"A forma de governar de Lula é diferente. Ele não fala fino com Washington, nem fala grosso com Bolívia e Paraguai"
RIO DE JANEIRO - O ponto alto do encontro de artistas e intelectuais com a presidenciável Dilma Rousseff, nesta segunda-feira à noite, no Rio, foi a presença de Oscar Niemeyer e de Chico Buarque no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon. Cinco minutos antes da chegada da candidata petista, o arquiteto entrou no palco, de cadeira de rodas, e foi ovacionado pela plateia. Chico Buarque chegou cinco minutos após a presidenciável e provocou frisson: o discurso de um dos participantes foi abafado pelos aplausos dirigidos ao compositor, que comentou rapidamente seu apoio, elogiando o presidente Lula:
- Venho aqui reiterar meu apoio entusiasmado à campanha da Dilma. A forma de governar de Lula é diferente. Ele não fala fino com Washington, nem fala grosso com Bolívia e Paraguai. Por isso, é ouvido e respeitado no mundo todo. Nunca houve na História do país algo assim.
No palco, uma seleção de músicos como Alcione, Elba Ramalho e Alceu Valença, e de atores, como Paulo Betti, Sérgio Mamberti e Antonio Pitanga, deu apoio a Dilma, que ficou sentada entre o teólogo Leonardo Boff e Chico. A cantora Beth Carvalho fez uma versão de um dos sambas mais famosos de Zeca Pagodinho. No lugar do refrão "Deixa a vida me levar", ela improvisou "Deixa a Dilma me levar, Dilma leva eu".
O organizador do evento, o sociólogo Emir Sader, ressaltou que o encontro era um ato de unidade e que a outra alternativa neste segundo turno, referindo-se ao candidato José Serra, era o "obscurantismo", a "intolerância" e a "repressão".
Segundo Sader, o encontro foi uma tentativa de reproduzir a repercussão alcançada, em atos semelhantes, realizados no Canecão, nas duas campanhas vitoriosas de Lula, em 2002 e 2006, quando artistas e intelectuais também declaram apoio ao petista.
Sobre a mobilização por Dilma ocorrer apenas no segundo turno, Sader avaliou que foi o momento em que se fez necessário:
- Havia uma percepção que estava se encaminhando para uma vitória. Talvez por isso tenha demorado (para haver a mobilização)
Para Antonio Pitanga, o movimento dos artistas só ocorreu agora porque finalmente houve uma convocação.
- O PT faz o tempo certo, como diria Geraldo Vandré. E a Dilma está fazendo a hora. Não houve este tipo de chamamento, de uma parte ou de outra, no primeiro turno. Mas, num momento em que somos chamados, estamos aqui dizendo presente.
Alguns convidados fizeram discursos, como Marilena Chauí, que, emocionada, disse que sua geração já viu um negro ser presidente na África do Sul, um índio na Bolívia, um negro nos Estados Unidos, um operário no Brasil. Segundo ela, chegou agora a hora de uma mulher ser presidente do Brasil. A filósofa defendeu ainda que a eleição de Dilma é a certeza de que os recursos do pré-sal serão priorizados na educação.
Também estavam presentes no palco o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o governador do Rio, Sérgio Cabral, além do prefeito carioca, Eduardo Paes. Cabral chegou a fazer discurso, ressaltando o fato de o Rio de Janeiro ser uma cidade "sem preconceitos". Ele foi aplaudido com moderação pela plateia.
Além de políticos e artistas, a militância também estava presente no teatro, que ficou lotado. Muitos levaram bandeiras.
EDIÇÃO E MONTAGEM: CRSS3
Aracatiara/Amontada/Itapipoca/Itarema
RIO DE JANEIRO - O ponto alto do encontro de artistas e intelectuais com a presidenciável Dilma Rousseff, nesta segunda-feira à noite, no Rio, foi a presença de Oscar Niemeyer e de Chico Buarque no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon. Cinco minutos antes da chegada da candidata petista, o arquiteto entrou no palco, de cadeira de rodas, e foi ovacionado pela plateia. Chico Buarque chegou cinco minutos após a presidenciável e provocou frisson: o discurso de um dos participantes foi abafado pelos aplausos dirigidos ao compositor, que comentou rapidamente seu apoio, elogiando o presidente Lula:
- Venho aqui reiterar meu apoio entusiasmado à campanha da Dilma. A forma de governar de Lula é diferente. Ele não fala fino com Washington, nem fala grosso com Bolívia e Paraguai. Por isso, é ouvido e respeitado no mundo todo. Nunca houve na História do país algo assim.
No palco, uma seleção de músicos como Alcione, Elba Ramalho e Alceu Valença, e de atores, como Paulo Betti, Sérgio Mamberti e Antonio Pitanga, deu apoio a Dilma, que ficou sentada entre o teólogo Leonardo Boff e Chico. A cantora Beth Carvalho fez uma versão de um dos sambas mais famosos de Zeca Pagodinho. No lugar do refrão "Deixa a vida me levar", ela improvisou "Deixa a Dilma me levar, Dilma leva eu".
O organizador do evento, o sociólogo Emir Sader, ressaltou que o encontro era um ato de unidade e que a outra alternativa neste segundo turno, referindo-se ao candidato José Serra, era o "obscurantismo", a "intolerância" e a "repressão".
Segundo Sader, o encontro foi uma tentativa de reproduzir a repercussão alcançada, em atos semelhantes, realizados no Canecão, nas duas campanhas vitoriosas de Lula, em 2002 e 2006, quando artistas e intelectuais também declaram apoio ao petista.
Sobre a mobilização por Dilma ocorrer apenas no segundo turno, Sader avaliou que foi o momento em que se fez necessário:
- Havia uma percepção que estava se encaminhando para uma vitória. Talvez por isso tenha demorado (para haver a mobilização)
Para Antonio Pitanga, o movimento dos artistas só ocorreu agora porque finalmente houve uma convocação.
- O PT faz o tempo certo, como diria Geraldo Vandré. E a Dilma está fazendo a hora. Não houve este tipo de chamamento, de uma parte ou de outra, no primeiro turno. Mas, num momento em que somos chamados, estamos aqui dizendo presente.
Alguns convidados fizeram discursos, como Marilena Chauí, que, emocionada, disse que sua geração já viu um negro ser presidente na África do Sul, um índio na Bolívia, um negro nos Estados Unidos, um operário no Brasil. Segundo ela, chegou agora a hora de uma mulher ser presidente do Brasil. A filósofa defendeu ainda que a eleição de Dilma é a certeza de que os recursos do pré-sal serão priorizados na educação.
Também estavam presentes no palco o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o governador do Rio, Sérgio Cabral, além do prefeito carioca, Eduardo Paes. Cabral chegou a fazer discurso, ressaltando o fato de o Rio de Janeiro ser uma cidade "sem preconceitos". Ele foi aplaudido com moderação pela plateia.
Além de políticos e artistas, a militância também estava presente no teatro, que ficou lotado. Muitos levaram bandeiras.
EDIÇÃO E MONTAGEM: CRSS3
Aracatiara/Amontada/Itapipoca/Itarema
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