segunda-feira, setembro 18, 2006
ARMAÇÃO ILIMITADA
In: Correio Braziliense (14/09/06)
Vampiros: Ligações de Platão com Serra
Gilberto Nascimento
para o Correio Braziliense -- http://www.correioweb.com.br/
Depois do escândalo dos vampiros, José Serra negou qualquer vinculação com Platão Fischer Pühler
Nada se falou nos últimos dias sobre uma figura misteriosa que integra a lista de 42 indiciados pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no esquema da máfia dos vampiros: o médico Platão Fischer Pühler. Enquanto os petistas Humberto Costa, ex-ministro da Saúde e candidato ao governo de Pernambuco, e Delúbio Soares de Castro, ex-tesoureiro do seu partido, tornaram-se os principais alvos da denúncia da PF e dominaram o espaço do noticiário, outros nomes importantes — como Platão Pühler — passaram despercebidos. Platão, um ex-militante do PCB (o antigo Partidão), é um homem próximo do ex-ministro da Saúde José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, embora os tucanos hoje neguem tal fato. Tinha um cargo importante e estratégico na gestão do tucano no ministério. No inquérito da PF encaminhado ao Ministério Público Federal, ele deve responder por corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha e exploração de prestígio. O ex-auxiliar de Serra é acusado de ter repassado informações privilegiadas do ministério aos integrantes da quadrilha que superfaturava e fraudava licitações de hemoderivados (produtos derivados do sangue) distribuídos à rede pública. Ele seria ligado ao empresário Jaisler Jabour de Alvarenga, apontado com um dos principais líderes do esquema, que nega as acusações e diz “não ter nada a ver” com o comando da máfia dos vampiros. Platão chegou ao ministério em 1997, levado pelo ex-ministro Carlos Albuquerque. Ocupou ali várias funções. Esteve sempre à frente da coordenação da área de medicamentos e cuidou, principalmente, das licitações. Quando Serra assumiu o governo, ele foi nomeado diretor do Departamento de Programas Estratégicos do Ministério da Saúde, função que lhe deu poderes para centralizar toda a compra de hemoderivados. Hoje, os tucanos procuram minimizar as relações de Platão com Serra. Atribuem a nomeação, entre outras justificativas, a uma indicação do então secretário-executivo do ministério Barjas Negri, que depois assumiu o lugar de Serra, quando o tucano disputou a Presidência da República em 2002. “Ele (Platão) não era meu assessor. Trabalhava na secretaria executiva e já estava no ministério quando assumi”, justificou Serra a jornalistas, em 2004. Mas Serra e Platão nunca foram estranhos um ao outro. Em junho de 2001, por exemplo, o hoje candidato tucano ao governo paulista chefiou uma delegação brasileira que participava de Assembléia Geral da ONU, em Nova York, para discutir Aids e o combate ao HIV, na qual Platão era um dos quatro representantes. Nessa época, o médico também viajou à Índia com Serra para conhecer uma fábrica de medicamentos genéricos e de anti-retrovirais. Em 2002, o ex-diretor deixou o ministério para integrar a campanha de Serra à Presidência da República e ajudar o “amigo”. Platão, em seguida, montou um comitê pró-Serra em Brasília. Cartel Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), realizada no período em que Platão cuidava dos hemoderivados, concluiu que as licitações nessa área eram dominadas pela “existência de cartel entre os laboratórios” e haveria “toda uma engrenagem criminosa movimentando o Ministério da Saúde, azeitada por lobistas”. Ainda em 2001, uma denúncia anônima foi encaminhada ao próprio José Serra — e protocolada no ministério —, com relatos sobre sérias acusações contra Platão e Jaisler Jabour. Platão e o secretário-executivo Barjas Negri teriam sido chamados por Serra para explicar o caso, segundo depoimento de Platão à PF, mas providências não teriam sido tomadas. No inquérito da PF são mostrados dois organogramas das quadrilhas que operavam no governo tucano, primeiro, e, depois, na gestão do PT. Em comum, atuavam nas duas estruturas os empresários Jaisler Jabour e Lourenço Rommel. Platão era ligado aos dois, mas saiu quando entrou um outro grupo, no qual havia pessoas ligadas ao ministro da Saúde no governo Lula, Humberto Costa. Procurada, a assessoria de Serra não se manifestou. O assessor de comunicação Marcos Fonseca disse apenas que “Serra não foi indiciado”.
In: http://www.informante.net/resources.php?catID=1&pergunta=3333#Cena_1
É a velha armação de sempre, toda vez que algum tucano grande é pego com o bico onde não devia, toda a imprensa tucana é mobilizada para criar uma cortina de fumaça e desqualificar a denúncia. Vejam que o JN não fez nenhuma referência às matérias da Isto É e do Correio Brasiliense. Isso é armação, esse material envolvendo o Serra com os "sanguessugas" já está circulando na internet faz muito tempo, por que alguém compraria???
Veja a data:
3 DE AGOSTO DE 2006 - 15h14
Fotos mostram Serra entregando ambulâncias a sanguessugas
Circulam no Congresso Nacional fotos de maio de 2001, onde o então ministro da Saúde, José Serra, participa da cerimônia de entrega de ambulâncias ao lado de três deputados de Mato Grosso que hoje aparecem na lista dos sanguessugas -- acusados de participar da máfia de ambulâncias superfaturadas. Os deputados são Lino Rossi (PL), Pedro Henry (PP) e Ricarte de Freitas (PTB). Falta apurar se as ambulâncias foram entregues via Planam -- a empresa privada que orquestrava o esquema.
A lista dos sanguessugas foi fornecida por Darci Vedoin, um dos proprietários da Planam, à Polícia federal, que trouxe à luz e desarmou o esquema criminoso na Operação Sanguessuga. Darci admitiu para a PF que a máfia dos sanguessugas atuava desde a década passada. Serra, hoje candidato a governador de São Paulo pelo PSDB-PFL, foi ministro da Saúde durante quase todo o segundo governo Fernando Henrique Cardoso, de março de 1998 a fevereiro de 2002.
O que diz o depoimento
Em depoimento, Darci Vedoin disse ter entregue cerca de 50 ambulâncias em um evento com a presença de Serra. Veja o que disse Darci Vedoin, em depoimento à PF, em 23.julho.2006:
''...QUE o pagamento de comissão a parlamentares já era uma praxe existente anteriormente, no Congresso Nacional; QUE para o exercício de 2000, o deputado Lino Rossi apresentou essas emendas, através das quais foram vendidos no Estado de Mato Grosso mais de 60 unidades móveis de saúde; QUE as unidades, adquiridas com as emendas individuais, foram entregues paulatinamente; QUE as unidades adquiridas com as emendas de bancada, cerca de 50 unidades, foram entregues em um evento preparado especialmente pela cidade de Cuiabá, inclusive com a presença do Ministro da Saúde''. O ministro da Saúde era... José Serra.
Governo FHC fez 3/4 dos contratos
As fotos apenas ilustram o que Vedoin declarou na PF. E também o que os ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, apresentaram em coletiva de imprensa no último dia 26: que a máfia das ambulâncias operada pela Planam realizou perto de três quartos das operações sob suspeita (781 de um total de 891) durante o governo FHC.
O impacto das imagens, porém, elevará a pressão para que o ex-ministro José Serra seja chamado a depor na CPI dos Sanguessugas, criada para investigar o caso. O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), insiste na convocação.''A máfia foi fundada no período em que o Serra era ministro, operou três anos sem ser incomodada. Uma prova da confiança que o esquema tinha no Executivo é que chegou a entregar cem ambulâncias, em 2002, antes de o recurso ser liberado'', disse Fontana.
O bloco PSDB-PFL, que apóia Geraldo Alckmin para presidente e também Serra para governador, resiste à idéia da convocação. Quer levar à CPI apenas os ministros da Saúde no governo Lula, o petista Humberto Costa e o peemedebista Saraiva Felipe. Diante do impacto das imagens, fica mais difícil achar argumentos para a discriminação.
Com agências; as imagensforam tomadas do blog do jornalista Fernando Rodrigues
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=5883
A Folha fazendo cortina de fumaça.
Mil malabarismos para tentar tapar o sol com a peneira...
E a Folha por que esconde o envolvimento do Serra com os sanguessugas???
Por que não faz a pergunta que sempre fizeram com Lula: Serra sabia???
Errado Josias/Folha: e se manteve na gestão Lula: a farra da aquisição de ambulâncias superfaturadas com verbas da União.
É o governo Lula que está desbaratando a quadrilha, o tal preso que fala que o dinheiro "veio do PT", foi preso pela PF que ainda não concluiu as investigações, é bom lembrar.
Por que a Folha não faz nenhuma referência às matérias do Correio Brasiliense e da revista Isto É???