quinta-feira, fevereiro 02, 2006


A mídia tucana não fala com o Brasil

Tem que ser na REUTERS pra sair o CX2 tucano.
E vejam que todos eles falam dessa lista como se fosse uma novidade.
Está circulando nos nossos blogs e listas a quase 1 mês...

PF investiga suposto caixa 2 da base de FHC; tucanos negam
Por Ricardo Amaral e Áureo Germano
BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal investiga suposto esquema de caixa dois eleitoral, comandado a partir da estatal Furnas Centrais Elétricas, que teria distribuído, em 2002, cerca de 40 milhões de reais a 156 políticos da base do então presidente Fernando Henrique Cardoso, especialmente do PSDB e do PFL.
As contribuições teriam partido de 88 empresas, clientes e fornecedores de Furnas. A informação provocou uma onda de negativas e gerou um ambiente de tensão no Congresso.
A Reuters obteve junto a uma fonte da PF uma cópia do documento. Outras cópias foram distribuídas no Congresso no final da tarde, provocando reação de líderes tucanos, que negaram a veracidade de repasses aos então candidatos José Serra (à Presidência, 7 milhões de reais), Geraldo Alckmin (governo de São Paulo, 9,3 milhões de reais) e Aécio Neves (governo de Minas, 5,5 milhões).
"Isso é inverossímil, é uma piada de mau gosto com nossos maiores líderes", disse o líder do PSDB no senado, Arthur Virgílio (AM). "Duvido da autenticidade da lista e duvido de qualquer esquema de caixa dois naquela época que não inclua políticos do PT."
Em São Paulo, Alckmin foi enfático. "Nós vamos tomar todas as medidas judiciais devidas. É uma falsificação grosseira. Isso aí lembra (dossiê) Ilhas Cayman. Vamos agir duro no sentido de coibir esse tipo de coisa. Não tem a menor procedência", disse o governador a jornalistas.
Serra foi na mesma linha: "Isso é mais falso que o dossiê Cayman."
O dossiê Cayman foi um conjunto de documentos divulgados em 1998, que vinculavam o então presidente Fernando Henrique Cardoso, o falecido governador Mario Covas e outros líderes tucanos como detentores de recursos ilegais depositados no paraíso fiscal do Caribe. A PF concluiu que o dossiê era uma fraude.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB-MG), também negou ter recebido 400 mil para sua campanha ao Senado.
CARTÓRIO
O documento em que se baseia a investigação tem a assinatura do ex-diretor de Furnas Dimas Fabiano Toledo, com firma reconhecida no Cartório do Primeiro Ofício de Notas do Rio. A autenticidade da assinatura e do registro, com data de 22 de setembro de 2005 foram atestadas em perícia preliminar, disse nessa quarta-feira uma fonte da PF.
Dimas Toledo será convocado pela PF para confirmar o conteúdo da lista. Procurado pela Reuters em seu telefone residencial, o ex-diretor não foi localizado.
No último dia 10, o jornal Folha de S.Paulo divulgou uma nota de Dimas, na qual ele negava autoria da lista, dizendo que jamais funcionou como "arrecadador ou caixa de campanha para quem quer que seja".
Dimas foi mantido na direção de Furnas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e exonerado, em agosto do ano passado, quando o ex-deputado Roberto Jefferson o apontou como um dos organizadores do chamado "mensalão" --suposto esquema de pagamento de parlamentares pelo PT em troca de apoio em votações no Congresso.
Quarta-feira passada, em depoimento no inquérito da PF sobre desvios em Furnas, Jefferson confirmou ter recebido 75 mil reais para sua campanha a deputado, conforme consta no documento assinado por Dimas Toledo.
"Recebi os 75 mil em meu escritório, das mãos do Dimas Toledo", repetiu Jefferson nesta quarta, depois de prestar novo depoimento à PF, desta vez no inquérito que investiga o mensalão.
"O Dimas estava lá em Furnas colocado pelo PSDB e não ajudava o PT naquela ocasião", acrescentou o ex-deputado.
Em 2002, o PTB de Jefferson apoiava a candidatura presidencial do hoje ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PSB).
"Eu posso dizer para vocês que quando houve a tentativa do PTB de substituir o Dimas (por um integrante do partido) mais de 50 por cento daquela lista me ligou para não tirar o Dimas", acrescentou.
DOZE PARTIDOS
O documento menciona doações de 2,4 milhões a quatro senadores eleitos e dois derrotados, um total de 14,4 milhões de reais a 147 deputados estaduais e federais de 12 partidos (PSDB, PFL, PMDB, PL, PTB, PP, PPS, PSB, PDT, Prona, PRTB e PSC), além de doações a prefeitos que teriam sido cabos eleitorais em Minas.
Os políticos que teriam sido beneficiados são de São Paulo, Minas, Rio, Bahia, Pernambuco, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Santa Catarina e Maranhão
O deputado Luiz Carlos Santos (PFL-SP), que era presidente de Furnas no governo passado, teria recebido 100 mil reais, segundo a lista.
"Isso é uma fantasia", reagiu Santos. "Estamos trabalhando para descobrir quem fez essa lista."
A deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP) negou ter recebido 75 mil reais e acusou o PT e a CUT de terem elaborado uma lista falsa, "Isso é a vingança do PT contra quem denunciou o valerioduto", afirmou.

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