sábado, setembro 30, 2006
A história está desmascarada.
Delegado da PF entregou fotos para prejudicar Lula, diz Garcia
O coordenador-geral da campanha da reeleição, Marco Aurélio Garcia, revelou hoje que foi o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno quem vazou para jornalistas as fotos do dinheiro apreendido com petistas para a compra do dossiê dos sanguessugas.
"A história está desmascarada. A conversa do delegado com os jornalistas foi gravada. Nós sabemos que elas mostram que ouve uma tentativa de armação política", disse Garcia a jornalistas no comitê de campanha de São Paulo.
Garcia disse que o delegado entregou as fotos a jornalistas de vários meios de comunicação com o objetivo declarado de prejudicar o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O delegado Bruno foi quem prendeu o ex-policial Gedimar Passos e o petista Valdebran Padilha na madrugada de 15 de setembro em um hotel de São Paulo. O delegado foi afastado do caso logo depois.
Ainda segundo o coordenador-geral, a campanha de Lula teria "indicações ainda não confirmadas de que dois partidos teriam estimulado o vazamento até com apoio material".
Garcia não quis identificar os partidos, dizendo apenas que eram de oposição, mas o ministro das Relações Institucionais Tarso Genro disse à Reuters mais cedo que o vazamento "é uma articulação tucano-pefelista"
Na versão divulgada por Garcia, ao entregar as fotos de 1,7 milhão de reais em cédulas de reais e dólares, o delegado teria usado um palavrão para se referir ao PT e ao candidato Lula.
O delegado teria, em seguida, dito aos jornalistas que faria um boletim de ocorrência atestando falsamente que o disquete com as fotos havia sido roubado.
Garcia disse que não estava acusando a imprensa de ter participado de um complô com delegado, mas criticou que essas informações não tenham sido divulgadas pelos veículos de comunicação que publicaram o material.
"Nós gostaríamos de saber quais foram as razões que levaram parte da imprensa a não divulgar as circunstâncias completas em que as fotos foram obtidas", disse.
Da redação, com agências
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=8153
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Lunus no 2
Um policial ainda não identificado vazou ontem para a imprensa supostas fotos do dinheiro apreendido com petistas ligados ao “caso do dossiê”.
As fotos devem ser divulgadas hoje à noite nas redes de televisão, obviamente para ajudar a campanha de Alckmin em busca do 2o turno. O PT tenta evitar no TSE, mas é pouco provável que o consiga. Naturalmente a imprensa pró-tucano não perguntará quem adquiriu esse dossiê fotográfico anti-Luka, nem de onde veio o dinheiro, se dinheiro houve.
O anunciado golpe publicitário reprisa o “caso Lunus”, quando fotos de dinheiro apreendido no escritório de uma firma de Roseana Sarney foram exibidos na Globo, derrubando-a do segundo lugar nas pesquisas para presidente. A operação foi articulada pelo promotor matogrossense Mário Avelar, ligado ao esquema do presidenciável tucano José Serra, o mesmo que aparece de forma tão agressiva no caso do dossiê antitucano.
A única diferença é que, desta vez, não conseguiram armar a foto com o escudo da PF fazendo as vezes de carimbo oficial. São fotos tiradas quando o dinheiro era submetido a perícia.
Tudo considerado, acho que Lula não perde mais que um pontinho ou dois, se tanto, com mais esse factóide pré-eleitoral. Menos do que seria necessário para forçar o segundo turno.
Abrir o dossiê
Que é mesmo que havia ali de tão grave contra Alckimin ou Serra, ou contra os dois, que fazia o dossiê valer R$ 1,7 milhão?
Escrito por WALTER RODRIGUES às 18h58
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Para Renato, armação das fotos do dinheiro ''tem cheiro de tucano''
Por Bernardo Joffily
Para Renato Rabelo, o episódio da divulgação ilegal de fotos do dinheiro do ''Dossiê Serra'', no portal do Estado de S. Paulo e em seguida no UOL, Globo e outros endereços da internet, ''tem o cheiro de tucano no meio''. Ele caracteriza o episódio, a 48 horas da eleição onde o presidente Lula aparece nas pesquisas como vencedor no primeiro turno, como ''uma grande armação''.
Renato: 'Compraram alguém ou tinham alguém lá'
''É ilegal e tem o cheiro de tucano no meio. Ninguém é bobo. Ou eles compraram alguém da Polícia Federal para conseguir as fotos, ou tinham alguém lá'', denuncia Renato.
Diferenças com o ''Caso Lunus'' contra Roseana
''Isto é uma grande armação, para criar impacto na véspera da eleição'', opina o dirigente comunista. Ele lembra como o bloco oposicionista-midiático vinha insistindo na divulgação das imagens do dinheiro. E que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, recusou. ''É preciso que as pessoas entendam que o Brasil mudou. Hoje não é mais como naquele tempo em que se faziam imagens para jogar na televisão e destruir candidaturas'', disse o ministro, no último dia 19.
Renato Rabelo chama atenção para o fato de que as imagens não são do flagrante de uma operação da Polícia Federal. Difere portanto da famosa ''Operação Lulus'', de fevereiro de 2002, em que os partidários do então pré-candidato José Serra (PSDB) na PF derrubaram a candidatura presidencial de Roseane Sarney (PFL) quando esta aparecia em segundo lugar nas pesquisas.
''Desta vez são as fotos da perícia. São as fotos tiradas pela própria PF'', salienta o dirigente comunista. E comenta: ''É para você ver como a briga presidencial deste ano é braba''.
O papel decisivo da militância
O PCdoB vem insistindo no papel da militância, até o domingo, ''a hora da onça beber água'', segundo a imagem de Lula. ''Quem imaginava que seria uma disputa pacata, sem muita adrenalina e forte tensão, não tinha se dado conta do que realmente está em jogo nestas eleições'', salientou Renato Rabelo, em artigo desta quarta-feira.O artigo, intitulado Toda a militância nas ruas em 1º de outubro (clique aqui para ver), enfatiza o papel ''determinante'' dos lutadores sociais ''diante desta batalha de envergadura histórica, os lutadores sociais têm um papel determinante a cumprir.
Com o quadro novo criado pela iniciativa ilegal da divulgação das imagens, este papel avulta ainda mais. O bloco conservador lança mão, sem escrúpulos, do seu maior trunfo -- o virtual monopólio da mídia. Cabe ao bloco progressista, dos movimentos sociais e da reeleição de Lula, responder com o que ele tem de mais efetivo e poderoso: a consciência, a organização e a ação de incontáveis milhões de cicadãos e cidadãs atuantes.
Coligação de Lula pedirá impugnação de Alckmin
Os advogados da coligação A Força do Povo (PT-PCdoB-PRB), que apóia a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preparam uma ação de impugnação da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência, alegando que a campanha do tucano teria feito ''uso indevido dos meios de comunicação''.
Atualizada à 1h20
O comitê de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá entrar com ação judicial eleitoral no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pedindo a impugnação da candidatura à presidência do candidato Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo a assessoria jurídica do comitê, a ação irá argumentar que Alckmin está usando indevidamente o episódio da suposta compra de um dossiê para prejudicar a candidatura Lula.
O dossiê teria documentos ligando o ex-ministro José Serra, hoje candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, à máfia das ambulâncias.
O pedido será entregue neste sábado (30) ao TSE, ocasião em que o comitê dará mais detalhes sobre a ação.
Vazamento comprado
O coordenador-geral da campanha da coligação A Força do Povo (PT, PRB e PCdoB), Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta sexta-feira (29) que há fortes indícios de que o vazamento das fotos do dinheiro apreendido com Gedimar Pereira Passos, há duas semanas, teria sido comprado.
O inquérito que apura a suposta compra do dossiê corre sob segredo de Justiça. Além disso, para evitar o uso político-eleitoral do caso, a Polícia Federal havia decidido não divulgar as imagens.
Hoje, as fotos apareceram estampadas na internet. Segundo matéria da Agência Estado, elas foram vazadas por “uma fonte” de dentro da PF.
A Polícia Federal divulgou, posteriormente, disse que as fotos estavam em um DVD que teria sido roubado. “Deve ser um roubo sob remuneração”, concluiu Marco Aurélio.
De acordo com ele, o PT entrou com uma petição no TSE para sustar a divulgação ilegal do material, uma vez que a matéria corre em segredo de Justiça.
“Nós não vamos permitir que se repitam situações semelhantes às de 1989, quando se tentou identificar a candidatura Lula e o PT ao seqüestro do empresário Abilio Diniz”, disse.
O coordenador da campanha afirmou que também serão tomadas medidas internas, no sentido de averiguar como o vazamento ocorreu, além de medidas administrativas e jurídicas para coibir “esta tentativa de violar a vontade popular”.
Ele lembrou que há uma lei que permite que determinados fatos sejam resguardados até seu esclarecimento final, sob forma de segredo de Justiça.
“O que está em jogo aqui é mais do que um ato criminal, mais do que a violação do segredo de Justiça. É uma tentativa de influenciar o processo eleitoral brasileiro e tentar reverter uma tendência irreversível do presidente Lula ser reeleito no dia 1º de outubro.”
Para Marco Aurélio, a divulgação das fotos não terá impacto porque a sociedade brasileira sabe o que está em jogo: “a continuidade de um programa de transformação social do país ou a volta ao passado”.
A questão fundamental, segundo o coordenador, é que os destinos do país serão decididos sob a base de programas de governo apresentados durante o processo eleitoral.
Questionado sobre a representação no TSE correr o risco de ser interpretada como cerceamento da imprensa, Marco Aurélio defendeu a proteção do segredo de Justiça e afirmou que a imprensa está sujeita às normas do Estado de direito, assim como o governo.
Tasso confessou uso eleitoreiro das imagens
O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), praticamente confessou o uso eleitoreiro das fotos do dinheiro ao comemorar ontem (29) a divulgação das imagens. Tasso disse estar confiante que esse vazamento vai forçar um segundo turno nas eleições presidenciais. a hipótese de haver segundo turno favorece diretamente o candidato tucano, Geraldo Alckmin.
''Hoje se não der segundo turno vou ficar muito surpreso. É surpreendente que o Lula não caia dois ou três pontos e não tenha segundo turno'', afirmou o senador, com uma bizarra naturalidade.
Com informações das agências
http://www.vermelho.org.br/base.asp