sábado, dezembro 10, 2005



Chávez quer Mercosul mais político e solidário

O Conselho do Mercosul aprovou formalmente o pedido de adesão da Venezuela como membro-pleno do grupo. As negociações para que isso se concretize devem ter início até 15 de maio de 2006, segundo o coordenador nacional do Mercosul, Carlos Amorin.
Durante discurso na 29ª Reunião de Cúpula do Mercosul, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, agradeceu aos países por "abrir a porta" do Mercosul.Ele afirmou ter ouvido críticos dizerem que a presença dele acabaria politizando a entidade e disse que, de fato, isso pode – e deve – ocorrer.
"O Mercosul não pode ser um projeto inteiramente econômico, mas político, para que seja verdadeiramente do povo, um projeto coletivo", afirmou.
Ele ressaltou que pode contribuir com o grupo por ser uma potencia de petróleo e gás. O presidente da Venezuela destacou ainda que a entrada no Mercosul não deve atrapalhar a relação do país com a comunidade andina. "O objetivo é que todos os mecanismos se relacionem", disse. Chávez ressaltou também que, na opinião dele, as questões sociais devem ser prioridade do Mercosul.
"Os níveis de pobreza não devem ser visto como um problema de cada país separadamente". E disse ainda que o Mercosul deve trabalhar de forma conjunta. "Há integração econômica, mas é preciso mais espírito de solidariedade, cooperativismo", falou. De acordo com Carlos Amorin, o Conselho aprovou ainda outros projetos importantes, como o do Parlamento do Mercosul – que terá sede permanente em Montevidéu.
Segundo ele, o Parlamento deve estar em funcionamento até dezembro de 2006. Nesta reunião, o presidente da Argentina Néstor Kirchner assumiu a presidência Pro Tempore do Mercosul no lugar do uruguaio Tabaré Vázques. Ele ficara no cargo durante seis meses.
As informações são da Agência Brasil.

Para Lula, desafio do Mercosul é aproximar-se dos cidadãos

Um dos desafios do Mercosul nos próximos anos é se aproximar do cotidiano do cidadão. A avaliação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que citou ainda a necessidade de melhorar as instituições do bloco e de criar mecanismos para viabilizar investimentos e a integração produtiva."Ter uma união aduaneira consolidada é fundamental. Mas o que isso representa para o cidadão comum? Harmonizar regras é seguramente importante para agilizar os negócios e aumentar a eficiência das empresas. Mas em que isso se traduz, de imediato, para as nossas populações? É preciso levar o Mercosul ao povo e enraizá-lo em nossas sociedades", disse Lula na 29ª Reunião de Cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai.O presidente comentou os esforços do governo brasileiro para o envolvimento da sociedade organizada no bloco econômico e elogiou o programa Somos Mercosul, desenvolvido pelo Uruguai.
Lula também falou sobre os avanços na integração física regional. Segundo ele, 43 projetos estão em andamento desde 2003 e o Brasil aprovou mais de US$ 2 bilhões em financiamentos e garantias.
"Boa parte desses recursos será aplicada no Mercosul, em obras como a duplicação da Auto-Estrada Mercosul, a construção da segunda ponte sobre o rio Paraná e da Termelétrica de São José, no Uruguai".
O presidente determinou à equipe de governo que identifique um projeto de integração produtiva do Brasil com cada um dos países do bloco, inclusive a Venezuela, que ingressou hoje (9) como membro pleno.
CompetiçãoPara Lula, a união em torno do Mercosul é a melhor forma de os países do bloco competirem com as nações ricas.
"Mais do que nunca, estou convencido de que não há saída individual para nossos países. Quanto mais forte estiver o Uruguai, quanto mais forte estiver a Argentina, o Paraguai, a Venezuela, mais forte estará o Brasil e vice-versa. Para isso, não basta caminharmos lado a lado, temos que caminhar juntos e com um mesmo destino", disse.Lula também apontou a importância do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul, que, a partir de 2006, vai financiar projetos que visem a reduzir as assimetrias entre os paises do bloco. O presidente disse ainda estar confiante em que o Parlamento do bloco será instalado ate o dia 31 de dezembro do próximo ano.
As informações são da Agência Brasil.

Lula pede pressão regional pelo fim de subsídios agrícolas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje (9) um apelo aos seus colegas do Mercosul, em Montevidéu, Uruguai, para que telefonem aos chefes de Estado de outros países, pressionando os europeus a avançarem nas negociações da Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio. "Do contrário vamos passar mais vinte anos com os pobres mais pobres e com os ricos mais ricos", afirmou Lula.
"Nossos ministros e técnicos fizeram todos os esforços para que nessa rodada os pobres se tornem menos pobres e para que países pobres e emergentes tenham acesso aos mercados dos países mais ricos e que essas nações reduzam os subsídios agrícolas", afirmou.
Lula conversou recentemente sobre o assunto com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e com o presidente dos Estados Unidos, George W.Bush.
Ele vai telefonar ainda para a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Jaques Chirac, que é quem está travando a possibilidade da União Européia apresentar uma proposta melhorada de acesso a mercado.
As informações são da Agência Estado.

Brasil, Argentina e Venezuela assinam acordo sobre gasoduto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta sexta-feira (9), em Montevidéu, o acordo assinado entre Brasil, Venezuela e Argentina que prevê o início de estudos de viabilidade para a implantação de um gasoduto, a partir da Venezuela, unindo os três países.

"É uma obra extraordinária e precisamos trabalhar porque isso daria independência e garantia energética por muitos anos para vários países da América do Sul", afirmou.

A declaração foi feita durante a 29ª Reunião de Cúpula do Mercosul, que marcou a entrada da Venezuela no grupo. "É um país que tem perspectivas enormes de parceria na questão energética", disse Lula aos jornalistas.O presidente brasileiro afirmou ainda que a expansão do Mercosul pode solucionar o problema das diferenças econômicas entre os países da região. "Eu digo todo santo dia que o século 19 foi o século da Europa, o século 20 foi dos Estados Unidos e cabe a nós, da América do Sul, fazer com que o século 21 seja da América do Sul. Temos potencial para isso", afirmou.

As informações são da Agência Brasil.

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