domingo, setembro 19, 2010

Crônica de uma morte anunciada

A mais reveladora foto da campanha: na "carreata da virada" de Serra, em Aracaju, a derrota estampada nas faces.http://yfrog.com/mtthbdj


Desabafo do ex-leitor da Folha

Por Felis
Ontem, dia 17/09/2010, rompi, após trinta anos de relacionamento, meu derradeiro vínculo com o jornal Folha de São Paulo: cancelei minha assinatura do portal UOL, por intermédio do qual acessava a versão eletrônica daquele diário.
A decisão de fazê-lo deve ser entendida num contexto temporal mais amplo, ainda que tenha tido como motivação mais próxima a postura obscena da Folha em favor de determinado candidato na atual campanha presidencial. Não que, como é patente no caso da Folha, um veículo de imprensa não possa ter seu candidato. É legítimo que o tenha e que manifeste sua preferência por ele. Mas, para isso, há um local apropriado: o editorial. O que não se admite é que se contamine o noticiário com essa preferência, seja omitindo, distorcendo ou inventando notícias.

Folha virou a lixeira do jornalismo


A Folha aceita qualquer lixo que seja entregue a ela. Nem mesmo a Veja teve coragem de divulgar o tal "consultor" condenado a quatro anos de prisão. Terceirizou para a Folha, que aceitou de pronto.. Não foi a primeira terceirização de Veja para a Folha.
Agora a Folha Online antecipa a possível manchete da Folha de amanhã. Um grampo ilegal de uma conversa entre Erenice Guerra e Silas Rondeau (ilegal porque fazendo parte de um inquérito, sem ter nada, nem uma vírgula, que acrescente nada a ele), em que ela - como advogada - comenta os furos dos inquéritos policiais.
Depois de todo alarde sobre privacidade, sobre a ilegalidade de abrir declarações de renda, o jornal incorre no mesmo crime que denuncia. Pior: no trabalho de receptação de informações sigilosas, comete manchetes em torno do nada. Lixo puro. A única utilidade dessa matéria é mostrar que a Folha não tem nenhum escrúpulo para divulgar grampos ilegais; e nenhum discernimento para entender que a conversa não tem um ponto sequer que comprometa os grampeados.
Da Folha

As aulas de jornalismo da Veja


Por S
A revista da Editora Primeiro de Abril já havia criado:
. O grampo sem áudio do presidente do STF
. O vídeo sem imagem de Lina Vieira no Planalto
. O dossiê sem recheio do "grupo de inteligência"
. O contrato sem assinatura do falso empresário
Esta semana o jornalismo investigativo da Veja volta a inovar com:
. O intermediário de monopólio - um tipo que recebe propina para obrigar o Ministério da Saúde a comprar um remédio diretamente do único fabricante, desde que o fornecedor faça um abatimento considerável no preço.
. O off gravado – um amigo do tal tipo contou essa história para o repórter, que gravou tudo mas não pode revelar a fonte, se é que a fonte sabe que foi gravada.
. O favorecimento futuro – o sujeito tem uma empresa que vai bombar quando alguém fizer um decreto que pode modificar uma regra, que pode abrir para a empresa a oportunidade de se adaptar a um setor de serviços que pode vir a existir. Também conhecido como antecipação fraudulenta.
Um abraço do seu leitor

Ministério da Saúde rebate a Veja


Por Osvaldo Ferreira
Esclarecimento do Ministério da Saúde sobre reportagem da Veja:
Esclarecimento sobre compra de antiviral fosfato de oseltamivir (Tamiflu)
Negociação foi realizada diretamente entre o Ministério da Saúde e a diretoria do único laboratório produtor do medicamento, sem intermediários. Preço foi 76,7% mais baixo do que o de mercado
Em relação à compra do antiviral fosfato de oseltamivir (Tamiflu) para o tratamento contra a gripe H1N1, o Ministério da Saúde esclarece que:
* Adquiriu em 2009 quantidade do antiviral suficiente para tratar 14,5 milhões de pessoas contra influenza. O total foi definido a partir de critérios exclusivamente técnicos estabelecidos pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde. As compras foram realizadas diretamente entre o Ministério da Saúde e a diretoria do único laboratório produtor do medicamento, sem intermediários. Portanto, ao contrário do que afirma reportagem da revista Veja, a Casa Civil não teve interferência neste processo.

Tracking do Vox ignora festival da mídia


Por H. C. Paes
Nassif, saiu o rastreamento de hoje da Vox: Dilma 51, Serra 24, Marina 9. A oscilação positiva de Serra foi à custa dos indecisos, que oscilaram de 12 para 11.
http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/pesquisas/
Duas semanas de bombardeio, e até agora, o que se conseguiu foi isso:
Primeiro dia do rastreamento: Dilma 51, Serra 25.
Décimo-oitavo dia do rastreamento: Dilma 51, Serra 24.
(Não se pode dizer que não tenha funcionado: afinal, Dilma chegou a 56 e Serra, a 21.)
Esta pesquisa capta razoavelmente bem o pedido de demissão de Erenice, e começa a pegar o JN de quinta.
O factóide da inominável de hoje - propina paga de dentro da Casa Civil -, a ser devidamente repercutido pelo JN desta noite e pelos jornais de domingo e o Fantástico, terá seu impacto sentido pelo rastreamento até quarta-feira.
Cruzem os dedos, esta é a penúltima chance para a bala de prata. 
http://www.advivo.com.br/luisnassif