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Acorda, nação petista! O Brasil precisa do ministro José Dirceu!
O ministro José Dirceu sempre fez, no PT, uma muito necessária ponte entre (i) o onguismo bem-intencionado de muitos petistas, bem-intencionado mas sempre surdo à realidade da disputa política; e (ii) o pragmatismo de classe média de outros petistas, algumas vezes mais, algumas vezes menos bem-intencionado, mas sempre, também, surdo à realidade da disputa política. Do onguismo sem política nasceram os fundamentalistas do PT. Do pragmatismo de classe média, também sem política, nasceram os aloprados.
O ministro José Dirceu sempre soube tornar operável e produtivo esse elo entre o PT fundamentalista e o PT ongueiro, dentro do PT. Nesse trabalho o ministro fez inimigos dentro do PT. Mas esse trabalho do ministro José Dirceu construiu a primeira eleição do presidente Lula.
Sempre tive a impressão de que, no momento em que o já então ministro José Dirceu foi obrigado a operar aquele mesmo elo, ao mesmo tempo dentro do PT e dentro do governo – já então sob fogo cerrado dos muitos interesses políticos e pessoais privados e privatistas que se disputavam seja dentro do primeiro governo Lula seja fora e contra o primeiro governo Lula – a tarefa tornou-se gigantesca demais.
Afinal, essa tarefa seria gigantesca demais para qualquer gigante, mesmo para um gigante como o ministro José Dirceu. Foi quando Dirceu, já outra vez apenas deputado (e ainda sem contar com um PT partidariamente coeso que o apoiasse e defendesse) foi degolado pela direitona.
Na degola do ministro José Dirceu a direitona ganhou uma batalha muito importante. E toda a esquerda perdemos uma batalha muito importante. (E o PT fez-se de morto).
Dirceu é o mais impressionante inimigo político que a direitona jamais enfrentou, no Brasil
O ministro José Dirceu foi degolado pela direitona, primeiro, é claro, por suas muitas qualidades de líder político: o ministro José Dirceu sempre foi o mais impressionante inimigo político que a direita brasileira jamais teve de enfrentar, em todos os tempos.
Mas o ministro José Dirceu também foi degolado pelo PT, tanto pelo PT ongueiro quanto pelo PT dos aloprados.
Cabe ao PT ajudar a sociedade brasileira a resgatar o soldado Dirceu! Acorda, nação petista!
É mais que hora, portanto, de o PT começar a criticar o seu onguismo despolitizado e, afinal, o seu onguismo DESDEMOCRATIZADO.
O onguismo é uma doença infantil do capitalismo senil
O onguismo é filho dileto da des-estatização e da des-politização do mundo dito ‘neoliberal’: os ongueiros detestam a luta política (nisso, aliás, são iguais aos monarquistas e aos fascistas, por exemplo).
Além disso, os ongueiros detestam o Estado e detestam todos os governos. Não por acaso, o onguismo sempre teve o apoio da GGG (Grande Grana Global, dos George Soros, dos Kissingers, dos Bush e coisa-e-tal), pq esse pessoal da GGG também odeia a luta política, o Estado e todos os governos.
Os ongueiros são autoritários e auto-referentes, nesse sentido são antidemocráticos, porque são des-democratizatórios. Como adolescentes surtados e sem projeto político de vida política democrática, os ongueiros sentem-se fortes em suas respectivas ONGs, grupos e bandos. Fora de suas respectivas ONGs, grupos e bandos, cada ongueiro só vê inimigos. Nesse sentido, as ONGs vêem os partidos políticos, os Estados e os governos como seus inimigos figadais; nesse facilitação ongueira de tudo, os ongueiros muito rapidamente se aliam ao capital do qual sempre dependem. Muito rapidamente também, os ongueiros se tornam burgueses moralistas e muito chatos.
As grandes ONGs e todos jornalões da direita estão aliados, no Brasil, contra o governo Lula
Essa reflexão me vem à cabeça agora, ao ver quão rapidamente os jornalões e toda a direitona, hoje, já estão irmanados com o discurso ongueiro de parte do PT ongueiro... contra o discurso político articulado do governo Lula.
Outra vez, só o ministro José Dirceu encontra o tom político adequadamente democrático
Semana passada, o presidente Lula denunciou com clareza tropical o ‘emperramento’ provocado, em muitas discussões políticas, por muitas dessas ONGs (ambientalistas e outras) – cada uma das quais age sempre à sua própria moda privada e específica, contra todas as demais ONGs e contra o Estado brasileiro e contra o governo Lula.
Rapidamente, todas as ONGs sentiram-se agredidas e defenderam-se como manada. Em um minuto, ONGs antes respeitáveis estavam em todos os jornais, irmanadas a ONGs de latifundiários & ruralistas, todas fazendo uma sua mesma defesa corporativa (privada e privatista e desdemocratizada, portanto).
Outra vez, como tantas vezes já aconteceu, só o ministro José Dirceu encontrou o tom adequadamente político e democrático para responder às tolices das ONGs ambientalistas mais famosas.
O que o presidente Lula não disse
Todos sabemos que o presidente Lula NÃO DISSE que deseja entregar a Floresta Amazônica aos exploradores internacionais e promover o aumento do desmatamento e roubar terras indígenas e quilombolas e pôr-se-á a prender-matar-e-arrebentar todos os direitos humanos.
Se sabemos que o presidente Lula NÃO DISSE isso, absolutamente não se admite a reação, por exemplo, de um tal de Mário Mantovani, diretor da ONG Fundação SOS Mata Atlântica.
Não por acaso, a opinião do ongueiro Mantovani achou caminho aberto e fácil até as manchetes do “Blog do Noblat” -- que é Estadão e direitona, como todos sabemos.
A fala do ongueiro Mantovani lá está, em 4/12/2006, 15h55, em http://noblat1.estadao.com.br/noblat/visualizarConteudo.do), em destaque, manchetada como “Frase do dia”: “Como não tem um projeto de crescimento, Lula tenta retomar o modelo desastroso do regime militar, em que o meio ambiente era detalhe.”
Erra muito brabamente, aqui, o ongueiro Mantovani
O presidente Lula jamais disse que o meio ambiente seria “detalhe”.
“Detalhe” – e se não o disse o presidente, digo-o eu – são e sempre foram o ongueiro Mantovani e sua ONG e seus ongueiros de fala tão rápida quanto leviana. Nem FHC, por exemplo, conseguiria ser mais rápido e mais tolo e mais leviano que esse ongueiro Mantovani, nessa espinafração do governo do presidente Lula.
O ongueiro Mantovani precipita-se, mistura assuntos, confunde tudo, despolitiza a luta contra a ditadura (que ainda não foi vencida, no Brasil, e, de fato, está em curso, e dificílima) e, em resumo, ‘golberyfica’ a discussão sobre o desenvolvimento. O ongueiro Mantovani, em resumo, tudo onguifica, tolamente, exclusivamente para defender interesses específicos de sua ‘turma’, contra os deveres e os direitos políticos e democráticos de um governo nacional e democrático.
Erra, sim, muito, o ongueiro, sobretudo porque ‘ensina’ os cidadãos a defender mais a ONG SOS Mata Atlântica do que o governo Lula e o Estado brasileiro, que tão duramente estamos conseguindo, afinal, recomeçar a redemocratizar.
É claro que temos de redemocratizar o Estado brasileiro, não para a eterna felicidade do ongueiro Mantovani, mas, é claro, para promover o progresso político e democrático de toda a sociedade brasileira.
O ongueiro Mantovani, com sua infeliz "frase do dia", apenas foge e ensina a sociedade brasileira a fugir de toda e qualquer discussão que vise a radicalizar a democracia.
O ongueiro Mantovani, hoje, visa, apenas, a onguificar (quer dizer: a privatizar à sua moda pessoal) a democracia brasileira.
Acerta muito mais, hoje, o ministro José Dirceu
Acerta muito mais, nesse assunto, hoje, o ministro José Dirceu (em 4/12/2006, 10:33, em http://z001.ig.com.br/ig/45/51/932723/blig/blogdodirceu/), que não foge da luta política e nem de longe supõe que alguma ONG, algum dia, possa substituir o Estado democrático e um governo democrático. O que o ministro José Dirceu diz é:
“Primeiro, precisamos dar mais condições de trabalho para o Ibama e para o Ministério do Meio Ambiente, como afirma o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). Segundo, é preciso mudar a legislação de forma transparente e negociada, como afirma o senador Heráclito Fortes (PFL-PI). Terceiro, temos de deixar claro para a sociedade que ninguém está propondo abandonar o licenciamento ambiental e sim avocar para a União os casos das obras de caráter nacional e de impacto na infra-estrutura do país.
Só isso, o que não é pouca coisa, mas é indispensável para avançarmos no desenvolvimento sem violar a legislação ambiental, um extraordinário avanço do país. Por outro lado, precisamos erradicar a cultura, muito forte em vários setores do Ministério Público e das ONGs, de judicializar todo e qualquer conflito ambiental, transformando aquilo que poderia ser resolvido por um Termo de Ajuste de Conduta, com ganhos ambientais e sociais, num litígio judicial, que, sabemos, não vai durar menos do que 5 a 10 anos, uma violência contra o Brasil.”
Assim, portanto, pelo Blog do Dirceu, ficou muito mais bem pautada a discussão sobre o meio ambiente, sem termos de nos deixar enrolar em onguismos à moda Estadão e Folha de S.Paulo, Noblats e Mantovanis.
Afinal de contas, seja qual for a opinião ongueira que tenha uma ou outra ONG sobre o Gabeira, esse parlapatão, ou sobre esse hipopótamo fascista que se chama Heráclito Fortes, é preciso ser muito ongueiro e muito metido a besta para NÃO VER que até esse Gabeira-parlapatão e até esse Heráclito-hipopótamo-fascista-Fortes tiveram MUITO mais votos DEMOCRÁTICOS do que esse tal de Mantovani.
Ser ongueiro moralista e metido a besta e chato é ‘ter certeza’ de que a democracia é simples e pode ser privatizada ou onguificada ao bel-prazer de uma ou outra opinião pessoal, grupal e sempre privada, de uma ou outra ONG. Ser um estadista democrático é saber que a democracia NUNCA é simples, na luta entre os ricos e os pobres.
Mantovani é um ongueiro metido a besta. O presidente Lula é um estadista. Dirceu é nosso ministro.
O mico-leão dourado sabe!
No frigir dos ovos, trata-se sempre de construir melhor democracia, radicalizada, para salvar o mico-leão dourado, na luta entre o mico-leão dourado e o capital – como o presidente Lula e o ministro José Dirceu sabem perfeitamente.
Ao mico, afinal, tanto faz qual seja a ONG que o defenda: o mico precisa, para salvar-se, é de Estado, de governo e de sociedade democráticos, democraticamente construídos. O mico sabe. Quem não sabe (ou finge que não sabe) são os Mantovanis, os Noblats, o Estadão, a Folha de S.Paulo etc.
Quanto à ministra Marina Cintra, parece indiscutível verdade que, se ela tender a considerar o seu ministério como o mais importante ministério da galáxia, movida, ela, por critérios ongueiros fundamentalistas, segundo os quais a defesa do meio ambiente justificaria queimar não só as matas, mas também o próprio governo democrático do qual ela faz parte... a ministra Marina Cintra errará, nisso, sempre mais, é claro, do que o ministro José Dirceu e o presidente Lula.
Xô Mantovani! Aulas de desonguificação e de democratização política para a ministra Marina Cintra!
Anistia já, para o ministro José Dirceu. Pela construção radicalmente democrática do segundo governo Lula!
Lula é muitos!
De: Caia Fittipaldi
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Não vão conseguir me calar em vida
O Globo traz hoje uma página e meia com matérias a meu respeito, além de uma chamada na capa – para ter acesso gratuito à edição digital, é preciso fazer um cadastro no site. Eu classifico esse material como mais uma tentativa de me desconstruir, de impedir que eu exerça atividades profissionais e de, num claro absurdo, cercear as minhas relações pessoais.
Na semana passada, fui procurado pelo jornalista Gerson Camarotti, que solicitou uma entrevista. Justificou afirmando que no dia 30 passado fez um ano de minha cassação, e o jornal estava fazendo um perfil. Respondi por e-mail e por telefone e marcamos a entrevista, que vocês podem ler sob o título “'Não faço lobby, dou consultoria', afirma”. As outras matérias são “Dirceu faz lobby empresarial em vários países”, “Consultor, o novo personagem” e “Preocupação permanente para Lula”.Começando por esta última, que gerou a chamada de capa, "'Consultoria' de José Dirceu preocupa Lula", a possível preocupação do presidente Lula – possível porque ele não foi ouvido e as outras fontes são em “off”, isto é, não se identificam (quem se esconde pode dizer qualquer coisa) –, estou absolutamente tranqüilo. No governo, e principalmente no Palácio do Planalto, todos sabem que não faço lobby. Se fizesse, todos saberiam, já que teria que solicitar favores e fazer pedidos ao governo.Eu servi ao presidente e ao país e tenho orgulho disso, mas também fui presidente do PT, deputado estadual e deputado federal, além de uma liderança reconhecida.Lobby só se faz com autorização de alguém ou em nome de alguém. Lobby faz quem é dependente de alguém que está no poder – e este não é o meu caso. Eu não preciso fazer lobby para poder dar consultoria ou advogar, como afirmei na entrevista ao Globo, já tinha dito à Folha e também a Lauro Jardim, da revista Veja. Mas, como se vê, não importa quantas vezes eu diga isso, certa mídia, com suas pautas pré-concebidas, divulga o contrário.Se eu não falo de minhas atividades, estou escondendo; se falo, estou fazendo lobby. Logo, está claro que o objetivo da matéria é me combater, tentando desmoralizar minhas atividades de advogado e consultor e inviabilizar minhas relações construídas nos últimos 40 anos de vida pública.
Já a matéria com o título “Consultor, o novo personagem”, assinada pelo jornalista Ricardo Galhardo, é baixaria pura, jornalismo marrom. Essa matéria não resiste a uma investigação independente, já que não fiz uma nova cirurgia plástica, não tenho filhos com Maria Rita e não comprei um “novo guarda-roupa” de marcas famosas – só deixei de usar terno e gravata. As demais considerações sobre restaurantes que freqüentaria e histórias de aviões particulares têm que ser colocadas na cota da tentativa de me desmoralizar pessoalmente, já que a acusação de lobby tenta me desmoralizar politicamente.
Mas não vão conseguir. Eu vou continuar na luta e me defendendo, trabalhando como consultor e advogado, participando do PT e da vida política do Brasil. Eu não vou me curvar àqueles que não se conformam com a vitória do presidente Lula, com o fortalecimento do PT e com a minha atuação política e profissional. Democraticamente e na Justiça, vou responder a mais essa tentativa de me calar em vida.
Zé Dirceu , no seu blog, sobre a matéria do Globo
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