quarta-feira, agosto 23, 2006

O "efeito pedra no lago" já era

Não anule o seu voto: o anulado pode ser você! 8-)
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Avaliação do governo Lula é a melhor da história do Datafolha (em http://www.lula13.org.br/noticia.php?codigo=273

"O governo Lula obteve aprovação recorde, segundo dados da pesquisa Datafolha, divulgados pelo Jornal Nacional da TV Globo, na noite de ontem (22). Foi a maior taxa de aprovação a um presidente desde que o instituto começou a fazer pesquisas nacionais de avaliação do governo federal,em 1990.
Segundo a pesquisa, 52% dos eleitores avaliam o governo Lula como "ótimo" ou "bom”. Os dados do instituto mostram que o antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso, atingiu sua melhor avaliação em dezembro de 1996 - 47%, quando estava prestes a completar dois anos de governo."

É MUITO interessante o que está acontecendo. Por exemplo:

-- se o "Grupo Folha" insistir demais no 'jornalismo' de propaganda eleitoral ilegal pró tucanaria... ela estará, ao mesmo tempo, obrando contra o seu próprio instituto de pesquisa. Onde tentar ganhar 'credibilidade-de-golpe', sem conseguir ser crível, numa ponta... perderá COM TODA A CERTEZA, na outra.
Mais um pouquinho... a democracia brasileira passará a ser, até... O MELHOR NEGÓCIO... puro business! [risos muuuuuuuuuuuuitos, muitos, muitos].

ESTAMOS VIVENDO um momento histórico MUITO IMPORTANTE -- e raríssimo.

É, exatamente, o que Franklin Martins escreveu ontem:
"[esse assunto] não tem só a ver com a política. Tem implicações muito mais vastas. Afeta também o mercado, a imprensa, os negócios, o mundo da cultura e do entretenimento. O certo é que há algo novo no ar." (O 'efeito pedra no lago' já era, no IG, em http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/franklin_martins/2495001-2495500/2495295/2495295_1.xml)

Se se democratizar, portanto, e parar com essa burrice de trabalhar contra a maioria dos votos democráticos, no Brasil... a Folha de S.Paulo, ao mesmo tempo, fará jornalismo mais democrático... e agradará mais, até... os acionistas, os capitalistas, o pessoal 'do mercado'. (ISSO não é uma LOU-CU-RA (ma-ra-vi-lho-sa)?!)_____________________________________________
DIGO EU-EUZINHA (a partir de dados de um consultor da "Consultoria Mosaico", que falou agora no rádio, pela CBN):

-- 92% dos eleitores de Lula declararam que estão 100% decididos a votar no presidente Lula, mesmo que a revista NÃO-Veja publique fotos do presidente dançando hula-hula pelado, com Fidel Castro, Hugo Chavez e Bin Laden, todos pelados e todos bêbados e, ao mesmo tempo, todos assaltando e espancando a mãe, em pessoa do eleitor consultado (fotografada tb pelada, a coitada da véia, por algum 'fotógrafo' de imundícies contratado pelo marketing da tucanaria e da revista NÃO-Veja pra inventar fotos pra capas inventadas).

O voto dos lulistas POLITIZADOS ("LULA É MUITOS!"), portanto, bastam para reeleger o presidente Lula, no 1º turno (até o Lavareda já sabe disso, é claro), seja o que for que a mídia alugada invente, minta, faça ou aconteça.

Se o marketing IMUNDÉSIMO da tucanaria insistir na tese do marketing de golpismo e DES-democratização do eleitor brasileiro -- estrelado pelo ex-FHC (como tentaram ontem, e já não colou NEM para o "Jornal Nacional" [risos MUITOS!] -- o marketing imundésimo da tucanaria dará côs burros n'água (e terá de aparecer como marketing IMUNDÉSIMO, o que é péssimo prôs negócios, como até o Lavareda sabe muuuuuuuuuuuuuuuito bem).

Falo por mim: não há NENHUMA possibilidade de eu-euzinha não votar no presidente Lula, para reelegê-lo (só seu eu morrer antes das eleições). Eu, quando decido, tá decidido e NENHUMA 'mídia'/marketing faz a minha cabeça. NINGUÉM ME ALUGA, NEM ME ANULA.
Por um lado, sim, a MULTIDÃO REINA e a democracia brasileira já está se radicalizando, quer dizer, já está chegando perto das raízes (sociais) da própria democracia brasileira.
Por outro lado... TODOS passamos a depender, TOTALMENTE, da força da democracia brasileira e das instituições democráticas da democracia brasileira, hoje.


PORTANTO, a tucanaria já está na posição de desespero, e TENTARÁ qualquer coisa. Releia: "a tucanaria está em posição de desespero, e TENTARÁ qualquer coisa".
Todo cuidado é pouco, de agora em diante. E com muuuuuuuuuuuuuuuuuuuito cuidado, sobretudo, nos últimos dias da campanha.

Estamos jogando pôquer e xadrez, na mesma mesa, ao mesmo tempo, e contra o diabo.
Estamos entregues à história. (Por sorte, estamos do lado dos MUITOS!)
Hoje, sim, é dia de tomar uma cerveja. 8-)
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PARA NÃO ESQUECER: O internauta é um cidadão eleitor. Todas as mensagens de propaganda eleitoral de DES-democratização que circulem na rede, com conteúdo preconceituoso ou golpista, que desrespeitem as instituições democráticas e que veiculem conteúdos ofensivos ao presidente da República, à democracia brasileira ou ao NOSSO VOTO DEMOCRÁTICO devem ser direcionadas para:-- o endereço internet@pt.org.br;-- para a página da campanha http://www.lulapresidente.org.br/ , no ícone “Força militante”; e para-- o Digidenúncia, do Ministério Público Federal, por formulário, em http://www.prsp.mpf.gov.br/digidenuncia.htm.

Ao denunciar a propaganda de DES-democratização do NOSSO VOTO DEMOCRÁTICO, não esqueça de incluir data, o endereço do blog, site, veículo que esteja fazendo PROPAGANDA DE DESDEMOCRATIZAÇÃO do eleitor brasileiro. Essa providência agiliza o processo de distribuir respostas-vacinas e o encaminhamento de medidas legais cabíveis caso a caso.

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Coluna de Franklin Martins: O "efeito pedra no lago" já era

12:58 21/08
De Franklin Martins

Ainda é cedo para fazer um balanço do impacto dos primeiros dias da propaganda eleitoral na TV sobre o ânimo do eleitor. Mas, a julgar pelas primeiras pesquisas, o quadro é de estabilidade.
Lula segue numa posição muito confortável. Segundo o Ibope, tem 47% das intenções de voto, contra 21% de Alckmin e 12% de Heloísa Helena. Se as eleições fossem hoje, Lula ganharia com folga no primeiro turno, com 57% dos votos válidos contra 43% de todos seus adversários, somados.
A análise dos números mostra que a força de Lula vem do apoio maciço dos setores mais pobres da população. Na chamada classe E, que ganha até 1 salário mínimo por mês, o presidente colhe 59% das intenções de voto; na D, com renda de 1 a 2 SM, sua marca é de 52 pontos; na C, situada na faixa de 2 a 5 SM, de 44%; na B, de 5 a 10 SM, 38%; na A, acima de 10 SM, a única em que perde para Alckmin, o índice de Lula é de 24%, contra 39% do tucano. Registre-se que os segmentos C, D e E, somados, alcançam 85% do eleitorado. Na classe E, Lula vence Alckmin na proporção de 4 a 1; na D, de 3 a 1; na C, de 2 a 1.
Esses números apontam para um nítido descolamento político entre os pobres e a classe média, o que é uma absoluta novidade no Brasil pós-ditadura militar. Durante os últimos 25 anos, pobres e remediados marcharam juntos eleitoralmente - a classe média na frente e os pobres atrás, é claro. Foi o período do chamado "efeito pedra no lago". Atirada a pedra, ou seja, ocorrido o fato político, produziam-se ondas concêntricas a partir dos formadores de opinião - leia-se, a classe média - que, depois de algum tempo, terminavam chegando as margens do lago, ou seja, à imensa maioria pobre da população. Prevalecia no país um comportamento político-eleitoral razoavelmente homogêneo, apesar das nuanças de ritmo e de discurso. Foi assim na luta pelas diretas, no apoio à Nova República, no impeachment de Collor, no suporte ao Plano Real e ao governo FH. Foi assim também na vitória de Lula em 2002.
Entretanto, na última crise, a do mensalão, isso não se repetiu. Aliás, pensando bem, não se repetiu também no plebisicito sobre o desarmamento. Nesses dois episódios, ao contrário, as ondas provenientes do centro toparam com um dique, situado, grosso modo, nas proximidades da classe C. Não só não chegaram às margens do largo, como, bloqueadas, retornaram ao centro, afetando e confundindo os formadores de opinião tradicionais. Resumindo, a classe média típica, mais presente no Brasil próspero, foi para um lado; o povão, para o outro. Certo ou errado, o povão acha que melhorou de vida com Lula e não quer descer do bonde que, na sua opinião, está transportando-o para dias menos difíceis.
O núcleo duro desse novo comportamento politico está na chamada classe C (entre 2 e 5 SM), que, na verdade, não é uma classe, mas uma confluência de diversos setores, que vão desde a classe operária dos setores de ponta da economia até a classe média tradicional empobrecida, passando pelos segmentos da população que até há pouco tempo estavam abaixo da linha pobreza e ingressaram recentemente no mercado e no mundo da cidadania. É o pessoal que se beneficia do ProUni, do computador de R$ 1.400 comprado a crédito, do micro-crédito etc. Trata-se de um fenômeno relativamente novo na praça, uma esfinge que desafia os especialistas em marketing eleitoral. Acostumados a décadas de "efeito da pedra no lago", eles têm agora que se adaptar a uma nova situação, onde as margens também têm algo a dizer para o centro, e a formação da opinião pública revela-se bem mais complexa e contraditória do que antes.
Em outras colunas voltarei ao assunto, que não tem só a ver com a política. Tem implicações muito mais vastas. Afeta também o mercado, a imprensa, os negócios, o mundo da cultura e do entretenimento O certo é que há algo novo no ar. Ou melhor, no lago.

http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/franklin_martins/2495001-2495500/2495295/2495295_1.xml