terça-feira, outubro 25, 2005

Isso é uma prefeitura ou uma dedetizadora de gente???


Ovo na democracia tucana
O prefeito José Serra se limpa após ovo atingir seu carro, durante vistoria de obra, em São Miguel, zona leste de São Paulo

Nas grandes cidades a entrada desse ideário cientificista difuso se faz sentir diretamente a partir da adoção de grandes programas de higienização e saneamento. Tratava-se de trazer uma nova racionalidade científica para os abarrotados centros urbanos, implementar projetos de cunho eugênico que pretendiam eliminar a doença, separar a loucura e a pobreza. Em O ESPETÁCULO DAS RAÇAS de Lilia Moritz Schwarcz, 1. Entre "Homens de Sciencia". Eugenia s.f. teoria que busca o aperfeiçoamento físico e mental da espécie humana.


[foto] TORTADA no secretário de habitação da cidade de São Paulo
Por confeiteiros sem fronteiras 19/09/2005 às 18:04
em palestra na Poli-USP, secretário é tortado no momento em que diz que a prefeitura PULVERIZA as pessoas que moram em prédios "invadidos" no centro de São Paulo.

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Serra quer mandar sem-teto para fora de São Paulo

A solução que a administração Serra encontrou para o problema habitacional das famílias sem-teto das ruas Plínio Ramos e Mauá (região central) é "original". A Secretária Municipal de Habitação resolveu custear o "retorno" rodoviário das famílias para suas cidades de origem.

Cerca de 130 famílias que foram retiradas de prédios abandonados há anos e que foram ocupados por cerca de 8 meses estão hoje morando em barracos improvisados nas calçadas das ruas Plínio Ramos e Paula Souza (ambas no centro de São Paulo).

Para a professora de Arquitetura e Urbanismo da USP, Maria Lúcia Refinetti, dar as passagens é uma maneira de a prefeitura não encarar o problema dos sem-teto. "Questão de habitação se trata com habitação", afirmou.

A medida também foi criticada por um dos coordenadores da União Nacional por Moradia Popular, Benedito Barbosa. Ele diz que o movimento não vai aceitar como política habitacional o retorno para a terra de origem.

Já para o promotor José Carlos de Freitas, da Promotoria de Habitação e Urbanismo, não há problema na oferta das passagens se houver recurso orçamentário.

A assessoria da Secretaria de Assistência Social disse que a idéia do pagamento das passagens partiu dos sem-teto. A liderança do movimento diz que foi iniciativa da prefeitura. Segundo a secretaria, a doação de passagens já existe nos 31 centros de referência de assistência social da cidade.

Até o final da semana, as famílias vão para um alojamento no Canindé (centro), segundo disse a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

Segundo a secretaria, alguns moradores já pediram a passagem. "A situação de cada família será analisada antes da concessão do benefício" diz o órgão municipal. Segundo a assessoria, será gasto até R$ 5.000 com a compra das passagens de uma família. Os recursos serão da Secretaria Municipal de Habitação.

Vale lembrar que uma passagem de ônibus para, por exemplo, o município de Juazeiro do Norte, no Ceará, a cerca de 2 mil quilômetros de São Paulo, custa em média R$ 290. O valor indicado pela Secretaria seria suficiente para comprar 17,24 passagens rodoviárias. Ou as famílias são imensas ou a assessoria de imprensa da Secretaria está mal-informada.

A reportagem da Folha de S.Paulo ouviu alguns moradores que "demonstraram" intenção de voltar para seu lugar de origem, mas não ouviu os argumentos dos que desejam ficar em São Paulo. O que mais se aproximou disso foi o depoimento de uma passadeira desempregada, Rosineide Fortunato Cândido, que segundo a reportagem, estava entre os que querem recursos para começarem a vida na cidade de origem.

"Eu tenho geladeira, fogão, guarda-roupa, cama, não vou deixar tudo para trás" . Ela tem sete filhos. Rosineide mantém a família com um salário de R$ 350 do filho e R$ 250 que recebe de uma bolsa-auxílio do governo estadual. Sem a bolsa e sem o emprego do filho, deixará de receber os R$ 600 reais que sustentam a família..

Por Humberto Alencar, com informações da Folha de S. Paulo >> VERMELHO

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