quinta-feira, setembro 16, 2010

Quatro cidadelas sob ataque: o que precisa ser defendido

Mauro Carrara
Nada está ganho. E, sem alarmismo, a democracia corre perigo. Sempre correu. Sempre correrá.
Setembro é um túnel. É um túnel de fogo. E a temperatura está próxima do ponto de ebulição.
Os partidos neofascistas e o consórcio terrorista Globo-Abril-Folha-Estadão (GAFE) seguem a operação de sabotagem informativa, cometendo crimes que são solenemente ignorados por policiais, promotores e juízes.
E se o objetivo é proteger o Brasil, o Estado de Direito e o processo de crescimento acelerado com inclusão e desconcentração da riqueza, há quatro cidadelas a serem defendidas.
1) As igrejas, sobretudo as evangélicas pentecostais, tornaram-se centros de pregação do ódio e de disseminação da infâmia. Inúmeros bandidos de terno e gravata, autodenominados "pastores", proferem diariamente sermões destinados a caluniar e difamar a candidata Dilma Rousseff. Chamam-na de filha do diabo, assassina de crianças, prostitua e assaltante.
2) A Internet passa agora a ser inundada por milhões e milhões de e-mails caluniosos. São distribuídos por mais de 650 funcionários contratados pelos partidos neofascistas, por membros dos grupos restauracionistas da Ditadura Militar (vide Ternuma) e por membros de grupos neonazistas, como a Tribuna Nacional, de Ingo Schmidt.
3) Os "formigas" do "porta-em-porta". Os partidos neofascistas pretendem mobilizar até 10 mil pessoas para visitar estabelecimentos comerciais (como bares e padarias) e residências. O objetivo é espalhar o terror acerca de Dilma Rousseff. A Zona Norte da capital paulista, em bairros como Tucuruvi e Parada Inglesa, já vem sofrendo com esses "arrastões" há mais de uma semana. Depois de se apresentar, o agente tucano pergunta à dona de casa: "a senhora sabia que a Dilma foi assaltante de bancos e matou pessoas indefesas?"
4) A grande mídia deve lançar outros inúmeros factoides até o dia 3. Um deles tende a lançar a teoria de que Dilma matou a esposa de outro membro da resistência à Ditadura Militar. Esse assunto vem sendo discutido diariamente nas redações. Ideia defendida por Roberto Gazzi, do jornal O Estado de S. Paulo, tem o aval de Eurípedes Alcântara, um dos chefes do Instituto Millenium.
As cidadelas da fé, da virtualidade, do domicílio e da máquina informativa precisam, portanto, se transformar em campo aberto de combate nestes próximos dias.
Toda energia será necessária para barrar o último ataque bárbaro. E ele virá em forma de avalanche.
A partir de agora, os defensores da Democracia devem estar alertas. Devem dormir menos. Devem usar todo o tempo livre para combater nos fronts virtuais, disseminando a verdade e rechaçando com vigor o avanço neofascista.
Faça de seu teclado uma metralhadora, mas não para provocar a morte; e sim para defender a justiça, o direito e a vida.
A hora é agora; quem sabe a faz, não espera acontecer.
______________________________________________

Da Vila Vudu...


Sobre o tal de Fernando (de barro) (e silva): NÃO LEIA!
Já há muito tempo não lemos jornais brasileiros – nenhum, absoluta e completamente nenhum. Evidentemente, não fazem falta alguma. Não ler jornais brasileiros é medida de prevenção contra a contaminação por baboseiras udenistas golpistas que nunca mudaram, em 50 anos. Temos muito mais o que fazer, para perdermos tempo com jornais brasileiros. 
Os jornais brasileiros não informam sobre o mundo nem sobre fatos: os jornais brasileiros só informam sobre a situação eleitoral da velha e carcomida UDN, hoje em situação precaríssima, terminal, felizmente. Isso se vê só de andar pelas ruas: o Brasil gosta do governo Lula, vive melhor hoje do que jamais antes nos governos udenistas uspeanos e quer que a coisa continue melhorando. Por isso o Brasil vai eleger Dilma. Por isso a candidata do presidente Lula está ganhando disparada do candidato tucano udenista paulista pefelê golpista -- e, hoje, já completamente aloprado. 
O Brasil viveria dias de felicidade e esperanças realistas sobre o futuro dos nossos filhos e netos -- não houvesse por aqui essa HORRENDA 'mídia' paulista, udenista, golpista, reacionária e que ainda tenta sobreviver de impingir aos eleitores o pior jornalismo do mundo. Por isso tudo, já há muito tempo não lemos jornais brasileiros.
Fomos levados a isso, porque os jornais brasileiros são horrorosos, cada um pior que o outro: jornalismo ginasiano, de ginasiano mal educado, racista, preconceituoso, metido a sebo. Os jornalistas profissionais brasileiros são tecnicamente incompetentes, mal formados, tolos, ‘colunistas’ que se sentem ‘inteligentíssimos’ – o que só faz aumentar o ridículo da vacuidade, da tolice, da miséria do que produzem e publicam sem pejo. E as empresas 'jornalísticas' estão moribundas, em estado pré-falimentar, perdendo leitores e anunciantes, fracasso sobre fracasso. Fato é que o jornalismo brasileiro reúne impressionante coleção de fascistas sinceros. 
Por alguma espécie de fenômeno histórico local que ainda não foi estudado -- e não por acaso! -- o fascismo sincero e metido a sociológico de uma leva maldita de pressupostos intelectuais uspeanos paulistas mestres pós-doutorados em autopromoção comercial, encontrou terreno fértil e prosperou na facinorosa estrutura familiar das famílias 'midiáticas', no Brasil. 
Uspeanos reacionários e elitistas uniram-se a herdeiros das famílias 'midiáticas' ainda mais reacionários e elitistas e, unidos em São Paulo, produziram a pior imprensa que há no planeta. Essa pior imprensa do mundo é diariamente vendida a consumidores como se fosse imprensa democrática (e não é). 
Ainda sem universidade brasileira independente -- a dependência é desgraça que dá frutos extensivos e duradouros --, não temos, sequer, meios para desmascarar a imprensa brasileira. E assim vamos: uma mão uspeana sociológica udenista golpista suja a outra mão jornalística udenista e golpista. E o eleitor consumidor sofre e a democracia brasileira padece.
Em termos históricos, pode-se dizer que a geração dos ‘filhos’ das famílias ‘midiáticas’ no Brasil cumpriu a regra da burguesia degenerante clássica: o pai foi empreendedor fascistizante nos anos 50 e 60, e acumulou fortuna... O filho-herdeiro, que já nasceu em mundo 'neoliberal', cria-se convencido de que será ‘mais muderno que papai’. Aí, nunca falha: em dois tempos o filho neoliberal frouxo, (des)formado ao longo dos anos 70 e 80, já está, no século 21, reduzido à condição de empregado dos credores, uns que herdou, outros que engambelou, pode-se dizer, pessoalmente. No Brasil, aconteceu, claro, exatamente assim nas empresas ‘jornalísticas’ familiares que só sobrevivem aqui, quando já morreram, faz tempo, no resto do mundo.
“Sobrevivem”, aliás, não é expressão precisa. Primeiro, pq, de fato, as empresas ‘jornalísticas’ familiares brasileiras anacrônicas mal se arrastam hoje, também como negócio. E, segundo, porque o jornalismo, os jornalistas e os jornalões que há no Brasil já foram duas vezes derrotados fragorosamente nas urnas, em eleições democráticas. E, em poucas semanas, terão sido derrotados pela TERCEIRA vez.
Não bastasse serem péssimos, os jornais brasileiros são feiíssimos, com ares de ‘marketagens’ adolescentes mal feitas, ainda piores depois da ‘repaginação’, do que antes, e, isso, ‘repaginação’ após ‘repaginação’, conforme se trocam as ‘empresas de cumunicação’ e as ‘agências de publicidade’ contratadas para ‘reposicionar’ as griffes jornalísticas de jornalismo-zero.
No Brasil, as grifes jornalísticas, não são jornalísticas e, pois, nem grifes são: são projetos ideológicos os mais mofados, que resultam sempre em discurso de propaganda-engambelação metida a ‘ética’ à moda da fracassada velha UDN de triste passado (mas já, felizmente, em adiantado estado de putrefação).
As supostas grifes supostas ‘jornalísticas’ no Brasil são hoje só autistas, autorreferentes, falam só para elas mesmas, são chatíssimas, e ainda só se impingem ou a acionistas tolos ou a consumidores tolos ou a todos esses, quando tolos. É imbecil perfeito quem pague pra ler ou para anunciar nos ditos ‘grandes jornais’ brasileiros. Os que ainda leiam e levem a sério os ditos ‘grandes jornais’ brasileiros, merecem alguma consideração, pq, afinal, é verdade que alguma imprensa seja útil ao avanço da democracia, e os cidadãos buscam, buscam... Mas com certeza absoluta a imprensa que há no Brasil não é indispensável à democracia e, de fato, é veneno contra a democracia. Mas chegar a perceber isso exige melhor imprensa e melhor universidade...
Então, no Brasil, realizou-se, como desastre perfeito, a trágica profecia de Pulitzer: “uma imprensa cada vez mais acanalhada produzirá seus próprios leitores acanalhados”. No Brasil, já aconteceu. De bom, só, que os leitores acanalhados produzidos pela imprensa acanalhada existem em pequeno número no Brasil e já não vencem eleições. É sinal de que o Brasil avançou muito mais que a imprensa brasileira. Não há evidência mais entusiasmante do que essa. Viva o Brasil!
Se há campo em que se pode ver nua a crua a miséria, a falta de visão civilizada do mundo, a venalidade (baratinha, sim, mas nem por isso menos venal), a ignorância, o raso, o atrasado e ativamente atrasante, a mais perfeitamente completa miséria intelectual das ditas ‘elites’ brasileiras, esse campo é o jornalismo brasileiro. O Brasil vive engambelado, até hoje, pelas mais burras ‘elites’ (pressupostas!) que há no planeta. Daí, o ‘jornalismo’ abestalhado e abestalhante que se oferece aos infelizes brasileiros que ainda sejam consumidores pagantes do ‘jornalismo’ no Brasil.
Quando – porque não perco as esperanças! – essa gente for calada ou pelo implacável mercado ou por lei de democratização, o Brasil dará passo gigantesco no rumo de merecer respeito na chamada ‘comunidade internacional’. Antes disso, se o pessoal rir de nós por causa do ‘jornalismo’ brasileiro, temos de nos conformar. Quem se deixe engambelar, por exemplo, pelo ‘jornalismo’ da Rede Globo, da revista (NÃO)Veja, dos jornais O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo pra ficarmos só nesses! –, merece, sim, ser motivo de chacota universal.
E não se deve perder a esperança: se o Brasil já aprendeu a rir de Sarah Palin, é certo que, mais dia menos dia, o Brasil rirá muito, por exemplo, do tal Fernando (de barro) (e Silva) e da Folha de S.Paulo. 
Tudo isso nos vem à cabeça e aos teclados, agora, porque ontem, pela manhã, lêramos o que está em http://arquivoetc.blogspot.com/2010/09/dirceu-dilma-erenice-fernando-de-barros.html, assinado pelo Sêo Fernando (de barro) (e Silva), ‘jornalista’ que ocupa posição de destaque na ‘hierarquia’ da Folha de S.Paulo e orgulho, sabe-se lá, talvez, da mãe dele.
Amigo nosso, por aqui, o rei dos céticos, diz que “Esse negócio de ‘e Silva’ no nome, no Brasil, é sempre cômico. Desde o Duque de Caxias, não se salva um”. Tem toda a razão.
Esse blog “arquivoetc”, é claro, é anônimo. Funciona como uma espécie de ‘repositório’ onde se reforçam e congratulam-se os imbecis que lá se republicam: um lê o que o outro tenha publicado em ‘jornal’ paulista – e também o que ‘jornalistas’ ex-poderosíssimos e hoje já desempregados, como Augusto Nunes, escrevem ainda só nos seus blogs fanados terminais –, e todos eles se festejam, no que parece ser uma disputa pelo troféu “Jornalista Fracassado do Ano”. Festa de ratos.
Dado que o primeiro que lá aparece sempre é um tal de Reinaldo Azevedo, que não sabemos quem seja, supõe-se que seja esse o imbecil que se empenha em colecionar as demais imbecilidades gêmeas que lá se requentam e tentam autopromover-se um pouquinho, deus ajudando. Os imbecis sempre se levam a sério. Por isso assinam-se e põem-se à frente.
A utilidade de visitar diariamente aquele blog arquivoetc é que, num clique, já se veem, reunidas, todas as imbecilidades que todos os ‘jornais’, ‘jornalistas’ e ‘jornalismos’ imbecis e imbecilizantes do Brasil – de fato, mais, sempre, de São Paulo; sempre à frente, São Paulo, em matéria de imbecilidades! – repetirão ao longo do dia. Assim ganha-se tempo pra ler bons jornais, pelo mundo.
Parece ser crença corrente entre os imbecis, que o nome do imbecil atrairia imbecis (por critério de imbecil, claro!) – que se reúnem no blog arquivoetc. É ler uma, e já se sabe tudo o que viria (se se lesse e não se deve ler aquelas bobagens).
Imbecilidade parece ser mal sem cura nem crítica possíveis. Dos imbecis se deve rir.
Isso, de fato, sim, é imprescindível, porque, se os não imbecis não rirem dos imbecis, os imbecis continuarão a sentirem-se muito importantes e sérios. E aí, é dê-lhe imbecilidades a mancheias, cada vez mais imbecis e mais imbecilizantes. Deus nos proteja!
Imediatamente depois de descobrir, na pena desse ridículo Fernando (de barro) (e Silva [“nem o Duque de Caxias se salva!”]) o amontoado de asnices que escreveu ontem -- e também HOJE! --, na faina, o imbecil, de esquentar e ‘repercutir’ ‘tema’ que já se adivinha, só de bater os olhos no título da ‘coluna', demos com os olhos na matéria abaixo, de um jornal infinitamente mais interessante do que a Folha de S.Paulo jamais será – e não será, com certeza, nessa geração!
O que aí se lê fala por si mesmo, sobre o que um jornal PODE ser, dependendo, é claro, da qualidade técnica – e, claro, também da qualidade moral – dos jornalistas e colunistas e diretores que reúna.
Mas ninguém precisa, só por ler o que aí vai, reconciliar-se levianamente com algum ‘jornalismo em geral’.
O ‘jornalismo em geral’, também dito “da grande mídia”, em Boston, é lixo equivalente ao ‘jornalismo’ dito “da grande mídia” em São Paulo.
Prova disso é que um único jornal que não seguiu a pauta ‘jornalística’ de promover sempre o atrasamento dos leitores e da democracia e passou a fazer campanha fora da pauta ordenada por seus padrinhos-arapongueiros-chefes, e divulga outros candidatos, que não os próprios candidatos da dita “grande mídia”... virou notícia, aí abaixo.
Mas aí abaixo se vê, pelo menos, que o Sêo Fernando (de barro) (e Silva [“nenhum presta. Nem o Duque de Caxias escapa”]) teria de pular mais miudinho, lá, pra conseguir ganhar a vida nessa profissão que, em mãos e teclados de Sêos Fernandos, alimenta-se só de ideias rasas e democracia nenhuma.
Nada há como o tempo para passar. Se Sarah Palin já é caricatura, o dia do Sêo Fernando (de barro) (e Silva [“nenhum presta. Nem o Duque de Caxias escapa”]) não tarda.
Hoje, 4ª-feira, o mesmo Sêo Fernando estrebucha sobre “as taras do estado petista” e consome-se em lamúrias de que “a direita precisa de um ator mais convincente” [que Serra-erra-erra].“ Pelo menos já confessam!  Drill, Sêo Fernando, drill!”
____________________________________________________

Leiam, então, já traduzido, de The Nation, ontem.
O Boston Globe apóia candidato sindicalistaJohn Nichols, 13/9/2010, The Nation
 
http://www.thenation.com/blog/154679/boston-globe-backs-challenge-politics-usual
As páginas de editorial dos jornais, cuja energia já está minada por décadas de obediência corporativa aos patrões, tornaram-se ainda mais tediosas nos últimos anos.
Com algumas notáveis exceções – o consistente conservadorismo do Wall Street Journal, o liberalismo razoavelmente palatável do St. Louis Post Dispatch –, a vitalidade dos jornais, que se exauriu em infinitos editoriais ocos,  já não existe e já não toca as almas; perdeu, até, qualquer potencial para contribuir para o processo democrático, como sonharam (LÁ!!! NÃO NO BRASIL!!!) os fundadores.
Na maioria, os jornais diários nas grandes cidades só fazem defender o mais tedioso status quo, temerosos de desafiar as expectativas mais medíocres e os saberes mais convencionais. Assim aconteceu de a maioria dos jornais nos EUA terem apoiado a guerra no Iraque – quando tinham o dever de opor-se –, assim como a maioria dos jornais, hoje, continua a apoiar a ocupação do Afeganistão. A maioria apóia acordos de ‘livre-mercado’ que roubam empregos nas comunidades. A maioria apóia o ‘resgate’ dos grandes bancos que assalta os contribuintes para sustentar especuladores. E a maioria apóia candidatos a reeleição dos partidos com os quais cada jornal mantêm associação de décadas.
Mas esse ano, o Boston Globe quebrou essa escrita, e passou a apoiar empenhadamente a candidatura de Mac D’Alessandro, sindicalista e militante de causas de interesse público, cuja candidatura faz oposição a um congressista-figurão do Partido Democrático que muito desapontou seus eleitores.
Lynch não é o pior Democrata do Congresso. Votou contra, por exemplo, o ‘resgate’ dos grandes bancos, que recebeu apoio de outros Democratas.
Mas posicionou-se do lado errado em inúmeras outras votações. Por exemplo, apoiou a invasão e a ocupação do Iraque, quando todos os demais deputados e senadores de Massachusetts – liderados pelo falecido senador Edward Kennedy – defendiam mais discussão sobre o assunto, antes de qualquer decisão.
Em outra questão cara ao coração de Kennedy – dar remédio que devolvesse à vida o quebrado sistema público de saúde – Lynch resistiu mais contra uma reforma real que qualquer outro representante do estado, e mais que muitos outros Democratas no Congresso.
Tudo isso abriu espaço para que Lynch fosse desafiado, nas primárias dos Democratas, por D’Alessandro, ex-diretor político da unidade, em Massachussets, da Internacional Sindical de Funcionários Públicos.
E, semana passada, o Globe declarou apoio a D’Alessandro, sob o argumento de que “o candidato é defensor articulado dos trabalhadores, aproximado do ex-representante do distrito de Boston, o grande Joe Moakley”.
O Globe explica que “D’Alessandro tem bases na região. Formado na Faculdade de Direito de Boston, dedicou-se ao trabalho de organizar comunidades, primeiro através do [sindicato] Greater Boston Legal Services, aonde chegou ao cargo de diretor legislativo e trabalhou pela implantação de programas de treinamento, e, mais recentemente, como diretor político da unidade, em Massachussets, da Internacional Sindical de Funcionários Públicos. Parece evidente que a timidez de Lynch na luta pela aprovação da reforma da saúde, abriu espaço para o desafio de D’Alessandro. Mas a disputa contra Lynch também tem a ver com energia e estilo pessoal. D’Alessandro diz que “esse distrito precisa de defensor e representante mais firme, alguém que defina prioridades com clareza e trabalhe para produzir resultados mensuráveis.”
É movimento inteligente, do jornal. E não é movimento fácil. A reeleição é campanha sempre mais fácil e Lynch conta com o empenhado apoio do [jornal conservador] Boston Herald, além do apoio de várias lideranças trabalhistas e do Partido Democrata, numa cidade onde é figura pública há décadas.
Mas a decisão de The Globe, de se posicionar contra a tendência geral dos grandes jornais, honra esse jornal. É um raríssimo sinal de vida inteligente na chamada “grande mídia”, já moribunda, entregue a tediosa ‘discussão’ de tendências econômicas e à competição comercial pura e simples.
[No Brasil, além dessas tediosas ‘discussões’ e competição ‘comercial’ marketosa metida a ‘sociológica’ e metida a besta – que, sim, é só o que se vê no ‘jornalismo’ paulista –, não se deve esquecer o MUITO tedioso e salafrário moralismo tosco, repugnante, ignorante, burrificante de neo-senhoras-de-Santana no cio, como D. Dora Kramer, D. Danuza Leão, D. Lucia Hippólito (para citar só três, de uma coorte de desatinadas que desgraçam o jornalismo que desgraça o Brasil-2010), além, claro, da imbecilidade caluniosa, leviana, tola, imbecilizante, metida a ‘ética’ e ‘inteligente’ do tal de Sêo Fernando (de barro) (e Silva [“nenhum presta. Nem o Duque de Caxias escapa”] da Folha de S.Paulo).
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++