terça-feira, novembro 08, 2005



CPMI ouve acusados de vender votos para reeleger FHC

A CPMI da Compra de Votos marcou hoje o depoimento do deputado Ronivon Santiago (PP-AC) e do suplente dele, Chicão Brígido (PMDB-AC). Eles foram acusados de ter recebido dinheiro para votar a favor da emenda que permitiu a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997. O depoimento está marcado para as 11h30, na sala 6 da ala Nilo Coelho, no Senado.
Santiago renunciou ao mandato e foi eleito novamente em 2002. Brígido foi absolvido pela Câmara em 1998. O depoimento de Ronivon Santiago à CPMI da Compra de Votos foi cancelado três vezes porque o deputado não compareceu à comissão. Ele disse que não poderia depor porque, no mesmo dia, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) discutiria a cassação da liminar que preserva o mandato dele.
O mandato de Santiago foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre por compra de votos na eleição de outubro de 2002. Chicão Brígido, que poderá assumir a vaga do parlamentar, também não compareceu aos depoimentos para aguardar a decisão da CCJ. O presidente da CPMI da Compra de Votos, senador Amir Lando (PMDB-RO), prometeu acionar a Polícia Federal para garantir a presença de Santiago e Brígido no depoimento de hoje.
Denúncia - A Folha de S.Paulo publicou em maio de 1997 a transcrição de conversas telefônicas em que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do Acre, diziam ter recebido R$ 200 mil cada um para votar a favor da emenda da reeleição. Nas gravações, eles disseram que os deputados Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, todos do Acre, também haviam recebido dinheiro.
Ronivon e Maia renunciaram aos mandatos e se negaram a prestar depoimento na CCJ. Os demais envolvidos negaram qualquer participação na negociação de votos. Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra foram absolvidos pela Câmara.

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