sexta-feira, setembro 28, 2007


[Vila Vudu - Cumunidade]


Tamos com o Azenha: "Foi o Luís Frias assumir, de fato, a direção da Folha, para empurrar o jornal no colo da elite branca, reacionária e golpista de São Paulo."

A gente lembra, só, a mais, que,

-- no EXATO INSTANTE em que "Luís Frias assumiu, de fato, a direção da Folha, para empurrar o jornal no colo da elite branca, reacionária e golpista de São Paulo"... tooooooooooooooooooooooda essa elite branca, reacionária e golpista de São Paulo... começou, afinal, a PERDER ELEIÇÕES, uma atrás da outra.

Já perderam duas eleições. Vão perder todas.

NÓS JÁ TAMOS É DETONANDO esses carinhas da Folha de S.Paulo.

Viva o Brasil! Lula é muitos!
(E visite o Blog do Azenha, imperdível, em http://viomundo.globo.com/site.php?nome=Bizarro&edicao=1308)
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Na Vila Vudu, essa coisa está sendo discutida sob o título de "A herança DES-educacional da ditadura".
O conversê, lá, está no seguinte pé [aqui, em texto editado]:

A herança DES-educacional da ditadura

FATO É -- hoje totalmente inacreditável, para os mais moços -- que a Folha de S.Paulo já foi um jornal, no mínimo, tão suportável quanto qquer outro dos sempre péssimos jornais brasileiros. Houve tempo em que a Folha de S.Paulo não era, como é hoje, o pior jornal do mundo.

Houve tempo em que a FSP foi, até, o único jornal que se podia ler no Brasil -- quando, por exemplo, cobriu o Congresso da SBPC, em SP, nos anos 70, o último congresso em que os intelectuais brasileiros mostraram que o Brasil dos mais pobres, dos sempre excluídos de tudo (menos da eterna exploração), ainda talvez pudesse esperar contribuição de democratização, por exemplo, da USP. Depois, até isso descambou.

O descambamento amplo, geral e irrestrito do jornalismo brasileiro tem, sim, muito a ver com dois fatores:

(a) a substituição generacional dos 'velhos' (Mesquita velho, Marinho velho, Civita velho e Frias velho, por exemplo, pra ficar só em SP), pelos yuppies seus filhos. Não estou dizendo que os velhos fossem coisa que prestasse; estou dizendo que os filhos yuppies desses velhos são muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito piores que os pais, em vários sentidos.

Há no Brasil um problema generacional no qual ainda não começamos a pensar -- e que pode ser a chave de decifração de muita coisa.

Em 1964, estava em gestação TODO um projeto de Brasil. Ainda não estava construído, mas estava em gestação, pra começar, na universidade e no Estado brasileiro que, então, com Darci Ribeiro e Arthur Neves, começava a pensar uma outra universidade brasileira que, afinal, deixasse de viver de costas para o Brasil real, como a universidade sempre viveu, no Brasil, desde a colônia. Esse projeto não chegou a ganhar forma institucional -- e foi abortado pelo golpe de 54 --, mas ele era MUITO VIVO na sociedade brasileira.

Esse projeto foi abortado e a universidade brasileira que começava a ser projetada foi DERROTADA pela universidade brasileira dos grupos vitoriosos no golpe de 64 que, então, começou a ser construída e implantada.

Assim se constituiu a DES-universidade que, imediatamente, pôs-se a DES-formar toda uma geração de brasileiros. Esses caras, assim DES-formados, viraram os "neodonos do poder" -- "funcionários públicos afidalgados" como Faoro os descreveu para sempre, a DES-elite de sempre, no Brasil. A partir de 64, essa DES-elite brasileira piorarou muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito em relação ao que havia antes, mesmo que o que havia antes jamais tivesse prestado (porque antes de 64 ainda havia alguma universidade no Brasil). A partir de 64 passou a haver nenhuma universidade no Brasil que visasse, prioritariamente, ou que, pelo menos tentasse democratizar o Brasil.

O projeto então vitorioso foi o projeto de Golbery: "ancorar o Brasil aos países desenvolvidos". "Ancorar", como se sabe significa "prender lá no fundão, bem no fundo; prender; não deixar andar." Esse projeto continuou, igualzinho, desde Golbery, em 1952, até o último dia do último governo da "elite branca, reacionária e golpista de São Paulo" -- a tucanaria uspeana udenista e eternamente golpista -- que só foi DETONADA, no Brasil, afinal, na primeira eleição do presidente Lula.

De 1964 a 2001 (37 anos!), aqueles carinhas que começaram a ser formados naquela universidade que foi totalmente DES-democratizada pelo golpe de 64, e que só fez piorar, dia a dia, por quase 40 anos, chegaram ao comando (e, de fato, também às redações) das empresas jornalísticas construídas pelos pais deles. E deu no que deu.

O segundo fator que explica o descambamento amplo, geral e irrestrito do jornalismo brasileiro que se vê hoje, tem a ver com o primeiro:

(b) A mesma DES-elite, paulista, branca e metida a intelectual-sociólogo, a intelectual-antropólogo, a intelectual-economista e o diabo a quatro (a tchurma que a Vila Vudu chama de "os professô-dotô da tucanaria uspeana") -- de que o exemplo mais escandaloso é o fascinoroso ex-FHC e seu 'grupo' fascinorosíssimo, mas há milhares desses caras, por aí, na classe média que freqüentou a DES-universidade deles, além de já ter chegado aos postos de comando da DES-universidade brasileira -- chegou também ao centro do poder político no Brasil.

Aí, sim, durante a década maldita dos DES-governos da tucanaria uspeana, é que A DESGRACEIRA FICOU TOTAL: o besteirol DES-democrático que, no Brasil, virou (des)teoria dita "sociológica", (des)teoria dita "política", (des)teoria dita "social", (des)teoria dita "da comunicação" (argh!)... chegou ao comando político do Brasil e, simultaneamente, chegou aos DES-jornais.

E tudo se tucanizou, pefelizou-se, reudeenizou-se, desdemocratizou-se, descivilizou-se, desalfabetizou-se... e deu no que deu.

O presidente Lula -- que se formou TOTALMENTE à margem dessa DES-universidade que desgraça hoje a sociedade brasileira, assim como já desgraçou totalmente TODO o jornalismo brasileiro -- é sobrevivente, hoje, do Brasil que NÃO SE DEIXOU DES-educar naquela DES-universidade, nem se deixou DES-DEMOCRATIZAR pelo imundíssimo DES-jornalismo que temos hoje.

O presidente Lula é uma potência da multidão. Viva o monstro! Lula é muitos!
(E leia o Blog do Azenha, em http://viomundo.globo.com/site.php?nome=Bizarro&edicao=1308


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Quando a Folha esculachou a Globo
O editorial tem dez anos de idade.

Mas é impagável.


Recebi do Mello:


‘O que é bom para a Globo não convém ao Brasil’

Resposta ao Monopólio


A Rede Globo publicou anúncio em diversos jornais onde acusa a Folha de "distorcer fatos'', "inventar mentiras'', "violar a ética jornalística'' e "caluniar a emissora''. O mesmo anúncio foi divulgado em sua programação. Qual o motivo para tanta histeria?

A Folha noticiou que o PPB e o PT de São Paulo entraram com representação na Justiça Eleitoral, alegando que seus candidatos estão sendo prejudicados na inserção de anúncios eleitorais na programação da Globo.

O PSDB do Rio, com suspeita semelhante, já havia solicitado uma medição dos anúncios na programação carioca, fato também denunciado pela Folha. Nos dois casos o jornal procurou registrar, como é da sua praxe, a versão da emissora.

É normal que existam controvérsias desse tipo em tempo de eleições. Mais do que normal, é necessário que a imprensa independente as leve ao conhecimento do eleitor. A decisão, como é óbvio, cabe à Justiça Eleitoral, por meio de seus magistrados. Mas a Globo não está acostumada com democracia.

A emissora carioca pode não entender nada de democracia, nem de jornalismo, mas é especialista em manipulação eleitoral.

Fez campanha contra o Movimento Diretas-Já, vendo-se obrigada a aderir na última hora, quando seus veículos já não podiam circular sem sofrer hostilidade da população. No desespero de evitar uma vitória de Leonel Brizola na eleição para governador do Rio, a Globo já havia se envolvido no escândalo Proconsult, uma das maiores vergonhas na história política recente.Mais tarde, praticou a edição criminosamente deformada do debate entre os candidatos Collor e Lula, com vistas a eleger o primeiro, a quem apoiou durante toda a campanha.

Não é por acaso que qualquer cidadão bem informado suspeita de novas manipulações por parte da Globo.É no mínimo risível que a emissora venha falar em ética. A Globo foi feita com capital estrangeiro em flagrante violação da lei. Essa é a origem de sua vantagem sobre as demais emissoras que até hoje tentam, corajosamente, fazer-lhe concorrência.

A Globo cresceu no apoio subserviente aos governos militares, beneficiando-se de todo tipo de favores, concessões, privilégios e negócios duvidosos. Urdiu uma rede de poder, ameaças veladas e atividades suspeitas por todo o país. Pretende agora estender seu monopólio virtual sobre toda a comunicação, açambarcando também as novas mídias.

O que é bom para a Globo não convém ao Brasil. É positivo que exista um jornal capaz de dizer não ao monopólio, à mistificação e à fraude. A Folha se orgulha de cumprir esse papel."assina: Folha de S.PauloEditorial da Folha de S.Paulo, publicado como anúncio, em 20 de setembro de 1996 (a dica foi do Blog Afinsophia)


Comentou o Mello: O que será que a Folha tem a dizer hoje, quando estamos próximos do dia 5 de outubro, dia em que vencem várias concessões da Globo (as mais importantes: Rio, São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Pernambuco), essa Rede que, como diz a Folha no editorial, não entende “nada de democracia, nem de jornalismo, mas é especialista em manipulação eleitoral”, que “Fez campanha contra o Movimento Diretas-Já”, que se envolveu no “escândalo Proconsult, uma das maiores vergonhas na história política recente”, que “praticou a edição criminosamente deformada do debate entre os candidatos Collor e Lula, com vistas a eleger o primeiro, a quem apoiou durante toda a campanha”?

Por que a Folha não reitera o que escreveu no último parágrafo e diz “não ao monopólio, à mistificação e à fraude”?

Mudaram os fatos ou mudou a Folha?


Meu comentário:Foi o Luís Frias assumir, de fato, a direção da Folha, para empurrar o jornal no colo da elite branca, reacionária e golpista de São Paulo.



Aqui o Afinsophia


Os dois são integrantes do SIVUCA.


Publicado em 26 de setembro de 2007


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