quarta-feira, outubro 06, 2010

Marina Silva é blefe e é negociata

Se Marina Silva e o Príncipe Charles, da Inglaterra, dizem exatamente a mesma coisa... alguém aí tá tentando NOS  ENGAMBELAR
Depois da 'ética' da Daslu, tá aí a 'ecologia' da Natura: de Buckingham a Breu Velho, no seringal Bagaço. É a globalização! [risos, risos, risos] (Veja adiante, matéria da revista Vanity Fair, de hoje, sobre as 'ecologias' do Principe Charles, que acaba de lançar um livro sobre o tema.)
Marina Silva é blefe e é negociata. Hoje, ela está avaliando propostas que lhe tenham sido apresentadas, em troca de seu 'apoio', que ela pôs em leilão, para algumas fotos de campanha. Evidentemente, depois de anos de conviver com todos os candidatos, Marina Sila não espera ser persuadida, nem ninguém espera persuadir Marina Silva. Marina Silva está à venda: os que se interessem por comprá-la compram esperam comprar pelo preço mínimo; e Marina Silva, que se vende, espera vender-se pelo preço máximo. A ecologia nada tem a ver com isso, nem o aborto.
Marina Silva pediu 15 dias para se manifestar. Até lá, estará sendo cortejada e deixando aumentar seu preço -- como qquer Roberto Jefferson (só que 'ecológica') e, isso, pra falar só no mercado chamado 'político' e que não é político: é mercado jornalístico-eleitoral.
Marina está leiloando também suas crenças religiosas e suas convicções sobre o aborto, temas que ninguém, de respeito, envolveria em negociações eleitorais, em nenhum caso.
No caso de Marina Silva TUDO isso foi oferecido à negociação mais imunda. A falta de vergonha, ali, é TOTAL. Mas, quem quiser engambelar-se, não quiser se desengambelar e 'creia' em Marina Silva e suas 'ecologias' & negociatas, que se autoengambele e deixe-se engambelar pelos jornais, jornalismos e jornalistas paulistas.
A Vila Vudu resolveu o seguinte:
-- VOTAREMOS EM DILMA;
-- falaremos o mais que pudermos contra o blefe dessa insuportável Marina Silva; e
O BRASIL ELEGERÁ DILMA.
Contudo, se o Brasil eleger Serra-erra-erra, seduzido pela 'ecologia' desse puro blefe, que é Marina Silva, e convencido pelos 'argumentos' dos bispos & grana & televisão... estará provado que o Brasil FOI DESTRUÍDO pela rede Globo, pelo Estadão, pela Folha de S.Paulo e pela revista (NÃO)Veja.
Estará provado que a USP paulista golpista e seus Demétrios e Romanos e Villas e coisa-e-tal e os 'jornalismos', 'jornalistas' e 'jornais' paulistas e, no plano nacional, a rede Globo, CONSEGUIRAM CONVERTER o Brasil num país de imbecis, onde D. Danuza é lida como sumidade, o Merval é ouvido como sumidade, o Boris Casoy é ouvido como sumidade (pra citar três, e há centenas, milhares, desses ridículos simulacros de jornalistas e jornalismo) e o Bonner & Patroa são tidos como opinião a conhecer e considerar.
Assim, se já estiver destruído e convertido em país de imbecis, tanto o Brasil merecerá ser governado por Serra-erra-erra quanto Serra-erra-erra merecerá a presidência, que sugerimos que seja vitalícia, eterna (Serra-erra-erra agarrará com unhas e dentes a chance de ser alguma espécie de Mubarak do Egito, imorrível e imatável. Depois, morrerá.).
A estupidez quando construída por jornal e televisão que falem sozinhos é força muito poderosa, devastadora. Viu-se o que é e o ponto ao qual pode chegar a estupidez construída por jornais e televisão, na Alemanha nazista e nos EUA da Guerra Fria. Nos dois casos, países inteiros foram arrastados à total imbecilização, à estupidez mais total, por jornais, jornalismos, jornalistas e cinema & televisão.
Se o Brasil já estiver destruído, reduzido à mais absoluta estupidez, por ação da PIOR segunda-geração de herdeiros 'midiáticos' que o mundo jamais reuniu num mesmo idioma, não haverá o que fazer: será preciso esperar que o último herdeiro incompetente enterre a empresa do último empresário-pai incompetente ou salafrário ou incompetentes e salafrários, nas famílias dos atuais Civitas, Marinhos, Saads, Mesquitas, Frias Filhos -- e os mais de 1.000 'consessionários' dessas redes, pelo Brasil, agências de repetição de imbecilidades, os empresários e os empregados jornalistas, também, incompetentes ou salafrários ou as duas coisas. 
Aí, então, algum Murdock comprará o que restar da 'imprensa' brasileira, e, aí, sim, afinal, talvez, o Brasil conhecerá afinal ALGUMA empresa de mídia que preste, pelo menos, como empresa, porque é pequeníssima a chance de alguma empresa jornalística brasileira prestar como jornalismo.
Se, para atravessarmos esse período, o Brasil for governado por Lula e, na cotinuação do mesmo projeto, por Dilma, há boa chance de as empresas 'midiáticas' morrerem e o Brasil sobreviver CONTRA a opinião-desejo udenistas neoliberais das empresas-midiáticas. Essa é a boa notícia.
Se, para atravessarmos esse período, o Brasil for governado por Serra-erra-erra e seu projeto-detonação de todos os avanços sociais, o mais provável é que, em poucos anos, não haverá nem Brasil nem empresas jornalísticas. Nesse caso, o Brasil, em breve terá de escolher entre ser uma espécie de EUA, ou numa espécie de Sudão, variações sobre diferentes tipos de estupidez e miséria. Serra-erra-erra NÃO LARGARÁ O OSSO. Seja nos EUA ou no Sudão, Serra-erra-erra mentirá sempre, enganará sempre, subornará sempre. E sempre haverá Marinas Silvas de ocasião, para acrecentar ecologias de Natura a todas as falcatruas de Serra-erra-erra.
Quanto à Marina Silva-2010, se seguir com o ímpeto oportunista salafrário que a empurrou até aqui, sempre ocuapda em construir via pessoal exclusiva... talvez seja coroada princesa 'ecológica' da Inglaterra!
Hoje, exatamente hoje, Marina Silva e o Príncipe Charles, herdeiro da coroa inglesa, estão nos jornais, dizendo EXATAMENTE A MESMA IMPONENTE QUANTIDADE DE NADA metido a 'ecológico'. Taí. Pode dar casamento!
De Breu Velho, no seringal Bagaço, a Buckingham! É a globalização 'ecológica'! [risos, risos, risos]
(Veja adiante, matéria da revista Vanity Fair, de hoje, sobre as 'ecologias' do Principe Charles, que acaba de lançar um livro sobre o tema.)


Vila Vudu

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“A Terra está sendo atacada. O equilíbrio é precário.

A culpa é nossa, dos humanos, não dos animais.”

(Do livro Harmony: A New Way of Looking at Our World [Harmonia: um novo olhar sobre nosso mundo],

de Sua Alteza Real, Charles, Príncipe de Gales (com Tony Juniper e Ian Skelly), cap. I,
‘manifesto verde’ pode-se dizer literalmente principesco, a ser lançado em Londres,
dia 2/11/2010, pela Ed. HarperCollins).


“Estou absolutamente determinado a ser o defensor da natureza. Ponto final. A isso dedicarei o resto da minha vida,” disse o Príncipe Charles ao correspondente especial de Vanity Fair em Londres, Bob Colacello, em entrevista exclusiva em seu castelo, Highgrove, em Gloucestershire. “Acho que as pessoas não entendem o trabalho que dá por a cabeça acima da cerca”, diz o príncipe. “Não há graça nenhuma em se por como alvo e levar tiros o tempo inteiro. Mas sinto profundamente... Sei perfeitamente que esse livro vai atrair todos os meus críticos para fora de suas tocas. Que seja...”

Perguntado como, na posição de futuro Rei da Inglaterra, o Príncipe vê o papel de monarca constitucional no século 21, Charles é circunspecto; diz que vê as coisas de modo “diferente” dos reis seus ancestrais, “porque a situação é outra”. Referindo-se ao fato de que foi o primeiro herdeiro do trono inglês a ser educado fora do palácio, não por tutores reais, mas de modo muito mais aberto, em Gordonstoun e Cambridge, o Príncipe Charles observa que seus pais não o mandaram estudar em escolas que ensinam a “tomar iniciativas” e em universidades nas quais inevitavelmente se estudam “todas essas questões”, se não quisessem que o filho tomasse iniciativas e refletisse sobre “o mundo”. “Portanto, azar o deles. De agora em diante, as coisas serão feitas do meu modo”. (...)

No momento do encontro entre Colacello e Charles, os Príncipes William e Harry estavam em visita oficial ao sul da África, onde tinham agendada uma visita a um orfanato cuja construção foi patrocinada por Harry, para abrigar crianças cujas mães morreram de AIDS, e uma escala em Moçambique, onde ajudaram a localizar e desarmar minas terrestres. “É interessante conversar com William e ver o que ele faz”, diz Charles. “Lembro de quando tinha a idade dele. Mas a África é desafio real. E o fato de que eles se interessem... Espero que consigam ajudar.”

O Príncipe Charles dedicou-se ao longo de décadas, a várias causas antes consideradas tolas e hoje vistas como relevantes e urgentes: energia renovável, agricultura orgânica e tolerância religiosa. “Acredito que hoje é crucialmente importante enfrentar essas questões, antes que destruamos qualquer possibilidade de futuro para nossos sucessores”, disse Charles a Colacello. Disse também que sabe de seu “poder para influenciar” e o usa a favor de boas causas. “É das poucas coisas que sei que posso fazer, com bons resultados, aqui ou ali. As pessoas ouvem o que eu digo, nem que seja por pura curiosidade”.

Perguntado sobre por que faz o que faz, Charles responde em tom sombrio: “O único motivo é que me preocupo e me interesso”. Explica que não faria coisa alguma se não se não se interessasse realmente. “Nem sei dizer por que me preocupo tanto com esses problemas. Mas sempre pensei sobre essas questões. Acho que são coisas inerentes, naturais, em mim.”

Colacello também comenta o recente escândalo que irrompeu na imprensa de Londres, quando o príncipe atacou o arquiteto Richard Rogers e seus planos para construir conjuntos residenciais em Chelsea[1]. “Acho que é preciso começar do começo, até entendermos o quanto Londres seria agredida por aquele projeto”, disse Charles a Colacello. “Vi alguns projetos e pensei “É loucura!”. Escrevi uma carta – carta pessoal, a pessoa das minhas relações. Não escrevi a jornais. Minha carta foi vazada para os jornais...” E continua “Escrevo muitas cartas a muita gente e ninguém dá importância alguma.”

Colacello comenta que, poucos dias antes dessa entrevista, o Príncipe Charles fizera uma palestra sobre o Islã e o meio ambiente no Centro de Estudos Islâmicos da Universidade de Oxford. “A tarefa é nos reconectarmos com a sabedoria que a Mãe Natureza oferece, que aparece destacada em todas as tradições sagradas, cada uma à sua maneira. Do que sei do Corão, o mundo lá é descrito, muitas, muitas vezes, como criação de um poder unitário benevolente”, diz o Príncipe. A palestra irritou alguns críticos, dentre os quais o militante ateu e editor-colunista de Vanity Fair Christopher Hitchens. Escrevendo na revista Slate, Hitchens denunciou o “Príncipe do Papo Furado”, para ele, fundamentalista de segunda, turista profissional e joão-bobo, em matéria científica. Hitchens conclui “Terrível vergonha aguarda os britânicos, se não se declararem logo República baseada em ciência e princípios verificáveis, tanto no campo político quanto no campo científico.”

Sobre a palestra e as críticas que recebeu, o Príncipe Charles disse a Colacello: “Queria que minhas palavras chegassem ao mundo islâmico, porque sinto que o mundo islâmico tem muito a oferecer. Tentei destacar que o Islã fundamentalista não é o Islã tradicional. Acho que estamos assistindo aos efeitos da modernidade em todo o mundo. A modernidade também modificou a tradição cristã. Estamos sendo aprisionados em interpretações literais das tradições religiosas, nem sempre a melhor ou a mais acertada. É preciso dar atenção à natureza simbólica. E a compreensão original, a revelação original, que vive obviamente no coração de todas as grandes religiões, acabou por ser expurgada, com o correr do tempo.”



[1] Ver, sobre isso, 16/6/2010, The Guardian, “Richard Rogers: 'Prince Charles wrecked my Chelsea project'”, em http://www.guardian.co.uk/uk/2009/jun/16/richard-rogers-prince-charles-architecture

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