione respostas continentais aos impasses econômicos gerados pela volatilidade mundial" (Ministro José Dirceu, "O que está em jogo em 2006", 22/6/2006, Jornal do Brasil)


Caia