14/7/2011, Deena Adel, Al-Ahram Online, Cairohttp://english.ahram.org.eg/~/NewsContent/5/35/16357/Arts--Culture/Stage--Street/Revolutionary-cinema-in-Tahrir-Square-.aspx
Com a arte e o entretenimento assumindo as mais diferentes formas, frente à vastíssima audiência na Praça Tahrir, no Cairo, era só questão de tempo antes que aparecesse ali uma tela de cinema.
Os manifestantes do movimento 8 de Julho festejaram a novidade, ao ver que uma tela de cinema estava sendo preparada próxima à ponte Qasr El-Nil ontem à noite, para o Cine Tahrir. Houve sessões ontem e hoje, e os organizadores esperam exibir filmes todas as noites.
Centenas de pessoas reuniram-se para assistir a filmes de curtas-metragens filmados durante os primeiros dias do levante popular e dos mais diversos autores, de amadores a diretores e fotógrafos esperientes.
“Queríamos que as pessoas não esquecessem do que elas já conseguiram” – disse o cineasta Omar Robert Hamilton, um dos organizadores do Cine Tahrir. “Aqui é o espaço para todas as novas voces que surgiram da revolução.”
Além de Hamilton, vários artistas, músicos, fotógrafos, cineastas e atores, entre os quais o ator Khalid Abdalla, colaboraram para organizar e implantar o Cine Tahrir.
Estão trabalhando em estreita colaboração com outro grupo, Mossireen, que organiza um coletivo de jornalismo cidadão – um arquivo de filmes e materiais gráficos produzidos durante a revolução – que será reunido em local público para que todos tenham livre acesso ao arquivo. No mesmo local funcionará uma oficina popular de técnica cinematográfica e de uso de programas de edição eletrônica, aberta a todos os interessados.
A principal dificuldade dessa vez não foram as de sempre, relacionadas a autorizações, alvarás e segurança. “Ninguém precisa pedir licença a ninguém para fazer as coisas na Praça Tahrir” – disse Hamilton, rindo. O principal problema foi levar o equipamento para a Praça e construir a tela com madeira e plástico.
Mas valeu a pena. O ‘público’ reagiu com entusiasmo, muita gente oferecendo-se para ajudar, trazendo seus próprios vídeos e filmes feitos durante a revolução.
Ontem, o Cine Tahrir estava em plena atividade, o ‘público’ de olhos colados na tela, todos conversando sobre o quanto já foi feito desde aqueles primeiros dias.
Cada rosto mostrava as próprias lembranças, umas mais emocionais, outras mais, de fato, carnais. “Essa cicatriz é desse dia!” – gritou alguém, apontando a própria testa, ante a tela que mostrava imagens da “Batalha do Canal”, do dia 2 de fevereiro.
Considerando a reação positiva, Hamilton confirmou que “faremos o possível para que haja cinema aqui todas as noites”. Além de filmes feitos na própria praça, o Cine Tahrir exibirá documentários que tratem de questões relacionadas à revolução egípcia.
Com a arte e o entretenimento assumindo as mais diferentes formas, frente à vastíssima audiência na Praça Tahrir, no Cairo, era só questão de tempo antes que aparecesse ali uma tela de cinema.
Os manifestantes do movimento 8 de Julho festejaram a novidade, ao ver que uma tela de cinema estava sendo preparada próxima à ponte Qasr El-Nil ontem à noite, para o Cine Tahrir. Houve sessões ontem e hoje, e os organizadores esperam exibir filmes todas as noites.
Centenas de pessoas reuniram-se para assistir a filmes de curtas-metragens filmados durante os primeiros dias do levante popular e dos mais diversos autores, de amadores a diretores e fotógrafos esperientes.
“Queríamos que as pessoas não esquecessem do que elas já conseguiram” – disse o cineasta Omar Robert Hamilton, um dos organizadores do Cine Tahrir. “Aqui é o espaço para todas as novas voces que surgiram da revolução.”
Além de Hamilton, vários artistas, músicos, fotógrafos, cineastas e atores, entre os quais o ator Khalid Abdalla, colaboraram para organizar e implantar o Cine Tahrir.
Estão trabalhando em estreita colaboração com outro grupo, Mossireen, que organiza um coletivo de jornalismo cidadão – um arquivo de filmes e materiais gráficos produzidos durante a revolução – que será reunido em local público para que todos tenham livre acesso ao arquivo. No mesmo local funcionará uma oficina popular de técnica cinematográfica e de uso de programas de edição eletrônica, aberta a todos os interessados.
A principal dificuldade dessa vez não foram as de sempre, relacionadas a autorizações, alvarás e segurança. “Ninguém precisa pedir licença a ninguém para fazer as coisas na Praça Tahrir” – disse Hamilton, rindo. O principal problema foi levar o equipamento para a Praça e construir a tela com madeira e plástico.
Mas valeu a pena. O ‘público’ reagiu com entusiasmo, muita gente oferecendo-se para ajudar, trazendo seus próprios vídeos e filmes feitos durante a revolução.
Ontem, o Cine Tahrir estava em plena atividade, o ‘público’ de olhos colados na tela, todos conversando sobre o quanto já foi feito desde aqueles primeiros dias.
Cada rosto mostrava as próprias lembranças, umas mais emocionais, outras mais, de fato, carnais. “Essa cicatriz é desse dia!” – gritou alguém, apontando a própria testa, ante a tela que mostrava imagens da “Batalha do Canal”, do dia 2 de fevereiro.
Considerando a reação positiva, Hamilton confirmou que “faremos o possível para que haja cinema aqui todas as noites”. Além de filmes feitos na própria praça, o Cine Tahrir exibirá documentários que tratem de questões relacionadas à revolução egípcia.
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