Senadores fingiram não conhecer marido de Lina Vieira
Foi uma conspiração inventada pela bancada de senadores demo-tucanos contra a Ministra Dilma Rousseff, para desgastar sua imagem com mentiras. Por trás estava o dedo de FHC e José Serra.
- por Zé Augusto (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/)
Todos viram o publicitário Alexandre Firmino dando instruções à esposa Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, em seu depoimento no Senado (vídeo acima). Os senadores Jarbas Vasconcelos e Garibaldi Alves já se reuniram com Alexandre Firmino, no tempo que ele era secretário-executivo do Ministério da Integração Regional de FHC.
Esse cargo era o segundo posto no ministério, logo abaixo do ministro. Durante algum tempo ele foi ministro interino. Praticamente todos os senadores que eram parlamentares ou governadores do Norte e Nordeste, durante o segundo mandato de FHC, o conheciam.Tasso Jereissati, José Agripino Maia, Mão Santa, Heráclito Fortes, Arthur Virgílio Neto, etc. Todos o conheciam muito bem. E todos fizeram cara de paisagem, na sessão do Senado, como se nunca o tivessem visto antes.
Alexandre Firmino participava dos encontros e convênios da SUDAM (Superintendência de desenvolvimento da Amazônia) e SUDENE (Superintendência de desenvolvimento do Nordeste). A SUDAM e SUDENE chegaram a ser extintas por FHC no fim do governo por excesso de corrupção. Só a SUDAM deixou um rombo de mais de 2 bilhões na época de FHC. Jornalistas veteranos de Brasília também conheciam, e ficaram caladinhos, sem informar nada ao ouvinte ou leitor.
Foi uma conspiração inventada pela bancada de senadores demo-tucanos contra a Ministra Dilma Rousseff, para desgastar sua imagem com mentiras. Por trás estava o dedo de FHC e José Serra. Uma vergonha termos no Brasil partidos, políticos e imprensa de oposição com tamanha falta de caráter, capaz de agir com este tipo de ardil sujo e criminoso.
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Outra informação importante, posta no blog do Luis Nassif:
- Por zanuja
Ora, ora, ora, parece q d. Lina tem muito mais coisas para explicar ao distinto público. Por exemplo, como o marido dela responde a um processo no STF juntinho de Roseana Sarney por improbidade adminitrativa? O dito processo está c a Ministra Carmem. Os laços de amizade da família de d.Lina com a família do senador Sarney é antiga. Se alguém estava querendo atrasar o andamento da investigação do Fernando Sarney, com certeza NÃO era a Ministra Dilma. Não senhor. Tem mais. A PF ameaçou prender a cúpula da Receita Federal, D. Lina no meio, po que estavam atrasando as investigações e por conta disso a Justiça mandou correspondência p a Receita solicitando “agilidade nas investigações”.
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Quinta-feira, 20 de Agosto de 2009
Confirmado: Marido de Lina Vieira foi Ministro de FHC
Alexandre Firmino, assistindo o depoimento da mulher Lina Vieira no Senado
Alexandre Firmino, assistindo o depoimento da mulher Lina Vieira no Senado
O maridão de Lina Vieira (ex-secretaria da Receita Federal), aquela que inventou uma reunião, sem data, nem hora, com a Ministra Dilma Rousseff, chama-se Alexandre Firmino de Melo Filho.
Foi Ministro da Integração Nacional do governo FHC, interino por quase um ano, no período de 20.08.1999 a 17.07.2000.
Antes de assumir como ministro, foi secretário executivo do ministério.
Alexandre Firmino é publicitário e economista. Sua agência "Dois A Publicidade" já atendeu o governo do Rio Grande do Norte (governo do PSB da base governista) e a Prefeitura de Natal (governo demo-tucano do PV, apoiado por Agripino). Também é sócio em gráfica.
Falta confirmação se trabalhou em campanhas políticas. Há boatos de que já trabalhou na campanha de um famoso senador do DEMos do Rio Grande do Norte. A confirmar.
Bons policiais sabem que para desvendar um crime que parece inexplicável, uma boa pista é a motivação.
Pois apareceu a clara motivação política para toda essa encenação.
Tudo indica que a bancada de senadores demo-tucanos conspiraram de novo, com a mãozinha de FHC e Serra por trás desse teatro todo.
Você leu isso em algum jornal ou blog do PIG? Viu no Jornal Nacional ou em outro canal da TV? Não leu, nem viu. A mídia sonegou essa informação, participando da encenação.
E qualquer jornalista mais experiente em Brasília sabia disso. Noblat, para dar apenas um exemplo, já trabalhou na campanha de José Agripino Maia, para governdador do Rio Grande do Norte, nas eleições de 1990, e conhece os bastidores do poder no Rio Grande do Norte.
Por: Zé Augusto
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Valor Econômico
Um mundo cheio de Linas e tapiocas
Maria Inês Nassif é editora de Opinião. Escreve às quintas-feiras
20/08/2009
O caso da “denúncia” feita pela ex-secretária da Receita Lina Maria Vieira contra a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não é o primeiro episódio na história recente do país em que um clima de escândalo sobe a uma temperatura máxima, alimentado por fatos que são o centro das atenções políticas por semanas até que sumam no ar como fumaça. Nesse caso, depois do depoimento de Lina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, anteontem, e de inúmeros indícios apontados por apoiadores e detratores, a pergunta que vem à cabeça dos acompanhantes mais atentos da cena política é: qual é mesmo o crime?
Lina disse, em entrevista à “Folha de S. Paulo”, que no final do ano passado Dilma pediu que a Receita concluísse rapidamente inquérito em andamento contra o filho do senador José Sarney, Fernando. Os jornais e a oposição inferiram daí que a ministra-chefe da Casa Civil pressionou a Receita a arquivar os processos contra o empresário maranhense. E se apegaram, como prova do crime, a uma suposta reunião que Lina teria mantido com Dilma. Passou-se a considerar que, provada a existência desse encontro, estaria automaticamente atestada a pressão de Dilma em favor do filho do presidente do Senado.
Convocada à reunião de Comissão e Justiça do Senado para explicar sua “denúncia”, Lina reiterou o “crime” de Dilma, de tê-la convocado para uma reunião, mas absolveu-a da acusação de tê-la pressionado para livrar a cara de Fernando Sarney na Receita. “Eu entendi, das palavras da ministra, que resolvesse logo as pendências, que desse celeridade ao processo, não me senti pressionada pela ministra”; “a ministra disse para agilizar a fiscalização do procedimento contra o filho de Sarney, mas, de forma alguma, o pedido foi para não investigar o filho de Sarney. Foi apenas para dar agilidade”; ao voltar a Receita, pediu a um dos subsecretários levantamento dos processos em andamento, descobriu “que tudo estava em ordem” e colocou “uma pedra no assunto”: “Não dei mais retorno para a ministra e ela não me cobrou mais sobre o assunto” (Valor, 19/8, A8).
O depoimento da ex-secretária da Receita sequer foi dúbio, ao contrário de suas contraditórias declarações anteriores. Ela inocenta a ministra da acusação que seria de fato crime: pressionar a Receita para não investigar alguém. Na ausência de evidências de pressão, a oposição retoma a estratégia de que o crime é ter convocado uma reunião. E pede acareação.
É certo que, nesses movimentos em que se força a criação de climas de forte comoção política, pouco importa o que se disse ou se dirá em favor de uma ministra cujo principal problema não é ter se reunido com alguém, mas ser candidata à sucessão de Lula em 2010, com o apoio de um presidente que tem grande popularidade e, supõem-se, capacidade de transferência de votos. Mas também não se registra uma tentativa de Dilma e dos governistas que assumiram a sua defesa de registrar o ridículo da situação. Caíram numa armadilha e vão ter que ficar na defensiva, negando que a reunião tenha existido, até que o fato que seria central - a pressão para inocentar Sarney, negada pela própria Lina - caia definitivamente no esquecimento, por falta de provas. O caso Lina, após a reunião da CCJ do Senado, entrou na lista das tapiocas.
Pelo padrão do que tem sido a disputa política nos últimos sete anos, desde a posse de Lula, presume-se que, daqui até as eleições do ano que vem, as tapiocas se repetirão, numa mesma técnica: denuncia-se, o fato denunciado é alimentado por pequenos detalhes enquanto for possível, convoca-se comissões e acareações e o clima chega (pelo menos institucionalmente) ao limite da tensão. Enquanto é possível, cria-se uma moral própria para o momento: a tapioca é imoral; convocar reunião é imoral. A repetição é fundamental na criação de um clima onde se atribui moralidade própria a um fato menor. E cada detalhe é prova da justeza do novo julgamento moral. A criação de “ondas” de comoção política atinge de imediato uma parcela da opinião pública que já é identificada ideologicamente com esses setores. São mais sensíveis a construções de caráter moral as classes médias. Nesse segmento social, as construções da oposição certamente criaram clichês próprios: a “tapioca”, o “mensalão” como característica exclusiva do PT etc. A estratégia de criar comoção política apenas é vitoriosa eleitoralmente, todavia, se consegue se expandir para além dos seus próprios votos, subtraindo eleitores do outro lado.
Na política recente, a exploração do escândalo Sarney teria muito maior potencial de expansão para setores sociais que votam hoje em Lula. Para a maioria da opinião pública, segundo atestam as últimas pesquisas, Sarney é a representação do que existe de ruim na política - e ele se sustenta graças ao valioso apoio do presidente Lula. O problema é que esse episódio tem potencial de atingir indiscriminadamente todos os partidos representados no Senado. Os fatos contra Sarney levantados pelos jornais não são assumidos como instrumento de luta política com tanta convicção pela oposição, como tem sido com o episódio Lina. Existem razões para isso.
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