sexta-feira, abril 28, 2006

Carta Pública a Daniela Mercury

Cara Daniela,

Antes de enveredar pela trama de motivos que geraram esta missiva, gostaria de te agradecer pela freqüente companhia melodiosa. Compartilhaste comigo, ainda que distante, bons e maus momentos. Acalentado na tua voz, curti a saudade de minha mãe, uma senhora-menina que se foi numa madrugada fria, anos atrás.

Do céuEstão caindo as estrelasMeu bem você precisa vê-lasBrilharEnquanto o sol se põeO mar devagarinhoVai vazando e a florRecebe um passarinhoE o meu amorNão sabe ser sozinhoCade você?...

Também foste companhia de farra e júbilo, como em 1998, na Copa do Mundo, quando rodei por Paris, tua cantoria feliz no som do Citroën emprestado.

Nas noites claras de luar, Brasil... Pra mim!Ah! ouve estas fontes murmurantesAonde eu mato a minha cedeÉ onde a lua vem brilhar...

A ainda atapetaste o assoalho cupinizado de meu cotidiano. Quantas vezes, “embriagado” de coca-cola, não repeti em desafino os versos...

Tem que saber que eu quero é correr muitoCorrer perigoEu quero ir emboraEu quero dar o foraE quero que você venha comigoTodo dia, todo dia...

Logicamente, teus espetáculos sempre foram maravilhosos. Porém, mais me encantou tua passagem pela sampa querida. Foste alegre capitã d’um trio elétrico que serpenteou a Avenidade 23 de Maio rumo ao Anhangabaú. Equilibrado em barranco movediço, segurando os filhos pelos colarinhos, vibrei com tua homenagem à moça-urbe que completava 450 anos.

Vivo de amor profundoSou perecível ao tempoVivo por um segundoPerdoa meu amorEsse nobre vagabundo...

Sim, Daniela... Quando musicados, os episódios da vida se enfiam numa cognição sonhada, que se enverniza celeremente na memória. Formidável seria se nossas prosaicas aventuras tivessem permanente e simultânea trilha sonora. No meu caso, sempre que possível, arranjo de botar fundo musical à minha biografia. No filme inacabado da minha existência, tens nobre participação vocal. Teu nome figura, com justiça, nos créditos.

Invasão na telinha

Recentememte, entretanto, tomou-se de assalto um “spam”, mensagem não solicitada que o UOL enviou a minha congestionada caixa de e-mails. Tratava de um certo movimento, denominado Quero Mais Brasil, uma espécie de “levante”, cuja palavra de ordem principal é “menos corrupção”, seguida de outras imprecações cínicas berradas pela oposição ao governo federal. Procurei escarafunchar a propaganda sinistra e, de cara, espantei-me com a declaração de que não se tratava de uma iniciativa partidária. Porém, à parte ligeiro refinamento publicitário, a semântica e a sintaxe repetiam o paradigma discursivo dos parlamentares que propugnam um golpe branco contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como jornalista, bisbilhoteiro por natureza, busquei a costura entre os reclamantes civilistas e os protagonistas do alastrado movimento anti-governo. Lá no cabeçalho da propaganda, estrategicamente tingida de verde e amarelo, capturei o link explicativo. O cérebro pensante e operativo da campanha é o famigerado Instituto Millenium, dedicado à celebração do neoliberalismo e à desmoralização de tudo que soe como popular ou socializante.

De cara, topei com uma remissão para a entrevista de Paulo Guedes à revista Veja. A chamada é a seguinte: “o economista, com PhD em Chicago, diz que o Brasil precisa abandonar conceitos fossilizados e abraçar a liberal-democracia”. Coerente. Afinal, Veja abdicou do jornalismo para constituir-se hoje num grosseiro panfleto de doutrinação neoconservadora. Para atingir seus objetivos políticos, exagera, inventa, agride e mente. Quem é jornalista sabe que a palavra ética foi suprimida da cartilha de procedimentos do semanário da Editora Abril. Em suas páginas mal redigidas, restou mobiliário de segunda linha, como o sacripanta Diogo Mainardi, vítima de uma formação escolar básica deficiente e de uma natural inclinação à maldade.

Seguindo pelas páginas do site millenista, descobri outras pérolas da pregação neoliberal. Num texto que a princípio me pareceu cômico, um certo Pedro Sette Câmara trata da oposição entre realismo e idealismo, vinculando o primeiro ao capitalismo e o segundo ao comunismo. O artigo funda-se num reducionismo histórico estarrecedor. Com meus botões, pensei: “aqui, sim, apresenta-se um exemplo vivíssimo da miséria da Filosofia”. Permito-me repetir um trecho hilário da lição camareira:

O realismo mostra que as pessoas não ficam felizes quando são obrigadas a fazer o que não querem, mesmo que isso pareça (e às vezes até seja) melhor para elas; que dar liberdade a cada um é a melhor maneira de não ser responsável pela desgraça alheia – o que, no caso do comunismo, significa ter mergulhado as mãos em rios de sangue.

Noutro artigo, assinado por Paulo Gontijo, imaginei ter enveredado pelo universo da ficção zombeteira. Segundo o articulista, o setor privado é a melhor solução para a educação primária nos países em desenvolvimento. Atiladíssimo humorista ou cínico desvairado, Gontijo sugere que os famintos da Nigéria e da Somália paguem para aprender a ler e escrever. Construído a partir de uma extração marota de dados do Fraser Institute, o artigo reproduz o tom burlesco das preleções do premier italiano Berlusconi, recentemente derrotado nas urnas.

Na data de meu primeiro acesso ao site, esbarrei num link para o tal Fórum da Liberdade, uma espécie de resposta capitalista ao Fórum Social Mundial. O encontro da direita brasileira também mistura desfaçatez a fanáticas celebrações do Deus Mercado, divindade à qual se oferece o dialético sacrifício do outro. Realizada a exegese do evangelho teoliberal, percebe-se a insistência no mito da igualdade das oportunidades e na associação da pobreza à incompetência e à preguiça. Movidos por um fundamentalismo alucinado, os “pastores” do capital dispõem-se a bombardear todos aqueles infiéis que se contraponham aos sagrados privilégios das elites. Afinal, a desigualdade econômica brasileira ainda não os satisfaz.

Entre os palestrantes do fórum, figuram acadêmicos obscuros, acadêmicos ressentidos e acadêmicos espertinhos, mas também fanfarrões lunáticos, como o “filósofo” Olavo de Carvalho, um extremista de direita que seria atração tropical nos festins do Terceiro Reich.

Três cliques e naveguei até a página dos apoiadores do Quero Mais Brasil. Há gente bem conhecida dos programas vespertinos dominicais, como a bela e bem comportada Sandy, o inquieto e criativo Carlinhos Brown e a cantora ufologista Elba Ramalho. Entre eles, uma galeria do high-society da TV noturna, estrelando engomados “finérrimos” como João Dória Jr., Roberto Medina e Guilherme Afif Domingos.

Creio que nem todos participam do álbum pelos mesmos motivos. Alguns certamente são simpáticos às idéias de Gontijo, ou mesmo de Olavo de Carvalho. Outros, provavelmente, apenas pugnam por um Brasil melhor, sem aderir conscientemente à mesquinhez elitista que subjaz à ideologia do grupo Millenium. Não me parece que Ana Paula Oliveira Felix Costa, ali candidamente misturada com os ricos do Brasil, pretenda pagar menos impostos para torrar com modelinhos da Daslu.

Retorno à pilhagem?

Bem, querida Daniela, foi lá, nessa constelação de ilustres e anônimos, que encontrei teu rostinho simpático. Sorridente, argumentaste que o Quero Mais Brasil consiste de um movimento pela cidadania. Depois, revelaste que os que pagam impostos vão tomar posse “desse nosso chão”. A frase, entretanto, pareceu-me descolada da realidade da campanha e de seus mentores. Na verdade, se me permites dizer, identifiquei ali impressionante paradoxo.

Afinal, a história recente atesta que esses nobres senhores engravatados pregam a radical privatização dos bens públicos. Foram eles e seus ancestrais que, desde 22 de Abril de 1500, tramaram para tornar particular o que pertencia à coletividade. Para isso, não mediram esforços. Massacraram índios, escravizaram negros e oprimiram os trabalhadores. No governo neoliberal do professor Fernando Henrique Cardoso, pilharam o Estado brasileiro. A preço de banana, ou a preço nenhum, apropriaram-se indebitamente do que era de todos os cidadãos. Dessa constatação, emerge a pergunta, cara Daniela: a qual cidadania te referes?

Note-se que o conveniente reducionismo dos patrocinadores do movimento não poupa os heróis nacionais. Para eles, Tiradentes foi assassinado porque não lhe agradava pagar impostos altos!! A saga do mártir, portanto, é resumida a uma mera pendenga de natureza fiscal. Será mesmo? Vale sublinhar que o alferes era o “primo pobre” dos inconfidentes, o menos interessado nessa questão específica. Aliás, como o “plebeu” do grupo, foi o único que pagou com a vida pela aventura rebelde.

Durante dias, preferi acreditar que a ingenuidade tivesse conduzido a nobre Daniela à alcatéia dos detentores da riqueza brasileira. De repente, no entanto, te encontro na manchete da versão eletrônica do Estadão, o tradicional diário paulistano. Ora, mas eles nunca te deram essa honra... Ué... Primeirinha da silva, no alto da página, com direito a foto colorida, tão espichada que exibe até teus bem articulados joelhos. Alguma reportagem sobre tua arte? Não!! Deram-te destaque porque foste a Portugal detratar o presidente da República e solicitar aos brasileiros de lá que não lhe permitam mais quatro anos no Planalto.

De acordo com o jornalista João Caminoto, pediste ao eleitores que “castiguem” Lula por “tudo que aconteceu nos últimos anos”. De seu palanque internacional, a Daniela do Estadão pede uma cabeça. Às acusações da mídia monopolista brasileira, muitas delas absurdas, atribui status de verdade. Ao mesmo tempo, nega qualquer articulação das classes dominantes para desconstruir a imagem do supremo mandatário. Ao exigir punição exemplar, assume que julgamentos são desnecessários se o objetivo eleitoreiro é afastar do caminho uma figura pública. Por último, ao ignorar a história, faz acreditar que a corrupção é patrimônio exclusivo do PT, que o mineiro Azeredo é um beato, que os governos tucanos são magníficos exemplos de transparência, honestidade e zelo administrativo.

Quem se acostumou a ouvir tua voz de seda, outras vezes de vime, salgada ou doce, conforme a mensagem, apegou-se à idéia de que seguias o caminho justo da partitura. De repente, entretanto, substituiu-se a diva compassiva pela propagandista sem requinte, olhos acusadores e dedinho em riste. Um amigo me soprou ao ouvido: “o que não fazem as más companhias”. Em seguida, arriscou uma reflexão amarga: “está aí a nova Regina Duarte, mulher de bem, convocada a semear o medo e o ressentimento”.

Utopia: uma lição para ninguém

Talvez nada do que eu escreva te seja de valia. Sabe-se a que grau de cegueira conduz a doutrinação neoliberal, especialmente quando apoiada na prática da adulação generosa. Ainda assim, Daniela, caso te sobre tempo, dê as costas ao belo mar da Bahia e procure mirar o semi-árido nordestino. Somente em 2005, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome investiu ali R$ 3,9 bilhões. Esses recursos foram repassados a vários programas de inclusão social. Há, por exemplo, um belo projeto de fornecimento de leite. Mais de R$ 190 milhões foram utilizados para adquirir o produto de pequenos produtores e distribuí-lo para mais de 700 mil famílias. Ainda que moça urbana, deves saber o que é uma cisterna e sua importância para o povo do sertão. Pois esse governo que julgas totalmente empenhado em cometer delitos já distribuiu recursos para a construção de 49 mil cisternas, o que contribuiu decisivamente para elevar o padrão de vida de 200 mil pessoas.

Caso te reste alguma boa vontade, busque conhecer um pouco sobre o Bolsa Família, o programa do governo que atende a mais de 8,7 milhões de famílias. Não tem nada no jornal? Procure outras fontes. Sabe usar o Google? Não? Então, que tal uma viagem pelo Interior do País, sem corriola e sem gurus? Talvez possas compreender o efeito do programa sobre a nutrição infantil.

Vale um exemplo bem didático, retirado da pesquisa Chamada Nutricional. Caso não fossem atendidas pelo programa, as crianças de seis a onze meses correriam risco 62,1% maior de apresentar desnutrição crônica e sucumbir a doenças banais, como infecções respiratórias. No mínimo, Daniela, isso quer dizer que muitos desses brasileirinhos e brasileirinhas seguem vivos justamente por conta dos empreendimentos do governo que você pretende “castigar”. Será que essa infância teria sido poupada pelos governos neoliberais, fanáticos pela disputa de mercado e tão avessos ao investimento social?

E já que és tão ligada na brasilidade, que tal comparar as ações do governo tucanos e do governo Lula em benefício das comunidades indígenas? Em 19 de Abril, caso perdeste tempo com o Jornal Nacional, noticiário oficialmente destinado aos Homers do Brasil, nem ficaste sabendo que sete mil índios kaigangues e guaranis foram beneficiados pelo Programa Luz para Todos, no Rio Grande do Sul.

Ops... Teus parceiros neoliberais dirão que é bobagem gastar dinheiro com silvícolas. Bem, Daniela, esses descendentes dos primeiros brasileiros pensam de modo diferente. A energia elétrica lhes permitirá adquirir freezers e resfriadores para ampliar a produção de leite e derivados. Também pretendem adquirir um triturador e construir um aviário. Nas mesmas comunidades, a Fundação Nacional de Saúde investiu cerca de R$ 1 milhão somente na construção de poços artesianos. O brilho inédito das lâmpadas chegou também para os esquecidos quilombolas da região, agora libertos da escuridão secular.

Talvez não saibas, Daniela, mas o País acaba de conquistar a auto-suficiência em petróleo. Teus amigos vão usar o manjado argumento: “isso é coisa do governo anterior”. Afinal, segundo a catecismo da imprensa tucanista, conquistas correspondem sempre a um legado do professor. Mazelas, ainda que originadas no Brasil colonial, resultam da vilania do metalúrgico. Se vale esclarecer, o governo atual empenhou-se com vigor no apoio às atividades de prospecção e desenvolvimento de tecnologia. Nos últimos três anos, houve um volume recorde de investimentos: R$ 68 bilhões. Em 2006, mais R$ 38 bilhões serão destinados a esse setor. Este ano, Daniela, com o incremento da produção, a Petrobras deverá registrar um superávit de US$ 3 bilhões nas transações internacionais, o que contribui significativamente para aumentar o saldo positivo da balança comercial do País.

“Ah, mas nada do que o governo faz se traduz em benefícios para a população”, ranhetará o bom mocinho neoliberal, aquele que toda mãe sonha em ter como genro. Será que não? Pela primeira vez, em séculos, o Brasil diminuiu significativamente o número de miseráveis, aqueles que ganham menos de R$ 115 ao mês. Essa parcela da população diminuiu em 8% somente entre 2003 e 2004, um recorde na história do País.
Nos últimos meses, é provável que tenhas concentrado sua atenção em discursos como os de Arthur Virgílio, aquele senador encrenqueiro que considera elegante a ameaça de surrar o presidente da República. Portanto, Daniela, não deves ter prestado atenção aos resultados do PNAD, divulgados pelo IBGE. Vai aqui, portanto, uma síntese do apurado. A pesquisa mostrou que em 2004 o índice Gini, que mede a desigualdade de renda, foi o mais baixo desde 1981. Leste direitinho? Pois é, desde 1981. De acordo com o PNAD, a metade mais pobre da população teve ganho real de 3,2%.
Ah, não acreditas? Provavelmente é porque não tens lido a respeito. Afinal, os jornais não ligam pra isso. Preferem exibir e festejar o caseiro arranjado pelo senador Antero Paes de Barros para detonar o ministro da Fazenda. Então, segue a informação fresca. Entre 2003 e 2006, o salário mínimo acumula aumento de 75% em seu valor nominal, com incremento de 25,3% do valor real. Ok, achas uma ninharia. Não conseguirias viver com tão pouco, não é? Entretanto, para 40 milhões de pessoas, essa elevação de valores tem sido vital à sobrevivência e à manutenção da esperança. Compra-se um pouco mais, come-se um pouco melhor.
Em suma, mesmo com toda a sabotagem dos teus amigos, o Brasil tem seguido em frente. O IPCA fechou 2005 em 5,69%, o menor valor dos últimos oito anos. O nível de emprego com carteira assinada também apresentou um crescimento expressivo. De janeiro de 2003 a fevereiro de 2006, 3,68 milhões de brasileiros obtiveram um posto de trabalho. Muitos deles simplesmente retornaram ao jogo. São pais e mães de família que foram atirados à informalidade e à marginalidade nos oito anos do desastroso governo neoliberal do PSDB.
“Ah, mas o governo está endividando o país com o assistencialismo”, protestará outro dos teus amigos, enquanto bóia numa piscina de hotel na Riviera Francesa. Nem isso... O Brasil conseguiu uma redução significativa da dívida externa, que caiu de US$ 214,9 bilhões, em dezembro de 2003, para US$ 169 bilhões em fevereiro deste ano. Em dezembro do ano passado, foram pagos US$ 15,5 bilhões referentes a acordos firmados entre o FMI e o governo brasileiro. “Ah, mas o governo só quer dar dinheiro para os banqueiros”, reclamará outro de teus amigos, enquanto sorve uma dose de uísque 12 anos num bar do Aveiro. Nem isso... O pagamento antecipado permitiu uma economia de US$ 900 milhões com juros. É isso mesmo. Convém anotar, Daniela: US$ 900 milhões.
Ok... Cansaste? Estás zangada? Tudo bem. Poderíamos discorrer sobre o Prouni ou sobre os excelentes programas de agricultura familiar. Entretanto, o assunto pode te enfadar. Afinal, os beneficiários desses empreendimentos públicos são, na maior parte, brasileiros simples. Não pertencem à classe de personalidades que batem papo com teu colega João Dória Jr.
Enfim, o que mais me entristece é perceber que teu show, ainda que baiano, tem por finalidade agradar a casa grande. À senzala brasileira, reduto eterno dos coadjuvantes, o olhar compadecido, mas de viés, posto que o poder pertence aos herdeiros do engenho. Pensei bater em teu peito aquele coração dos alfaiates conjurados, mestiça vanguarda política brasileira. Vi em ti, quimera, a fibra das forras Ana Romana e Domingas Maria do Nascimento. Enganei-me, entretanto. Deixei-me hipnotizar pelo canto da Yara. Assim, despeço-me, desejando-te permanente evolução de espírito, capacidade de discernimento e humildade para a revisão de conceitos. Além disso, ouso presentear-te com uma advertência. Depois que te despedes, muitos de teus amigos silenciam tua voz na “vitrola”, e vão dormir com Britney Spears.

Beijos,
Mauro Carrara, jornalista