sexta-feira, julho 28, 2006

Na democracia deles, só um lado pode falar

PSDB e PFL pedem e TSE censura ´Revista do Brasil´

Numa clara ofensa aos trabalhadores em particular e à liberdade de imprensa no geral, a coligação encabeçada pelo candidato da direita neoliberal, Geraldo Alckmin, sustentou que o primeiro número da revista fazia campanha pró-Lula e contra o tucano. A publicação, que é mensal e teve 360 mil exemplares, é produzida por 23 sindicatos e pela CUT. Cabe recurso.Prossegue a ânsia neoliberal para calar entidades progressistas e a voz dos trabalhadores. A coligação Por um Brasil Decente (PSDB/PFL) entrou com representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral contra a regional de São Paulo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) por conta da veiculação da primeira edição da Revista do Brasil. Nesta quarta-feira (26/7), o ministro Carlos Alberto Menezes julgou procedente a representação, proibindo a distribuição da revista por qualquer meio, sob pena de multa.Por conta da arbitrariedade, os sindicatos vão recorrer - e o TSE terá a oportunidade de reparar o erro. Na opinião do diretor de imprensa da CUT/SP, Daniel Reis, a decisão da Justiça é uma ofensa aos trabalhadores. "Acredito que o TSE vá rever sua decisão. Não é possível que os trabalhadores sejam proibidos de manter uma publicação própria, que não tenham direito a contar o seu lado da história, como fazem os mais poderosos por meio da grande mídia."A Agência Carta Maior - que forneceu conteúdo para as duas primeiras edições da publicação - também deixa de disponibilizar na íntegra esses conteúdos. A publicação é produzida por 23 dos maiores sindicatos do país e pela CUT. Foi lançada em maio com o intuito de fazer chegar aos cerca de 360 mil associados desses sindicatos "informação apresentada sob a ótica dos trabalhadores". O primeiro número trazia na capa o presidente Lula e uma matéria analisando os motivos que o levam a permanecer com a popularidade em alta, apesar da crise política do ano passado. O segundo número, que traz na capa uma matéria sobre a Volkswagen, já estava sendo distribuído.Os dois temas mostram a pertinência da publicação. Trata-se de mais um veículo para a classe trabalhadora expor idéias e se informar de modo crítico. Os textos da revista se aprofundam um a um, na tentativa de contextualizar os leitores. Mas o bloco conservador - capitaneado por PSDB e PFL, mais e interessado na alienação dos trabalhadores - alega que a divulgação da revista faz prática de conduta ilícita. Algumas das matérias acabavam por "ressaltar a suposta força eleitoral do atual presidente da República, ao informar que seu governo não desmantelou programas sociais e não privatizou direitos sociais e culturais", segundo texto divulgado no site do TSE.Que crime, afinal?Se o argumento for válido, é preciso fechar praticamente todos os veículos da grande imprensa. A cada rodada de pesquisa de intenção de votos para as eleições de outubro, é notória a força nas camadas mais pobres de Lula, candidato à reeleição. Esse potencial não é gratuito. Analistas políticos, donos dos institutos de pesquisas e até jornalistas do establishment reafirmam justamente o peso dos programas sociais na predisposição do eleitorado.PSDB e PFL carregam nas tintas, erram a mão. Citam Eram nominalmente as matérias de capa ("O segredo de Lula" - "Diga-me para quem governas") e "Pavor de investigação", sobre as dezenas de CPIs barradas na Assembléia Legislativa de São Paulo. Apontam uma suposta "panfletagem eleitoral" em favor de Lula e "propaganda negativa" em relação ao candidato Geraldo Alckmin. Se a base de sondagem são os trabalhadores, nada mais natural do que a preferência por um candidato egresso desse mesmo meio, cujo governo valorizou o salário mínimo, aumentou os índices de empregos formais e ainda legalizou as centrais sindicais. Interpretações e análises políticas não podem ser confundidas - como fez o TSE - com propaganda eleitoral."Criamos a revista com o objetivo de levar à população informações que outras revistas de grande circulação não trazem", conta Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Como exemplo, ele expõe a a matéria de capa na edição 2, sobre as demissões na Volks. "Freqüentemente, o caso é apresentado do ponto de vista da empresa. E nós mostramos a forma como sofrem os trabalhadores e seus familiares." Propaganda política? Onde?"A revista traz matérias sobre comportamento, saúde, futebol, dicas culturais. Não tem nada de eleitoreira e ofensiva", reforça o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo. "Revistas como Época, IstoÉ e principalmente a Veja fizeram capas extremamente ofensivas ao presidente da República, ao Partido dos Trabalhadores - e, muitas vezes, fazem isso em relação aos sindicatos e aos trabalhadores, e são tratadas dentro dos parâmetros da liberdade de imprensa". Feijóo e Luiz Cláudio Marcolino são os diretores responsáveis pela revista.

Da Redação, com Agência Carta Maior e CUT-SP
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=5663

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Na democracia deles, só um lado pode falar. Esse é o tamanho do embate político e ideológico que estamos vivendo no Brasil. Imprensa livre??? Só se for a imprensa tucana. A imprensa do anonimato editorial, a imprensa KKK.O TSE está ensinando para todos nós, quem é quem no Brasil, e por onde é, que deve ser o nosso caminho... am

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O golpe aí é simples:

-- o PSDB-PFL 'denuncia' tudo, seja revista, seja jornal, seja foto de família, seja festinha de aniversário, como campanha eleitoral ilegal.

-- o STE acolhe a denúncia, em sentença da qual se pode recorrer (o que é TOTALMENTE normal e óbvio. Praticamente TODAS essas denúncias 'podem' ser acolhidas na primeira senteça, porque SEMPRE cabe recurso em TODAS as decisões de um só juíz, no STE. Daí que, seja qual for o resultado, o lado 'perdedor' SEMPRE recorre. Nesse caso, o primeiro juiz quase sempre acolhe a denúncia... pra que o caso possa ser mais bem examinado, com mais calma); e

-- a mídia-de-jornalão 'noticia' a sentença da proibição -- SEM EXPLICAR O GOLPE, é claro.

A coisa toda funciona como PROPAGANDA PRÓ TUCANARIA, até as eleições, porque essas ações visam só a nos INTIMIDAR.

Depois das eleições, o STE julga ("com mais calma", em reunião de todos os ministros) e, absolva ou não, ninguém nem noticia o resultado final do processo.

Aliás, como é fácil de perceber, a primeira sentença, por mais precária que seja (do ponto de vista formal) JÁ PROVOCA TODO O ESTRAGO QUE TEM DE PROVOCAR (pq tira a publicação das bancas).

Tudo, aí, é a mesma tucanaria-pefelista em ação!

O que interessa extrair como lição, desse negócio aí, é que as putas-velhas do PSDB-PFL já sabem (por longa experiência) que, em período de eleição, a vantagem está com eles.

É vantagem, para eles, processar tooooooooooooooooooooooooooodo e qualquer movimento que nós façamos. Prá nós, o risco sempre é maior.

Afinal de contas, mesmo que nós processássemos sempre (e mesmo que ganhássemos) uma coisa é tirar das bancas um número inteiro de uma revista nova, que não tem dinheiro sobrando. Outra coisa, bem diferente, sempre, é retirar das bancas uma edição inteira da revista NÃO-Veja (mesmo que conseguíssemos esse milagre). Uma edição apreendida não põe em risco a empresa Abril inteira. Mas uma edição apreendida, de jornal NOVO, sim, pode ser uma BAITA desgraça (para nós).

O NOSSO CASO é diferente EM TUDO. No nosso caso, NEM os juízes têm tantos 'cuidados', nem os jornalões PUBLICAM (sejam as nossas denúncias, sejam as sentenças que nos favoreçam).

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O que nós temos de entender é que, nessa campanha, nós estamos LUTANDO contra 'um sistema' histórico-político INTEIRO.

Esse sistema tem Juízes, Procuradores Gerais, advogados, jornais, jornalistas, universidade, sociologias, televisão, novelão e tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuudo.

É exemplar, quanto a esses dois tipos de procedimentos, sobretudo na mídia-de-jornalão paulista, o caso da conclusão do processo que o Ministro José Dirceu moveu contra o doido daquele irmão do Prefeito Celso Daniel.

O doido daquele irmão do CD MENTIU às CPI (e os jornalões publicaram as mentiras, como se fossem verdade provada). O ministro José Dirceu processou-o por calúnia.

A coisa toda era tão COMPLETAMENTE MENTIROSA, que nenhum juiz conseguiria absolver o doido do irmão do CD.

O Ministro José Dirceu, então, venceu, completamente, e já há sentença e prova que PROVAM que os jornalões publicaram MENTIRAS... mas nenhum jornalão deu destaque, à reparação, como deram destaque ÁS MENTIRAS.

CONCORDO TOTALMENTE COM O ADAUTO (na msg abaixo): "Na democracia deles, só um lado pode falar. Esse é o tamanho do embate político e ideológico que estamos vivendo no Brasil." PERFEITO, companheiro Adauto!

TÁ NA CARA que o Brasil ainda não vive em democracia.

Reeleger o presidente Lula é DAR MAIS UM PASSO na direção de RECONSTRUIR a democracia brasileira que, sim, foi TOTALMENTE destruída, no Brasil, desde o golpe de 1964.

Os governos da tucanaria-pefelista trabalharam EXCLUSIVAMENTE para mascarar, como se fosse alguma democracia, a MESMA ditadura de antes. Estão, aí, candidatos, não para democratizar. Eles estão aí, candidatos, para PROSSEGUIR o processo de DESDEMOCRATIZAR o Brasil.

A democracia ainda terá de ser REELEITA, no Brasil.
Por isso é que, agora, tem de ser "LULA DE NOVO, com a força do povo."
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