quarta-feira, outubro 18, 2006

Há alguma coisa de ira insana, tresloucada, pirada...



PROPAGANDA ELEITORAL INCONTABILIZÁVEL, INFISCALIZÁVEL e ilegal.

Franklin Martins, outra vez, diz bem (ver coluna do dia 21/08/2006, em http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=o-efeito-pedra-no-lago-ja-era e a Caros Amigos, em http://www.franklinmartins.com.br/naestante_artigo.php?titulo=entrevista-para-a-revista-caros-amigos): "o "efeito pedra no lago" acabou.

A formação de maiorias no país hoje é um processo muito mais complexo e sofisticado do que há dez anos. Felizmente. É um sinal de que o país está se modernizando social e politicamente." Não há dúvidas de que o Brasil e os eleitores brasileiros modernizaram-se MAIS, social e politicamente, em quatro anos do governo democrático ÀS VERAS do presidente Lula, do que em quase 50 anos de governo dos eternos UDN-PSD-PSDB-PFL. ISSO, exatamente, é que, hoje, está enlouquecendo completamente TODA A MÍDIA brasileira, habituada, ao longo dos últimos 50 anos a mandar e desmandar no Brasil, tanto na opinião pública quanto, de fato, no próprio Estado brasileiro. Se se lê hoje o Estadão, a Folha de S.Paulo e a revista NÃO-Veja, nota-se que há alguma coisa de ira insana, tresloucada, pirada, no conversê desses jornais. Há algo de Maria Antonieta já sem poder, mas ainda tentando salvar a pose, no que se lê hoje nos jornalões brasileiros. É muito interessante.

NÃO SE TRATA, não, de modo algum, de os jornais brasileiros 'terem lado' e, portanto, não fazerem, hoje, senão PROPAGANDA ELEITORAL INCONTABILIZÁVEL, INFISCALIZÁVEL e ilegal. NÃO se trata, sequer, de os jornalões brasileiros já não fazerem jornalismo algum. Trata-se, mesmo, é de os jornalões brasileiros AINDA operarem como se fossem jornais dos anos 50, para leitores dos anos 50. Nem as urnas -- que já falaram bem claramente, no Brasil -- bastam para democratizar os jornalões brasileiros. O jornalismo brasileiro é tão ridículo quanto seria, hoje, um jornal, por exemplo, monarquista, que se dedicasse exclusivamente a 'repercutir' as atividades da família real, em Petrópolis.

NEM O PRÍNCIPE JOAZINHO, que é surfista, suporta a turma de Petrópolis! A quem, afinal, interessaria, em 2006, o que pensem (ou mintam que pensem) algum Alckmin, algum Fernando Henrique Cardoso ou algum Jarbas Passarinho?! De fato, não surpreende que, em 2006, um Jarbas Passarinho ainda escreva o que escreveu ontem no Estadão. Não surpreende tampouco, que Jarbas Passarinho seja apresentado aos leitores-assinantes do Estadão como "ministro" e nem surpreende que o Estadão CUIDADOSAMENTE oculte, de seus leitores, que JP foi ministro, sim, mas... dos governos da ditadura! [risos, risos].

O que surpreende mesmo é que o Estadão -- reputado o 'maior' jornal do Brasil -- não tenha MELHOR analista para analisar o Brasil de 2006, do que um ex-ministro da ditadura. Vê-se assim, afinal, que Franklin Martins tem ainda mais razão no que escreveu, do que ele escreveu. Porque É VERDADE que o Brasil está, mesmo, se modernizando social e políticamente. Mas é verdade também, cada dia mais evidente em TODOS os jornalões brasileiros, que os jornalões brasileiros NÃO SE MODERNIZARAM nem socialmente, nem politicamente nem, sequer JORNALISTICAMENTE.

Reeleger o presidente Lula, em 2006, é, também, MOSTRAR aos jornalões brasileiros que, de agora em diante, eles só têm uma única saída, se quiserem sobreviver nem que seja, apenas, como empresas comerciais: democratizar-se, também, tanto socialmente quanto políticamente quanto, também, JORNALISTICAMENTE. Em jornal-empresa moderna, Jarbas Passarinho não arranjaria emprego nem como varredor de redação. E Fernando Henrique Cardoso não serviria nem para atender o telefone, pq o cara é cheio de "cacoetes de linguagem" e, pra piorar, tem aquela mania HORRÍVEL de ele mesmo perguntar e ele mesmo responder as suas próprias perguntas, feito doido. Pois pro Estadão, em 2006, Jarbas Passarinho é 'estadista e ministro'; FHC é sociólogo; e D. Dora Kramer é colunista. Quer dizer: o Estadão morreu. (A Folha de S.Paulo e a revista (NÃO-Veja), é claro, já morreram antes).

>>>