domingo, dezembro 11, 2011

O LIVRO DO AMAURY: TUKANOS, PRIVATIZAÇÕES E MÍDIA


                          A MÍDIA QUE ESTÁ ESCONDENDO É SÓCIA DOS TUKANOS?
                         
CADÊ A CAPA DA VEJA?
CADÊ O JORNAL DA BAND?
CADÊ A FOLHA?
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Luís Nassif: A reportagem investigativa da década

A reportagem investigativa da década
Enviado por luisnassif, sab, 10/12/2011 – 21:28
Fui ontem à coletiva do repórter Amaury Ribeiro Jr, sobre o livro que lançou.
Minha curiosidade maior era avaliar seu conhecimento dos mecanismos do mercado financeiro e das estruturas de lavagem de dinheiro.
Amaury tem um jeito de delegado de polícia, fala alto, joga as ideias de uma forma meio atrapalhada – embora o livro seja surpreendentemente claro para a complexidade do tema. Mas conhece profundamente o assunto.
Na CPI dos Precatórios – que antecedeu a CPI do Banestado – passei um mês levando tiro de alguns colegas de Brasília ao desnudar as operações de esquenta-esfria dinheiro e a estratégia adotada por Paulo Maluf. Foi o primeiro episódio jornalístico a desvendar o submundo das relações políticas, mercado financeiro, crime organizado.
No começo entendi os tiros como ciumeira de colegas pela invasão do seu território por jornalista de fora. Depois, me dei conta que havia um esquema Maluf coordenando o espírito de manada, no qual embarcaram colegas sem conhecimento mais aprofundado do tema.
Minhas colunas estão no livro “O jornalismo dos anos 90”, mostrando como funcionavam as empresas offshore, o sistema de doleiros no Brasil, as operações esquenta-esfria na BMF e na Bovespa, as jogadas com títulos estaduais.
Repassei parte desse conhecimento ao meu amigo Walter Maierovitch, quando começou a estudar esse imbricamento mercado-crimes financeiros e, depois, na cerimônia de lançamento do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência).
Mesmo assim, persistiu a dicotomia na cobertura: jornalistas de mercado não entravam em temas policiais e jornalistas policiais não conheciam temas financeiros. E a Polícia Federal e o Ministério Público ainda tateavam esse caminho.
Aos poucos avançou-se nessa direção. A Sisbin significou um avanço extraordinário na luta contra o crime organizado. E, no jornalismo, Amaury Ribeiro Jr acabou sendo a melhor combinação de jornalismo policial com conhecimento de mercado.
Quem o ouve falar, meio guturalmente, não percebe, de imediato, sua argúcia e enorme conhecimento. Além de ter se tornado um especialista nas manobras em paraísos fiscais, nos esquemas de esquentamento de dinheiro, tem um enorme discernimento para entender as características de cada personagem envolvido na trama.
Mapeou um conjunto de personagens que atuam juntos desde os anos 90, girando em torno do poder e da influência de José Serra: Riolli, Preciado, Ricardo Sergio, Verônica Serra, seu marido Alexandre Burgeois. É uma ação continuada.
Entendeu bem como se montou o álibi Verônica Serra, uma mocinha estreante em Internet, naquele fim dos anos 90, com baixíssimo conhecimento sobre tendências, modelos de negócios, de repente transformada, por matérias plantadas, na mais bem sucedida executiva da Internet nacional. Criou-se um personagem com toque de Midas, em um terreno onde os valores são intangíveis (a Internet) para justificar seu processo de enriquecimento. Mas todo o dinheiro que produzia vinha do exterior, de empresas offshore.
Talvez o leitor leigo não entenda direito o significado desses esquemas offshore em paraísos fiscais. São utilizados para internalizar dinheiro de quem não quer que a origem seja rastreada. Nos anos 90, a grande década da corrupção corporativa, foram utilizados tanto por grandes corporações – como Citigroup, IBM – para operações de corrupção na América Latina (achando que com as offshores seriam blindadas em seus países), como por políticos para receber propinas, traficantes para esquentar recursos ilícitos.
Ou seja, não há NENHUMA probabilidade de que o dinheiro que entrou pelas contas de Verônica provenha de fontes legítimas, formalizadas, de negócios legais.
Ao mesmo tempo, Amaury mostra como esse tipo de atuação de Serra o levou a enveredar por terrenos muito mais pesados, os esquemas de arapongagem, os esquemas na Internet (o livro não chega a abordar), os assassinatos de reputação de adversários ou meros críticos. É um modo de operação bastante tipificado na literatura criminal.
No fundo, o grande pacto de 2005 com a mídia visou dois objetivos para Serra: um, que não alcançou, o de se tornar presidente da República; o outro, que conseguiu, a blindagem.
O comprometimento da velha mídia com ele foi tão amplo, orgânico, que ela acabou se enredando na própria armadilha. Não pode repercutir as denúncias de corrupção contra Serra porque afetaria sua própria credibilidade junto ao universo restrito de leitores que lêem jornais, mas não chegam ainda à Internet.
Ao juntar todas as peças do quebra-cabeças e acrescentar documentos relevantes, Amaury escancara a história recente do país. Fica claro porque os jornais embarcaram de cabeça na defesa de Daniel Dantas, Gilmar Mendes e outros personagens que os indispuseram com seus próprios leitores. (Só não ficou claro porque o PT aceitou transformar a CPI do Banestado em pizza. Quais os nomes petistas que estavam envolvidos nas operações?)
E agora? Como justificar o enorme estardalhaço em torno do avião alugado do Lupi (independentemente dos demais vícios do personagem) e esconder o enriquecimento pessoal de um bi-candidato à presidência da República?
Mesmo não havendo repercussão na velha mídia, o estrago está feito.
Serra será gradativamente largado ao mar, como carga indesejada, aliás da mesma forma que está ocorrendo com os jornalistas que fizeram parte do seu esquema.
A CPI dos Precatórios
No PDF, o livro “O jornalismo dos anos 90”. A partir da página 147, minhas colunas sobre a CPI dos Precatórios, onde já se revelava todo o imenso esquema do crime organizado no país, os doleiros, a operação em Foz do Iguaçu, as concessões do Banco Central etc.
A ironia da história é que, em determinado momento, consegui convencer o banqueiro Fábio Nahoum – testa de ferro do Maluf – a passar informações ao relator da CPI, senador Roberto Requião. Como testemunhas do encontro, a repórter Mônica Bérgamo – que teve um comportamento impecável quando Requião e alguns colegas de Brasília tentaram desqualificar minhas revelações – e o então senador José Serra.
Não podia imaginar que um dos esquemas que operava na região era do próprio Serra.
PS do Viomundo1: A título de esclarecimento, a CPI do Banestado, a nave-mãe de todas as operações de lavagem de dinheiro no Brasil, foi aberta por conta de uma reportagem do Amaury publicada na capa da IstoÉ.
PS do Viomundo2: Segundo se infere do que está no Privataria Tucana, esta é uma das peças de ficção jornalística criadas para justificar a fortuna repentina de Verônica Serra.
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Emediato: Esgotada primeira edição de Privataria Tucana

por Luiz Carlos Azenha
Luiz Fernando Emediato, da Geração Editorial, experimentou ontem a força dos blogues sujos. E, obviamente, da capa da CartaCapital.
O fato é que, na noite de ontem, a editora já não tinha mais cópias do livro Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr.
Todos os 15 mil exemplares tinham sido despachados. A editora foi pega completamente de surpresa pela força de divulgação dos internautas e, durante o dia, teve de improvisar para dar conta de atender aos pedidos das livrarias, que não paravam de chegar.
Houve muitos boatos, inclusive sobre a apreensão do livro. De suspeito, mesmo, só alguns compradores que levaram todo o estoque de duas livrarias (50 livros em cada).
A Geração se especializou em lançamentos guerrilheiros, como o do livro Honoráveis Bandidos, de Palmério Dória, que vendeu mais de 100 mil cópias sem qualquer divulgação na grande mídia.
Há, porém, uma diferença: o livro de Amaury, embora trate de um tema espinhoso — lavagem de dinheiro — traz quase uma centena de páginas de documentos e pode ter desdobramentos políticos e até mesmo jurídicos de longo prazo.
PS do Viomundo: Nossos pedidos de desculpas aos leitores. Ontem, por uma lastimável falha técnica, o blog subiu uma janela para transmissão do twitcam que nos deixou na mão, sem que pudessemos corrigir a tempo. Felizmente, outros blogues supriram nossa deficiência.
PS do Viomundo2: Emediato ofereceu uma cópia do livro para ser sorteada entre os leitores do Viomundo. Deixem os nomes nos comentários, pois. Obrigado.
Leia também:
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Repercussão de Privataria Tucana: "Pelo que eu saiba, Ricardo Sérgio não fez nada de errado"

Veja já denunciou Ricardo Sérgio de Oliveira, que FHC diz que "não fez nada de errado", se a Veja quiser tem farto material pra ir a fundo nesse escândalo, mas não vai...
E a jornalista da Folha de São Paulo pareceu se satisfazer com a "explicação" de um dos acusados, FHC...

A casa dos tucanos caiu! Amaury Ribeiro Jr. lança livro bomba, “Privataria tucana” e a revista Carta Capital destaca, com entrevista exclusiva, aquilo que o ex-repórter da Globo tem a contar sobre os crimes cometidos nos processos de privatizações do governo FHC, ou como Élio Gaspari um dia chamou de privataria.
Um termo muito adequado aquilo que foi realizado no país durante o governo neoliberal dos tucanos, em que José Serra, ex-ministro do Planejamento e da Saúde neste período, é apontado como um dos maiores responsáveis por um esquema bilionário de desvios dos recursos das vendas de empresas públicas, como a Vale do Rio Doce, por exemplo, que segundo FHC disse, foi Serra quem o "aconselhou" a vender.

A Carta Capital acende o estopim, mas é pouco provável que os demais órgãos de imprensa se interessem em escavar tão promissor assunto. Muito provável que ajam para desqualificar o autor do livro bomba, recheado de documentos que comprovam sua tese, para livrar a cara de seus aliados e patrocinadores.

A grande imprensa brasileira, conservadora até no osso, deverá escalar seus maiores expoentes para por abaixo qualquer reputação de quem pense em sustentar o que Amaury Ribeiro Jr. denuncia. Neste caso, deverão agir protegendo amigos, para se pouparem de investigações que podem chegar as grandes redações, pelas posturas antiéticas de seus chefes, desleixas para com um assunto de extrema relevância e omissas em aprofundar indícios gravíssimos que envolve cifras estratosféricas, da nossa história recente.

Em uma das primeiras repercussões sobre o assunto, FHC, respondendo a jornalista Mônica Bérgamo, afirmou desconhecer que Ricardo Sérgio, apontado como o articulador do esquema de corrupção tucana, como esclarece o autor, tivesse cometido qualquer irregularidade ao dizer: "Pelo que eu saiba, Ricardo Sérgio não fez nada de errado" e a colunista da Folha de São Paulo parece ter ficado satisfeita com a resposta...


Estará começando uma das maiores operações "abafa" de nossa história, com a mídia ignorando o fato escandaloso, ou a imprensa independente, a Justiça e a sociedade civil organizada, como a OAB, poderão levar adiante devastadoras provas para punir seus malfeitores?


emendão tucano, esquema de propinas pagas por emendas parlamentares da base de sustentação do governo de Alckmin na Assembléia Legislativa de São Paulo, já foi, exemplarmente, abafado.  Na ponta do lápis, quanto deve custar tamanha ignorância editorial dos grandes veículos de comunicação do país sobre estes atos de corrupção???
Carta O Berro.........................................................repassem



Amaury Ribeiro Jr. explica: “os tentáculos da privatização levam a José Serra”

publicada sexta-feira, 09/12/2011 às 11:39 e atualizada sexta-feira, 09/12/2011 às 12:18

Amaury: "está tudo documentado"
por Rodrigo Vianna
Amaury Ribeiro Jr. estava agitado na noite de quarta-feira. Não era pra menos: depois de mais de um ano de trabalho (só pra redigir, porque a apuração começara muito antes), o livro sobra a “Privataria Tucana” finalmente saíra da gráfica. Havia marcado de conversar com ele à tarde. Mas Amaury teve que correr até a editora, para alguns acertos finais e pequenas correções.
Quando entrei na pequena sala onde ele trabalha, por volta das seis da tarde, Amaury tinha já vários livros sobre a mesa. A cada pergunta que eu fazia, ele corria direto para a página onde estava o documento que poderia embasar sua resposta. “O livro está muito bem documentado”, o jornalista não cansa de dizer.
E o Serra? “Os tentáculos da privatização levam ao José Serra”, afirma o jornalista.
A seguir, uma entrevista exclusiva de Amaury Ribeiro Jr. ao Escrevinhador

- Por que Ricardo Sergio (ex-caixa de FHC e Serra) é tão importante nessa história?
Por 3 motivos.
Primeiro, na condição de diretor internacional do Banco do Brasil, ele assinou uma portaria que permitia a bancos brasileiros possuir contas em bancos correlatos no Paraguai, e vice versa. Essa medida tinha como pretexto facilitar a movimentação de dinheiro dos brasileiros que possuem comércio no Paraguai. No entanto, se transformou no maior duto para lavagem de dinheiro. Em vez do dinheiro vir para o Brasil, os doleiros passarama a usar esse mecanismo pra mandar toda a grana para uma agência do Banestado em Nova York. Pode-se dizer que Ricardo Sérgio atuou nessa ponta da lavanderia do Banestado.
Segundo ponto, Ricardo Sergio foi o grande artesão dos consórcios das empresas de telecomunicações durante as privatizações, no governo FHC. Ele conseguia manipular a formação dos grupos porque controlava o Previ (milionário Fundo de Previdência dos funcionários do Banco do Brasil), e decidia a forma como o Previ participaria dos consórcios. Ele conseguia isso porque o presidente do Fundo era um aliado dele – João Bosco Madeiro da Costa.
Por fim, Ricardo Sérgio criou a metodologia de usar as “offshores” nas Ilhas Virgen Britânicas, principalmente no Citco. Essas “offshores” eram usadas pra internar [trazer de volta ao Brasil] dinheiro que saiu ilegalmente do país, por meio de uma rede de doleiros.
- Ricardo Sergio foi indicado para o Banco do Brasil por quem?
Clovis Carvalho, homem muito próximo de FHC (foi ministro da Casa Civil) e Serra.
- O livro mostra uma rede de pessoas muito próximas a Serra e que teriam ligação com o esquema das “offshores”. Quem faz parte dessa rede?
A filha de Serra, Verônica. O genro dele, Alexandre Bourgeois. O primo de Serra, Gregorio Marin Preciado. Além de Madeiro da Costa.
- Qual a relação do banqueiro Daniel Dantas com Serra?
Os documentos mostram que a empresa Decidir, aberta na Flórida,era uma sociedade entre a irmã do banqueiro e a filha de Serra – as duas Verônicas. A empresa foi aberta com recursos das próprias empresas de Dantas. Depois, a Decidir foi transferida para as Ilhas Virgens Britânicas, no mesmo escritório da Citco onde Ricardo Sérgio opera com várias “offshores”, desde a década de 80. A exemplo das empresas de Ricardo Sergio, as offshores de Verônica e Alexandre Bourgeois eram usadas pra internar dinheiro em empresas deles no Brasil.
- Isso está provado por documentos?
Sim. Tudo está documentado, papéis obtidos de forma lícita em cartórios , na Junta Comercial, nos arquivos da Justiça brasileira e no governo da Florida, além de papéis obtidos nas Ilhas Virgens.
- No governo tucano, Serra era tido como um “desenvolvimentista”, em oposição aos “liberais” que queriam privatizar tudo. Sua investigação mostra que Serra foi mesmo um personagem secundário nas privatizações?
Não, ao contrário. Todos os personagens importantes na privatização eram muito proximos a Serra, a começar pelo Ricardo Sérgio, que foi caixa de campanha do Serra antes de ir para o Banco do Brasil. Isso mostra que Serra era um personagem central no processo, não era figura secundária, aliás ele fez questão de bater o martelo pessoalmente em mais de um leilão . Se fizermos um gráfico com as pessoas citadas no livro, vemos que os tentáculos da privatização levam ao José Serra. O nome dele aparece em poucos documentos, mas nos papéis surge gente muito próxima ao Serra – a filha, o genro, o Ricardo Sérgio…
- Ano passado você virou pivô de um escândalo durante a campanha. Não tem medo de retaliações agora?
Fui colocado no foco das eleições, com dois objetivos: evitar que os papéis desse livro fossem divulgados e afetar a candidatura da atual presidenta Dilma. Mas o livro está aí para provar que nenhum desses papéis é fruto da suposta quebra de sigilo de que fui acusado no ano passado. Quanto a retaliações, estou preparado pra tudo, e aviso: tudo que relato no livro está muito bem documentado


http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/12/09/como-o-livro-do-amaury-leva-o-fhc-para-a-cadeia/

Como o livro do Amaury leva o FHC para a cadeia



Como diz o Amaury Ribeiro Junior, no “Epílogo” de “A Privataria Tucana”:


No México, o presidente Carlos Salinas de Gortari, santo padroeiro das privatizações (ele entregou o México ao Slim) fugiu para Nova York num jatinho.


O presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez Lozada, que entregou até a água do país, fugiu para Miami aos gritos de “ assassino !”.


Fujimori, o campeão das privatizações peruanas, admitiu pagar propinas ou “briberization” – expressão do Joseph Stiglitz, que o Amaury gosta de usar – no valor de US$ 15 milhões.


Na Argentina, ninguém, mais fala “Menem”.


Quando é para se referir ao herói da privatização argentina, “el saqueo”, o presidente Carlos Menem, se diz “Mendéz”, para não dar azar.


Menem fugiu para o Chile atrás de uma starlet e voltou para a Argentina munido de um mandato de Senador, para não ir em cana.


Aqui, levam o Fernando Henrique a sério.


Cerra, Ministro do Planejamento, e o Farol de Alexandria presidiram à maior roubalheira das privatizações latino-americanas.


Não há o que se compare !


O Daniel Dantas lavou e deslavou dinheiro.


O Carlos Jereissati e Sergio Andrade compraram a Telemar com ajuda de uma “briberization” ao Ricardo Sérgio.


A Vale também teve “briberization”, ofertada ao mesmo chefe da Tesouraria das campanhas de Cerra e Fernando Henrique.


O Ricardo Sergio lavou, deslavou, cuidou da filha do Cerra e do genro do Cerra.


O Farol de Alexandria entra no diálogo com o André Lara Rezende a tramar um lance da privatização.


Entre o Ministério das Comunicações e o BNDES entrava consorcio por uma porta, saía outro pela outra, entrava a Previ por um lado, o dinheiro do Banco Brasil por outro, a Elena saía por uma porta, o Arida entrava pela outra – tudo no limite da “irresponsabilidade !”.


“Se der m …”


Com o Amaury, deu, amigo navegante !


Deu “m…”


Roubaram em todos os tempos e modos, diria o Vieira.


Segundo o Aloysio Biondi, que analisou o papel das “moedas podres” e dos empréstimos do Mendonção no BNDES, O BRASIL DO FHC E DO CERRA PAGOU, PAGOU PARA VENDER AS EMPRESAS ESTATAIS.


O Amaury cita o Bresser Pereira: “só um bobo dá a estrangeiros serviços públicos como as telefonias fixas e móveis”.


“Um bobo ou esperto”, ponderou o Amaury.


Espertíssimo !


O Delfim costuma dizer que o Cerra e o FHC “venderam o patrimônio e endividaram o país !”.


Dois jenios !


E espertos !


(Para dizer pouco !, não é isso Rioli, Preciado ?)


E o FHC com isso ?


Nada ?


Presidiu a roubalheira e não vai parar na Justiça ?


Todo mundo roubava e ele ali, a ler Max Weber …


A roubalheira no primeiro andar e ele na cobertura a tomar vinho francês.


O Fujimori na cadeia, o Sanchez Lozada em Miami, o Salinas escondido num bunker na cidade do México, o Mendéz refugiado no Senado, e o Farol de Alexandria no Roda Morta e a pregar a Moralidade !


Como é que é Zé (clique aqui para ler como os amigos do Dantas se referem ao Zé, com carinho e afeto) ?


E o brindeiro Gurgel: vai encarar o FHC ?


Ele não sabia de nada, brindeiro ?


O pau comia solto lá embaixo e ele ouvia Wagner !


Viva o Brasil !


(Só o Visconti …)




Paulo Henrique Amorim

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Imprensa ‘independente’ esconde livro sobre privataria tucana



Nos últimos anos, qualquer livro de autoria de desafetos ou adversários políticos do ex-presidente Lula e/ou do PT recebeu monumental cobertura da grande mídia. Tais obras costumam ser anunciadas em portais de internet, revistas semanais, jornais, televisões e rádios apesar de não conterem nada além de insultos e acusações sem provas.
Que interesse público ou meramente jornalístico pode ter um livro que chama o ex-presidente Lula de “anta” ou outro que chama de “petralhas” os mais de um milhão de filiados do Partido dos Trabalhadores? Apesar disso, esses livros, escritos por pistoleiros contratados para caluniar e xingar, são anunciados o tempo todo pelos grandes meios de comunicação.
Neste fim de semana, chega ao público um livro que, apesar de jamais ter sido sequer mencionado em um grande jornal ou em qualquer outro grande meio de comunicação, era aguardado por dezenas de milhares de internautas que dele souberam através da blogosfera e de uma única revista semanal, a Carta Capital.
O livro recém-lançado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr., acusado no ano passado pela grande mídia de integrar complô para montar dossiê contra José Serra, pode não conter apenas acusações sem provas ou meros xingamentos. Segundo o autor, apresenta provas de roubo de dinheiro público no processo que o jornalista Elio Gaspari batizou como “privataria”.
É revelador como o livro A Privataria Tucana jamais recebeu um único comentário inclusive do autor do termo que resume o que foi o processo de privatização de empresas públicas durante o governo Fernando Henrique Cardoso, ou seja, um dos maiores saques sofrido pela nação em toda a sua história e que superou até a roubalheira da ditadura militar.
A imprensa que vive se dizendo “independente”, portanto, ao tentar esconder o livro “proibido” está dando a ele a maior contribuição que poderia.
Explico: se fosse uma obra fraca, com denúncias fracas, seria excelente alvo para veículos partidarizados como Globo, Veja, Estadão e Folha. Se a escondem, é porque seu conteúdo deve ser arrasador. E como quem se interessa por assuntos assim certamente tem acesso à internet e a blogs políticos, a censura aumentará o interesse.
Os grandes meios de comunicação fazerem de conta que não viram o livro, portanto, talvez seja tão importante quanto seu conteúdo, pois pessoas bem-intencionadas que têm dúvidas sobre o partidarismo político daqueles meios agora dispõem de prova incontestável desse partidarismo.
Ora, imprensa que se diz “independente”, se fosse mesmo não precisaria concordar com um livro considerado bombástico para noticiar seu lançamento ou para produzir análises de seu conteúdo. O lançamento da obra é um fato político saboroso para qualquer jornalista de verdade. Aliás, é escandaloso que o autor do termo “privataria” tenha se calado.
Este blogueiro AINDA não leu o livro, o que começará a fazer no fim de semana. Até aqui, portanto, não sabe se as denúncias são fundamentadas. Pelo tratamento que a obra está recebendo da mídia, é possível concluir que deve ter muito mais do que suposições e xingamentos.
Se assim for, a mera publicação da obra não desnudará tão-somente o partidarismo de uma máfia que se autoproclama “imprensa independente”; permitirá que os setores pensantes e decentes da sociedade descubram se o Brasil tem Poder Judiciário ou se são todos comparsas dos poderosos chefões midiáticos.