segunda-feira, outubro 16, 2006

O JORNALISMO DE ALUGUEL DA GLOBO (desmoralização e decadência)

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Quem explica? 'O jornalismo da Globo ficando desmoralizado' 12:28 "As criticas de nomes qualificados do jornalismo brasileiro ao tratamento que a Globo dá ao noticiario (notas da manha) graduando a importância dos fatos conforme seus interesses imediatos, devem estar sendo ainda mais corrosivas para a cambaleante credibilidade da emissora e seus fantasticos shows da vida, eu imagino. Fica a impressao de que é um bom negocio ser mal falado pela Globo - basta ver o ibope do Lula, por exemplo. Se a Globo nao recomenda, eu uso. Se a Globo recomenda, nao uso. O jornalismo da Globo está mesmo ficando desmoralizado, uma pena". 16/10 Pedro Albuquerque

Outras hojeQuem explica? Paulo Henrique Amorim sugerindo aqui
Quem explica? 'O antijornalismo que tomou cont aquiQuem explica?

Quem explica? As 10 perguntas que a Globo não respondeu 08:34 Assinada por Raimundo Rodrigues Pereira (quem lembra do 'Movimento'?) a reportagem de capa desta semana da Carta Capital expoe a TV Globo com uma clareza raramente impressa nos tantos textos de criticas ao jornalismo da emissora escritos com maior ou menor veemência por todos esses anos. Porque ele simplesmente narra fatos, sugere caminhos e provoca 1 lista de 10 perguntas embaraçosas - que a Globo (nao) responde com seu habitual texto de gaveta que remete sempre que se vê acuada em situaçoes irrespondiveis - "Se tem uma coisa que tem alegrado a nós, jornalistas da TV Globo, é o alto grau de isençao que temos conseguido imprimir etc". Sem chance na internet, vc tem q comprar a revista na banca para ler a integra de 'A Trama que Levou ao 2o Turno'. Sao 8 paginas essenciais pra todos que se interessam por comunicaçao e pelos caminhos muitas vezes sombrios da midia brasileira nos ultimos anos. As perguntas e a nao-resposta estao na pagina 27. Esqueça as eleiçoes, o assunto é mau jornalismo e tambem exibe, com a mesma força, a sordidez do tratamento dado aos mesmos fatos pelas 1as paginas dos jornaloes. 16/10 Julio Hungria

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O Povo fez a mais criativa cobertura das eleiçoe aqui
1 tucano na novela da Globo contracena com Regin aqui
Vendo TV Debate da Band nao rendeu mais q 14 c aqui
Propeg comenta em comunicado a noticia do Blue B aqui
Propeg demitiu 35 com derrota de ACM, tinha as c aqui
Ainda a eleiçao Fatima Bernardes para musa da aqui

Comentários
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Requiém do jornalismo
Luís Nassif

Raimundo Pereira sempre teve compromissos políticos. Mas manteve intacto o compromisso com o jornalismo, que desenvolveu desde os tempos brilhantes da revista "Realidade". Sua matéria na "Carta Capital" sobre a cobertura da imprensa das fotos do dinheiro que seria pago pelo "dossiê Vendoin" é uma aula de jornalismo sobre o antijornalismo que parece ter tomado definitivamente conta da mídia. Nos últimos anos houve vários exemplos de matérias encomendadas, várias evidências de mistura de jogadas empresariais e reportagens, e várias coberturas em que se misturavam cumplicidade com a polícia e autodefesa de jornalistas - como no caso do Bar Bodega, em que muitos jornalistas conviveram por um mês com um delegado que, depois se soube, torturou meninos injustamente acusados do crime, e nenhuma das testemunhas jamais veio a público denunciar o complô. Mas em nenhum desses casos houve uma abrangência tão grande de veículos e uma falta de limites tão acentuada - independentemente da gravidade dos episódios cobertos - quanto a cobertura da foto dos maços de notas que seriam utilizados para a compra do "dossiê Vendoin". A reportagem de Raimundo não é partidária, não é militante, não é raivosa, não trata a falta de escrúpulos com falta de escrúpulos - como tem sido a marca desses tempos de escuridão, nessas batalhas absurdas de capas atacando Lula e atacando a oposição. É fria e lógica como uma cirurgia de especialista. Não desperdiça palavras, não gasta acusações, apenas confronta princípios básicos de jornalismo com a atitude de cada veículo, repórteres e direção, no episódio em pauta. Menciona gravações do delegado que vazou os maços de nota, a cumplicidade com jornalistas, jornais acobertando mentiras, como a versão de que as fotos haviam sido furtadas - versão divulgada a pedido do proprio delegado, conforme gravações preservadas por repórteres indignados e impotentes. A exemplo de tantas campanhas absurdas dos anos 90, não adianta invocar a presença do "inimigo", do crime a ser combatido pouco importando os meios. Os atingidos pela cobertura não foram Lula, nem os "aloprados", nem mesmo o primeiro turno das eleições: foi o exercício do jornalismo, pelas mãos de algumas pessoas que, pelo cargo que ocupam, deveriam ser os maiores guardiões desses princípios. Os 67 mil exemplares da "Carta Capital" não se equiparam à tiragem das grandes publicações. Mas cada exemplar com a matéria de Raimundo ficará pairando no ar, como um alerta sobre o que ocorre com jornalistas e publicações, quando colocam paixões e interesses acima dos princípios jornalísticos.

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