quinta-feira, outubro 07, 2010

O Brasil de Lula e Dilma

Lula vem ao Rio para batizar P-57

Em Angra, presidente conhece plataforma que será instalada no pré-sal e depois visita nova área da Petrobras no Fundão

POR LUCIENE BRAGA
Rio - A Petrobras completou 57 anos no domingo e a agenda de comemorações continua. Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva virá do Rio especialmente para o batismo da plataforma P-57 e inaugurar a área ampliada do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes). A unidade — um navio-plataforma do tipo FPSO, que extrai e armazena petróleo — tem capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo e 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Ela será instalada no Campo de Jubarte, a 80 km da costa do Espírito Santo, em profundidade de 1.246 metros.
PETRÓLEO LEVE EM TUPI
Na parte da tarde, Lula segue para o Cenpes, acompanhado do presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, e inaugura a expansão do centro de pesquisa, que também ganhou nova arquitetura.
A petrolífera anunciou ontem que a perfuração do oitavo poço na área de Tupi confirmou o potencial de petróleo leve (29 graus API) nos reservatórios do pré-sal, em águas ultra-profundas da Bacia de Santos. O novo poço, informalmente conhecido como Iracema Norte, fica em profundidade de água de 2.247 metros, a 240 km da costa do estado do Rio.


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DIFERENÇAS

FHC queria chamar a Petrobrás de ‘Petrobrax’ para torná-la ' mais palatável aos mercados'.

Lula batiza hoje uma plataforma com o nome de Apolonio de Carvalho e festeja a soberania no pré-sal

Em 2002, em Angra dos Reis, o candidato Lula fuzilou a política tucana de terceirizar encomendas da Petrobrás a estaleiros no exterior, gerando falências na indústria naval e a demissão de cerca de 30 mil trabalhadores brasileiros. Nesta 5º feira, o Presidente Lula volta Angra dos Reis para um balanço dos compromissos assumidos há oito anos. Leva trunfos respeitáveis: a] no batismo da gigantesca plataforma P 57 –que terá o nome do legendário Apolonio de Carvalho-- ele poderá festejar um índice de nacionalização superior a 65% (exceto casco e grandes máquinas); b] a Petrobrás em seu governo tornou-se uma das 4 principais empresas de energia do planeta, fortalecida pelo sucesso da maior capitalização da história econômica mundial; c] a parcela do Estado na empresa saltou de 39,8% para 48% e foi a 63% do capital votante; d] já aprovado, o regime de partilha do pré-sal garante o comando da Petrobrás na exploração da maior reserva de petróleo descoberta nas últimas décadas; e] se predominasse o regime de concessão defendido pelo coordenador do programa de energia de José Serra, David Zylberstajn [Valor, 06-10), essa riqueza irrigaria os circuitos das petroleiras internacionais, mas sobraria pouco para investir em tecnologia, educação e combate à pobreza, como definiu Lula; f] graças à soberania no pré-sal, as encomendas de embarcações, plataformas, sondas e outros equipamentos vão rechear a carteira de pedidos do parque naval brasileiro ao longo de muito anos; g] hoje, a indústria naval já emprega 45 mil trabalhadores, vinte vezes mais do que o saldo deixado pelo governo FHC, que teve Zylberstajn na direção da Agencia Nacional de Petróleo e José Serra no comando do ministério do Planejamento.

(Carta Maior e o confronto entre dois projetos de país; 07-10)
 
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