quinta-feira, maio 18, 2006
Saberes transversais e democráticos. RADICALMENTE democráticos.
Sobre a entrevista do Governador Lembo: Os primeiros pingos, de volta sobre os primeiros is.
A entrevista do governador Lembo, em 2006, VARREU, para sempre, do mundo, parte muito importante do CONVERSÊ tucano-pefelista e neoliberal e autista e oco. Varreu também, para sempre, parte importante do conversê autista da USP autista que o construiu e da 'imprensa' que o 'repercutiu', sem parar um dia, por tantas décadas, do Oiapoque ao Chuí.
De quebra, o governador Lembo deu uma lição, magnífica, de cala-boca, a toda a tucanaria.
Não valesse por outras coisas, a entrevista valeria por isso! [risos muitos]
A entrevista do governador Lembo, em 2006, operou o movimento civilizatório de VARRER, das discussões sociais, no Brasil, A USP INTEIRINHA.
Só por isso, voltei a ler, hoje, a Folha de S.Paulo (só hoje, sem compromisso, para reavaliar amanhã).
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Há vários fatores que explicam a entrevista (ótima!) do governador Lembo, hoje, à Folha de S.Paulo.
O primeiro desses fatores, que me ocorre imediatamente, é que o governador Lembo NÃO É USPEANO. Ele é totalmente da Universidade Mackenzie, doutorado, professor e reitor da Universidade Mackenzie. Isso não é importante por ele ser mackenzista, em São Paulo. Isso é importante por ele NÃO SER USPEANO, em São Paulo.
Isso parece pouco, e é pouco. Mas vira MUITO, se se pensa que o PSDB em São Paulo é efeito teratológico (=monstruoso) de um casamento teratológico (=que gera monstros), entre: o Estadão (jornal), a USP e a sociologia pró-dependência mais canalha que jamais se construiu no planeta, que foi construída pelo General Golbery, cujo 'príncipe-rei' é hoje FHC, e cujas subprincesas e subpríncipes incluem TUDO, hoje; até CENTENAS DE JORNALISTAS, alguns mais decentes, mas a maioria TOTALMENTE ALUGÁVEL.
Se os subpríncipes e subprincesas são esses, imaginem-se, então os cavalariços. Dentre os subcavalariços dessa corte de araque TOTAL, há um José Aníbal -- brucutu total. Esse, por exemplo, estará na 'coordenação da campanha eleitoral' de Alckmin-candidato. Nesse quadro, dá saudades, até, do Ônyx-o-Horrível, né?! [risos muitos]
Nada disso bastasse, pra enterrar totalmente a candidatura Alckmin, deve-se lembrar também que nem tooooooooooooooooooooooooooooda a sociologia de fancaria dos professô-dotô tucanos conseguiu derrotar, internamente, a candidatura Alckmin. A candidatura Alckmin é, portanto, uma derrota construída dentro de outra derrota.
Não há nada como um dia depois do outro!
Passam os anos e, de repente, quando os ridículos super professô-dotô uspeanos já estão reduzidos ao desastre TOTAL que é essa candidatura Alckmin, alimentada a marquetagens autistas do professô-dotô Lavareda, e sucessora do desastre TOTAL que foram os governos FHC-Alckmin-Serra, a polícia então enlouquece também, arrastada num duplo enlouquecimento: o enlouquecimento dos pobres e analfabetos encarcerados e o enlouquecimento dos tucanos ricos, soltos e letradíssimos.
Ora! Até o meu gato já entendeu que a bandidagem presa TEM TODO O DIREITO DE ENLOUQUECER, submetida, há anos, às condições sub-humanas em que vivem, nas prisões paulistas. Já vimos o filme. Já sabemos.
E se se invertessem os papéis?!
Se um Sérgio Mota ou um Valério soubessem, do Brasil real, metade do que sabe o Sr. Marcola, é perfeitamente razoável supor que os papéis, hoje, estivessem invertidos: algum Sérgio Mota ou algum Valério estariam na cadeia, exigindo televisão para assistir à Copa do Mundo, e o Sr. Marcola seria senador tucano, zurrando que daria surras no presidente da República... e perfeitamente impune, para zurrar o que bem quisesse, em nome da "liberdade para zurrar", que a 'Comissão de Ética e Decoro' da Câmara de Deputados inventou e consagrou como lei, ontem, no Brasil, e garantiu-a para a Deputada Cobra Zulaiê, tucaníssima, e das que zurra.
Na hora do vamvê, até o PFL já viu!
Nessa hora, em que vêm pra rua TODOS OS RESULTADOS POLÍTICOS DO NADA-SOCIAIS que sempre foram todas as políticas uspeanas-tucanas... ATÉ O PFL percebe que, sim, foi preso numa arapuca, engambelado pelas 'sociologias' de FHC, pelos discursos autistas dos uspeanos (e os há pra todos os gostos: economistas, historiadores, geógrafos, lingüistas, cada um prontinho pra explicar o mundo à moda, sempre errada, do charco do Butantã, e a favor das elites do charco).
O governador Lembo, que é inteligente, pode ter ajudado o Brasil a entender uma fatia IMPORTANTE de nossas tragédias históricas:
-- assim como o nordeste construiu dinastias de coronéis, cujos filhos e netos, em 40 anos, saíram direitamente dos seus currais eleitorais familiares, para a Câmara de Deputados e para o Senado (e são hoje os zilhões de deputados-filhos e deputados-netos que envergonham, todos os dias, a Câmara de Deputados e o Senado Federal), a 'grana velha', de São Paulo, construiu... um jornal e uma universidade.
Com esses instrumentos, depois do golpe de 64, essa 'grana velha' (dos ruralistas, sim, claro, sempre! Mas hoje, também, com a grana nova dos donos de escolas e universidades, dos donos de hospitais e laboratórios, dos donos de jornais e televisões e coisa-e-tal ) chegou ao poder, no Brasil. E deitou e rolou. E DESTRUIU o Brasil. E construiu, inteirinha, a miséria das periferias brasileiras que, hoje, começam a levantar a cabeça.
Xô e xô, pras sociologias de araque de FHC!
A entrevista do governador Lembo contribui, sim, mais do que tudo, para dar um BASTA nas sociologias de araque, nas economias de araque, nas ciências sociais de araque da USP fernando-henriquista, já reduzida, hoje, à sociologia dos Borhausen racistas, dos Jereissatis histéricos, dos Virgílios doidos, das Heloisa Helenas tolas e dos FHC-Serras APAVORADOS.
De volta a "Casa Grande e Senzala"?!
A verdade nua e crua é que a entrevista do governador Lembo, afinal de contas, não faz mais do que REPOR, na discussão social, a sociologia de "Casa Grande e Senzala", de Gilberto Freire.
Esse livro nascido em 1933, foi uma espécie de 'resposta' aos primeiros movimentos-resultados civilizatórios, para o Brasil, da Revolução de 30.
Essa resposta formou-se, naquele momento, como ensinou belamente o Prof. Antonio Cândido (socialista, petista e fundador do Partido dos Trabalhadores), como uma "pré-consciência do subdesenvolvimento".
Em São Paulo, alguma espécie de tentativa de vacinar-se contra essa pré-consciência do subdesenvolvimento e seus eventuais efeitos libertários e progressistas, gerou a Universidade de São Paulo, inaugurada em 1934.
O fracasso da aventura elitizante das elites paulistas
A entrevista do governador Lembo, em 2006, operou movimento civilizatório equivalente ao que gerou a USP.
Só que, 72 anos depois, nos mostra que é preciso andar, agora, em outra direção.
Dessa vez, o movimento civilizatório nos ensina que é preciso desmascarar, AFINAL, o fracasso da aventura 'elitizante' das elites letradas paulistas.
A USP, em 72 anos, não conseguiu construir elites SOCIAIS, socialmente construídas e socialmene articuladas; só construiu elites autistas, autocentradas, de costas para o Brasil, indiferentes à miséria das maiorias. Elites antidemocráticas, dedicadas à DES-democratização do Brasil. Essas elites autistas construiram jornais e jornalistas.
ISSO, alimentou o golpe de 1964. ISSO prosseguiu, em seguida, nos governos de FHC-Alckmin-Serra. ISSO está sendo derrotado, hoje, em 2006, pelos soldados miseráveis e desesperados do Sr. Marcola, nas ruas.
E ISSO está sendo derrotado, também, ao mesmo tempo, nas urnas, PELO MEU VOTO DEMOCRÁTICO EM LULA.
Agora, é prosseguir.
Com Lula, é claro, em 2006. E Mercadante, em São Paulo!
Com a Universidade Nômade.
Com a Universidade Popular.
Com a Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST.
Com o Brasil, livre, afinal de todos os professô-dotô tucanos e golpistas, assumindo, afinal, nós mesmos, também a tarefa de construir SABERES SOCIAIS, socialmente construídos. Saberes transversais e democráticos. RADICALMENTE democráticos.
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PARA NÃO ESQUECER: "Nós vamos ter um enfrentamento grave. Vocês se preparem." (Presidente Lula da Silva, do Brasil, maio de 2006).