Em seu caderno de economia (Dinheiro) o jornal dá como principal manchete, no alto da 1ª página: "Receita do pré-sal irá para países vizinhos". Você lê a matéria e aí é que descobre que não é isso, ou não é só isso. Os recursos da exploração da camada pré-sal irão prioritariamente para a área social (no Brasil) e, depois, para financiar os investimentos brasileiros em países do nosso continente, da América Latina, África e Ásia.
O dinheiro do pré-sal financiar os nossos investimentos nos países vizinhos é excelente, porque isso cria empregos no Brasil, já que exportamos capital, tecnologia e serviços quando emprestamos para outros países. Se assim não fosse, os países desenvolvidos não teriam seus Eximbank... Estamos é atrasados, já devíamos ter pelo menos US$ 50 bilhões para investimentos e para emprestar aos vizinhos.
Ainda bem que numa matéria interna do caderno, a FSP é obrigada a publicar e a reconhecer em título - "Taxa de sucesso da estatal está em 87% nas novas áreas no oceano". Bom, porque dias atrás especialistas diziam no Estadão que essa taxa de sucesso mundial (relativa aos poços perfurados no pré-sal) situa-se entre 10 e 12%.
Se a Petrobras obtém 87%, dá mais uma demonstração da sua eficiência, sofisticação tecnológica e preparo para a exploração no pré-sal. E o jornal registra, ainda, outra boa notícia: o Eximbank dobrou o crédito à Petrobras - de US$ 2,3 bi para US$ 5 bi - e a previsão é de que os investimentos da estatal chegarão a US$ 200 bi nos próximos 5 anos.
http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogsection&id=11&Itemid=37
,,,