terça-feira, novembro 29, 2005



Na parte de dentro dos jornais tucanos

Petrobras receberá US$ 1,3 bi do BNDES para plataformas

Estatal deve investir um total de US$ 3,4 bilhões até 2008O BNDES assina, na segunda-feira, contrato com a Petrobras para financiar, com US$ 402 milhões, o projeto de construção da plataforma P-51, prevista para entrar em produção no fim 2007, início de 2008. A unidade, cujo casco está em construção na Nuclep, em Itaguaí (RJ), faz parte de um "pacote" de quatro novas plataformas que exigirá investimentos totais de US$ 3,4 bilhões, pela Petrobras, dos quais US$ 1,3 bilhão financiados pelo BNDES.As quatro unidades - P-51, P-52, P-53 e P-54 - além da P-50, inaugurada dia 23 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vão acrescentar 900 mil barris/dia (180 mil cada) à capacidade de produção da Petrobras até 2008. Mas como a produção de petróleo não cresce linearmente, a estimativa da estatal é que sua produção no Brasil chegue a 2,1 milhões de barris/dia em 2008 em relação aos atuais 1,7 milhão de barris/dia (1,723 na média de outubro).Na realidade, somados todos os projetos em andamento, somente do mar a Petrobras estará retirando, até 2008, mais 1,28 milhão de barris por dia de óleo. Além das seis plataformas gigantes, outras cinco menores produzirão mais 380 mil barris/dia. Ao mesmo tempo, somente em campos maduros, sujeitos a saírem de produção, a estatal produz hoje 500 mil barris/dia, metade em terra e metade no mar.Caberá aos presidentes do BNDES, Guido Mantega, e da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, assinarem, dia 5, o contrato de financiamento da P-51. Nos últimos dias as obras da plataforma, em Itaguaí, foram paralisadas por uma greve dos metalúrgicos que trabalham na construção e montagem do casco, o que poderia atrasar o prazo de entrega da unidade.O financiamento para a P-51 e para a P-54 já havia sido aprovado em maio deste ano. Existe a expectativa de que o empréstimo do banco para a P-54, da ordem de US$ 214 milhões, seja assinado em janeiro ou fevereiro de 2006. Outro financiamento de US$ 378 milhões, concedido pelo BNDES para P-52, já foi contratado e, de janeiro até outubro, o banco liberou US$ 165 milhões para o projeto.Tanto a P-52 quanto a P-54 estão em construção em Cingapura. A quarta plataforma, a P-53, está em fase de enquadramento pelo BNDES e a previsão é assinar o contrato de financiamento em meados de 2006. O banco deverá financiar a plataforma com US$ 280 milhões."O papel do BNDES é maximizar a produção de componentes brasileiros usados nas plataformas", diz Luiz Antonio Araujo Dantas, superintendente da área de comércio exterior do banco.Ele explicou que o financiamento às plataformas é considerado exportação dentro do regime aduaneiro especial Repetro. Por este regime, a Petrobras Nederland, subsidiária da estatal na Holanda, é quem compra as plataformas arrendado-as à Petrobras, no Brasil.No caso da P-53, a estrutura de financiamento é diferente. Criou-se uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), a ser financiada por um "pool" de bancos, que fará um contrato de leasing da plataforma com a Petrobras. Luciene Machado, da área de comércio exterior do BNDES, diz que a P-51 e a P-52 deverão ter um índice global de nacionalização, incluindo bens e serviços, de 60%. O apoio do banco se concentra, em bens e serviços, aos módulos que integram o chamado "topside" da plataforma."O esforço de nacionalização é possível porque a Petrobras tem compartilhado desse objetivo comum", diz Luciene. Ela prevê que na P-54 o índice de nacionalização global atinja 65%, percentual que será mantido para a P-53. Ela reconheceu, no entanto, que a médio prazo será difícil manter estes índices porque a indústria que fornece bens e serviços para o setor estará ocupada em 2006, quando a Petrobras deve lançar editais para mais duas plataformas. (Fonte: Valor Online)

BNDES aprova R$ 800 milhões para gasodutos na Amazônia

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento à Transportadora Urucu Manaus S/A, no valor de R$ 800 milhões e prazo de até 12 meses, a título de antecipação de um empréstimo de longo prazo, destinado à construção de um gasoduto para transportar até Manaus o gás natural produzido na província petrolífera de Urucu, além de outro duto para gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha), conectando Urucu ao terminal do Rio Solimões, no município de Coari (AM).A Transportadora Urucu Manaus S/A é uma sociedade de propósito específico (SPE) criada para instalar os gasodutos, visando monetizar as reservas de gás natural da Petrobras na Bacia do Solimões. Há estimativa de abertura de mais de 36 mil empregos - 9 mil diretos e 27 mil indiretos - durante a fase de construção dos empreendimentos, que demandarão recursos totais de R$ 1,44 bilhão.O trecho do gasoduto entre Coari e Manaus terá 383 quilômetros, enquanto o duto para transportar o GLP de Urucu até o Terminal do Rio Solimões, em Coari, será construído com 279 quilômetros.A instalação do gasoduto irá permitir que o gás natural produzido em Urucu, hoje reinjetado e queimado, chegue a Manaus e seja distribuído também a outros sete municípios ao longo de seu traçado - Coari, Codajás, Anamã, Anori, Caapiranga, Iranduba e Manacapuru.Outro importante avanço possibilitado por esse gasoduto será permitir a mudança da matriz energética de Manaus, por meio da conversão das termelétricas, que hoje utilizam diesel ou óleo combustível e passarão a consumir gás natural, que é mais adequado em termos ambientais e tem custo muito inferior.O projeto trará reflexos positivos para a balança comercial, ao possibilitar que o gás natural produzido na Amazônia substitua o consumo de óleo diesel, um derivado mais nobre, que ainda continua sendo parcialmente importado pela Petrobras.Localizada a 650 km a sudoeste de Manaus, a unidade da Bacia do Solimões é responsável pela produção média de cerca de 60 mil m³/dia de petróleo e de 9,5 milhões m³/dia de gás natural associado. O petróleo de Urucu, de alta qualidade, é o mais leve dos óleos processados nas refinarias do País. Essa característica possibilita a produção de derivados de alto valor agregado, como gasolina, nafta petroquímica, diesel e gás liquefeito de petróleo. (Fonte: JB Online)

Petrobras declara comercialidade de campo terrestre no ES

A Petrobras declarou a comercialidade de um novo campo de óleo pesado, na Bacia Terrestre do Espírito Santo. O campo, batizado de Inhambu, que em tupi-guarani significa um tipo de codorna (pássaro comum da região), apresenta óleo de aproximadamente 10º API. Está localizado no bloco exploratório BT-ES-12, no município de Jaguaré, no norte do estado, a cerca de 180 km de Vitória.Estudos realizados na área, associados às informações de produtividade dos reservatórios da formação Urucutuca, definiram a viabilidade econômica desta acumulação. A próxima etapa será a elaboração do Plano de Desenvolvimento, para definir a reserva de Inhambu. O novo campo está próximo à infra-estrutura de produção (estações, terminais, oleodutos e outras) já desenvolvidas pela Petrobras. (Fonte: JB Online)

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