terça-feira, setembro 30, 2008

CASTELO MOSTRA A VERDADEIRA CARA



Castelo foi ditadura
Castelo foi Maluf
Castelo foi Collor
Castelo é tucano
Castelo é FHC
Castelo é Jackson
_________________________________________
Flávio denuncia 'campanha criminosa'

O candidato da Unidade Popular (PCdoB-PT) à Prefeitura de São Luis, deputado Flávio Dino, denunciou nesta segunda-feira (29)que ele e sua família estão sendo vítimas de uma "campanha criminosa" de difamações, com o objetivo de impedi-lo de disputar o 2o turno contra João Castelo (PSDB), líder nas pesquisas de intenção de voto.

A declaração foi feita numa entrevista coletiva realizada horas depois da detenção de seis pessoas que distribuíam um panfleto clandestino no campus da Universidade Federal do Maranhão, no bairro do Bacanga, com insultos e acusações ao candidato. Os detidos foram entregues à Polícia Federal pela segurança do campus. "Lamento que isso tenha ocorrido e até me solidarizo com essas pessoas, pois elas estão sendo usadas por nossos adversários para fazer esse serviço sujo".

Sem acusar Castelo formalmente, ele disse que há uma nítida identidade entre acusações assumidas por Castelo e seus aliados e aquelas difundidas por meio de boatos, inserções anônimas na TV e panfletagem clandestina em diversos pontos da cidade.

A acusação mais freqüente é a de que ele teria tido um "encontro secreto" com a senadora Roseana Sarney (PMDB) para combinar uma aliança eleitoral, mas há outras: a de que mandará fechar as igrejas evangélicas se for eleito, a de que bateu no próprio pai e a de que a mãe estaria abandonada numa enfermaria de hospital público.

Para desmentir a versão, a própria mãe do candidato, Rita Dino, participou da coletiva, ao lado da deputada Helena Heluy (PT) e outros dirigentes políticos da Unidade Popular. Sobre o outro boato, lembrou que nenhum prefeito, mesmo que queira, tem autoridade legal para fechar igrejas, já que a liberdade religiosa é garantida pela Constituição.

Num tom indignado, o candidato classificou de "criminosa" a conduta dos adversários, segundo ele motivada por seu crescimento nas pesquisas, especialmente após declaração de apoio do presidente Lula.

"Não houve nenhum encontro secreto ou aberto com a senadora Roseana, eles sabem disso. Não há acordo nenhum com o grupo Sarney. Tenho condições morais de conversar com todas as correntes políticas do país e se tivesse me encontrado com alguém não haveria por que negar", afirmou.

Para Flávio, tucanos e seus aliados levantam a bandeira artificial do anti-sarneísmo para esconder o verdadeiro significado político da presente eleição, caracterizada pelo embate nacional entre o campo do presidente Lula e a oposição liderada pelo PSDB. É assim que se trava a eleição no Rio, em S.Paulo, em Porto Alegre, em Fortaleza e em toda parte, enfatizou.

O candidato declarou que já esperava uma reação vigorosa de João Castelo, devido à convicção generalizada de que o tucano será derrotado se tiver que disputar um 2o turno. "Mas uma reação política, e não essa campanha criminosa de calúnias e difamações, que tentam deturpar o processo eleitoral".

Ele informou ter recebido informações de que a coligação liderada pelo PSDB estaria recrutando grande quantidade de pessoas para fazer "boca de urna" na eleição do próximo dia 5, "uma forma disfarçada de comprar voto", e de que outros esquemas estariam sendo armados para distribuir dinheiro.

Jackson no atraso

Após a declaração inicial, o candidato respondeu a perguntas dos jornalistas. A mais provocante partiu de Roberto Kennard, do Diário da Manhã, que queria saber se Flávio Dino se arrependia de ter participado em 2006 da frente liderada pelo atual governador Jackson Lago — que apóia Castelo —, visto que panfletos anônimos e campanhas difamatórias também foram largamente usados naquela eleição para abater a candidata Roseana Sarney.

"Eu nunca participei de difamações", disse o candidato. "Combati politicamente, fiz críticas políticas ao grupo Sarney, e não ataques pessoais."

Lembrou já ter declarado em mais de uma oportunidade que a chamada Frente de Libertação reuniu "correntes heterogêneas", com o objetivo específico de derrotar a candidata Roseana Sarney e criar condições para uma "transição progressista".

— Infelizmente, acrescentou, a maioria do governo Jackson fez opção pelo atraso e quer fazer uma transição para o passado em São Luís.

A Henique Bóis, do Imparcial, que quis saber em que ele se baseava para suspeitar de Castelo como responsável pelos ataques anônimos, o candidato respondeu que há coerência entre o material apócrifo, acusações feitas no horário eleitoral e boatos plantados na imprensa favorável a Castelo, citando como exemplo o próprio Imparcial.

Décio Sá, do Sistema Mirante, aludindo às recentes comemorações da "greve da meia passagem", indagou se não houve distribuição de panfletos contra Castelo, nisso igualando as duas coligações. Flávio explicou que a diferença reside no fato objetivo de que entidades estudantis lembraram uma ocorrência histórica — a repressão policial do governo Castelo aos estudantes em 1979 — "o que é muito diferente de mentir e difamar os adversários".

Providências

A Assessoria de Imprensa da Unidade Popular distribuiu cópia de ofícios e representações formulados pela coligação com o objetivo de deter a campanha contra o candidato.

Entre os documentos há um ofício da direção nacional do PCdoB à direção-gerel da Polícia Federal, solicitando maior empenho no combate à propaganda clandestina e difamatória.

As representações resultaram em ordens judiciais contra as acusações de sarneísmo veiculadas no horário eleitoral. Mas os tucanos conseguiram burlá-la transferindo as acusações para o horário do candidato Waldir Maranhão (PP), que começou a eleição como integrante da "base sarneísta" — seu programa na TV é feito por uma equipe do Sistema Mirante — e no meio do caminho aderiu ao esquema jackista-castelista.

;;;