Conforme eu vinha prevendo em inúmeros textos que tenho escrito e, além de postado em meu blog, enviado para jornais, revistas semanais, listas com centenas de endereços de e-mail e até para o Congresso nacional, já começam a surgir balões de ensaio na grande imprensa sob pesquisas que, convenientemente próximas da decisão do PSDB sobre quem será seu candidato à Presidência da República, indicariam um "início de reversão" das tendências de subida das intenções de voto de Lula e de queda das de Serra, havendo até pesquisas Ibope e Ipsos-Opinion que estariam mostrando o tucano "numericamente" acima do petista em simulações de segundo turno.
Minha teoria tem sido a de que a imprensa, majoritariamente em campanha contra Lula e dona, inclusive, de institutos de pesquisa, tem manipulado as sondagens desde agosto do ano passado. Já escrevi sobre ao menos uma meia dúzia de contradições importantes nessas pesquisas durante os últimos oito meses. Quem se informa deve ter visto vários questionamentos a elas na imprensa.
Entre agosto e outubro do ano passado, pesquisas Datafolha, CNT-Sensus, Ibope e ipsos-opinion divergiram fortemente nos cenários sobretudo de segundo turno. Demorou para que outros institutos registrassem uma queda vertiginosa de Lula detectada pelo Datafolha. E, quando registraram, foi em menor grau. Por outro lado, neste ano o Datafolha registrou, 15 dias antes do CNT-Sensus e do Ibope, que Lula perderia para Serra em segundo turno por nove pontos se a eleição fosse naquele momento. Passadas duas semanas, o mesmo Datafolha convergiu para os outros institutos e mostrou surpreendente subida de Lula.
O balão de ensaio que surgiu na mídia nesta quinta-feira 9 de março foi na coluna "Painel", da Folha de São Paulo. Surgiu no mesmo dia em que o mesmo jornal informa que nos próximos dias o PSDB estará anunciando seu candidato a presidente.
Não tenho a menor dúvida de que, nas próximas semanas, pesquisas começarão a mostrar queda vertiginosa e constante de Lula. Chamo esse processo de "venezuelização da mídia brasileira". Aconteceu igualzinho na Venezuela. A mídia daquele país - o qual conheço e pude constatar in loco o que direi agora - guarda uma semelhança inacreditável com a daqui. Os métodos que usa contra Chávez são idênticos aos que nossa mídia usa em relação a Lula. Chacotas, insultos, acusações sem qualquer base, enfim, picuinhas de todo tipo.
Assim como não houve qualquer fundamentação lógica na disparada de Lula nas pesquisas, há muito menos fundamentação em sua queda anunciada. É preciso que o PT, portanto, recorra a algum instituto alternativo a fim de acompanhar muito atentamente o processo de falsificação de pesquisas até próximo ao pleito que acredito que está em curso desde os primeiros momentos da crise política. Em 2004, por exemplo, até cerca de dois meses antes do referendo revogatório pedido pela oposição contra Chávez as pesquisas mostravam-no ao rés do chão da popularidade. Miraculosamente, semanas antes da eleição já lhe mostravam uma recuperação espantosamente rápida.
Só um detalhe: na eleição recente de Evo Morales na Bolívia, aconteceu a mesma coisa.
Peço, portanto, a quem puder que difunda este alerta. Pesquisas falsas, coincidentes com o anúncio da candidatura oficial tucana à Presidência da República, estão no forno e devem estar explodindo iminentemente.
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Os institutos são deles ou contratados por eles. Se eles fazem o que fazem nos jornais, revistas, tvs, rádios e internet, o que os impediria de manipular pesquisas? Nunca comemorei e nem dei atenção para essas pesquisas, pesquisa da imprensa tucana não pode, não tem como ser confiável, seja contra ou a nosso favor. Quem pode calcular o efeito de uma manobra como a de inflar os números do LULA num determinado momento, e depois, após o lançamento do candidato tucano, começar a apontar uma queda do LULA e a subida do tucano?
Uma manobra desse tipo, mexe com a militância, mexe com simpatizantes e com uma parcela considerável dos eleitores, sem falar que a pesquisa boa para o LULA hoje, legitima a pesquisa ruim para o LULA amanhã. O Eduardo tem razão, e o próprio LULA já pediu cuidado sobre isso... Adauto
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