terça-feira, novembro 29, 2005



Planejamento garante maior investimento da história das estatais

Num ano em que os investimentos do setor privado serão fracos, as estatais federais vão investir como nunca. Juntas, as 137 empresas sob controle do Estado devem aplicar R$ 41,695 bilhões em obras, modernização e aumento da capacidade de produção em 2006. O valor total, recorde histórico, será 15,8% superior ao executado este ano, que deve fechar com aplicações de R$ 36,011 bilhões.
Vislumbrando boas oportunidades de expansão, as empresas prometem pisar fundo no acelerador. “Os investimentos das estatais são extremamente importantes para o desenvolvimento do país, principalmente em áreas estratégicas, como a oferta de petróleo e energia”, afirma Eduardo Scaletsky, diretor do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), do Ministério do Planejamento.
Sozinho, o grupo Petrobras, maior conglomerado do país, deve investir R$ 32,184 bilhões, o equivalente a 77% do total das companhias federais. Na visão do Ministério do Planejamento, a motivação básica da empresa é ganhar parcelas cada vez maiores de um mercado em expansão e, devido à escalada das cotações internacionais do óleo bruto, altamente rentável. O grupo vai investir R$ 8,089 bilhões nas atividades de exploração de petróleo e gás no exterior, em especial na América do Sul.
Planejamento
O outro motivo pelo qual as aplicações das empresas federais devem passar incólumes pelo mau momento dos investimentos no ano que vem é o planejamento. Os projetos são estruturados em médio e longo prazos, com expectativa de maturação em vários anos. Ou seja, os projetos a serem executados em 2006 já estavam previstos no plano estratégico das empresas e não devem ser revistos por questões conjunturais. Isso é especialmente verdade na área de energia elétrica, explorada pelo grupo Eletrobrás, que prevê investimentos de R$ 5,161 bilhões, o equivalente a 12,4% do total.
A composição dos recursos demonstra saúde financeira e pouca disposição para endividamento das estatais. Elas vão investir R$ 30,626 bilhões com capital próprio, tomando emprestado R$ 3,816 bilhões em operações de longo prazo. Dois terços das captações virão do exterior. O Tesouro Nacional deve entrar com aportes de R$ 325 milhões, principalmente para a modernização da Companhia Docas. Há outros R$ 6 bilhões de fontes de longo prazo, além de R$ 1,25 bilhão provenientes de aumento do patrimônio líquido.

VERMELHO
Com agências

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