A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) recomendou ao Brasil para que o Congresso não tenha mais a incumbência de aprovar as concessões de emissoras de rádio e TV. Além disso, sugeriu a criação de um órgão independente para regular o conteúdo de mídia eletrônica do país.
A entidade internacional propôs a definição de cotas obrigatórias para a programação regional e produção independente em canais de televisão. Para a Unesco, as emissoras de TV teriam que fazer uma autorregulação para adaptar suas condutas à regulação oficial e evitar possíveis intervenções de um órgão regulador do Estado.
Na última terça, a instituição da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou o estudo "Indicadores da Qualidade da Informação Jornalística", onde sugere que a autorregulamentação da mídia é a melhor forma de o veículos de comunicação garantirem a qualidade editorial. "Cabe às empresas do setor definir os padrões de qualidade", disse o coordenador de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, Guilherme Canela.
Durante o Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, sediado em Brasília e que começou na última ontem (9), a Unesco apresentou um estudo sobre a radiodifusão no Brasil, feito após oito meses de pesquisas. As informações contidas no documento teriam sido mal recebidas pelos radiodifusores, entre eles, o vice-presidente da TV Bandeirantes, Frederico Nogueira, que disse que a instituição da ONU está mal informada sobre o setor.
O seminário, patrocinado pelo governo federal, discutirá propostas para regulamentação dos meios de comunicação eletrônicos do país - rádio, TV e internet. O evento termina nesta hoje (10).
Redator: Cristóvão Feil