Blog do Planalto |
- Rio terá 800 homens do Exército, dois helicópteros da FAB e 10 blindados de transporte
- Prioridade na América Latina é diplomacia da solidariedade e do entendimento entre iguais
- Brasil e Guiana juntos na defesa da selva amazônica
- Um pedacinho do Brasil na capital da Guiana
- “Dilma é a consagração de uma luta de décadas”
Posted: 25 Nov 2010 06:29 PM PST O governo federal está em contato direto com o governo do Rio de Janeiro e não medirá esforços para ajudar o estado a combater a onda de violência que já causou a morte de 32 pessoas, afirmou o presidente Lula em entrevista nesta quinta-feira (25/11), em Georgetown (Guiana), onde está para participar de reunião de Cúpula da Unasul. O Ministério da Defesa assinou hoje à noite a diretriz ministerial que garante o envio de 800 homens do Exército para a proteção das áreas que forem ocupadas pela polícia carioca, dois helicópteros da Força Aérea (FAB) e 10 blindados de transporte. Além disso serão fornecidos equipamentos de comunicação entre aeronaves e tropas em solo, além de óculos para visão noturna. “Não é humanamente explicável que 99% de pessoas de bem, trabalhadoras que querem viver em paz, sejam molestadas do jeito que está no Rio de Janeiro. Portanto, o Rio de Janeiro pode ficar tranquilo que nós estaremos 100% apoiando o Rio de Janeiro e o povo do Rio de Janeiro”, disse o presidente Lula após cerimônia em que foi homenageado na capital da Guiana. Artigos relacionados |
Posted: 25 Nov 2010 06:35 PM PST O Brasil está determinado a trabalhar pela convergência dos processos de integração política e econômica da América do Sul, América Central e Caribe e prioriza, em sua política externa, uma relação baseada na diplomacia da solidariedade e do entendimento entre iguais. Essa foi a tônica do discurso do presidente Lula nesta quinta-feira (25/11), em Georgetown, durante cerimônia em que foi condecorado com a Ordem de Excelência, a mais alta distinção guianesa. Sempre uso a imagem de que não é possível o Brasil desenvolver-se sem que seus vizinhos também encontrem o caminho da paz e da prosperidade. Nossa empreitada é um trabalho comum. Esse espírito de fraternidade é a base indispensável de uma América do Sul mais unida, próspera e justa.O presidente brasileiro fez questão de enfatizar o esforço do Brasil em consolidar “o destino continental da Guiana”, lembrando o avanço dos dois países na relação bilateral. Como exemplo, citou a criação do Comitê de Fronteira, o acordo “Regime Especial Fronteiriço e de Transporte para as Localidades de Bonfim e Lethem”, que será implantado em breve, e a inauguração da ponte sobre o rio Tacutu, primeira ligação física entre os dois países. Ao presidente guianense, Bharrat Jagdeo, Lula ratificou que é necessário somar esforços e continuar estabelecendo “sólidas pontes de diálogo e cooperação”, para enfrentar com maior êxito os desafios da integração regional. Segundo ele, os dois países devem trabalhar juntos para o fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica e a posição dos países amazônicos nas negociações sobre mudança do clima. Nesse sentido devemos impulsionar juntos o projeto de integração não só da América do Sul, mas também da América Latina e Caribe. Esperamos contar com apoio da Guiana para iniciar as negociações Mercosul-Caricom, tão logo o bloco caribenho esteja pronto.Após a cerimônia, o presidente Lula foi homenageado com uma apresentação cultural local e, em seguida, participa de um jantar com os chefes de Estado da Unasul. |
Posted: 25 Nov 2010 02:02 PM PST Atendendo à solicitação da Força de Defesa da Guiana, o governo brasileiro está desenvolvendo um projeto inédito de apoio e treinamento ao Exército guianense em operação na selva amazônica. Essa é mais uma das ações de cooperação bilateral entre Brasil e Guiana, que recebe esta semana a IV Cúpula de Chefes de Estado da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). A missão teve início em março de 2010 e, com a orientação de instrutores brasileiros, cerca de 400 cadetes, sargentos e oficiais de Guiana estão sendo treinados para sobreviver na floresta e defender a fronteira. Além de passarem por um estágio de vida na selva, os militares recebem aulas de português e, alguns deles, são encaminhados para um treinamento mais específico no Brasil. “A missão consiste em prover para eles conhecimento e suporte técnico profissional para estruturar a escola de selva na Guiana, porque o Brasil hoje é o número um no mundo nesse tipo de treinamento”, explicou o capitão de infantaria do Exército, Luciano Casagrande, um dos instrutores brasileiros. O curso ministrado pelos brasileiros tem quatro meses de duração. Em sua primeira fase, os militares passam três semanas na selva e recebem instrução para sobreviver naquele local. Em seguida, passam cinco dias isolados na floresta, em um exercício de sobrevivência. Após aprovados, passam a receber um treinamento mais técnico para preparação ao combate e patrulhamento contra o narcotráfico e crime organizado na região. O Brasil tem investido na ampliação do relacionamento com a Guiana, país que faz fronteira com estados do Norte. Além do apoio à Força de Defesa, o governo brasileiro tem trabalhado para intensificar o comércio entre os dois países, facilitando a entrada de produtos guianenses, e investindo em projetos de infraestrutura, como a construção da ponte sobre o rio Itacutú, que liga os dois países, inaugurada pelo presidente Lula em setembro de 2009, e a pavimentação de 450 quilômetros de uma rodovia que ligaria Boa Vista (RR) a Georgetown. Um dos principais objetivos da Unasul é o fortalecimento da cooperação entre os países membros -- Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname e Venezuela. |
Posted: 25 Nov 2010 02:02 PM PST Georgetown, capital da Guiana que recebe hoje (25/11) e amanhã (26/11) a IV Cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) tem um pedacinho do Brasil em sua região central. No bairro conhecido como “Little Brazil” moram centenas de famílias brasileiras que migraram para a Guiana. Segundo a embaixada brasileira em Georgetown, moram no país cerca de 10 mil brasileiros. Lá há mercados, lojas, danceterias e restaurante onde o idioma oficial não é o inglês usado na Guiana, mas português. A maioria dos brasileiros que moram na cidade atua no garimpo de ouro e diamante, muitos na ilegalidade, afirma o ministro-conselheiro da Embaixada, Rodrigo Fonseca. É o caso da família da maranhense Andressa Alves Ferreira, que saiu do Brasil em 2002. As maiores dificuldades, segundo relata, é o idioma – lá se fala inglês – e as diferenças culturais. “Eu não esperava que seria tão diferente, pois é um país que faz fronteira com o Brasil. A adaptação é muito difícil, mas uma família acaba ajudando a outra”, diz. O esforço, no entanto, foi recompensado, porque sua família hoje está estruturada financeiramente e ela, além de estar cursando mestrado, acabou se casando no país. E desde já Andressa avisa aos pais que a primeira providência após o fim do mestrado será retornar para o Brasil. A mudança de país também foi difícil para a pernambucana Bárbara Santana. Filha de mãe brasileira e pai guianense, Bárbara viveu em Recife (PE) até os 19 anos. Quando veio para Georgetown com os pais e os irmãos, ao sobrevoar a cidade disse aos prantos “que estava indo viver no meio da floresta amazônica”. A saída que Bárbara e outros brasileiros encontraram para viver longe de casa foi criar uma comunidade organizada de brasileiros em Georgetown. “Nós saímos com outros brasileiros, fazemos aula de capoeira, temos festa junina todos os anos e assistimos programas de televisão do Brasil. Há um campeonato de futebol entre brasileiros e guianenses e nos mantemos informados sobre tudo o que acontece no nosso país de origem. Diariamente acessamos sites de notícias e o mais engraçado é que primeiro acessamos as notícias brasileiras e somente depois as locais”, conta. Há brasileiros que, por outro lado, não pensam em sair de Georgetown. Aurelízia de Souza já se considera nativa. Mora há 15 anos no país e há 10 é casada com um guianense, com quem teve o filho, Diego, de oito anos, que nunca esteve no país de sua família materna e que, apesar de compreender, não fala português. “Não penso em sair daqui. Foi esse o país que me acolheu, que me deu uma família e as condições de ter um emprego. Ando com guianenses, já me adaptei aos hábitos locais, apesar de ainda ter algumas dificuldades e de sentir saudades do Brasil, principalmente da minha família que não vejo há sete anos”, afirma. Além da saudade de casa, é comum a esses brasileiros o sentimento de que a vida deles e dos guianenses tende a melhorar a partir da cooperação bilateral entre Brasil e Guiana. Os dois países têm tomado iniciativas visando a intensificar o comércio, que ainda é reduzido e desequilibrado em favor das exportações brasileiras. O Brasil aprovou unilateralmente a concessão de alíquota zero para produtos guianenses, no marco do Acordo de Alcance Parcial de Complementação Econômica. Em 2010, o intercâmbio bilateral cresceu mais de 30% em relação ao período de janeiro a outubro de 2009, embora a quase totalidade do comércio corresponda a vendas brasileiras para a Guiana. Além disso, o Brasil estuda uma possível participação em dois projetos de infraestrutura na Guiana. O primeiro deles seria a pavimentação de 450 quilômetros de rodovia entre a cidade de Lethem, que fica na fronteira com o Brasil e a cidade de Linden, distante 100 quilômetros de Georgetown. O segundo projeto seria a construção de hidrelétrica de grande porte na Guiana. |
Posted: 25 Nov 2010 11:06 AM PST O presidente Lula pediu a agricultores familiares presentes no 3º Seminário Nacional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), realizado nesta quinta-feira (25/11) em Brasília (DF) que mantivessem a motivação para ajudarem a presidente eleita Dilma Rousseff a partir do ano que vem. “A Dilma é a consagração de uma luta de décadas que nós fizemos neste País”, afirmou, lembrando que ela não pegará o Brasil a ’10 por hora’ como ele pegou, mas muito mais dinânimico e ativo na defesa do desenvolvimento econômico e social. Sendo assim, Lula está convicto de que o Brasil terá mais avanços nas políticas sociais no governo Dilma. A Dilma não vai pegar um País a 10 por hora como eu peguei, ela vai pegar um País a 120 por hora. Ela vai ter que decidir se aperta um pouquinho mais o acelerador ou se ela mantém a velocidade ou se procura abrir novos caminhos. Sempre com cuidado. E ela tem, porque é muito competente. Não vai brincar com a economia, porque a economia é como um trem que vai no trilho, parece fácil, ele está correndo, mas se descarrilhar, para colocar no trilho novamente, vai levar tempo… Ela tem consciência disso. Por isso acho que vamos ter mais avanços nas políticas sociais.Lula afirmou estar orgulhoso por ter ajudado a eleger Dilma como presidente da República, porque isso fará com que as mulheres a confiarem mais em si mesmas e na sua competência política. Disse ainda que as mulheres precisam ocupar um espaço maior na política brasileira, já que são maioria da população brasileira. “Não basta ser maioria numericamente, é preciso que essa maioria esteja representada em todos os fóruns. Embora as mulheres sejam maioria, 90% das mesas que a gente participa, é só homem”, disse ele. Ouça aqui a íntegra do discurso do presidente no seminário: Para ler a transcrição, clique aqui. Artigos relacionados |
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