segunda-feira, setembro 25, 2006
LULA É MUITOS!!!
ALIMENTOS TÊM MENOR CUSTO DOS ÚLTIMOS 34 ANOS
06/06/2006 13:09h
Há 34 anos o brasileiro que ganha salário mínimo não gasta tão pouco com alimentos básicos (veja reportagem em vídeo). Levantamento do Conversa Afiada com base nos dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que, considerando a média de 2006, a cesta básica custa 52% do salário mínimo. A menor proporção era a de 1972, quando a cesta custou 49% do salário mínimo.
A pensionista Vera Lúcia Ferreira é uma das brasileiras beneficiadas com a redução nos custos dos alimentos básicos. Viúva, mãe de dois filhos e moradora de uma favela em Santo André , ela conta que agora sobra mais dinheiro para a família. “Agora sobra para comprar ‘mistura’ e até roupa para os meus filhos”, conta Vera.
O coordenador de pesquisas do Dieese, José Maurício Soares, no entanto, conta que o custo da cesta básica começou a cair em 1995. “Se intensificou durante o governo Lula, mas começou um pouco antes. Isso acontece porque os preços dos alimentos subiram pouco e, em contrapartida, o salário mínimo aumentou 40% desde 95.”
Dos 13 produtos da cesta básica pesquisada em São Paulo , quatro registraram queda nos preços desde 2003, início do governo Lula. O óleo de óleo de soja caiu 33% em razão do dólar baixo, já que o produto é cotado em dólar. A farinha de trigo teve queda de 27% devido à isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O preço do arroz caiu 17% em razão da isenção de Pis (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). E a manteiga apresentou redução de 6% porque os impostos do leite caíram de 18% para 12%.
Pão, carne, feijão e leite subiram. Mas menos do que o 24% de inflação medida pelo ICV (Índice do Custo de Vida) do Dieese no período.
Apesar da queda nos preços, alguns consumidores cobram mais do governo. Para uma consumidora consultada pela reportagem, o governo deveria se preocupar menos com reduzir os preços dos alimentos e mais com aumentar o nível de emprego. “Seria melhor se mais pessoas trabalhassem e todos tivessem condições de comprar coisas diferentes e não só a cesta básica.”
CAIU PREÇO DA CESTA BÁSICA EM 12 CAPITAIS
06/06/2006 12:56h
Os alimentos básicos estão mais baratos em 12 capitais brasileiras neste ano. Na comparação com os primeiros cinco meses do ano passado, a cesta básica com 13 produtos registrou queda de 5% em São Paulo , de 6% no Rio de Janeiro e de 10% em Brasília, destacou o economista José Maurício Soares, coordenador da pesquisa sobre a cesta básica realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Apesar da queda, o maior valor para a cesta básica foi apurado na capital paulista, onde o preço dos gêneros de primeira necessidadeficou em R$ 178,99. O aumento de 0,94% elevou o custo da cesta de Porto Alegre para R$ 173,47, que registrou o segundo maior valor. As cestas mais baratas continuaram a ser encontradas no Nordeste: Fortaleza (R$ 133,77) e Aracaju (R$ 138,41). De acordo com José Maurício, a queda no preço de produtos como arroz, feijão, óleo de soja, tomate, batata, pão, manteiga e leite contribuíram para a queda do preço da cesta básica.
Em entrevista a Paulo Henrique Amorim (clique aqui para ouvir), o economista explicou que produtos como arroz e óleo de soja registraram queda em todas as capitais brasileiras. “A queda do dólar barateou o óleo de soja, porque o produto é cotado em dólar. Além disso, ainda temos o impacto da retirada de impostos nos insumos, como fertilizantes, em 2005” , explicou Soares. Segundo ele, o período de safra também é um dos responsáveis pela queda de preço dos produtos da cesta básica.
José Maurício disse também que a alimentação está sempre abaixo da variação total do índice de custo de vida. Ou seja, apesar de o efeito ser sazonal (por causa da safra) esse efeito de queda pode durar um tempo maior. "O arroz, por exemplo, você pode estocar para o ano todo, o feijão tem outras safras. Depende também do fator climático", disse o economista.
No caso da carne, José Maurício explicou que a restrição internacional por causa do risco de febre aftosa barateia o produto para comercialização no mercado interno. O mesmo vale, segundo ele, para a carne do frango que enfrentou problemas no mercado internacional por causa da gripe aviária.
Quando Paulo Henrique Amorim perguntou se o impacto da queda de impostos de produtos da cesta básica não teria contribuído para essa redução, José Maurício respondeu: "Sem dúvida". Em maio, o brasileiro utilizou metade do tempo trabalhado somente para comprar a cesta básica. “Há algum tempo, o preço da cesta básica ultrapassava toda a jornada de trabalho
PARA NÃO ESQUECER: "Nós vamoster um enfrentamentograve.Vocês se preparem." (Presidente Lula da Silva,maio de 2006)