O desvirtuamento do WhatsApp ficou comprovado pelo uso escandaloso da contratação de bancos de dados para envio de mensagens por parte de apoiadores do candidato Jair Bolsonaro; pelo estudo da USP, UFMG e Agência Lupa, de que a maior parte das mensagens que circulam ali é falsa, e pela recente descoberta do ITS de que existem fortes indícios de ação automatizada em múltiplos grupos de WhatsApp públicos. Tamanha importância não será esquecida após as eleições. Ao contrário. Caso eleito, Jair Bolsonaro poderá levar à institucionalização da lógica da desinformação e da censura. Ninguém deve imaginar que os grupos montados por ele e seus apoiadores e que conseguiram ser tão efetivos em sua divulgação serão desarticulados. Será essa rede de WhatsApp transformada num mecanismo de divulgação prioritária dos atos de um eventual governo da extrema-direita? Não é difícil desconfiar que sim.
Leia mais no novo artigo do especial "Eleições & Desinformação", uma parceria do Intervozes com o Congresso em Foco.