sexta-feira, janeiro 21, 2011

O jornalismo brasileiro faz vergonha ATÉ ao cachorro Caramelo

Impressionante é que tantos insistam em discutir o jornalismo que não há, como se houvesse.

E ninguém vê que já não há NENHUM jornalismo, no Brasil.
Nesse contexto, de jornalismo-zero, todas as discussões soam no vazio.
Como se pode discutir "liberdade de imprensa", se não há jornalismo?

Que liberdade de imprensa se deve reivindicar pro jornalismo e pros jornalistas de araque que vivem de fazer, no Brasil, o circo da 'comunicação' e jornalismo-zero?

Por que um sabão em pó 'mereceria' liberdade de expressão? Por que um fabricante de maionese 'mereceria' liberdade de expressão? Por que um marketeiro 'mereceria' liberdade de expressão? O que se perderia, em matéria de liberdade, se um marketeiro fosse amordaçado, pra ser impedido de obrar pra enganar o maior número possível de consumidores-eleitores-leitores de jornal?
Insistir em que 'a notícia' do cão seria falsa,  é absolutamente não ver o problema -- porque aí não há notícia, só há delírios de pseudo jornalistas, falsos, sim, muito mais os jornalistas, o jornalismo e os jornais, do que alguma notícia (que, de fato, não é notícia: é puro golpe).  Até quando?!
Vale lembrar que na matéria abaixo, vê-se uma ONG dedicada à defesa dos animais, DEFENDENDO A DIGNIDADE DO CACHORRO que foi exposto, nesse jornalismo de araque, num papel ridículo. Muito bem, mas...
Cadê quem defenda a dignidade do leitor consumidor pagante desse jornalismo brasileiro, que faz vergonha até aos cachorros?!

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Notícia sobre cão que guardou túmulo é falsa


Do site da Agência de Notícias de Direitos Animais
As tragédias na região serrana do Rio de Janeiro (RJ) mobilizaram o país por meio das imagens disseminadas pela imprensa. Entre as mais comoventes, a história do cão Caramelo que, desamparado diante da morte de sua tutora, guardou seu túmulo em um cemitério de Teresópolis, por dois dias seguidos. No entanto, a notícia é falsa.
Segundo relato do jornalista Anderson Duarte, do Diário de Teresópolis, ao Portal IMPRENSA, a história de Caramelo não passa de um mal-entendido. Trata-se de dois cachorros parecidos.
O que aparece deitado ao lado do túmulo de Cristina Maria Cesário Santana, sua suposta tutora, na verdade é Leão, e é cuidado, há mais de um ano, por Rodolfo Júnior, voluntário que atua no trabalho de escavação do cemitério de Carlinda Berlim.
“Isso é coisa de repórter que precisava chegar com uma história diferente para apresentar ao chefe… o John é meu há mais de um ano quando fiquei com ele pra mim! O antigo dono foi para o Rio e deixou ele por aí… ele chamava o cachorrinho de Leão, mas eu prefiro John… ele tem cara de John, explicou Junior que ainda disse que seu animal é dócil e o segue por todos os lugares. No dia em que o rapaz tirou a foto dele eu estava trabalhando nas covas e ele ao meu lado como sempre… e aí depois veio essa maluquice toda”, explicou Rodolfo Júnior.
O Caramelo citado em diversas reportagens, de fato, era cuidado por uma família que morreu em decorrência dos deslizamentos. No entanto, jamais entrou no cemitério, que fica a quilômetros do bairro de Caleme, quando foi encontrado perambulando sozinho.
A notícia foi replicada por diversos veículos de comunicação, inclusive a ANDA, e, conforme a história de Caramelo se tornava popular, um novo capítulo era acrescentado.
Entre os absurdos do cão que velou durante dois dias a morte de sua tutora, um se destaca: o de que Caramelo teria, inclusive, auxiliado as equipes de resgate a encontrarem não apenas o corpo de sua tutora, mas de outras três pessoas de sua família.
O desencontro de informações irritou o administrador do cemitério, Márcio de Souza, que chegou a comentar o fato em um dos portais que publicou a história sobre Caramelo.
“É lamentável que tal fato seja utilizado para causar comoção aos leitores! Fui contatado horas antes da notícia ser levada ao ar por um repórter e fui claro ao dizer que o cão da foto ao lado do túmulo é de um de nossos voluntários que no momento faziam sepultamentos naquele local, logo não tem nada a ver com o cão adotado”, finalizou.
Fonte: Portal Imprensa