quarta-feira, novembro 02, 2005

Serra quer privatizar a esmola


PSDB lança campanha contra esmola

http://www.emilianojose.com.br/noticias.php?ID=692

O tucano José Serra (PSDB) quer que as pessoas parem de dar esmolas aos pobres nos semáforos e depositem suas contribuições nos cofres da prefeitura, para financiar campanha publicitária.

Contra os ensinamentos de Jesus Cristo que disse: daí pão a quem tem fome e daí água a quem tem sede, o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), acaba de lançar uma campanha para que as pessoas parem de dar esmolas às crianças pobres e aos indigentes nos semáforos paulistanos. O argumento é impiedoso: se os motoristas pararem de dar esmolas às crianças, elas obrigatoriamente deixarão as ruas. Sem dinheiro, com fome, terão de procurar abrigos e programas assistenciais da prefeitura. A barbaridade foi lançada com o slogan "São Paulo protege suas crianças", do qual faz parte a campanha "Dê mais que esmola. Dê futuro”. A notícia está na Folha de S. Paulo.

O projeto foi apresentado aos piedosos empresários da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) pelo prefeito José Serra (PSDB) e pelo secretário de Assistência Social. Segundo o prefeito tucano, o objetivo é integrar várias secretarias municipais para atender a população de rua. As crianças viciadas em droga, por exemplo, serão encaminhadas à Secretaria Estadual da Saúde. Mas, não diz para quê. Serão presas, indiciadas, internadas em manicômio? Essa gente é capaz de tudo para arrecadar dinheiro.

ESMOLA PARA A MÍDIA

Também será realizada uma campanha para que a população substitua a esmola individual, de natureza religiosa e espontânea, por uma doação financeira para o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (Banco do Brasil, agência 1897-x, c/c 5738-x), com abatimento do Imposto de Renda: 1% para pessoa jurídica e 6% para pessoa física. Para quem conhece o Brasil, essa história está parecendo mais uma fonte de renda para a prefeitura. Com os recursos do fundo e doações, a prefeitura pretende, além de outdoors e painéis em pontos de ônibus, fazer uma campanha no rádio e na TV. A mídia vai adorar. O dinheiro da caridade cristã iria para o bolso dos empresários. É o fim do mundo.

De acordo com levantamento da Secretaria da Assistência Social, há cerca de 3.000 crianças e adolescentes em 180 cruzamentos de bairros centrais da capital, sendo que 30% são da periferia ou da região metropolitana, 85% moram com a família e 96% vão à escola. Elas arrecadam cerca de R$ 20 por dia, mas a maioria tem aliciadores que ficam com 80%. "Quando o motorista deixar de dar um trocado, ainda que seja pela compra de uma bala ou pela apresentação de malabares, as crianças irão buscar atendimento, diz o secretário. Aí, poderemos incluir suas famílias em programas de renda e colocá-las em atividades educativas, como o programa pós-escola".

O pós-escola é uma ação da Secretaria Municipal da Educação que oferece atividades culturais e esportivas no período alternativo ao do colégio. Hoje, são 70 mil estudantes no programa e a orientação do secretário, José Aristodemo Pinotti, é para que as crianças de rua tenham prioridade nessas atividades. "Precisamos conquistá-las, fazer com que não tenham vontade de voltar para o farol e ajudar suas famílias a sobreviver sem o dinheiro que levavam". O curioso é que os tucanos atacam o Bolsa-Escola e o Bolsa-Família do Governo Lula. Por que acham que o Pós-Escola funcionaria? Tirar os pobres da rua...isso cheira a fascismo. Primeiro ele tira as crianças pobres, os indigentes, os deficientes físicos, depois os negros, os trabalhadores e, por fim, os judeus. (Com informações da Folha de S. Paulo).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.