sábado, novembro 19, 2005



É a memória seletiva de um pilantra tucano... O que mais ele não viu ou não sabia??? No apagão ele também falou que foi pego de surpresa, que não sabia que o desmonte que ele realizou no estado brasileiro provocou entre outras coisas a falta de investimentos e planejamento de médio e longo prazo no setor elétrico, estradas, portos, ferrovias, saneamento básico, ... Até na Petrobrás que é quase um estado dentro do estado, eles conseguiram realizar a marca de 92 acidentes em 3 anos, o auge foi o naufrágio da P-36 em 2001(o ano do apagão da era FHC), com 11 mortos. O azar deles é que alguns sabem e não esquecem.

Adauto Melo


FHC mente: A geração dele sabia de tudo (1)
(no UOL NEWS, 18/11/2005, 17h39)[1] Caia Fittipaldi

Se há papo furado, papo de fraco abusado, hoje, é esse conversê de ex-sociólogo uspeano, hoje candidato apavorado, sob o risco de ser derrotado outra vez. FHC mente, no UOL News, ou, então, desatinou [risos].
As instituições foram corrompidas, sem parar um dia, no tempo que a geração de FHC deveria estar de olho bem aberto. E é claro que ele viu tudo.
Aí vão, de lembrete, alguns os casos de instituições SUPER corrompidas, que até o meu gato-talismã, que uso contra a sociologia-tucano-uspeana lembrou, só numa única cócega que lhe fiz.
FHC vivia na barriga de sua mãe, quando os tenentes levantaram-se, no Forte de Copacabana, contra as instituições corrompidas. Na barriga não vale. Tá. Essa passa.
Em 1932, quando Salazar tornou-se presidente do Conselho em Portugal, as instituições estavam corrompidas antes de ele chegar ao Conselho e, depois, pioraram. FHC tinha 1 aninho. Digamos que, naquela época, havia bons motivos pra ele não se preocupar com instituições e corrupções; e por motivos... dignos e sóbrios. OK. Essa passa. E foi em Portugal.
Mas em 1932, o Estado de S.Paulo já tanto tinha certeza de que havia corrupção das instituições, que inventou uma Revolta Constitucionalista, inteirinha, pra descorrompê-las.
Até hoje, o Estadão jura de pé junto: as instituições estavam corrompidas, em 1932; e, depois, só pioraram, cada vez mais corrompidas. Mas... Vá! FHC tinha 2 aninhos.
Em 1933, Hitler tornou-se 1° ministro alemão. Disse que as instituições estavam corrompidas, o que jamais se provou. Mas elas estavam, sim, suuuuuuuuuuuuper corrompidas, quando Hitler, anos depois, perdeu a guerra. Vá. Essa tb pode passar, porque foi na Alemanha. Tá.
Em 1936, houve todinha a Guerra Civil Espanhola, só porque as instituições estavam suuuuuuuuuuuuuuuuuuper corrompidas. Os republicanos perderam a guerra contra aquelas instituições suuuuuuuuuuuuuuuuuuuuper corrompidas e, daí, sim, é que as instituições corromperam-se muuuuuuuuuuuuuuuuuuito e por muito tempo.
Se FHC não viu corrupção alguma, nem aí e então... ele que não se metesse a discursar naquele fórum lá na Espanha, ano passado. Verdade que, no discurso, FHC foi vaiado porque, de citação, ele só citou frase de general fascista espanhol, na Espanha de Zapatero. [risos]
Mas... Vá! Essa tb pode passar, pq, afinal, assim como FHC tinha 5 anos em 1936, EU tinha 5 anos em 1951, e não se pode dizer, completamente, que eu tenha VISTO... propriamente, de ver com os olhos, o Marlon Brando, em “Um Bonde Chamado Desejo”.
Era 1951, e é... ver eu não vi o Marlon Brando em “Um Bonde Chamado Desejo”... assim como FHC não viu as instituições corrompidas na Espanha pré-franquista. Nem depois, na Espanha franquista. Tá, vá...
E o mesmo pode ter acontecido com FHC e a geração dele, também em 1937, quando se instalou o Estado Novo, no Brasil.
Mas é duro de acreditar que FHC e sua geração não tenham visto nenhuma instituição corrompida, em 1937. Difícil de acreditar mas... Vá! Afinal, das duas uma: ou as instituições não estavam apenas “corrompidas”; ou não havia “instituições” nenhuma.
Contudo, e pra complicar o discursê de FHC-de-palestragem&michê, foi aí, mesmo, em 1937, que, para o Estadão, ... as instituições brasileiras corromperam-se pra sempre, e de vez, e pra sempre; e ficaram, para todo o sempre, suuuuuuuuuuuuuuuuper corrompidas.
De qualquer modo, e mintam FHC e Estadão o quanto queiram, e repita a Lillian Witte-Fibe o quanto queira, é verdade que, com Vargas, muitas instituições, com certeza, começaram a existir, no Brasil; e nasceram, então, mais limpas, muito mais puras e decentes e equilibradas, em 1937, do que o P-SOL hoje. Se elas se corromperam, foi depois.
A partir de 1937, portanto, já não é fácil acreditar que FHC, possa não ter visto nenhuma instituição corrompida, seja de um lado seja de outro.
Ou, então, as mentiras que FHC inventa hoje, em 2005, como se fossem sociologia, começam, mesmo, é com a bronca que essa sociologia uspeana e de araque tem, há eras, contra Vargas.
HÁ PROVAS! (1)
HÁ PROVAS, sim, de que, no dia 14/12/1994 – já chegado aos seus respeitáveis (digamos) 63 anos e vividos, portanto, TODOS OS ANOS de sua vida que se podem descrever como “sua geração” –, FHC ainda convidava o Brasil a “pôr fim à Era Vargas”.
Será sociologia? Será mania? O caso é que está lá, assinado, documento perfeitamente válido, em “Discurso da Despedida do Senado”, na Internet, em https://www.planalto.gov.br/publi_04/COLECAO/DESPED.HTM . É boa prova! [risos]
FHC, portanto, que se explique: se sua geração não viu instituições corrompidas – ou, mesmo, se não deu a mínima bola pra instituições corrompidas, desde que o presidente fosse FHC... que negócio foi aquele de “pôr fim à Era Vargas”?! Em 1994? Por quê? Pois se FHC não via instituições corrompidas?! FHC pirô. Ou FHC mente, deslavadamente, mente: a geração dele viu TUDO!
Caia Fittipaldi
Novembro/2005
[continua]

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