domingo, março 19, 2006
Fauna urubulina
Sobre ELIANE CANTANHÊDE, 19/3/2006, “E a culpa é do caseiro?!”, Folha de S.Paulo, p. 2, na edição impressa, e na Internet, em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1903200604.htm
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D. Eliane,
No que a senhora pergunta hoje, a resposta é clara: (1) sim, a culpa é do caseiro, no varejo; (2) no atacado, mas sempre moralmente no miudééééésimo, a culpa é de um desses gangsters da tucanaria, desses que inventam dossiêrs geladíssimos, que alugam jornalistas-colunistas, que plantam notícias, que inventam fitas inexistentes, que vendem fitas inexistentes, que degolam os inimigos que mais temam, e que, no geralzão, querem acabar com a MINHA RAÇA.
No que diga respeito a DES-democratizar completamente a discussão social, no Brasil, para converter a discussão social em alguma espécie de sofá-de-D.Hebe, (3) a culpa é toda sua, da D. Eliane, com a ativa colaboração do Clóvis Rossi, do Noblat e de outros aí, tipo Augusto Nunes, Lucia (argh!) Hippolito e outrinhos e outrinhas desses e dessas.
Isso respondido, recomendo-lhe hoje, para engrandecimento de sua alma e do seu jornalismo, que a senhora leia a coluna do Veríssimo.
Recomendo-lhe que leia, porque sei que são raros os colunistas de colunagem, no Brasil-2006, que lêem os seus concorrentes nessa colunagem, todos na disputa pelo controle da mesma opinião pública, que cada colunista alugado de colunagem alugada crê, sempre – e sempre tolamente – que cada um ‘conheça’ ‘completamente’. [risos muitos]. Que não seja por falta de aviso: eles não conhecem.
Felizmente, o Veríssimo, por exemplo, ainda está acessível aos leitores-eleitores.
Com o Veríssimo, com o Mauro Santayana, com a Teresa Cruvinel, com Franklin Martins, com Luis Nassif (benditos sejam!), os leitores de certo modo reconciliam-se com a esperança de que, algum dia, a página 2 da Folha de S.Paulo voltará a abrigar jornalistas independentes, menos rendidos, menos autistas ou, nu e cru, menos acanalhados. Deus existe.
Cada linha escrita por aqueles colunistas, os decentes, vacina o leitor-eleitor e os vai tornando imunes às loucuradas do ‘jornalismo’ partidarizado e alugado dos Augusto Nunes, dos Jabor, dos Noblat, dos Clóvis Rossi, das Cantanhedes, dos Mainardis, das Lucia Hipólito (argh!), dos Mendoncinhas, das ‘Consultoria Tendência’, da Ana Maria Tahan (arg!) e até da sociologia dessa infeliz USP-OPUS DEI-izada que já anda aí, reorganizada e querendo, outra vez, pôr os bracinhos de fora.
(Noooooooooooooooooossa! Que fauna urubulina está reunida aí, só num parágrafo de cidadão campanhista, hein?! Só nesse parágrafo há, condensado, jornalismo de DES-democratização capaz de desdemocratizar quase uma galáxia todinha! [Risos muitos]).
Dado que somos defensores apaixonados da mídia democrática e de democratização, essa campanha NUNCA deixa de ler o Veríssimo, o Santayana, a Cruvinel, o Franklin Martins, o Nassif.
Bem-vindo, ministro Dirceu, sempre na luta!
Além desses colunistas que se fazem respeitar e que fazem jornalismo que se faz respeitar no Brasil-2006, lemos, também, com muita alegria, há algumas semanas, também o ministro José Dirceu, no JB. Taí! Dirceu vive!
Nessa campanha, ler a página 2 da Folha de S.Paulo, para nós, é serviço!
Façam o que fizerem os jornalistas do antijornalismo da Folha de S.Paulo, operantes contra a democracia brasileira, em 2006, parece que a democracia sempre encontra brechas pelas quais sempre avança.
A blogosfera que elegerá Lula-2006! Estamos aí!
Nós já elegemos o presidente Lula uma vez, com o MEU VOTO DEMOCRÁTICO e contra TODA a mídia alugada de jornalões alugados, no Brasil.
Portanto, o governo Lula sempre terá de ser visto como o primeiro governo que foi eleito, no Brasil, por leitores-eleitores já mais civilizados e mais democráticos que, sim, ENCONTRARAM MEIOS E MODOS E VIAS para furar o bloqueio golpista da mídia-empresa brasileira. Se Suplicy não entende NEM ISSO, xô Suplicy! Nenhum Senador Suplicy pode DELIRAR que ele seja mais ético do que EU: ele não é!
Encontramos meios antes, encontramos meios hoje. A luta continua! Viva o Brasil! Lula 2006!
A blogosfera lulista aí está, cada dia mais ampla e cada dia mais organizada e eficaz, operando para construir uma rede de informação democrática, no Brasil, apesar da incansável militância antidemocrática das Folhas de S.Paulo, de Vejas etc.
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A propaganda stalinista dos tucano-pefelistas: eles querem acabar com a nossa raça!
O Estadão é, em 2006, o que já era em 1954
O Estadão é um jornal inventado, construído e mantido pela elite paulista brucutu mais atrasada, atrasista e anti-republicana, associada aos ruralistas – todos golpistas eternos, no Brasil, desde 1500, com viés de piora depois de 1980, na medida em que se construiu a inserção nos MESMOS partidos políticos conservadores de sempre (UDN, Arena, PSD, PSDB e PFL), desses famigerados professô-dotô da tucanaria uspeana paulista ‘neoliberal’. Todos esses partidos SEMPRE obraram na linha do ‘todo o poder à propaganda stalinista da grande-grana global’.
O Estadão ainda é EXATAMENTE ISSO, desde os tempos em que um tal de Lupion I JÁ ERA deputado udenista-arenista-tucano-pefelista, nos anos 50, igualzinho, hoje, ao neto dele, o Lupion IV. Lupion IV, como ACM-Kid, como Bornhausens, como FHC-USP ainda estão vivíssimos a ativadíssimos, nos mesmos jornalões de sempre.
O personagem Lupion IV só é, hoje, apenas, um caso simplíssimo, que qualquer internauta pode investigar sozinho, pelo Google: basta googlear qualquer coisa como “escândalos Lupion Paraná”.
Essa história, de fato, já está TOTALMENTE contada na Internet, por mais que tenha sido apagada na colunagem alugada dos jornalões tucano-pefelista-udenista-serrista-alckminista-cantanhedista-etc. em 2006 [risos muitos]
Todos sabemos o quanto essas dinastias ruralistas-parlamentares-jornalísticas são duras de matar, no Brasil.
Lembrei-me disso, aliás, semana passada assistindo à série “JK”.
Pra alguma coisa serve, portanto, sempre, até minissérie da Globo, né?! [risos]
A verdade é que nenhuma minissérie de televisão comercial nunca interessa muito à construção da democracia: o que SEMPRE interessa mais é haver leitor-eleitor competente para VER minissérie da Globo – qualquer que seja –, e para extrair dela, apenas, exclusivamente, o que interesse ao avanço da democracia. Fazer minissérie é serviço comercial. Assistir à minissérie, denunciar o que não presta e aproveitar o que preste é serviço CRÍTICO de cidadão democrático e civilizado.
A Globo inventa. E NÓS desinventamos a Globo, a Folha de S.Paulo e quem mais aparecer.
Pra fazer isso, exige-se, mais, sempre, que haja telespectador-eleitor competente para ler-ver-ouvir. A minissérie, sinceramente, pode ser qualquer uma! [risos] E o nome “Lupion”, na minissérie, passou praticamente invisível; ocupou, no máximo, um nanossegundo de diálogo marginal. Mas lá estava.
Na Internet, é um por todos, todos por um. E, sempre, pró democracia brasileira
Nós, dessa campanha, ouvimos o tal nome, exclusivamente, porque a Campanha Nenhum Brasileiro sem resposta-na-ponta-da-língua pra Responder à Folha de S.Paulo nossa campanha reúne CENTENAS de ouvidos atentíssimos.
Portanto, foi um de nós ouvir, pesquisar e escrever... e todos ouvimos e aprendemos! [risos] A raça dos Lupion, assim, pôde ser rapidamente identificada, para TODOS.
Num país em que os professô-dotô da tucanaria uspeana paulista, ruralista e golpista foi dona da opinião pública durante séculos, e no qual a opinião pública sempre foi tratada como escravo fujão caçado por capitães-do-mato mercenários (uns chamados ‘matadores de negros’, outros chamados ‘jornalistas empregados’), os cidadãos leitores-telespectadores-eleitores têm de cuidar, ELES MESMOS, de se prepararem para a democracia. (E há MUITOS jornalistas decentes, também cá, no nosso lado!)
PORTANTO, a batata desse jornalismo de colunagem golpista, de propaganda stalinista e fascista, antidemocrático e anti-republicano já está assando. Tudo tem seu tempo.
Dado que esse jornalismo de colunagem golpista é casado, no Brasil, há séculos, com uma universidade também golpista, que foi construída de costas para a nação e autista e indiferente à nação, e dado que essa universidade autista é, hoje, também, tucano-pefelista, deve-se dizer, também, desde já, que a batata dessa universidade paulista tucano-pefelista-udenista-golpista também está assando. No pasarán!
O verdadeiro PROBLEMA DO BRASIL (que já estamos estudando)
Leia, portanto, D. Eliane, o Veríssimo, hoje, para a senhora aprender, pelo menos, que nós já sabemos que o verdadeiro PROBLEMA DO BRASIL não é, não, de modo algum, como a senhora tenta inventar, um caso inventado de caseiro inventado, alugado por anteros & arcanjos alckministas e tucano-pefelistas... e 'repercutido' e inflado pela senhora e essa sua chatíssima colunagem, sempre a mesma.
Veja aí, D. Eliane, em lição adaptada:
“(...) As coisas se definindo no Brasil rumo às eleições. (...) O Palocci em processo de fritura contínua, seus sustentadores transferindo todas as suas fichas para o Lula, e Deus os livre do Alckmin, Lula crescendo ainda mais nas classes F e tudo se encaminhando para um confronto final entre extremos: um populismo complexo e ainda não estudado nem pela ‘sociologia’ pátria, assumido (...) pela situação e um conservadorismo tipo tradição, família e propriedade & atraso explícito e assumido, e com muita grana, na oposição.” (Luis Fernando Veríssimo, “Sem desastre”, O Globo, RJ, 19/3/2006, na edição impressa e na Internet, em http://oglobo.globo.com/jornal/colunas/veriss.asp)
[assina] Caia Fittipaldi (dos Lingüistas Brasileiros para a Democracia/ Universidade Nômade / Campanha “Nenhum Brasileiro sem Resposta-na-ponta-da-língua, pra Responder à Folha de S.Paulo / Tricoteira Unidas / Mães do Planalto / Gaviões da Fiel / Vai-Vai / Mangueira / Vila Isabel) [para vários destinatários, campanhistas e outros]_____________________________________________________