domingo, dezembro 04, 2005


PT pede cassação de programa partidário do PFL na TV

O Partido dos Trabalhadores ajuizou na sexta-feira (2), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com representação em que pede a cassação do programa partidário do PFL a ser veiculado no rádio e televisão, em todo o país, no próximo semestre. A argumentação do PT é de que o PFL utilizou, em agosto e outubro, espaço na mídia para degradar a imagem tanto do partido como do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa antecipação do horário eleitoral gratuito, o que é vedado pela legislação.
Caso seja acatada a representação, o PFL não poderá usar os 40 minutos que tem durante o semestre para fazer inserções de até cinco minutos diários para a difusão de mensagens aos filiados e posição sobre temas políticos e comunitários, conforme prevê a legislação eleitoral. Entretanto, segundo o advogado do PT, Márcio Luiz Silva, o PFL, além de utilizar o espaço para outros fins, ainda não colocou de forma visível e inconfundível a sigla partidária, contrariando duplamente a legislação.
Nos filmetes pefelistas, o partido omitiu deliberadamente sua identificação, a qual "somente a muito custo, revela-se sombreada na parte final da peça", diz a representação do PT. Na representação, o advogado lembrou que ao não identificar com clareza a responsabilidade pelos programas partidários, o PFL nada mais fez do que lançar mão de artifício com a finalidade de "perscrutar a opinião pública, fazendo desse espaço verdadeiro balão de ensaio de suas pretensões eleitorais".
Para atacar o presidente Lula e o PT, o PFL usou também manchetes de jornais sem identificação, inverídicas, ofensivas e que distorcem a realidade dos fatos. Em sua campanha, o PFL terminava as inserções sempre com os mesmos dizeres: "PT e o governo Lula, um péssimo exemplo para o Brasil". Na análise do PT, a propaganda do PFL foi usada claramente para atacar o partido e o presidente da República, num tom exclusivamente eleitoral, visando ao próximo pleito.
Ainda segundo a representação, a propaganda pefelista é "mais uma demonstração antidemocrática" da agremiação de oposição. O texto lembra que o PFL, junto com o PSDB, governou o país por oito anos, "quando se constatou um aumento exagerado da desigualdade social e da corrupção, com a venda do patrimônio do povo brasileiro e que só fez aumentar as dívidas, interna e externa, não se credenciando a ser um ótimo exemplo para o Brasil".
O legado desastroso para o País, da gestão PFL/ PSDB, pode ser "a razão de não pretender se identificar perante o eleitorado", diz a representação.

Brasil Risco Brasil atinge menor nível da história

O risco país brasileiro atingiu na semana passada o menor nível da história do índice. Na quinta-feira o risco país ficou em 330 pontos e recuou mais 1,8% na sexta-feira, chegando a 324 pontos. O risco Brasil é um indicador que funciona como um termômetro da confiança dos investidores estrangeiros na capacidade do país conseguir honrar suas dívidas. Se o risco Brasil cai, significa que a confiança está em alta.
Para o deputado Maurício Rands (PT-PE), essa queda é significativa e representa "um atestado de solidez da política econômica brasileira". O parlamentar lembrou que no início do governo Lula, o risco Brasil era de 2.400 pontos, o maior da história. "Essa redução nesse curto espaço de tempo de 36 meses, significa uma conquista do Brasil, que vai se reverter na contínua expansão dos investimentos estrangeiros", salientou.
Para o parlamentar petista isso contribui " para o crescimento da economia e a geração de emprego e renda para a população". Rands lembrou que a queda do risco Brasil mostra que "apesar deste trimestre ter apresentado redução pontual do crescimento do PIB (-1,2%), a percepção dos investidores sobre a solidez da economia continua sólida", finalizou Rands.

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