A quem interessava sumir com processo da Globo? Por que
Ministério Público não deu publicidade ao caso?
publicada terça-feira, 09/07/2013 às 22:53 e atualizada terça-feira, 09/07/2013 às 22:04
por Rodrigo
Vianna
O silêncio dos (ex) jornalões diz tudo: o caso de sonegação da Globo tem um potencial muito mais explosivo do que as relações carnais entre o bicheiro Cachoeira e a redação da Veja. A Globo é acusada de sonegar 187 milhões de reais. Acusada por um auditor fiscal. Processo oficial na Receita Federal. A Globo recorreu e perdeu em instância administrativa. Com multa e juros, o valor a pagar passava dos 600 milhões de reais. Isso em 2006! Hoje, seria mais de um bilhão de reais! São vários mensalões…
O caso foi trazido à tona pelo blog O
Cafezinho, de Miguel do Rosário. Na sequência, blogueiros
saíram atrás de mais detalhes. O Tijolaço
mostrou as relações entre o caso global e as acusações contra Ricardo Teixeira
e a FIFA. Este Escrevinhador contou no domingo
que o
processo da Globo por sonegação havia simplesmente desaparecido. Muitos
internautas reagiram com incredulidade: lá vêm s blogueiros com teoria
conspiratória… E não é que a conspiração era verdadeira? Na sequência, o VioMundo
de Azenha trouxe a informação completa: uma funcionária da Receita foi
processada e chegou a ser presa por retirar o processo de dentro do escritório
da Receita Federal no Rio. A funcionária escapou da prisão graças a um
Habeas Corpus no STF (cujo relator foi ele mesmo: Gilmar Mendes).
O círculo vai-se fechando. Fica cada vez mais claro que o
problema da Globo não é com o valor sonegado nem com a multa. Não. O problema é
o conteúdo do processo. O incansável Amaury
Ribeiro Jr revela que até doleiros utilizados por esquemas mafiosos no Rio
estariam citados no processo.
Vinte anos atrás, durante o impeachment de Collor, a
sequência de apuração foi outra: Pedro Collor falou à Veja, a Folha e o Estadão
completaram a investigação, e o tiro de misericórdia veio com o motorista
Eriberto, na Istoé. Veja, Istoé, Folha e Estadão permanecem em silêncio agora,
no caso Globo. A investigação passa por outro caminho: “O
Cafezinho”, “Tijolaço”, “VioMundo”, “ConversaAfiada”, Stanley Burburinho e
tantos outros nomes…
Se o governo do PT tem medo de enfrentar a Globo, os
blogueiros e ativistas sociais correm pra revirar as entranhas do monstro e
expô-las em público. Restam várias perguntas. E a mais óbvia é a que
qualquer detetive de filme B costuma fazer: a quem interessava o sumiço do
processo da Globo? A funcionária que o surrupiou agiu sob encomenda. Quem pagou?
O processo, garante-me o “garganta profunda” que viu o
papelório, é uma bomba atômica contra a Globo e seus donos. José Roberto
Marinho não é o único citado. Os outros irmãos também estariam lá. A volumosa
investigação apresentaria, com didatismo, o “modus operandi” das
“Organizações” Globo.
Mesmo sem uma linha publicada nos jornais e revistas (que
costumam impor sua pauta a país), oMinistério Público
Federal sentiu-se pressionado e soltou uma nota sobre o caso. Nota
estranha, que finge explicar tudo mas não explica o principal: por que o MPF
fez toda a investigação sobre o sumiço do processo da Globo em “sigilo”? Ninguém
está pedindo que o MPF quebre o sigilo fiscal da Globo, mas trata-se
de uma institução que deve primar pela transparência, não pode agir no
subterrâneo!
O MPF tinha obrigação de ter informado o país sobre o
desaparecimento do processo (ocorrido há 6 anos). Não o fez. O MPF de Gurgel
queria proteger a quem?
O MPF se diz “consternado” com o vazamento de informações.
Não se mostra “consternado” com a sonegação de 600 milhões. Nem com o fato de a
funcionária da Receita ter sido punida sozinha, sem que se aferisse quem
encomendou o sumiço do papelório. A quem interessava sumir com processo que
mostrava contas da Globo em paraíso fiscal?
Os blogs sujos declaram, “consternados”, que não
possuem redações com editores e apuradores, nem verba para viagem, nem
tampouco recursos para deixar repórteres semanas a fio debruçados sobre o caso.
Mas possuem uma rede informal (e infernal, para desgosto dos poderosos do
Jardim Botânico) de apuradores. As informações fluem pelas redes,
há milhares de “repórteres” informais ajudando a apurar essa história. São
brasileiros que já não suportam a arrogância da Globos e de seus
jabores, kamels e mervais amestrados.
O povo gosta das novelas, reconhece a qualidade técnica da
Globo, e sabe mesmo dar valor aos bons jornalistas que tentam cumprir seu papel
na gigante da Comunicação brasileira. Mas o nosso povo
está cansado de ser enganado e pautado pela Globo. Tudo isso sob o
silêncio cúmplicede instituições como o MPF.
A história – completa – virá à tona. É questão de
dias. O império midiático ficará nu.
Leia outros textos de Palavra Minha
+++
Depois
do desaparecimento do processo de Execução Fiscal
que
cobrava R$ 600 milhões das Organizações Globo,
vejam
mais este:
Existe
alguma coisa de podre no ar e não é no reino da Dinamarca.
|
||
Certidão do TJMG
atesta que processo contendo provas de corrupção,assassinato e suborno que
incriminam o grupo de Aécio Neves desapareceu
|
||
Marco
Aurélio Carone Só mesmo através da interferência de organismos internacionais a moralidade e legalidade poderão ser restauradas em Minas Gerais. Á princípio imaginava-se que uma intervenção federal seria suficiente para por fim as constantes quebras das garantias civis e do Estado Democrático de Direito, porém sabe-se agora que a organização criminosa que opera em Minas Gerais tem apoio e até mesmo participação de integrantes da máquina pública federal. Hoje sem medo de cometer injustiça, pode-se afirmar que os diversos Poderes do Estado de Minas Gerais encontram-se reféns de um grupo criminoso que ameaça, intimida, frauda, seqüestra e mata sob a proteção das instituições do Governo do Estado. A Polícia, o Ministério Público e a Justiça que deveriam combater a organização criminosa estão imobilizadas devido o comprometimento de seus dirigentes. Não se pode isentar de culpa nem mesmo o governador, Antonio Anastasia, uma vez que é de seu total conhecimento o que vem ocorrendo no Estado. É bem verdade que Anastasia herdou de Aécio o esquema criminoso já montado, entretanto a permanência do mesmo assim como de seus integrantes junto à máquina pública estatal indiscutivelmente depende de sua cumplicidade. Como já narrado em outras reportagens, Minas Gerais se transformou em um Estado perigoso de se viver, e principalmente para constituir família e criar filhos, em função da inversão de valores após a eleição de Aécio Neves em 2002. Diante de seus vícios e hábitos, sua ida para o Poder representou a captura das instituições do governo por seus companheiros de vício e práticas. Literalmente, a droga, a corrupção e a pederastia, (não confundir com homossexualismo, opção sexual) passou a ser quesito primordial para escolha de seus assessores e auxiliares. Evidente que a imprensa pouco falou a este respeito devido à censura imposta, contudo os que não eram adeptos do vício e das práticas de Aécio foram afastados do círculo do Poder. Até mesmo no interior do Estado, tal fato ocorreu através da eleição de prefeitos e vereadores adeptos do que se convencionou chamar de “modelo Aécio”. Por justiça, é necessário destacar que a grande maioria dos integrantes do TJMG e do MPMG vem lutando contra este estado de desmanche institucional, porém, desembargadores, juízes, promotores e procuradores são impotentes diante do comprometimento de seus dirigentes com o “modelo Aécio”. Durante seis anos tramitou no TJMG o processo nº 0024.06.001.850-4 oriundo do inquérito nº 1027539, colhendo provas e depoimentos de integrantes e vítimas do esquema criminoso montado no Poder Judiciário, no Ministério Público e na Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, até que o mesmo foi noticiado por Novojornal. A partir deste momento o processo passou a tirar o sono de Aécio Neves, pois as investigações fatalmente chegariam a ele devido seu envolvimento em fatos apurados e citados nas investigações e da comprovada participação de seus principais assessores e amigos no esquema criminoso. Além de Aécio, grandes empresários, advogados e alguns integrantes dos Poderes, Executivo, Legislativo, Judiciário do Ministério Público e da Polícia Civil de Minas Gerais também passaram a temer o processo. Após a instauração do inquérito nº 3530 no STF em Brasília devido ao atentado contra Nilton Monteiro atribuído a Clesio Soares Andrade, Eduardo Azeredo e Walfrido dos Mares Guia o processo anteriormente citado passou a ser cobrado insistentemente pela Polícia Federal, pelo STF e CNJ e ninguém o encontrava. Segundo seus colegas, incansável foi à busca pelo advogado Dino Miraglia, nas diversas varas por onde passou o processo para encontrá-lo e comprovar serem verdadeiros os documentos e fatos narrados por Milton Monteiro, que embora não condenado, se encontra preso por prazo “indeterminado” sob a acusação de falsificação de documentos. Diante da insistência do Dr. Dino o TJMG foi obrigado a certificar que o processo havia desaparecido. Consta da representação do Dr. Dino ao CNJ, que o delegado Nabak, vem avocando todas as investigações que tenham relação com o grupo criminoso a exemplo dos inquéritos que estavam sob sua presidência quando de sua transferência do DEOESP e de ser o responsável pelo desaparecimento do processo. A atuação do delegado é igualmente investigada em vários procedimentos instaurados pelo Ministério Público Mineiro e através da Ação Penal do processo nº 0024.13.003.776-6 por ter ameaçado de morte o advogado de Monteiro, Dr. Dino Miraglia. Enquanto isto, Nilton Monteiro permanece como preso político do PSDB mineiro, tendo em vista ter entregado a “Lista de Furnas”, a “Lista do Mourão”, AP 2280 ao STF e por ser a principal testemunha de acusação no processo do “Mensalão Tucano”. Segundo versão corrente no meio jurídico, dificilmente o mesmo sairá vivo da prisão, principalmente, após o atentado conforme apurado no inquérito 3530 do STF. Novojornal teve acesso à representação do Advogado Dino Miraglia e de Milton Monteiro ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ, acompanhada das principais peças constantes do processo desaparecido.Tais peças são disponibilizadas com exclusividade para nossos leitores. Trata-se de documentos que chocam qualquer cidadão comum, pois mostram as vísceras do Poder construído por Aécio Neves e seu grupo. Importante: Todos os documentos apresentados nesta reportagem estão autenticados e a disposição do TJMG com o advogado Dr. Dino Miraglia, caso o Tribunal queira restaurar o processo desaparecido. |